Questões de Concurso Sobre fonologia em português

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Q1313976 Português
Leia atentamente o texto para responder à próxima questão.

Cotidiano. (Chico Buarque)

Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.

Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar
essas coisas que diz toda mulher
Diz que está me esperando pro jantar
E me beija com a boca de café.

Todo dia eu só penso em poder parar
Meio-dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.

Seis da tarde como era de se esperar
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.

Toda noite ela diz pra eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pra eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.

Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
No terceiro verso do poema, primeira estrofe, “Me sorri um sorriso pontual”, a palavra pontual contém:
Alternativas
Q1313542 Português
Assinale a alternativa CORRETA para a separação silábica.
Alternativas
Q1313352 Português

Nova bateria deve manter carga do celular por cinco dias

A durabilidade seria tão ruim quanto a das baterias de hoje, mas, sim, elas podem ser revolucionárias.

         Sair de casa sem um carregador para o celular vai deixar de ser problema. Pesquisadores da Universidade Monash, em Melbourne (Austrália), desenvolveram uma bateria com capacidade quatro vezes maior do que as utilizadas hoje.

         Trata-se de uma bateria de Lítio-Enxofre (Li-S). Elas já existem – e por serem bem leves já foram usadas em aviões movidos a energia solar. Mas por que o seu celular não tem uma dessas, então?

        Porque elas se desintegram. Depois algumas poucas cargas e recargas elas não aguentam o tranco, começam a se romper, e a bateria morre. Isso acontece porque as partículas de enxofre lá dentro praticamente dobram de tamanho quando a bateria está carregada – isso acontece nas baterias de lítio comum também, mas aí a dilatação é de apenas 10%.

         A equipe, porém, encontrou uma solução esperta para esse problema: criaram uma estrutura interna bem intrincada, que oferece mais espaço para a expansão do enxofre. Dessa forma, ela consegue uma durabilidade equivalente à de uma bateria comum, com a vantagem de durar assombrosamente mais.

       Isso não seria interessante só para quem sai de casa sem carregador. O maior impacto seria nos carros elétricos. Os melhores de hoje têm autonomia de mais ou menos 300 km. Baterias assim elevariam tal autonomia para 1.500 km – bem mais que a de qualquer veículo com motor a combustão interna.

       Elas também ajudariam em outra frente: a das baterias que armazenam energia solar para uso doméstico, como a Powerwall, da Tesla. Ela armazena o equivalente a um dia e 17 de horas de energia. Com o lítio-enxofre de alta durabilidade, essa capacidade saltaria para uma semana.

        Os pesquisadores estão otimistas. Dizem que, além de tudo, as baterias seriam mais baratas que as de hoje – pelo fato de o enxofre ser um elemento mais abundante que os metais das baterias de lítio comum. Mas o fato é que a tecnologia ainda está engatinhando – eles esperam testar protótipos por mais alguns anos até apresentar uma bateria capaz de chegar ao mercado.

Disponível em: <https://super.abril.com.br/tecnologia/nova-bateria-deve-manter-carga-do-celular-por-cinco-dias/>. Acesso em: 20 jan

Assinale a alternativa que apresenta um hiato, um ditongo e um dígrafo, nessa ordem:
Alternativas
Q1313351 Português

Nova bateria deve manter carga do celular por cinco dias

A durabilidade seria tão ruim quanto a das baterias de hoje, mas, sim, elas podem ser revolucionárias.

         Sair de casa sem um carregador para o celular vai deixar de ser problema. Pesquisadores da Universidade Monash, em Melbourne (Austrália), desenvolveram uma bateria com capacidade quatro vezes maior do que as utilizadas hoje.

         Trata-se de uma bateria de Lítio-Enxofre (Li-S). Elas já existem – e por serem bem leves já foram usadas em aviões movidos a energia solar. Mas por que o seu celular não tem uma dessas, então?

        Porque elas se desintegram. Depois algumas poucas cargas e recargas elas não aguentam o tranco, começam a se romper, e a bateria morre. Isso acontece porque as partículas de enxofre lá dentro praticamente dobram de tamanho quando a bateria está carregada – isso acontece nas baterias de lítio comum também, mas aí a dilatação é de apenas 10%.

         A equipe, porém, encontrou uma solução esperta para esse problema: criaram uma estrutura interna bem intrincada, que oferece mais espaço para a expansão do enxofre. Dessa forma, ela consegue uma durabilidade equivalente à de uma bateria comum, com a vantagem de durar assombrosamente mais.

       Isso não seria interessante só para quem sai de casa sem carregador. O maior impacto seria nos carros elétricos. Os melhores de hoje têm autonomia de mais ou menos 300 km. Baterias assim elevariam tal autonomia para 1.500 km – bem mais que a de qualquer veículo com motor a combustão interna.

       Elas também ajudariam em outra frente: a das baterias que armazenam energia solar para uso doméstico, como a Powerwall, da Tesla. Ela armazena o equivalente a um dia e 17 de horas de energia. Com o lítio-enxofre de alta durabilidade, essa capacidade saltaria para uma semana.

        Os pesquisadores estão otimistas. Dizem que, além de tudo, as baterias seriam mais baratas que as de hoje – pelo fato de o enxofre ser um elemento mais abundante que os metais das baterias de lítio comum. Mas o fato é que a tecnologia ainda está engatinhando – eles esperam testar protótipos por mais alguns anos até apresentar uma bateria capaz de chegar ao mercado.

Disponível em: <https://super.abril.com.br/tecnologia/nova-bateria-deve-manter-carga-do-celular-por-cinco-dias/>. Acesso em: 20 jan

Leia a palavra destacada no trecho: “Isso acontece porque as partículas de enxofre lá dentro praticamente dobram de tamanho quando a bateria está carregada – isso acontece nas baterias de lítio comum também, mas aí a dilatação é de apenas 10%.”
Quanto à classificação da palavra em relação ao número de sílabas, podemos afirmar que “enxofre” é 
Alternativas
Q1311803 Português
Assinale a alternativa CORRETA para a divisão silábica.
Alternativas
Q1309522 Português

Leia o texto abaixo e responda a questão.


A Daslu e o shopping-bunker



      A nova Daslu é o assunto preferido das conversas em São Paulo. Os ricos se entusiasmam com a criação de um local tão exclusivo e cheio de roupas e objetos sofisticados e internacionais. Os pequeno-burgueses praguejam contra a iniciativa, indignados com tanta ostentação.

         Antes instalada num conjunto de casas na Vila Nova Conceição, região de classe alta, a loja que vende as grifes mais famosas e caras do mundo passará agora a funcionar num prédio monumental construído no bairro "nouveau riche" da Vila Olímpia e ao lado do infelizmente pútrido e malcheiroso rio Pinheiros.

       A imprensa aproveita a mudança da Daslu para discorrer sobre as vantagens de uma vida luxuosa e exibir fotos exclusivas do interior da megaloja de quatro andares e seus salões labirínticos, onde praticamente não há corredores, pois, como diz a dona da loja, a ideia é que o consumidor se sinta em sua casa. 

        Estranha casa, deve-se dizer. Para entrar nela é preciso fazer uma carteira de sócio, depois de deixar o carro num estacionamento que custa R$ 30,00 (a primeira hora). Obviamente, tudo isso tem por objetivo selecionar os consumidores e intimidar os pouco afortunados – os mesmos que, ao se aventurar na antiga loja, reclamavam da indiferença das vendedoras, as dasluzetes, muito mais solícitas com aqueles que elas já conheciam ou que demonstravam de cara seu poder de compra.

      As complicações na portaria visam também, embora não se diga com clareza, a proteger o local e dar  segurança aos milionários de todo o país que certamente farão da nova Daslu um de seus "points" durante a estada em São Paulo, como já ocorria com a antiga casa. A segurança é um item cada vez mais prioritário nos negócios hoje em dia – antes mesmo da inauguração, a loja teve um de seus caminhões de mudança roubados.

    As formalidades na entrada levam ainda em conta a privacidade do local de quase 20 mil metros quadrados, não muito longe da favela Coliseu (sic). A reportagem de um site calculou, por falar nisso, que a soma da renda mensal de todas as famílias da favela (R$ 10.725, segundo o IBGE) daria para comprar apenas duas calças Dolce & Gabbana na loja. 

     Tais fatores, digamos assim, sinistros da realidade brasileira é que impulsionam o pioneirismo da nova Daslu. Sim, a loja é uma empreitada verdadeiramente inédita. A Daslu, que desenvolveu no Brasil um certo tipo de atendimento exclusivo e personalizado para ricos, agora introduz, pela primeira vez no mundo, o modelo do shopping-bunker.

      Todos sabem como os shopping-centers floresceram em São Paulo e nas capitais brasileiras, tanto pelas facilidades que propiciam para a gente que vive nos centros urbanos congestionados e tumultuados, quanto pela segurança. Ao longo dos anos, eles foram surgindo aqui e ali, alterando a sociabilidade e a paisagem das cidades. Acabaram se transformando em uma espécie de praça (fechada), onde as classes alta e média podiam circular com tranquilidade, sem serem importunadas pela visão e a presença dos numerosos pobres e miseráveis, que, por sua vez, ocuparam as praças públicas (abertas), como a da República e a da Sé, em São Paulo. Dentro dos shoppings, os brasileiros sonhamos um mundo de riqueza, organização, limpeza, segurança, facilidades e sobretudo de distinção que lá fora, nas ruas, está agora longe de existir.


     Mas talvez os shoppings, mesmo os mais sofisticados, como o Iguatemi, tenham se tornado democráticos demais para o gosto da classe alta paulista. A cada pequeno entusiasmo econômico, logo a alvoraçada classe média da cidade resolve se intrometer aos bandos nas searas exclusivas dos muito ricos. (...)



Disponível em: : https://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult682u123.shtml

Assinale a alternativa a qual NÃO há ditongo na opção:
Alternativas
Q1308230 Português

Leia-o texto e responda a questão.


Assinale a alternativa que contém a CORRETA separação silábica:
Alternativas
Q1308221 Português

Leia-o texto e responda a questão.


De acordo com a fonética presente no Texto, analise: I- Há ditongo em “Itália” (linha 1). II- Há dígrafo em “sarampo” (linha 13). III- As palavras “possam” (linha 3) e “segue” (linha 4) são dígrafos. Dos itens acima:
Alternativas
Q1307541 Português
Projeto propõe beliche para dar mais conforto na classe econômica de aviões

Viajar na classe econômica dos aviões está longe de ser algo confortável, especialmente em viagens mais longas. Inúmeros projetos, porém, tentam mudar essa realidade. As propostas são as mais diversas possíveis, inclusive com uma nova área no porão de carga dos aviões. 

Um novo projeto desenvolvido na Holanda pela Delft University of Technology pretende criar áreas com beliches na classe econômica para os passageiros dormirem mais confortavelmente durante as viagens. O projeto é um dos indicados ao prêmio da Crystal Cabin Award deste ano.

Apesar da indicação ao prêmio, o projeto da Delft não é dos mais bonitos. Pelas imagens divulgadas até o momento, as camas parecem mais cápsulas bem apertadas. Quem tem um pouco de claustrofobia pode ficar bastante incomodado ao entrar nesses espaços. Assentos serão reconfigurados somente após a decolagem do avião.

Durante os procedimentos de manobra, decolagem e pouso, os passageiros ficam acomodados em bancos para até três lugares. Já em voo, esse assento poderá ser reconfigurado para se transformar em um beliche de três andares. O acesso às camas mais altas é feito por uma escada lateral, mas os desenvolvedores do projeto garantem que até passageiros mais idosos conseguiriam subir.

A Delft University of Technology diz que as camas também serão bastante confortáveis. No interior da cápsula, haverá monitores de entretenimento, tomadas para carregamento de aparelhos eletrônicos, uma mesinha e um encosto inflável.

Os desenvolvedores do projeto também terão de resolver um outro problema. De acordo com as imagens divulgadas até o momento, não há espaço para os bagageiros internos. Para ter mais conforto, os passageiros não poderão mais levar bagagem de mão a bordo do avião? Até o momento, o projeto da Delft University of Technology não atraiu interesse de nenhuma companhia aérea. Com tantos outros projetos, é possível até mesmo que ele nunca saia do papel. A esperança para os passageiros é que há muita gente ao redor do mundo pensando em algo para deixar sua viagem na classe econômica mais confortável.

Disponível em: <https://economia.uol.com.br/todos-a-bordo/2020/02/02/projeto-beliche-classe-economica.htm>. Acesso
em: 01 fev. 2020.
“Pelas imagens divulgadas até o momento, as camas parecem mais cápsulas bem apertadas.” A palavra destacada no trecho é classificada como:
Alternativas
Q1307540 Português
Projeto propõe beliche para dar mais conforto na classe econômica de aviões

Viajar na classe econômica dos aviões está longe de ser algo confortável, especialmente em viagens mais longas. Inúmeros projetos, porém, tentam mudar essa realidade. As propostas são as mais diversas possíveis, inclusive com uma nova área no porão de carga dos aviões. 

Um novo projeto desenvolvido na Holanda pela Delft University of Technology pretende criar áreas com beliches na classe econômica para os passageiros dormirem mais confortavelmente durante as viagens. O projeto é um dos indicados ao prêmio da Crystal Cabin Award deste ano.

Apesar da indicação ao prêmio, o projeto da Delft não é dos mais bonitos. Pelas imagens divulgadas até o momento, as camas parecem mais cápsulas bem apertadas. Quem tem um pouco de claustrofobia pode ficar bastante incomodado ao entrar nesses espaços. Assentos serão reconfigurados somente após a decolagem do avião.

Durante os procedimentos de manobra, decolagem e pouso, os passageiros ficam acomodados em bancos para até três lugares. Já em voo, esse assento poderá ser reconfigurado para se transformar em um beliche de três andares. O acesso às camas mais altas é feito por uma escada lateral, mas os desenvolvedores do projeto garantem que até passageiros mais idosos conseguiriam subir.

A Delft University of Technology diz que as camas também serão bastante confortáveis. No interior da cápsula, haverá monitores de entretenimento, tomadas para carregamento de aparelhos eletrônicos, uma mesinha e um encosto inflável.

Os desenvolvedores do projeto também terão de resolver um outro problema. De acordo com as imagens divulgadas até o momento, não há espaço para os bagageiros internos. Para ter mais conforto, os passageiros não poderão mais levar bagagem de mão a bordo do avião? Até o momento, o projeto da Delft University of Technology não atraiu interesse de nenhuma companhia aérea. Com tantos outros projetos, é possível até mesmo que ele nunca saia do papel. A esperança para os passageiros é que há muita gente ao redor do mundo pensando em algo para deixar sua viagem na classe econômica mais confortável.

Disponível em: <https://economia.uol.com.br/todos-a-bordo/2020/02/02/projeto-beliche-classe-economica.htm>. Acesso
em: 01 fev. 2020.
Com relação aos encontros vocálicos, a série de palavras retiradas do texto que apresenta hiatos é:
Alternativas
Q1306719 Português
Assinale a alternativa em que todas as palavras sejam classificadas como Ditongo crescente:
Alternativas
Q1305018 Português
Marque a alternativa cuja palavra apresenta cinco fonemas:
Alternativas
Q1305017 Português
A palavra que apresenta o mesmo número de letras e fonemas é:
Alternativas
Q1304785 Português

Leia o texto e responda a questão.

Nem a Rosa, Nem o Cravo

    As frases perdem seu sentido, as palavras perdem sua significação costumeira, como dizer das árvores e das flores, dos teus olhos e do mar, das canoas e do cais, das borboletas nas árvores, quando as crianças são assassinadas friamente pelos nazistas? Como falar da gratuita beleza dos campos e das cidades, quando as bestas soltas no mundo ainda destroem os campos e as cidades?
    Já viste um loiro trigal balançando ao vento? É das coisas mais belas do mundo, mas os hitleristas e seus cães danados destruíram os trigais e os povos morrem de fome. Como falar, então, da beleza, dessa beleza simples e pura da farinha e do pão, da água da fonte, do céu azul, do teu rosto na tarde? Não posso falar dessas coisas de todos os dias, dessas alegrias de todos os instantes. Porque elas estão perigando, todas elas, os trigais e o pão, a farinha e a água, o céu, o mar e teu rosto. (...) Sobre toda a beleza paira a sombra da escravidão. É como u’a nuvem inesperada num céu azul e límpido. Como então encontrar palavras inocentes, doces palavras cariciosas, versos suaves e tristes? Perdi o sentido destas palavras, destas frases, elas me soam como uma traição neste momento. 
    (...) 
    Mas eu sei todas as palavras de ódio e essas, sim, têm um significado neste momento. Houve um dia em que eu falei do amor e encontrei para ele os mais doces vocábulos, as frases mais trabalhadas. Hoje só o ódio pode fazer com que o amor perdure sobre o mundo. Só o ódio ao fascismo, mas um ódio mortal, um ódio sem perdão, um ódio que venha do coração e que nos tome todo, que se faça dono de todas as nossas palavras, que nos impeça de ver qualquer espetáculo – desde o crepúsculo aos olhos da amada – sem que junto a ele vejamos o perigo que os cerca.
    Jamais as tardes seriam doces e jamais as madrugadas seriam de esperança. Jamais os livros diriam coisas belas, nunca mais seria escrito um verso de amor. Sobre toda a beleza do mundo, sobre a farinha e o pão, sobre a pura água da fonte e sobre o mar, sobre teus olhos também, se debruçaria a desonra que é o nazifascismo, se eles tivessem conseguido dominar o mundo. Não restaria nenhuma parcela de beleza, a mais mínima. Amanhã saberei de novo palavras doces e frases cariciosas. Hoje só sei palavras de ódio, palavras de morte. Não encontrarás um cravo ou uma rosa, uma flor na minha literatura. Mas encontrarás um punhal ou um fuzil, encontrarás uma arma contra os inimigos da beleza, contra aqueles que amam as trevas e a desgraça, a lama e os esgotos, contra esses restos de podridão que sonharam esmagar a poesia, o amor e a liberdade!

(AMADO, Jorge. Folha da Manhã, 22/04/1945.)

Assinale a alternativa em que NÃO ocorre ditongo:
Alternativas
Q1304669 Português

Leia o texto abaixo e responda à questão.

Bullying é caso de saúde pública

Fabrício Carpinejar

    Bullying não é brincadeira, não é gozação, não é simples deboche.
    Se adultos têm dificuldades de lidar com críticas e ofensas, imagine crianças e adolescentes, muito mais carentes pela aceitação social.
    Aquele que diz que bullying sempre existiu e que em sua época só não tinha esse nome, de que o ato é inofensivo e consiste em naturais implicâncias, não entende do que está falando.
    A violência psicológica e física é hoje potencializada pelas redes sociais, a ponto de não dar descanso as suas vítimas, a ponto de não permitir uma trégua no sofrimento e na perseguição.
    Eu sofri bullying na passagem dos anos 70 para 80. Fui agredido em corredor polonês, chacotado com chuva de papéis, segurado pelas pernas do alto do segundo andar do refeitório, com as merendas roubadas, obrigado a entregar mesada, preso no banheiro da escola por doze horas, ridicularizado com os piores apelidos, com as calças arriadas na frente dos colegas.
    Mas resisti pois acabava a escola e eu ainda resgatava o amor da família para compensar.
    Não havia internet, celular, aplicativos. Eu tomava fôlego antes de retornar ao ambiente desesperador. Podia respirar um pouco, livre daquela vida de impropérios. O máximo que acontecia no turno inverso era descobrir que não tinha sido convidado a uma festa.
    Durante a tarde e a noite, ficava offline aos ataques. A residência funcionava como esconderijo, como ferrolho. Existia um espaço para recuperar a coragem e enfrentar novamente a turma no dia seguinte.
    Se eu fosse criança atualmente não sei se sobreviveria. Não sei se aguentaria. Não sei o que seria de mim. Não sei se estaria aqui.
    Porque atualmente o aluno oprimido não tem mais um minuto de proteção e de segurança. Com Facebook, Instagram e WhatsApp, é bombardeado vinte e quatro horas com ameaças, memes e insinuações. Não é apenas excluído das rodinhas presenciais, mas de todas os grupos virtuais. Pode ser recusado, bloqueado, ridicularizado, para todos verem. Não há quem se blinde a tanta maldade, não há quem saia ileso de tamanha crueldade.
    Conversas inofensivas são printadas, fotos são viralizadas, pontos fracos são expostos sem direito de defesa. Trata-se de uma enxurrada imprevisível de fake news pessoal, acima dos diques familiares e das barricadas terapêuticas.
    É como viver no deserto emocional, na insolação atemporal do medo. Não tem como se curar de uma dor que lá vem outra e outra e outra, até perder a pele das palavras e a alma cansar de doer. Não se conta nem de paz para desabafar e duvidar do que está acontecendo.
    O bullying é epidêmico, não é mais um problema educacional, é caso de saúde pública.

Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com/fabricio-carpinejar/post/bullying-ecaso-de-saude-publica.html 

Assinale a alternativa em que todas as palavras da sequência apresentem ditongo decrescente.
Alternativas
Q1303513 Português
Assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1303511 Português
Assinale a alternativa em que a palavra destacada possui encontro vocálico.
Alternativas
Q1303510 Português
Assinale a alternativa em que existe CORRETA separação de sílabas em todas as palavras.
Alternativas
Q1303508 Português
Assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Respostas
2441: A
2442: A
2443: A
2444: E
2445: A
2446: A
2447: A
2448: D
2449: D
2450: A
2451: B
2452: C
2453: D
2454: A
2455: B
2456: B
2457: C
2458: A
2459: D
2460: B