Questões de Concurso Sobre fonologia em português

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Q2383070 Português

Julgue o item a seguir.


De acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), a morfologia é uma área de estudos que pode ser descritiva, histórica e sintática e que se dedica à análise de fonemas, tratando de vogais, consoantes e semivogais.

Alternativas
Q2382310 Português

Texto 01 para a questão.




O projeto de cada indivíduo pode ser traçado desde a infância, mas também pode ser construído ou modificado nas diferentes fases da vida. A ênfase existencialista se coloca no exercício permanente da liberdade da escolha e da responsabilidade individual na construção de um projeto de vida que dê significado às nossas existências até os últimos dias.




GOLDENBERG, Mirian. A Invenção de uma bela velhice.2021. p.48

Observe abaixo os termos destacados em maiúscula:




Imagem associada para resolução da questão




Em que item(ns), os termos destacados são classificados como polissílabos?

Alternativas
Q2382154 Português

Texto 03 para a questão.



Papai Noel



Toda criança, quando completa uma idade apropriada, acredito que, depois dos 4 anos, aspira a uma bicicleta. Acontece que éramos meninos, queríamos muito e meu pai não tinha condições de comprá-las para nós.


As bicicletas tinham sido o nosso desejo na cartinha de Papai Noel.


Minha mãe, com toda a inteligência de uma mulher que resolve os conflitos de uma casa, conseguiu resolver o impasse e, apesar de nós termos ficado um pouco aborrecidos, o problema estava, de fato, resolvido.


Na hora em que abrimos os presentes de Natal, eram bicicletas bem pequenininhas preparadas com um fiozinho para correr em uma pista como se fosse uma corrida de bicicleta.


Por fim, a culpa ficou para o Papai Noel que não entendeu nosso pedido, já que não tínhamos especificado o tamanho. Coisas de mãe que resolve tudo!



SIMÕES, Oscar. Contos de um menino curioso. 2023. p. 54

Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, classificando as letras destacadas em maiúscula.


Imagem associada para resolução da questão




Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA.
Alternativas
Q2382150 Português

Texto 02 para a questão.



Sobre Mudar



Mudar... Tá aí algo difícil para algumas pessoas. Mudar a aparência, mudar as atitudes, mudar de opinião, de ideia, mas, principalmente, mudar a consciência. Se ver como um ser em evolução. Mudar velhos hábitos. Mudar tudo que atrasa o riso, que atrasa o passo. Tudo que pode impedir sua transformação em um ser melhor. Para mudar, é preciso, antes de tudo, o reconhecimento de que aquilo que você é e faz já não é o bastante para sua felicidade. Mudar, muitas vezes, dói. Todo reinício é difícil, mas, no final, é gratificante. Afinal, evoluir faz parte da vida. Você não está aqui para ser a mesma coisa até o fim da vida. Mudar é sinal de inteligência, de coragem. E, acima de tudo, de força. Acredite na força que você tem.



https://br.pinterest.com/pin/85849936640788148/ Acesso em 17.01.2024 

Em que alternativa, a letra destacada do termo em negrito está classificada INCORRETAMENTE no parênteses?
Alternativas
Q2382143 Português

Texto 01 para a questão. 



Tatu-bola



O corpo do tatu-bola fica dentro de placas. As placas são duras e protegem o tatu-bola do ataque de outros bichos. Quando o tatu-bola fica com medo, ele se enrola e fica parecendo uma bola. A cabeça, as patas, a barriga e o rabo ficam escondidos. É assim que esse bicho se protege.



MORAIS, Marta Boissou: ANDADE, Maria H. de Paiva. Tanto Bicho. P.22 9po3010581_SUP)

Assinale a alternativa que indica, em parênteses, um erro em relação à classificação da letra destacada no termo em negrito.
Alternativas
Q2381104 Português
Texto 4



Os cobogós foram criados em 1929 na cidade do Recife, pensados para baratear as construções, garantir iluminação natural com ventilação constante também agregando beleza aos prédios e casas. Um dos primeiros projetos a utilizar a inovação foi a Caixa D’água de Olinda, de 1934. As peças ganharam o Nordeste e todo o país e viraram uma marca da arquitetura moderna brasileira.

Um comerciante português, um importador alemão e um engenheiro pernambucano foram os criadores do cobogó e o próprio nome resulta da junção das primeiras sílabas dos sobrenomes de cada um deles: Amadeu Coimbra, Ernst Boeckmann e Antônio de es. 



(https://revistacontinente.com.br/edicoes/161/cobogo-- elemento-chave-da-construcao-moderna)
Em qual das alternativas todas as palavras retiradas do texto estão com as sílabas separadas corretamente? 
Alternativas
Q2381100 Português
Texto 2



Para quem gosta de limpeza, a cozinha é praticamente um santuário. É o lugar onde a magia acontece, mas também é o local que se suja mais rapidamente. E nada é mais irritante do que ver migalhas na bancada ou pratos sujos empilhados na pia. Para os amantes da limpeza, manter a cozinha impecável é uma batalha constante, especialmente quando outros membros da casa não compartilham do mesmo zelo pela ordem.



(https://www.msn.com/pt-br/estilo-de-vida/shopping/6- coisas-irritantes-para-quem-%C3%A9-obcecado-por-limpezavoc%C3%AA-se-identifica/arAA1iX2Pn?ocid=hpmsn&cvid=875a731923dc48afa2d997aa39 874015&ei=56) 
Assinale a alternativa correta sobre as palavras sublinhadas no texto:
Alternativas
Q2378821 Português

INSTRUÇÃO: Leia o texto I para responder à questão.


TEXTO I

Minha cachorra não sabe o que fizemos com o planeta


Giovana Madalosso


Eu e a minha cachorra costumamos sair para o nosso passeio noturno. Eu sei de quais canteiros ela mais gosta, que plantas prefere cheirar, por qual portão do prédio prefere voltar. Ela também me conhece. Caramba! A gente sabe que possivelmente esquecerei o controle remoto, que teremos que voltar pra pegar, que nessa hora direi algum palavrão em voz alta e, em algum momento, darei uma olhada no celular.


Ontem foi uma dessas noites em que saímos juntas. Quente demais para o mês de junho, eu usando uma blusa fina quando deveria estar de casaco. O que me fez pensar na crise climática. Segundo a ONU, os próximos cinco anos serão os mais quentes já registrados, com 98% de chance de que as temperaturas globais atinjam níveis recordes – e não, isso não é só devido ao El Niño.


Enquanto penso nisso, minha cachorra cheira o mato que cresce entre os paralelepípedos ao nosso redor, retardando ao máximo a sua volta para o apartamento. Puxo suavemente a sua coleira. É hora de ir.


Caminhamos em direção ao portão pelo qual ela prefere passar. Apalpo os meus diversos bolsos em busca do controle remoto. Trocamos um olhar, quem sabe até um sorriso maroto, o meu em forma de dentes, o dela em forma de rabo que abana, marcando uma possível consciência mútua do quanto sou atrapalhada, do quanto sempre demoramos para sair e para entrar.


De repente, me ocorre que ela sabe muito mais do que imagino. Talvez até perceba que o planeta está mudando, que há algo de estranho no ar mais quente e poluído.


Finalmente encontro o controle e entramos pelo portão, costuradas pelos nossos passos e pela certeza de que, conscientes ou não das mudanças ambientais, seguiremos juntas, seguiremos todos juntos, dividindo o mesmo presente, o mesmo futuro e o mesmo espaço – este planeta chamado Terra, para o qual ainda não descobriram um substituto.


FOLHA DE S.PAULO, 25 jun. 2023 (adaptado). 

Leia o trecho do texto I a seguir.

“De repente, me ocorre que ela sabe muito mais do que imagino. Talvez até perceba que o planeta está mudando, que há algo de estranho no ar mais quente e poluído.”


Considere a passagem transcrita do texto e complete corretamente as lacunas.


Os itens “planeta”, “repente” e “mudando” possuem o mesmo número de sílabas que a palavra __________. Quanto à acentuação, o vocábulo __________ é uma oxítona terminada em vogal. Já o termo “estranho” apresenta na sua grafia um encontro consonantal e um __________, ou seja, o conjunto de duas letras representando um único fonema.


Assinale a sequência que preenche correta e respectivamente as lacunas do texto.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: Instituto Darwin Órgão: Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE Provas: Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Advogado | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Assistente Social | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Médico(a) Psiquiatra | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Médico(a) Plantonista | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Médico(a) Ginecologista e Obstetra | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Médico(a) Ortopedista | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Médico(a) Pediatra | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Médico(a) Reumatologista | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Médico(a) Cirurgião | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Médico(a) Ultrassonografista | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Médico(a) Anestesista | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Nutricionista | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Bioquímico Analista | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Cirurgião Dentista da Estratégia da Saúde da Família (ESF) | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Farmacêutico | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Fonoaudiólogo | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Psicólogo(a) | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Educador Físico | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Professor(a) Anos Finais - 6° ao 9° Ano: Artes | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Professor(a) Anos Finais - 6° ao 9° Ano: Ciências | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Professor(a) Anos Finais - 6° ao 9° Ano: Educação Física | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Professor(a) Anos Finais - 6° ao 9° Ano: História | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Professor(a) Anos Finais - 6° ao 9° Ano: Língua Inglesa | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Professor(a) Anos Finais - 6° ao 9° Ano: Geografia | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Professor(a) Anos Finais - 6° ao 9° Ano: Língua Portuguesa | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Professor(a) Anos Finais - 6° ao 9° Ano: Matemática | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Fisioterapeuta | Instituto Darwin - 2023 - Prefeitura de Lagoa de Itaenga - PE - Médico(a) Veterinário(a) |
Q2376798 Português
TEXTO 2


A maneira como “palhiaço” está escrito com spray
vermelho na porta dos
fundos do Bib’s me faz pensar na minha mãe. Ela
sempre acrescentava uma
letra i ao pronunciar a palavra. Eu sentia vontade de rir
toda vez que ouvia,
mas era difícil achar graça na infância quando eu era
sempre o alvo do
insulto.
— Pa... lhi...aço — sussurra Darin. — Só pode ter sido
uma criança. A maioria dos adultos sabe soletrar essa palavra.
— Aí é que você se engana.
Toco na tinta, porém ela não suja meus dedos. Seja quem for que tenha
pichado deve ter feito isso logo após fecharmos ontem à noite.
— Por que será que estão te chamando de palhaço? — pergunta ele.
— Por que acha que foi para mim? Pode ter sido para você ou para o Brad.
— O restaurante é seu. — Darin tira o casaco e o usa para remover um
grande caco de vidro da janela. — Talvez tenha sido
algum funcionário
insatisfeito, não?
— E eu tenho funcionários insatisfeitos?


HOOVER, Colleen. É Assim Que Começa. São Paulo: Galera, 2019. 
Analise as palavras destacadas quanto aos encontros vocálicos, encontros consonantais, dígrafos, divisão silábica e acentuação, e responda: Qual das alternativas abaixo descreve corretamente a análise das duas palavras?
Alternativas
Q2373738 Português

Leia o texto a seguir para responder a questão.


Como funciona a energia eólica? 


A energia eólica é produzida pela força dos ventos e é convertida em energia cinética que se transforma em eletricidade. O processo é feito por meio de turbinas eólicas ou aerogeradores, que são parecidos com moinhos de ventos.

Geralmente, a estrutura da turbina é composta por uma torre, rotor e pás. Assim, o vento faz as pás girarem a uma velocidade entre 10 a 25 rotações por minuto, o que aciona o rotor, que é a peça a que as pás estão conectadas.

Ele é multiplicado no interior da nacele que é a estrutura retangular que fica atrás das pás e conecta a torre da turbina. No seu interior fica o gerador que converte a energia cinética em energia elétrica.

Após isso, a eletricidade é conduzida por meio de dutos para transformadores que estão dentro da torre. Um dos transformadores está conectado à turbina e o outro concentra a energia que foi gerada.

Por fim, a energia é distribuída aos consumidores finais pela rede de distribuição.

(Fragmento adaptado. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/entenda-como-funciona-a-energia-eolica-offshore-que-e-gerada-no-mar/)




Assinale a alternativa em que a divisão silábica está CORRETA.
Alternativas
Q2371967 Português
A última crônica 


   A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 
     Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
    Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
    A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
    São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca- Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você...” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
   Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.


(SABINO, Fernando. A companheira de viagem, Editora do Autor. Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.)
As palavras a seguir foram retiradas do texto; assinale a alternativa que está correta quanto à divisão silábica.
Alternativas
Q2371430 Português



(Disponível em: https://deposito-de-tirinhas.tumblr.com/page/199.)


As palavras a seguir foram retiradas da tirinha; assinale a que apresenta a divisão silábica INCORRETA. 
Alternativas
Q2368808 Português
A maior tartarugada…


         A maior tartarugada da América do Sul não houve. Mas durante dois meses foi um acontecimento entre um grupo de sibaritas fim de semana que frequenta à tarde um bar do centro.
         A tartaruga sonhava em câmera lenta na areia cálida das margens de um igarapé amazonense, sonhava com o mundo melhor de daqui a 200 anos, quando a pegaram e lhe torceram o destino.
       Foi encaixotada, baloiçou na correnteza de um rio em uma igara frágil, tomou um avião em Belém, voou sobre as nuvens, como suas antepassadas lendárias, não para a festa do céu, mas para a panela de um coronel amigo meu.
       No bar, não se falava em outra coisa. Era uma soberba tartaruga, volumosa, da raça mais nobre e saborosa. Durante vários dias discutiu-se a melhor maneira de assassiná-la, prepará-la, cozinhá-la e comê-la. Entre os convidados do coronel, havia gente do norte, sequiosa de repetir um prato, e gente do sul e de Minas, que aguardava com alguma ansiedade o momento de prová-lo.
       A tartaruga desceu no aeroporto Santos Dumont, onde o coronel e dois íntimos dele foram levar as boas-vindas ao delicioso quelônio, seguindo para a residência do primeiro, no Leblon. Aí, ela passou a esperar a morte com um estoicismo estúpido. Alguns dos futuros convivas foram visitá-la pessoalmente e voltaram encantados: “É uma tartaruga genial”!
       A data do banquete foi marcada. Depois adiada. O que foi? O que houve? Ela anda meio triste, explicava o coronel consternado. Saudades da pátria, disse um paraense. Pressentimento da morte, arriscou um sujeito romântico.
       A verdade é que a tartaruga não ia lá muito bem das pernas. Mergulhara em um quietismo exagerado, mesmo para um animal de sua espécie, recusava delicadamente qualquer alimento, espichava o pescocinho mecânico, contemplava com desalento o mundo exterior, e voltava à solidão inexpugnável de sua carapaça.
         Nunca se vira no mundo tartaruga tão introspectiva.
       Chamou-se às pressas um veterinário. Este chegou, de óculos, com sua ciência também subjetiva, olhou a tartaruga nos olhos, como se lhe perguntasse discretamente a idade, virou-a de barriga para cima, auscultou-a, redigindo depois, em silêncio, uma receita.
        – Pode-se fazer alguma coisa por ela, doutor? – perguntou o coronel, pálido, mas disposto a saber toda a verdade.
       – Sinto dizer que ela vai muito mal – respondeu em tom frio o veterinário. – Sofre de arteriosclerose. Deve ser uma tartaruga em idade muito avançada. Suas túnicas arteriais devem estar duras como pedras.
        – Bonito! – exclamou o coronel.
     – Como?! – interrogou o veterinário, achando que o dono da cliente aludira às palavras técnicas empregadas por ele.
      – É que eu ia fazer um big almoço dela... Agora o que vou dizer ao pessoal? Em um sábado pela manhã, a tartaruga entrou lentamente em pane e morreu. Teve um enterro comum de bicho morto. Mas no bar houve um momento de condolência, quando soubemos da infausta notícia.  


(Paulo Mendes Campos. Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/. Acesso em: 18/11/2023.) 

Observam-se as palavras “estoicismo”, “consternado” e “inexpugnável”, nos 5º, 6º e 7º parágrafos, respectivamente. Assinale a alternativa em que as palavras estejam separadas silabicamente de forma correta de acordo com o padrão da Língua Portuguesa brasileira.
Alternativas
Q2368580 Português
Recordar é viver; dar e receber é uma troca virtuosa. Por que os idosos não podem falar?


             Ela foi condecorada na Bélgica como heroína na guerra contra o nazismo. Lutou em todas as frentes, desde a espionagem até em combates armados, sempre destacando-se entre os seus pares. Presa pelos nazistas, saltou do segundo andar da prisão para alcançar a liberdade. Na queda quebrou uma perna, o que não impediu a sua fuga.

              A sra. Glaz tinha a motivação dos judeus, era judia, na luta contra o nazismo. Ela era uma figura marcante. Nas reuniões dominava a conversação com os detalhes da sua vida heroica. Tornou-se uma personalidade. Onde quer que estivesse terminava como o centro das atenções e da admiração.

          Evidentemente, a sua história, de tão repetida, foi perdendo interessados. Ela sentiu a perda da posição de destaque. Já que não tinha outra história, senão aquela, para ter ouvintes deveria mudar de ambiente. Foi o que fez. Descobriu nos cruzeiros marítimos um novo público. Cada nova troca de passageiros a colocava novamente em evidência. Era o que na sua idade avançada dava-lhe motivação para viver. Mantinha viva a sua história de heroína trocando os ouvintes. Assim passou a viver de cruzeiro em cruzeiro ganhando a admiração com o seu desempenho na guerra.

               A nossa heroína não diverge da totalidade das pessoas. Todos, jovens e idosos, têm narrativas que desejam partilhar. Os jovens têm no celular o seu instrumento de contatos. Eles se satisfazem com o uso da internet e pelo fato de estarem construindo histórias de novas descobertas e conquistas. Nunca estão isolados do mundo. Já os idosos só têm uma história e a repetem a cada oportunidade. É o que eles têm. Acontece que os seus circundantes demonstram, com frequência, desinteresse pelo caso repetido, o que afeta o seu ânimo.

            O ser humano certamente desenvolveu a capacidade de comunicar-se para suprir uma carência. Somos seres gregários. A nossa sobrevivência depende das trocas que fazemos com nossos semelhantes. A solidão é mortal. Recordar é viver. Dar e receber é uma troca virtuosa. E é contando e recontando as nossas experiências que damos significado ao nosso viver.

             Não basta estar na multidão se não houver o que ouvir ou que falar. O isolamento é um sentimento que vem da ausência de comunicação. Sentimento que atinge fortemente aqueles poucos que atingem uma idade avançada. Como nem todos têm condições de viver de cruzeiro em cruzeiro para desbravar novos ouvintes só resta a repetição. Porém esperar pela boa vontade e paciência dos outros é uma aposta perdida.

           Ninguém demonstra prazer em ouvir o mesmo pela segunda vez. E as reações são as mesmas, dizem: “Contam as mesmas histórias a cada novo contato”. A razão é que isto é o que elas têm e é o que preenche as suas necessidades de colocar em comum o que é seu. Poucos realizam esse ímpeto de comunicação, esse “dar de si” embute uma dose de generosidade.


(Jorge Wilson Simeira Jacob. Disponível em: https://www.jornalopcao.com.br/. Acesso em: 06/12/2023.)
A palavra “senão”, no contexto “Já que não tinha outra história, senão aquela, para ter ouvintes deveria mudar de ambiente.” (3º§), possui significado e escrita diferentes da expressão “se não”, apesar de terem fonética igual. A partir dessa consideração, assinale a alternativa cujo par de palavras são homófonas. 
Alternativas
Q2368463 Português
Considerando os processos fonológicos e de formação de palavras da Língua Portuguesa, analise as assertivas a seguir:


I.    As palavras “amanhecido” e “expatriado” são formadas por derivação parassintética.
II.   A palavra “companhia” contém um encontro consonantal e um dígrafo.
III. “Padaria” é uma palavra que contém um ditongo aberto.


Quais estão corretas?
Alternativas
Q2368155 Português

Transtorno de compulsão alimentar






(https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/compulsaoalimentar.htm) 

Em “prejudicial” (L.15), há caso de
Alternativas
Q2368154 Português

Transtorno de compulsão alimentar






(https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/compulsaoalimentar.htm) 

Em “necessariamente” (L.8), há
Alternativas
Q2366967 Português
Texto CB2A2


            No caso de uma criança com menos de dez anos — entenda-se aqui o nível de maturidade, e não a idade —, o professor deve preocupar-se principalmente para que ela não seja importunada no seu brincar e nas suas experiências. Ensiná-la não faz sentido, pois, nessa idade narcisista, ela responde a cada interferência fugindo da realização da atividade. Nessa idade, desenhar e pintar são os seus principais meios de expressão.

          A partir dos 10 anos, a criança começa a ficar insatisfeita com seus modos de expressão; o ambiente mais amplo ganha sentido para ela — não mais como aquele que existia em sua fantasia, mas como é na realidade —, e só então pode ser instaurado o “ensino da forma”, que não deve, porém, encobrir a sua espontaneidade expressiva. As técnicas de desenho e pintura devem ser apresentadas à criança conforme suas necessidades. Tamanhos, relações entre tamanhos (proporção), ritmo, claro, escuro, escultura, espaço, cor e o valor de expressão do exagero, da sutileza e da composição. Os elementos com os quais a criança opera são por natureza os mesmos da “grande arte” e levam a criança, por si mesma, a ter consciência deles, abrindo o caminho da “grande arte” para ela.


Friederike Brandeis. O desenhar das crianças.
In: Cadernos CEDES, v. 42, n.º 116, 2022, p. 122 (com adaptações).
Cada uma das opções a seguir apresenta um vocábulo retirado do texto CB2A2 seguido de uma proposta de separação silábica. Assinale a opção em que a forma de separação silábica do vocábulo indicado está correta.
Alternativas
Q2364036 Português

A sofisticação das línguas indígenas   



       Você provavelmente já encontrou pelas redes sociais o famigerado #sqn, aquele jeito telegráfico de dizer que tal coisa é muito legal, “só que não”. Agora, imagine uma língua totalmente diferente do português que deu um jeito de incorporar um conceito parecido na própria estrutura das palavras, criando o que os linguistas apelidaram de “sufixo frustrativo” — um #sqn que faz parte da própria história do idioma.   


       É exatamente assim que funciona no kotiria, um idioma da família linguística tukano que é falado por indígenas do Alto Rio Negro, na fronteira do Brasil com a Colômbia. Para exprimir a função “frustrativa”, o kotiria usa um sufixo com a forma -ma. Você quer dizer que foi até um lugar sem conseguir o que queria indo até lá? Basta pegar o verbo “ir”, que é wa’a em kotiria, e acrescentar o sufixo: wa’ama, “ir em vão”. Dá para encontrar detalhes surpreendentes como esse em todas as mais de 150 línguas indígenas ainda faladas no território brasileiro. Elas são apenas a ponta do iceberg do que um dia existiu por aqui.   


       Calcula-se que pelo menos 80% dos idiomas que eram falados no Brasil desapareceram de 1.500 para cá. Mesmo assim, o país continua abrigando uma das maiores diversidades linguísticas do planeta. A propósito, esqueça aquele negócio de “tupi-guarani”, expressão que é meio como dizer “português-espanhol”. O tupi é uma língua; o guarani é outra — e, aliás, existem diversas formas de guarani, nem sempre inteligíveis entre si.   


       O único emprego correto do substantivo composto “tupi-guarani” é o que serve para designar uma subfamília linguística com esse nome, a qual engloba dezenas de idiomas. Entre seus membros ainda usados no cotidiano estão o nheengatu, os vários “guaranis”, o tapirapé e o guajá. Uma subfamília, como você pode imaginar, faz parte de uma família linguística mais ampla — nesse caso, a família tupi propriamente dita.   


       Existem pelo menos outras três grandes famílias linguísticas no país, diversas outras famílias de porte mais modesto e, de quebra, várias línguas consideradas isoladas. É mais ou menos o mesmo caso do basco, falado na Espanha e na França — com a diferença de que o basco é um dos únicos casos desse tipo no território europeu.   


       Essa comparação ajuda a entender o tamanho da riqueza linguística brasileira. Com raríssimas exceções (fora o basco, temos também o finlandês e o húngaro, por exemplo), todos os falares ainda utilizados hoje na Europa fazem parte de uma única família linguística, a do indo-europeu. Pode não parecer à primeira vista, mas é praticamente certo que o alemão, o russo, o grego, o português e o lituano descendem de um único idioma pré-histórico, que hoje chamamos de protoindo-europeu.


Reinaldo José Lopes. Internet. <super.abril.com.br.> (com adaptações). 

A palavra 
Alternativas
Q2363495 Português
Leia o texto para responder à questão.  

Insônia infeliz e feliz 

    De repente os olhos bem abertos. E a escuridão toda escura. Deve ser noite alta. Acendo a luz da cabeceira e para o meu desespero são duas horas da noite. E a cabeça clara e lúcida. Ainda arranjarei alguém igual a quem eu possa telefonar às duas da noite e que não me maldiga. Quem? Quem sofre de insônia? E as horas não passam. Saio da cama, tomo café. E ainda por cima com um desses horríveis substitutos do açúcar porque Dr. José Carlos Cabral de Almeida, dietista, acha que preciso perder os quatro quilos que aumentei com a superalimentação depois do incêndio. E o que se passa na luz acesa da sala? Pensa-se uma escuridão clara. Não, não se pensa. Sente-se. Sente-se uma coisa que só tem um nome: solidão. Ler? Jamais. Escrever? Jamais. Passa-se um tempo, olha-se o relógio, quem sabe são cinco horas. Nem quatro chegaram. Quem estará acordado agora? E nem posso pedir que me telefonem no meio da noite, pois posso estar dormindo e não perdoar. Tomar uma pílula para dormir? Mas e o vício que nos espreita? Ninguém me perdoaria o vício. Então fico sentada na sala, sentindo. Sentindo o quê? O nada. E o telefone à mão.
    Mas quantas vezes a insônia é um dom. De repente acordar no meio da noite e ter essa coisa rara: solidão. Quase nenhum ruído. Só o das ondas do mar batendo na praia. E tomo café com gosto, toda sozinha no mundo. Ninguém me interrompe o nada. É um nada a um tempo vazio e rico. E o telefone mudo, sem aquele toque súbito que sobressalta. Depois vai amanhecendo. As nuvens se clareando sob um sol às vezes pálido como uma lua, às vezes de fogo puro. Vou ao terraço e sou talvez a primeira do dia a ver a espuma branca do mar. O mar é meu, o sol é meu, a terra é minha. E sinto-me feliz por nada, por tudo. Até que, como o sol subindo, a casa vai acordando e há o reencontro com meus filhos sonolentos.


(Clarice Lispector. A descoberta do mundo. 1999.) 
As palavras a seguir foram retiradas do texto; assinale a divisão silábica INCORRETA. 
Alternativas
Respostas
1121: E
1122: E
1123: E
1124: D
1125: B
1126: C
1127: C
1128: A
1129: B
1130: A
1131: B
1132: D
1133: A
1134: B
1135: A
1136: A
1137: C
1138: C
1139: D
1140: C