Questões de Concurso
Sobre formação das palavras: composição, derivação, hibridismo, onomatopeia e abreviação em português
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Quanto ao processo de formação das palavras destacadas no trecho, indique a alternativa que apresenta palavras formadas pelo mesmo processo.
(Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0lg061w184o.adaptado)
O vocábulo destacado é formado pelo processo de:
Modo Avião
Por Pedro Guerra
(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/pedro-guerra/noticia/2024/12/modoaviao-cm4mwzdin019r0126jgaqd169.html – texto adaptado especialmente para esta prova).
(Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0q0188 yzq7o.adaptado)
O vocábulo destacado é formado pelo processo de:
Em relação às classes e aos processos de formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:
I. Nos aumentativos em 'ão', o gênero normal é o masculino, mesmo quando a palavra derivante é feminina, como no exemplo: a parede- o paredão.
II. O sufixo 'eco' possui um acentuado valor pejorativo, como observado nos vocábulos 'jornaleco' e 'livreco'.
III. As palavras podem mudar de classe gramatical sem sofrer modificação na forma. Basta, por exemplo, antepor-se o artigo a qualquer vocábulo da língua para que ele se torne um substantivo.
IV. Uma palavra composta pode ser constituída de substantivo+substantivo como no exemplo: amor-perfeito.
V. O prefixo destacado do vocábulo 'APOgeu' tem o significado de 'afastamento'.
Estão corretas:
Leia o texto a seguir para responder a questão.
Verde-paris: o pigmento do séc. 19 que começou como moda e virou inseticida
Em 2 de abril de 1894, Jordan foi buscar um balde d’água no poço da pensão em que morava em Buena Vista, uma cidadezinha de 1,2 mil habitantes no estado de Wisconsin, nos EUA. No fundo do recipiente, percebeu uma borra esverdeada suspeita. Calhou que, no dia anterior, um criminoso havia despejado um saco de 1kg de verde-paris na água – o que explicava o mal-estar repentino que havia acometido os moradores do casarão no dia anterior.
O verde-paris, ou verde de Schweinfurt, foi inventado em 1814 na Alemanha pelos fabricantes de tintas Wilhelm Sattler e Friedrich Russ, e começou sua trajetória como uma inovação promissora na indústria. A dupla de inventores buscava um verde mais estável do que o pigmento mais usado até então – o chamado verde de Scheele –, e encontrou um composto químico inorgânico que rapidamente se tornou popular por sua cor intensa e relativa durabilidade.
O verde-paris virou febre: foi amplamente utilizado em pinturas, encadernação de livros e papéis de parede. Artistas famosos do século 19, como Claude Monet, Vincent van Gogh e Paul Gauguin ficaram encantados com a cor – que era difícil de se replicar misturando outros pigmentos. Livros com capas e lombadas decoradas com o pigmento tornaram-se populares no Ocidente.
A lua de mel não durou muito, porém. O acetoarsenito de cobre, como o nome já diz, leva arsênico na receita, que o torna tóxico. O nome “verde-paris” não se refere à presença da cor nas paredes e pôsteres da capital francesa, e sim ao fato de que ele passou a ser usado como veneno de rato nos esgotos da cidade luz.
Mais tarde, descobriu-se que o pó também era um poderoso inseticida, que foi usado para controlar pragas agrícolas como o besouro da batata e o bicho-da-seda. O pigmento chegou a ser lançado de aviões durante a 2° Guerra Mundial para matar mosquitos e, assim, combater a malária na Itália.
Ao longo do século 19, a consciência crescente sobre a toxicidade do arsênico – famílias inteiras acabaram mortas por papéis de parede que continham verde-paris e outros pigmentos com esse elemento – levou a uma queda progressiva no uso de corantes desse tipo, que foram sendo substituídos por alternativas mais seguras.
Em fevereiro de 2024, bibliotecas na Alemanha começaram a restringir o acesso a livros com capas verde-paris, monitorando o risco de envenenamento de cada exemplar. Pesquisadores da Universidade de Delaware, nos EUA, também criaram um projeto para identificar e isolar esses livros em bibliotecas ao redor do globo (até maio de 2024, haviam sido identificados 313 volumes).
MOURÃO, M. Verde-paris: o pigmento do séc. 19 que
começou como moda e virou inseticida. Revista
Superinteressante. (Adaptado). Disponível em
Julgue o seguinte item, relativo a processos de formação de palavras empregadas no texto 19A1.
As palavras “cultural” e “histórico” são formadas por processo de derivação.
Julgue o seguinte item, relativo a processos de formação de palavras empregadas no texto 19A1.
As palavras “indeterminada” e “aprisionados” são ambas formadas pelo processo de composição, respectivamente, por aglutinação e por justaposição.
Julgue o seguinte item, relativo a processos de formação de palavras empregadas no texto 19A1.
As palavras “simplesmente” e “significações” são formadas pelo mesmo processo de derivação.
Considerando os sentidos e aspectos linguísticos do texto 9A1, julgue o item seguinte.
As palavras “consequentemente” e “entendimento” são formadas por derivação prefixal.
Os vocábulos destacados são formados pelos processos de, respectivamente:
Charlatões
Um amigo meu diz que em todos nós existe o charlatão. Concordei. Sinto em mim a charlatã me espreitando. Só não vence, primeiro porque não é realmente verdade, segundo porque minha honestidade básica até me enjoa. Há outra coisa que me espreita e que me faz sorrir: o mau gosto. Ah, a vontade que tenho de ceder ao mau gosto. Em quê? Ora, o campo é ilimitado, simplesmente ilimitado. Vai desde o instante em que se pode dizer a palavra errada exatamente quando ela cairia pior – até o instante em que se diriam palavras de grande beleza e verdade quando o interlocutor está desprevenido e levaria um susto de constrangimento, e haveria o silêncio depois. Em que mais? Em se vestir, por exemplo. Não necessariamente o óbvio do equivalente a plumas. Não sei descrever, mas saberia usar um mau gosto perfeito. E em escrever? A tentação é grande, pois a linha divisória é quase invisível entre o mau gosto e a verdade. E mesmo porque, pior que o mau gosto em matéria de escrever, é um certo tipo horrível de bom gosto. Às vezes, de puro prazer, de pura pesquisa simples, ando sobre linha bamba.
Como é que eu seria charlatã? Eu fui, e com toda a sinceridade, pensando que acertava. Sou, por exemplo, formada em direito, e com isso enganei a mim e aos outros. Não, mais a mim que a todos. No entanto, como eu era sincera: fui estudar direito porque desejava reformar as penitenciárias no Brasil.
O charlatão é um contrabandista de si mesmo. Que é mesmo o que estou dizendo? Era uma coisa, mas já me escapou. O charlatão se prejudica? Não sei, mas sei que às vezes a charlatanice dói e muito. Imiscui-se nos momentos mais graves. Dá uma vontade de não ser, exatamente quando se é com toda a força. Não posso infelizmente me alongar mais nesse assunto.
LISPECTOR, C. Charlatões. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 1973. Disponível em
Os vocábulos destacados são formados pelos processos de, respectivamente:
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
De que são feitos os dias?
De que são feitos os dias?
− De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.
Entre mágoas sombrias,
momentâneos lampejos:
vagas felicidades,
inactuais esperanças.
De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias
− do medo que encadeia
todas essas mudanças.
Dentro deles vivemos,
dentro deles choramos,
em duros desenlaces
e em sinistras alianças...
Cecilia Meireles, Canções
https://www.tudoepoema.com.br/cecilia-meireles-de-que-sao-feitos-osdias/#google_vignette
Os vocábulos destacados são formados pelos processos de, respectivamente: