Questões de Português - Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação para Concurso

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Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PC-RO Prova: FUNCAB - 2014 - PC-RO - Técnico em Necropsia |
Q2716996 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


A liberdade chega aos morros


asdAo fincar a bandeira do Brasil e a do Batalhão de Operações Especiais (Bope) numa laje que servia como QG de traficantes. um grupo de policiais da tropa de elite do Rio de Janeiro marcava, na semana passada, a retomada do poder em um conjunto de sete violentas favelas da Zona Norte - a maior operação dessa natureza já feita em morros cariocas. Ela é parte de um programa para estabelecer bases permanentes da polícia em áreas sob o jugo do tráfico, as chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que já devolveram ao estado o controle de territórios em catorze favelas. Nas mãos de criminosos por três décadas e palco de sangrentos confrontos entre policiais e traficantes, o Borel, o maior entre os morros ocupados na última quarta-feira, chamou atenção: enquanto os 280 PMs tomavam as vielas, não se ouviu ali um único tiro. Cena rara, ela é o retrato de uma ação planejada nos últimos seis meses, que envolveu o setor de inteligência da polícia e foi precedida de quatro operações menores, nas quais já haviam sido capturados traficantes como Bill do Borel, o chefão local. Além disso, o Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, decidiu tornar pública a operação, com o propósito declarado de provocar a debandada dos bandidos - o que de fato ocorreu. Daí só ter havido uma prisão. Justifica Beltrame: "Se estivessem lá, jamais conseguiríamos retomar o poder sobre territórios sem um banho de sangue".

asdIsso faz refletir sobre a real capacidade de o estado reaver o comando nos morros mais lucrativos para o tráfico que o Borel, de onde os bandidos evidentemente não querem sair. Diz Pedro Strozenberg, especialista em segurança pública: "A ocupação dessas favelas pelo poder público vai requerer muito mais homens e uma verdadeira ~stratégia de guerra, algo que não se viu até aqui". E o caso do Complexo do Alemão, também na Zona Norte, o maior conjunto de favelas do Rio, com 130 000 habitantes (justamente onde estão refugiados agora os traficantes do Borel, segundo a polícia). Estima-se que circulem por ali 300 bandidos armados com mais de uma centena de fuzis de guerra. Outra dificuldade em tomar o complexo das mãos dos traficantes diz respeito à sua intrincada geografia: entrecortado de morros acidentados que atingem quase 200 metros de altura e pontuado por centenas de vielas labirínticas, o Alemão impõe um grau de dificuldade à polícia que não se compara ao do Borel - mas é preciso que ela o ocupe.

asdA decisão do estado de retomar o controle das fave las cariocas rompe com a lógica da complacência e da frouxidão com a bandidagem, que contaminou as políticas de segurança pública do Rio nas últimas décadas. A atual experiência das UPPs reforça a ideia de que com planejamento e uma gestão a salvo de ingerências políticas, é possível, sim, combater a criminalidade. A ocupação das favelas pela polícia também ajuda a desconstruir o mito de que os bandidos ali encastelados compõem um grupo de criminosos tão organizados quanto invencíveis. Eles não o são. Quando o estado se impõe, os resultados se fazem notar - e a cidade como um todo se beneficia disso. Para se ter uma ideia, no entorno das áreas em que as UPPs foram implantadas, os imóveis se valorizaram até 300% em um ano e a frequência escolar subiu 30%. Avanços como esses em lugares tão pobres e violentos não deixam dúvida quanto à necessidade de que essa política seja permanente-e irreversível.

(FRANÇA, Ronaldo. Revista Veja, 05/05/2010.)

O substantivo QUARTA-FEIRA (parágrafo 1) foi formado pelo processo de:

Alternativas
Q2714647 Português
Quem é o seu filho?

Os pais perderam a intimidade com as crianças. Esse e outros efeitos da terceirização da educação e dos cuidados de saúde

[...]Todos os dias as mulheres provam que são capazes de se dividir em muitas. Elas conciliam casa, trabalho, filhos, estudos, beleza com notável habilidade. O segredo é não almejar a perfeição.
Administro a vida como o equilibrista de pratos daqueles circos antigos. O importante não é manter cada prato girando perfeitamente. O importante é acudir cada um no momento certo para evitar que eles caiam.
Quando o bebê nasce, toda profissional vive o dilema do retorno ao trabalho. E, antes disso, vive o dilema da terceirização dos cuidados. O que é melhor? Deixar a criança na creche, com uma babá ou com a avó?
Todas as possibilidades têm prós e contras. A escolha depende da estrutura familiar e do orçamento do casal. O importante, em todas as opções, é não exagerar na terceirização. Minha filha teve babá. Creches que funcionam em horário comercial não são uma alternativa para jornalistas. Trabalhamos em horários irregulares, frequentemente à noite e de madrugada.
Nossa saída foi criar um sistema de semiterceirização. A babá não dormia no trabalho e folgava todos os sábados, domingos e feriados.
Eu e meu marido fazíamos um revezamento. Um dos dois chegava em casa a tempo de substituir a babá quando a jornada diária dela terminava. Em boa parte das manhãs e nos finais de semana, nossa filha era só nossa. Nunca a babá nos acompanhou ao pediatra, ao supermercado, ao restaurante, ao hotel, ao teatrinho infantil. Pudemos acompanhar o desenvolvimento do paladar. Com alegria, levávamos a Bia para conhecer frutas e legumes no hortifrutti ou na feira. Apresentamos sabores e texturas e hoje nos orgulhamos de ver as escolhas que ela é capaz de fazer. Aos sábados ou domingos, eu preparava cardápios para a semana inteira e comprava os ingredientes. Faço isso até hoje. Facilita a vida, evita desperdício e nos dá a certeza de comer bem durante a semana toda, mesmo que o preparo das refeições seja terceirizado.
Os pais precisam reassumir seu papel na educação alimentar. Durante a entrevista, Becker mencionou contradições comuns. “Os pais se preocupam com vento encanado e pés no chão frio, mas oferecem aos filhos lixo tóxico para eles comerem”, afirma. Ao ouvir isso, me lembrei de outra historinha. Quando minha filha ainda estava na fase da papinha e decidíamos viajar de férias, a alimentação era um desafio. A babá preparava as sopinhas da semana em casa, congelávamos em diferentes potinhos e colocávamos numa bolsa térmica. No hotel, transferíamos tudo para o freezer. Como eram viagens curtas, sempre dava certo.
Um dia fizemos uma viagem um pouco mais longa, de carro. Resolvi passar no supermercado e comprar uma papinha pronta, dessas industrializadas, para oferecer a ela quando fizéssemos uma parada num restaurante de beira de estrada. Planejei tudo direitinho. Só não contei com o apurado controle de qualidade da minha bebê. Tirei a tampa do produto e, na primeira colherada, ela cuspiu a gororoba longe. Fez uma careta horrível, como se eu estivesse oferecendo a ela alguma coisa imprópria para consumo humano.
Como desprezar essa sabedoria? Foi a primeira e última vez que uma papinha pronta entrou no nosso carrinho de supermercado.
Aprender a comer bem é um patrimônio para a vida toda, mas os pais negligenciam esse aprendizado. Acham que isso não é importante ou que não é função deles. Se preocupam mais em comprar o último iPad para os filhos do que em saber se eles reconhecem uma berinjela. Educar é difícil. Ter filhos é conhecer a vida selvagem. Precisamos menos de manuais de instrução e mais de bom senso. Acertamos aqui, erramos ali. É preciso ter serenidade para aceitar isso.
Sou mãe há quase 14 anos. Muita coisa vem por aí. O balanço geral, até agora, deixa a família satisfeita. Não terceirizamos além da conta. Não perdemos o contato. Não nos arrependemos.

Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e- blogs/cristiane-segatto/ noticia/2013/12/quem-e-bo-seu- filhob.html

A palavra “equilibrista” apresenta em sua formação

Alternativas
Q2714230 Português

Assinale a alternativa que apresenta a palavra não formada por derivação parassintética:

Alternativas
Ano: 2017 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Aquiraz - CE Provas: CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Arquiteto | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Engenheiro Civil | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Geógrafo | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Médico Mastologista | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Enfermeiro - UBS | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Veterinário | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Médico Endocrinologista | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Médico Reumatologista | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Médico Gastroenterologista | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Enfermeiro em Saúde Mental | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Enfermeiro | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Engenheiro Agrônomo | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Odontólogo - Endodontista | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Geólogo | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Fonoaudiólogo | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Odontólogo - UBS | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Médico Gineco-Obstetra | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Procurador Fiscal | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Médico Clínico Geral - Plantonista | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Farmacêutico | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Enfermeiro Plantonista | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Médico -UBS | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Médico Otorrinolaringologista | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Médico Radiologista | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Biólogo - Especialista em Meio Ambiente | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Médico Anestesiologista - Plantonista | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Fisioterapeuta | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Terapeuta Ocupacional | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Auditor em Serviços de Saúde | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Engenheiro Ambiental | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Nutricionista | CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Educador Físico |
Q2712632 Português
Sobre o processo de formação das palavras, marque a opção em que todos os sufixos indicam naturalidade.
Alternativas
Q2711624 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.


A diferença entre mimar um filho e torná-lo um incompetente


  1. A criação de um filho envolve questões bastante complexas. São muitos os pais que
  2. anseiam por manter seus filhos felizes. Na perseguição deste desejo, muitas vezes eles dão de
  3. cara com um paradoxo: quanto mais esforço fazem, menos alcançam o objetivo. As crianças
  4. que recebem mais mimos e considerações geralmente também são as que mais sofrem pelo
  5. que não têm.
  6. Dizem que as novas gerações “nasceram cansadas”. Muitas das crianças de hoje parecem
  7. não ter ideia do que significa um despertador. O alarme pode tocar mil vezes e elas ainda estão
  8. lá, como se nada tivesse acontecido. Os pais têm que chamá-las várias vezes para que elas se
  9. levantem e possam ir para a escola. Muitos pais sabem que isso não é correto. Ainda assim eles
  10. continuam a fazê-lo, presos na própria dinâmica que criaram. Talvez não queiram lidar com o
  11. seu filho, porque não se sentem com autoridade suficiente para fazê-lo. Ou carregam sobre
  12. seus ombros alguma culpa que não lhes pertence e tentam compensar sendo mais permissivos.
  13. A verdade é que muitas crianças de hoje em dia têm se tornado verdadeiros preguiçosos.
  14. Elas não fazem sua cama e não têm ideia do que fazer para que as roupas apareçam limpas e
  15. passadas. Às vezes, elas não são tão pequenas. Às vezes elas chegam __ idades bastante
  16. avançadas se comportando da mesma maneira. O que está acontecendo?
  17. Esse desejo de que a criança não passe por determinadas dificuldades se tornou muito
  18. recorrente entre alguns pais. Eles idealizam __ vida e a colocam em termos parecidos com um
  19. paraíso. Isso é o que querem para seus filhos, um paraíso colorido onde eles possam ir
  20. crescendo sem sobressaltos. Por isso constroem em casa uma espécie de “resort” com “tudo
  21. incluído”: pensão completa, sem necessidade de que tenham que se preocupar nem mesmo
  22. com “suas coisas”, para não falar das demais; comida quente, que deve ser deliciosa, ou então
  23. correm o risco de que a criança não queira comer e que a “pobrezinha” adoeça; cama macia e
  24. sempre feita. E a coisa não termina aí. Eles também ensinam a criança a conjugar o verbo pedir
  25. em todos os modos e tempos. Isso é o que a criança sabe fazer de melhor: pedir. É tudo o que
  26. ela tem que fazer para conseguir o que deseja. “Como não lhe dar o melhor smartphone se
  27. depois ela irá se sentir complexada com os seus colegas?”. “Como não comprar a melhor
  28. roupa? Não quero que digam que ‘anda como um indigente’”.
  29. O “eu não quero que meu filho passe pelo que eu passei” é um pensamento que inúmeras
  30. vezes tem conduzido – e continuará conduzindo – ao desastre. Não é uma maneira de educar
  31. no amor. Porque quando se diz que o amor fica satisfeito com a felicidade do outro, não se
  32. refere à preguiça do outro, mas a sua realização.
  33. Muitos pais têm medo de seus filhos. O medo é justificado, especialmente se considerarmos
  34. que as agressões físicas aos pais têm aumentado em todos os países do Ocidente. Em alguns
  35. mais, em outros menos, mas no geral as porcentagens já alcançam os dois dígitos. Muitos pais
  36. também não são capazes de tomar decisões sem primeiro consultar seu filho. O que resulta
  37. desse tipo de criação são pessoas basicamente inúteis. Mas não é só isso. Também se tornam
  38. indolentes, falsamente convencidas, intolerantes e egoístas. Exatamente o tipo de pessoas que
  39. um pai ou uma mãe não quer perto de seu filho. Exatamente o tipo de seres humanos que
  40. vivem sem utilidade, nem sequer para si mesmos.
  41. Os avós e bisavós utilizavam a “pedagogia do cinto”. Não ___ necessidade de converter as
  42. infâncias em um sofrimento para educar adultos responsáveis, na verdade é um caminho ainda
  43. mais censurável que o excesso de permissividade, porque coloca em perigo a integridade da
  44. criança. No entanto, em algo eles estavam certos: o pai ou a mãe são aqueles que têm a
  45. obrigação de tomar a decisão. Também tinham razão em envolver as crianças em tarefas
  46. domésticas e lhes delegar responsabilidades para serem cumpridas. Um pai abusivo resulta em
  47. uma criança diminuída. Um pai permissivo e obediente educa filhos inúteis. Um pai que sabe
  48. estabelecer e manter alguns limites com carinho cria filhos fortes.


Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em https://www.contioutra.com/a-diferenca-entre-mimar-um-filho-e-torna-lo-um-incompetente/. Acesso em 31 Jan. 2019.

O termo “objetivo”, utilizado no texto é decorrente de um processo de formação de palavras conhecido como:

Alternativas
Respostas
106: D
107: B
108: B
109: B
110: A