Questões de Concurso
Sobre fonologia em português
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Julgue o item a seguir.
De acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasileira
(NGB), a morfologia é uma área de estudos que pode ser
descritiva, histórica e sintática e que se dedica à análise
de fonemas, tratando de vogais, consoantes e
semivogais.
Texto 01 para a questão.
O projeto de cada indivíduo pode ser traçado desde a infância, mas também pode ser construído ou modificado nas diferentes fases da vida. A ênfase existencialista se coloca no exercício permanente da liberdade da escolha e da responsabilidade individual na construção de um projeto de vida que dê significado às nossas existências até os últimos dias.
GOLDENBERG, Mirian. A Invenção de uma bela velhice.2021. p.48
Observe abaixo os termos destacados em maiúscula:
Em que item(ns), os termos destacados são classificados como polissílabos?
Texto 03 para a questão.
Papai Noel
Toda criança, quando completa uma idade apropriada, acredito que, depois dos 4 anos, aspira a uma bicicleta. Acontece que éramos meninos, queríamos muito e meu pai não tinha condições de comprá-las para nós.
As bicicletas tinham sido o nosso desejo na cartinha de Papai Noel.
Minha mãe, com toda a inteligência de uma mulher que resolve os conflitos de uma casa, conseguiu resolver o impasse e, apesar de nós termos ficado um pouco aborrecidos, o problema estava, de fato, resolvido.
Na hora em que abrimos os presentes de Natal, eram bicicletas bem pequenininhas preparadas com um fiozinho para correr em uma pista como se fosse uma corrida de bicicleta.
Por fim, a culpa ficou para o Papai Noel que não entendeu nosso pedido, já que não tínhamos especificado o tamanho. Coisas de mãe que resolve tudo!
SIMÕES, Oscar. Contos de um menino curioso. 2023. p. 54
Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA.
Texto 02 para a questão.
Sobre Mudar
Mudar... Tá aí algo difícil para algumas pessoas. Mudar a aparência, mudar as atitudes, mudar de opinião, de ideia, mas, principalmente, mudar a consciência. Se ver como um ser em evolução. Mudar velhos hábitos. Mudar tudo que atrasa o riso, que atrasa o passo. Tudo que pode impedir sua transformação em um ser melhor. Para mudar, é preciso, antes de tudo, o reconhecimento de que aquilo que você é e faz já não é o bastante para sua felicidade. Mudar, muitas vezes, dói. Todo reinício é difícil, mas, no final, é gratificante. Afinal, evoluir faz parte da vida. Você não está aqui para ser a mesma coisa até o fim da vida. Mudar é sinal de inteligência, de coragem. E, acima de tudo, de força. Acredite na força que você tem.
https://br.pinterest.com/pin/85849936640788148/ Acesso em 17.01.2024
Texto 01 para a questão.
Tatu-bola
O corpo do tatu-bola fica dentro de placas. As placas são duras e protegem o tatu-bola do ataque de outros bichos. Quando o tatu-bola fica com medo, ele se enrola e fica parecendo uma bola. A cabeça, as patas, a barriga e o rabo ficam escondidos. É assim que esse bicho se protege.
MORAIS, Marta Boissou: ANDADE, Maria H. de Paiva. Tanto Bicho. P.22 9po3010581_SUP)
INSTRUÇÃO: Leia o texto I para responder à questão.
TEXTO I
Minha cachorra não sabe o que fizemos com o planeta
Giovana Madalosso
Eu e a minha cachorra costumamos sair para o nosso passeio noturno. Eu sei de quais canteiros ela mais gosta, que plantas prefere cheirar, por qual portão do prédio prefere voltar. Ela também me conhece. Caramba! A gente sabe que possivelmente esquecerei o controle remoto, que teremos que voltar pra pegar, que nessa hora direi algum palavrão em voz alta e, em algum momento, darei uma olhada no celular.
Ontem foi uma dessas noites em que saímos juntas. Quente demais para o mês de junho, eu usando uma blusa fina quando deveria estar de casaco. O que me fez pensar na crise climática. Segundo a ONU, os próximos cinco anos serão os mais quentes já registrados, com 98% de chance de que as temperaturas globais atinjam níveis recordes – e não, isso não é só devido ao El Niño.
Enquanto penso nisso, minha cachorra cheira o mato que cresce entre os paralelepípedos ao nosso redor, retardando ao máximo a sua volta para o apartamento. Puxo suavemente a sua coleira. É hora de ir.
Caminhamos em direção ao portão pelo qual ela prefere passar. Apalpo os meus diversos bolsos em busca do controle remoto. Trocamos um olhar, quem sabe até um sorriso maroto, o meu em forma de dentes, o dela em forma de rabo que abana, marcando uma possível consciência mútua do quanto sou atrapalhada, do quanto sempre demoramos para sair e para entrar.
De repente, me ocorre que ela sabe muito mais do que imagino. Talvez até perceba que o planeta está mudando, que há algo de estranho no ar mais quente e poluído.
Finalmente encontro o controle e entramos pelo portão, costuradas pelos nossos passos e pela certeza de que, conscientes ou não das mudanças ambientais, seguiremos juntas, seguiremos todos juntos, dividindo o mesmo presente, o mesmo futuro e o mesmo espaço – este planeta chamado Terra, para o qual ainda não descobriram um substituto.
FOLHA DE S.PAULO, 25 jun. 2023 (adaptado).
“De repente, me ocorre que ela sabe muito mais do que imagino. Talvez até perceba que o planeta está mudando, que há algo de estranho no ar mais quente e poluído.”
Considere a passagem transcrita do texto e complete corretamente as lacunas.
Os itens “planeta”, “repente” e “mudando” possuem o mesmo número de sílabas que a palavra __________. Quanto à acentuação, o vocábulo __________ é uma oxítona terminada em vogal. Já o termo “estranho” apresenta na sua grafia um encontro consonantal e um __________, ou seja, o conjunto de duas letras representando um único fonema.
Assinale a sequência que preenche correta e respectivamente as lacunas do texto.
Leia o texto a seguir para responder a questão.
Como funciona a energia eólica?
(Fragmento adaptado. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/entenda-como-funciona-a-energia-eolica-offshore-que-e-gerada-no-mar/)
(Disponível em: https://deposito-de-tirinhas.tumblr.com/page/199.)
I. As palavras “amanhecido” e “expatriado” são formadas por derivação parassintética.
II. A palavra “companhia” contém um encontro consonantal e um dígrafo.
III. “Padaria” é uma palavra que contém um ditongo aberto.
Quais estão corretas?
Transtorno de compulsão alimentar
(https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/compulsaoalimentar.htm)
Transtorno de compulsão alimentar
(https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/compulsaoalimentar.htm)
A sofisticação das línguas indígenas
Você provavelmente já encontrou pelas redes sociais o famigerado #sqn, aquele jeito telegráfico de dizer que tal coisa é muito legal, “só que não”. Agora, imagine uma língua totalmente diferente do português que deu um jeito de incorporar um conceito parecido na própria estrutura das palavras, criando o que os linguistas apelidaram de “sufixo frustrativo” — um #sqn que faz parte da própria história do idioma.
É exatamente assim que funciona no kotiria, um idioma da família linguística tukano que é falado por indígenas do Alto Rio Negro, na fronteira do Brasil com a Colômbia. Para exprimir a função “frustrativa”, o kotiria usa um sufixo com a forma -ma. Você quer dizer que foi até um lugar sem conseguir o que queria indo até lá? Basta pegar o verbo “ir”, que é wa’a em kotiria, e acrescentar o sufixo: wa’ama, “ir em vão”. Dá para encontrar detalhes surpreendentes como esse em todas as mais de 150 línguas indígenas ainda faladas no território brasileiro. Elas são apenas a ponta do iceberg do que um dia existiu por aqui.
Calcula-se que pelo menos 80% dos idiomas que eram falados no Brasil desapareceram de 1.500 para cá. Mesmo assim, o país continua abrigando uma das maiores diversidades linguísticas do planeta. A propósito, esqueça aquele negócio de “tupi-guarani”, expressão que é meio como dizer “português-espanhol”. O tupi é uma língua; o guarani é outra — e, aliás, existem diversas formas de guarani, nem sempre inteligíveis entre si.
O único emprego correto do substantivo composto “tupi-guarani” é o que serve para designar uma subfamília linguística com esse nome, a qual engloba dezenas de idiomas. Entre seus membros ainda usados no cotidiano estão o nheengatu, os vários “guaranis”, o tapirapé e o guajá. Uma subfamília, como você pode imaginar, faz parte de uma família linguística mais ampla — nesse caso, a família tupi propriamente dita.
Existem pelo menos outras três grandes famílias linguísticas no país, diversas outras famílias de porte mais modesto e, de quebra, várias línguas consideradas isoladas. É mais ou menos o mesmo caso do basco, falado na Espanha e na França — com a diferença de que o basco é um dos únicos casos desse tipo no território europeu.
Essa comparação ajuda a entender o tamanho da riqueza linguística brasileira. Com raríssimas exceções (fora o basco, temos também o finlandês e o húngaro, por exemplo), todos os falares ainda utilizados hoje na Europa fazem parte de uma única família linguística, a do indo-europeu. Pode não parecer à primeira vista, mas é praticamente certo que o alemão, o russo, o grego, o português e o lituano descendem de um único idioma pré-histórico, que hoje chamamos de protoindo-europeu.
Reinaldo José Lopes. Internet. <super.abril.com.br.> (com adaptações).