Questões de Concurso Sobre funções morfossintáticas da palavra que em português

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Q3281054 Português
Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


Cuia


    Lindaura, a recepcionista do analista de Bagé ― segundo ele, “mais prestimosa que mãe de noiva” ―, tem sempre uma chaleira com água quente pronta para o mate. O analista gosta de oferecer chimarrão a seus pacientes e, como ele diz, “charlar passando a cuia, que loucura não tem micróbio”. Um dia entrou um paciente novo no consultório.

    ― Buenas, tchê ― saudou o analista. ― Se abanque no más.

    O moço deitou no divã coberto com um pelego e o analista foi logo lhe alcançando a cuia com erva nova. O moço observou:

    ― Cuia mais linda.

    ― Cosa mui especial. Me deu meu primeiro paciente. O coronel Macedônio, lá pras banda de Lavras.

    ― A troco de quê? ― quis saber o moço, chupando a bomba.

    ― Pues tava variando, pensando que era metade homem e metade cavalo. Curei o animal.

    ― Oigalê.

    ― Ele até que não se importava, pues poupava montaria. A família é que encrencou com a bosta dentro de casa.

    ― A la putcha.

    O moço deu outra chupada, depois examinou a cuia com mais cuidado.

     ― Curtida barbaridade. ― Também. Mais usada que pronome oblíquo em conversa de professor.

    ― Oigatê.

    E a todas estas o moço não devolvia a cuia. O analista perguntou:

    ― Mas o que é que lhe traz aqui, índio velho?

    ― É esta mania que eu tenho, doutor.

    ― Pos desembuche.

    ― Gosto de roubar as coisas.

    ― Sim.

    Era cleptomania. O paciente continuou a falar, mas o analista não ouvia mais.

    Estava de olho na sua cuia.

    ― Passa ― disse o analista.

    ― Não passa, doutor. Tenho esta mania desde piá.

    ― Passa a cuia.

    ― O senhor pode me curar, doutor?

    ― Primeiro devolve a cuia.

    O moço devolveu. Daí para diante, só o analista tomou chimarrão. E cada vez que o paciente estendia o braço para receber a cuia de volta, ganhava um tapa na mão.


Luis Fernando Veríssimo
A partícula “que” apresenta diversas classificações morfológicas, sendo um coringa na língua portuguesa. Assinale a alternativa que classifique de forma CORRETA o uso específico da partícula “que”, tendo como referência o contexto do trecho abaixo:

O analista gosta de oferecer chimarrão a seus pacientes e, como ele diz, “charlar passando a cuia, que loucura não tem micróbio”.

Alternativas:
Alternativas
Q3280188 Português

Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


À Beira-Mar


     Por que será que tem gente que vive se metendo com o que os outros estão fazendo? Pode haver coisa mais ingênua do que um menininho brincando com areia, na beira da praia? Não pode, né? Pois estávamos nós deitados a doirar a pele para endoidar mulher, sob o sol de Copacabana, em decúbito ventral (não o sol, mas nós) a ler “Maravilhas da Biologia”, do coleguinha cientista Benedict Knox Ston, quando um camarada se meteu com uma criança, que brincava com a areia.


    Interrompemos a leitura para ouvir a conversa. O menininho já estava com um balde desses de matéria plástica cheio de areia, quando o sujeito intrometido chegou e perguntou o que é que o menininho ia fazer com aquela areia. O menininho fungou, o que é muito natural, pois todo menininho que vai na praia funga, e explicou pro cara que ia jogar a areia num casal que estava numa barraca lá adiante. E apontou para a barraca.


    Nós olhamos, assim como olhou o cara que perguntava ao menininho. Lá, na barraca distante, a gente só conseguia ver dois pares de pernas ao sol. O resto estava escondido pela sombra, por trás da barraca. Eram dois pares, dizíamos, um de pernas femininas, o que se notava pela graça da linha, e outro masculino, o que se notava pela abundante vegetação capilar, se nos permitem o termo.


   — Eu vou jogar a areia naquele casal por causa de que eles estão se abraçando e se beijando muito — explicou o menininho, dando outra fungada.


    O intrometido sorriu complacente e veio com lição de moral. 


    — Não faça isso, meu filho — disse ele (e depois viemos a saber que o menino era seu vizinho de apartamento). Passou a mão pela cabeça do garotinho e prosseguiu: — deixe o casal em paz. Você ainda é pequeno e não entende dessas coisas, mas é muito feio ir jogar areia em cima dos outros. 


   O menininho olhou pro cara muito espantado e ainda insistiu:


   — Deixa eu jogar neles.


   O camarada fez menção de lhe tirar o balde da mão e foi mais incisivo:


    — Não senhor. Deixe o casal namorar em paz. Não vai jogar areia não.


   O menininho então deixou que ele esvaziasse o balde e disse: — Tá certo. Eu só ia jogar areia neles por causa do senhor.


     — Por minha causa? — estranhou o chato. — Mas que casal é aquele?


     — O homem eu não sei — respondeu o menininho. — Mas a mulher é a sua.


Texto extraído do livro “O melhor do Stanislaw”

Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta) 

O gênero crônica, em virtude de seu estilo de escrita aproximar-se da linguagem do cotidiano, tem a liberdade de usar de termo mais coloquiais e que muitas vezes fogem das regras da gramática da língua portuguesa. Observe o trecho abaixo retirado do texto de Stanislaw Ponte Preta e assinale a alternativa que justifique de forma equivocada os desvios cometidos pelo autor:

[...] quando o sujeito intrometido chegou e perguntou o que é que o menininho ia fazer com aquela areia. O menininho fungou, o que é muito natural, pois todo menininho que vai na praia funga, e explicou pro cara que ia jogar a areia num casal que estava numa barraca lá adiante.

Alternativas:
Alternativas
Q3276909 Português
Leia o texto 4 a seguir para responder a questão.

Texto 4


De quem são os meninos de rua? 

      Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora.

      Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua. É assim que a gente divide. Menino De Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão.

      Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito naturalmente, uns nascendo De Família, outros nascendo De Rua. Como se a rua, e não uma família, não um pai e uma mãe, ou mesmo apenas uma mãe os tivesse gerado, sendo eles filhos diretos dos paralelepípedos e das calçadas, diferentes, portanto, das outras crianças, e excluídos das preocupações que temos com elas. É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem-vestida chorando sozinha num shopping center ou num supermercado, logo nos acercamos protetores, perguntando se está perdida, ou precisando de alguma coisa. Mas se vemos uma criança maltrapilha chorando num sinal com uma caixa de chicletes na mão, engrenamos a primeira no carro e nos afastamos pensando vagamente no seu abandono.

      Na verdade, não existem meninos De Rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares. Assim como são postos no mundo, durante muitos anos também são postos onde quer que estejam. Resta ver quem os põe na rua. E por quê.

      No Brasil temos 36 milhões de crianças carentes. Na China existem 35 milhões de crianças superprotegidas. São filhos únicos resultantes da campanha Cada Casal um Filho, criada pelo governo em 1979 para evitar o crescimento populacional. O filho único, por receber afeto “em demasia”, torna-se egoísta, preguiçoso, dependente, e seu rendimento é inferior ao de uma criança com irmãos. Para contornar o problema, já existem na China 30 mil escolas especiais. Mas os educadores admitem que “ainda não foram desenvolvidos métodos eficazes para eliminar as deficiências dos filhos únicos”.
      O Brasil está mais adiantado. Nossos educadores sabem perfeitamente o que seria necessário para eliminar as deficiências das crianças carentes. Mas aqui também os “métodos ainda não foram desenvolvidos”.

      Quando eu era criança, ouvi contar muitas vezes a história de João e Maria, dois irmãos filhos de pobres lenhadores, em cuja casa a fome chegou a um ponto em que, não havendo mais comida nenhuma, foram levados pelo pai ao bosque, e ali abandonados. Não creio que os 7 milhões de crianças brasileiras abandonadas conheçam a história de João e Maria. Se conhecessem talvez nem vissem a semelhança. Pois João e Maria tinham uma casa de verdade, um casal de pais, roupas e sapatos. João e Maria tinham começado a vida como Meninos De Família, e pelas mãos do pai foram levados ao abandono.

      Quem leva nossas crianças ao abandono? Quando dizemos “crianças abandonadas” subentendemos que foram abandonadas pela família, pelos pais. E, embora penalizados, circunscrevemos o problema ao âmbito familiar, de uma família gigantesca e generalizada, à qual não pertencemos e com a qual não queremos nos meter. Apaziguamos assim nossa consciência, enquanto tratamos, isso sim, de cuidar amorosamente de nossos próprios filhos, aqueles que “nos pertencem”.

      Mas, embora uma criança possa ser abandonada pelos pais, ou duas ou dez crianças possam ser abandonadas pela família, 7 milhões de crianças só podem ser abandonadas pela coletividade. Até recentemente, tínhamos o direito de atribuir esse abandono ao governo, e responsabilizá-Io. Mas, em tempos de Nova República*, quando queremos que os cidadãos sejam o governo, já não podemos apenas passar adiante a responsabilidade. A hora chegou, portanto, de irmos ao bosque, buscar as crianças brasileiras que ali foram deixadas.

(COLASANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002.) 
No trecho “Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi”, a palavra “que” exerce a função de: 
Alternativas
Q3275902 Português

Leia o texto 3 a seguir para responder a questão.


Texto 3


Da calma e do silêncio


Da calma e do silêncio

Quando eu morder

a palavra,

por favor,

não me apressem,

quero mascar,

rasgar entre os dentes,

a pele, os ossos, o tutano do verbo,

para assim versejar

o âmago das coisas.

Quando meu olhar

se perder no nada,

por favor,

não me despertem,

quero reter,

no adentro da íris,

a menor sombra,

do ínfimo movimento.

Quando meus pés

abrandarem na marcha,

por favor,

não me forcem.

Caminhar para quê?

Deixem-me quedar,

deixem-me quieta,

na aparente inércia.

Nem todo viandante

anda estradas,

há mundos submersos,

que só o silêncio

da poesia penetra.


Fonte: EVARISTO, Conceição. Poemas da recordação e outros movimentos. Disponível em: https://www.culturagenial.com/poemas-de-conceicao-evaristo/ Acesso em 09 de fev. 2025)

No verso “Caminhar para quê?”, a palavra quê está acentuada, pois: 
Alternativas
Q3275112 Português

Estudo revela que mais de 50% dos casos de demência na América Latina são evitáveis


Por Redação do Jornal da USP







(Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/estudo-revela-que-mais-de-50-dos-casos-de-demencia-naamerica-latina-sao-evitaveis/– texto adaptado especialmente para esta prova).

Em qual das linhas indicadas abaixo o “que” NÃO é pronome relativo?
Alternativas
Q3274585 Português

Internet:<nationalgeographicbrasil.com>  (com adaptações).

Em relação a aspectos gramaticais do texto, julgue o item seguinte.


No segmento “que dão aos vírus oportunidade de se deslocarem entre espécies” (linha 16), o vocábulo “que” estabelece coesão com o termo “interações” (linha 15), o que se confirma pelos sentidos do referido segmento. 

Alternativas
Q3274584 Português

Internet:<nationalgeographicbrasil.com>  (com adaptações).

Em relação a aspectos gramaticais do texto, julgue o item seguinte.


Nas orações “que infectam” (linha 9) e “que nos cercam” (linha 10), ambas adjetivas restritivas, o vocábulo “que” funciona como sujeito.

Alternativas
Q3274414 Português

Internet:<terrasindigenas.org.br>  (com adaptações).

No que se refere a aspectos linguísticos do texto, julgue o item seguinte.


A substituição do vocábulo “que” (linha 16) por as quais estaria de acordo com as regras gramaticais de coesão textual, dada a função sintática que o referido termo exerce no período.

Alternativas
Q3267356 Português
Autoridades do governo Trump defendem uso de lei de guerra para deportar imigrantes


Lei foi defendida mesmo após juiz ter bloqueado a medida e de a Venezuela ter negado que os deportados eram membros de gangue

Valerie Volcovici e Nathan Layne


    Autoridades do governo Trump defenderam no domingo o uso de poderes extraordinários de guerra para deportar dezenas de imigrantes venezuelanos, apesar de um juiz ter bloqueado a medida e de a Venezuela ter negado afirmações das autoridades norte-americanas de que os deportados eram membros de gangue.

   "Trata-se de uma guerra moderna, e continuaremos a combatê-la e a proteger os cidadãos americanos a cada passo do caminho", disse a secretária de Justiça Pam Bondi à apresentadora da Fox News Maria Bartiromo, no programa Sunday Morning Futures.

   Bondi afirmou que a decisão do governo Trump de deportar 137 imigrantes venezuelanos no último fim de semana para El Salvador foi justificada porque eles eram membros da temida gangue Tren de Aragua da Venezuela e representavam um risco à segurança.

  O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, disse na sexta-feira, no entanto, que nenhum dos venezuelanos deportados pelos EUA para El Salvador era membro da gangue, a qual Washington declarou ser um grupo terrorista.

   O governo usou a Alien Enemies Act de 1798, uma lei de tempo de guerra, para deportar os imigrantes, alegando que eles estavam cometendo crimes violentos e enviando dinheiro para a Venezuela.

   O assessor de segurança nacional da Casa Branca, Mike Waltz, disse no programa "Face the Nation" da CBS, sem citar evidências, que o Tren de Aragua era um representante do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro.

   "A lei de sedição se aplica plenamente porque também determinamos que esse grupo está agindo como representante do regime de Maduro", declarou Waltz. "Maduro está deliberadamente esvaziando suas prisões de forma indireta para influenciar um ataque aos Estados Unidos."

   O juiz distrital James Boasberg disse na sexta-feira que continuaria a investigar se o governo Trump violou sua ordem de bloquear temporariamente o uso da lei para deportações, depois de não ter conseguido desviar dois voos que transportavam os venezuelanos.

    O governo Trump enfrenta o prazo de 25 de março para responder à solicitação dele de mais detalhes sobre as deportações.

   Alguns juristas veem a situação como uma escalada no confronto do presidente Donald Trump com o judiciário e dizem que isso levanta preocupações de uma crise constitucional iminente.

   O czar da fronteira de Trump, Tom Homan, disse ao programa "This Week" da ABC News que não desafiaria a ordem de Boasberg, mas reiterou que o governo Trump continuaria a prender os imigrantes que considerasse perigosos.

    "Vamos continuar a prender ameaças à segurança pública e à segurança nacional", afirmou Homan. "Continuaremos a visar os piores dos piores."



https://www.terra.com.br/noticias/mundo/autoridades-do-governo-trump-defendem-uso-de-le i-de-guerra-para-deportar-imigrantes,97a5b71447658692ab095a856ac748f2sik3qb7m.html? utm_source=clipboard
[Questão Inédita] A palavra "que" apresenta valor diferente das demais ocorrências em:
Alternativas
Q3267266 Português
  O grande dia chegou e o aguardado “And the Oscar goes to…” ecoou na voz de Penélope Cruz ao anunciar: I’m Still Here. Um prêmio esperado há décadas pelos brasileiros. “Finalmente!”, exclamaram alguns. “Eu sabia!”, diziam outros. E ainda houve quem reagisse com um incrédulo “Não acredito!”. Mas, independentemente das interjeições e expressões de surpresa, houve um consenso: “Merecido!”.

  O público brasileiro estava otimista, muitos acreditavam que três estatuetas viriam. Duas eram praticamente garantidas. No entanto, a previsão não se concretizou totalmente. Apesar da conquista do Oscar de Melhor Filme Internacional, a esperada vitória de Fernanda Torres como Melhor Atriz não aconteceu. Indignação, surpresa, decepção. “Injusto? Erraram? Inacreditável! Lamentável!”. Mas, no final, restou a sensação de uma medalha de prata no peito. Não foi como queríamos, mas foi. E foi grande.

   Walter Salles demonstrou segurança ao optar, de última hora, por não consultar o papel com anotações que guardava no bolso do blazer. Confiou na essência de seu discurso, que já estava na ponta da língua. Breve, direto e sem rodeios, mas carregado de clareza e reflexão, ele transmitiu com intensidade a mensagem central de Ainda Estou Aqui.

   Com tranquilidade e carisma, mencionou os principais agradecimentos de forma honrosa. Foi um discurso muito esperado, e Salles conseguiu transmiti-lo de maneira magistral. Parabéns, Walter Salles!

   Parabéns também a Fernanda Torres, Selton Mello e todos os envolvidos nessa narrativa real que trouxe à tona a angústia silenciada de Eunice Paiva nos tempos da ditadura. Uma história poderosa que atravessou fronteiras e emocionou o mundo.


https://jornaldebrasilia.com.br/blogs-e-colunas/verbalize/discurso-de-walter-salles-no-oscar2025/
[Questão Inédita] A palavra “que” apresenta valor diferente das demais ocorrências em:
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Ano: 2025 Banca: Instituto Consulplan Órgão: HEMOBRÁS Provas: Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Administrativo de Assuntos Corporativos – Analista de Contrato | Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Industrial de Hemoderivados e Biotecnologia – Controle da Qualidade 3 | Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Industrial de Hemoderivados e Biotecnologia – Segurança do Trabalho | Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Industrial de Hemoderivados e Biotecnologia – Planejamento e Controle de Produção | Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Industrial de Hemoderivados e Biotecnologia – Tecnologia da Informação e Operação | Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Industrial de Hemoderivados e Biotecnologia – Plasma e Hemocomponentes | Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Administrativo de Assuntos Corporativos – Orçamento e Finanças | Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Administrativo de Assuntos Corporativos – Administração de Pessoal | Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Administrativo de Assuntos Corporativos – Planejamento Estratégico | Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Administrativo de Assuntos Corporativos – Licitação e Contratos | Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Administrativo de Assuntos Corporativos – Tecnologia da Informação | Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Industrial de Hemoderivados e Biotecnologia – Assuntos Regulatórios | Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Industrial de Hemoderivados e Biotecnologia – Controle da Qualidade 1 | Instituto Consulplan - 2025 - HEMOBRÁS - Analista Industrial de Hemoderivados e Biotecnologia – Fracionamento Industrial do Plasma 2 |
Q3261306 Português

O câncer cada vez mais próximo da cura



    Ao realizar uma pesquisa breve no portal de periódicos da Capes, uma das principais referências nacionais no que se refere aos acervos das produções acadêmicas, é possível notar que há 203 resultados para o termo cura do câncer somente nos últimos dois anos. Isso nos ajuda a pressupor uma ideia óbvia: há um desejo incontido dos pesquisadores por tratamentos que tornem o câncer bem menos letal.


    Os tratamentos convencionais, principalmente a radioterapia e a quimioterapia, dão uma contribuição importante, mas esbarram fortemente em efeitos colaterais que comprometem a qualidade de vida do paciente durante o combate ao tumor. Minimizar esse sofrimento e potencializar as chances de cura são, portanto, duas estratégias sobre as quais a ciência se debruça todos os dias.


    Uma das respostas mais importantes nesse sentido, se não a mais, vem sendo o CAR-T Cell. A técnica é uma revolução na imunoterapia e no combate a alguns tipos de câncer, especialmente a leucemia linfoblástica aguda (LLA), o linfoma não-Hodgkin (LNH) e o mieloma múltiplo. O tratamento consiste na extração de algumas células T, que atuam no sistema imunológico, do próprio paciente. Essas células são então programadas para combater as células cancerígenas, e na sequência são reinseridas no corpo do paciente.


    Há uma multiplicação de casos de pacientes que simplesmente se livraram do câncer. Um deles ganhou recentemente uma atenção ampla nos sites de notícias nacionais. Um brasileiro de 61 anos, diagnosticado com linfoma não-Hodgkin, já havia passado por 45 sessões de quimioterapia sem sucesso, e estava prestes a ser conduzido a cuidados paliativos. Depois de se submeter à imunoterapia com CAR-T Cell, o câncer simplesmente desapareceu.


    O grande salto da ciência hoje em relação ao tratamento é sua expansão para outros tipos de câncer. O procedimento é visto como a grande esperança contra os tumores sólidos, como de próstata, de mama e de cérebro. Se a cura do câncer figura entre os temas recorrentes da Capes, não podemos nos furtar de dizer que alguma parte desse acervo é composta também por produções científicas que tratam dos avanços do CAR-T Cell para novas fronteiras.


    Hoje, esses estudos se debruçam principalmente sobre a genética do câncer. Grosseiramente, é como se a ciência estivesse produzindo um manual de instruções sobre cada câncer para, através dessa imunoterapia, reprogramar as células T para atacar pontualmente o problema identificado no seu organismo de origem.


    É possível classificar, portanto, como uma tendência as chances de já nos próximos anos esse tratamento ser expandido para novos tipos de tumores que hoje ainda não estão no radar da ciência. O CAR-T Cell é um procedimento que pode levar à cura do câncer. E isso leva a comunidade científica a alimentar a esperança de que a profusão de relatos favoráveis à cura logo serão o tema principal das produções acadêmicas neste campo. Quem viver verá.



(Guilherme Muzzi. Disponível em: https://www.hojeemdia.com.br/opiniao. Acesso em: fevereiro de 2025.)

Analise os trechos a seguir:

I. “Isso nos ajuda a pressupor uma ideia óbvia: há um desejo incontido dos pesquisadores por tratamentos que tornem o câncer bem menos letal.” (1º§)
II. “[...] mas esbarram fortemente em efeitos colaterais que comprometem a qualidade de vida do paciente durante o combate ao tumor.” (2º§)
III. “[...] que atuam no sistema imunológico, do próprio paciente.” (3º§)

Em relação aos termos “que” destacados nos trechos anteriores, pode-se afirmar que:
Alternativas
Ano: 2025 Banca: SELECON Órgão: HEMOMINAS Provas: SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - ANHH - Nível I - Grau A - Qualquer Área de Formação | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - ANHH - Nível I - Grau A - Arquiteto | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - ANHH - Nível I - Grau A - Assistente Social | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - ANHH - Nível I - Grau A - Bibliotecário | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - ANHH - Nível I - Grau A - Biomédico/Biólogo/Farmacêutico/Bioquímico - 40 Horas | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - MEDHH - Nível III - Grau A - Médico Patologista | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - ANHH - Nível I - Grau A - Pedagogo | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - ANHH - Nível I - Grau A - Analista de Captação | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - MEDHH - Nível III - Grau A - Médico Cirurgião Plástico | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - MEDHH - Nível III - Grau A - Médico do Trabalho | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - MEDHH - Nível III - Grau A - Médico Hematologista | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - ANHH - Nível I - Grau A - Enfermeiro | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - ANHH - Nível I - Grau A - Engenheiro Civil | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - ANHH - Nível I - Grau A - Engenheiro de Produção | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - ANHH - Nível I - Grau A - Farmacêutico | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - ANHH - Nível I - Grau A - Fisioterapeuta | SELECON - 2025 - HEMOMINAS - Analista de Hematologia e Hemoterapia - MEDHH - Nível III - Grau A - Médico com Qualquer Especialidade |
Q3260882 Português
Previsão de queda nos estoques de sangue preocupa Hemorio

 Unidade funciona para doações todos os dias neste fim de ano

As festas de fim de ano e o período de férias escolares em janeiro interferem diretamente no número de doações de sangue. Pelos cálculos do Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti do Rio de Janeiro (Hemorio), a redução gira em torno de 10% a 15%.

Essa é uma grande preocupação do Hemorio, que funciona no centro da capital, porque nessa época costuma ocorrer um volume maior de acidentes.

“Justamente nesse período a demanda cresce, porque as pessoas viajam e saem mais de casa, o que, infelizmente, aumenta o número de acidentes. Por isso, é importante que as pessoas venham doar”, apela a assistente social do Hemorio Ana Ester Carlos.

A unidade é o segundo maior hemocentro do Brasil e está na frente em número de doadores voluntários. O órgão informou que recebe entre 250 e 300 pessoas para doação por dia e, de janeiro a novembro deste ano, houve mais de 82 mil doações. A previsão é concluir 2024 com pelo menos 92 mil doações.

Os estoques do Hemorio abastecem os bancos de sangue de 130 unidades de saúde pública e particulares conveniadas ao SUS nos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro. Com a quantidade abaixo do necessário, o órgão alerta para as consequências graves que podem ocorrer.

“Tratamentos de pacientes podem ser prejudicados, e cirurgias eletivas podem ser adiadas quando não há sangue disponível. Além disso, o estado de saúde de pacientes internados que já estão estáveis pode se agravar. Por isso, precisamos muito das doações”, alerta Ana Ester.

O Hemorio foi fundado em 1943 e se transformou em referência em doação de sangue no Brasil. É também o hospital que mais atende pacientes com doença falciforme no mundo.

 Exigências

Para ser doador, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, estar em boas condições de saúde, pesar mais de 50 kg e não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação. Não é necessário estar em jejum, mas devem ser evitados alimentos gordurosos antes da doação.

“É obrigatório apresentar um documento oficial com foto, como carteira de identidade, carteira de habilitação ou passaporte. Menores de 18 anos precisam apresentar um Termo de Consentimento assinado pelos pais ou responsável legal”, recomenda a unidade.

Quem quiser informações complementares sobre doação pode acessar o Disque Sangue, no telefone (21) 3916-8310, ou então as redes sociais do Hemorio, que funcionará para doações em todos os dias, neste fi m de ano, exceto no dia 1º de janeiro.

Fonte: https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2024/12/6974304-previsao-de-queda nos-estoques-de-sangue-preocupa-hemorio.html. Acesso em 22/12/2024. Texto adaptado
“Essa é uma grande preocupação do Hemorio, que funciona no centro da capital, porque nessa época costuma ocorrer um volume maior de acidentes” (2º parágrafo). As palavras destacadas podem ser classificadas, respectivamente, como:
Alternativas
Q3258799 Português
Leia o poema Neologismo de Manuel Bandeira e responda à questão:


Neologismo


“Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora. “ 
A palavra QUE, presente no poema, pode ser classificada como:
Alternativas
Q3247674 Português
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.

Inimigos P'ra Cachorro

Há alguns dias, senti indignação ao ver uma entrevista na TV onde um veterinário admitiu inutilizar as cordas vocais dos cachorros, atendendo pedidos de proprietários. Ele justificou esse procedimento como "normal" e "rotineiro", algo difícil de aceitar. A dona do cãozinho do caso parecia não se importar, afirmando que o comportamento do animal não mudou.

A motivação para tal ato era que os vizinhos reclamavam dos latidos do cachorro, especialmente à noite. Porém, essa justificativa não é aceitável. É uma atitude egoísta mutilar o animal para resolver um problema assim.

Adoro animais e dou-lhes profundo respeito. Proibir cães por convenção do condomínio é aceitável, mas mutilar um animal não é. No dicionário, a palavra "animal" pode se referir também a pessoas cruéis e insensíveis, o que parece se aplicar a humanos que cometem essas barbaridades.

Segundo meus amigos Ivan e Fátima de São Vicente, uma campanha para silenciar cães está em curso. Protestaram à TV Globo e à Sociedade Protetora de Animais, alinhando-se na luta contra essa crueldade. Tristemente, essa ignorância e essa maldade equivalente estão enraizadas em parte da nossa sociedade.

Francisco Simões - Texto Adaptado

https://www.casadacultura.org/Literatura/Cronicas/gr01/Inimigos_pra_c achorro_francisco_simoes.htm 
No trecho do texto: "A dona do cãozinho do caso parecia não se importar, afirmando que o comportamento do animal não mudou.", a palavra "que" exerce qual função gramatical?
Alternativas
Q3247461 Português
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.

Vivendo de dúvidas

Em "Cartas a um Jovem Poeta", Rilke expõe um de seus mandamentos sagrados para jamais se afastar da sua essência: viver de dúvidas.

O mineiro é assim. Demora para se decidir. Não segura a primeira maçaneta que aparecer. Ainda que seja a única porta, vai olhar para os lados ou esperar alguém surgir por perto para ter uma segunda opinião.

Não é que seja desconfiado, mas precavido. É alucinado por queijo com goiabada, por exemplo, porém perguntará antes quais são as outras sobremesas. Ainda que seja para optar pelo queijo com goiabada. Tanto que ele não lê o cardápio, estuda o cardápio. Tanto que ele não recebe visitas, investiga as visitas.

A solitária certeza em Minas é a dúvida. Mineiro é do resumo, é do balanço, é da justiça. Não se pauta pelas aparências. Não se fia nas fachadas. Não age sem preliminares e sondagens. Quer entender onde está se metendo, pé por pé. Não se acomoda em tendências ou sugestões. Guia-se unicamente pela sua experiência.

Gasta a sola do seu sapato se precisar, torra a paciência se for necessário. Mineiro é olheiro de Deus na terra. Degusta de tudo um pouco para dizer o que presta. Se o paraíso existe, é que um mineiro já foi até lá. Uma compra não será passional, momentânea, mas fruto do cansaço. Não é que o mineiro achou o que procurava, apenas se cansou de procurar.

Seu maior medo é perder uma promoção, uma oferta, uma barbada por pressa. Tortura a si mesmo com a lentidão. Até pode acontecer amor à primeira vista, mas em Minas tarda-se para dar as mãos e namorar. Jamais serei ingênuo de crer que eu era a única opção de Beatriz. Sou romântico, mas não bobo. Para ela ter me escolhido, só imagino o tamanho da sua fila de pretendentes.

Fabrício Carpinejar - Texto Adaptado

https://www.otempo.com.br/opiniao/fabricio-carpinejar/2025/1/17/vivend o-de-duvidas 
No trecho "Não segura a primeira maçaneta que aparecer", qual é a classe gramatical da palavra "que" e qual é sua função sintática na frase?
Alternativas
Q3242681 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Rasgando pedaços do passado

Por medo, relutei!
Para me fortalecer, desatinei!
Hoje sentei e revirei as caixas do meu passado.
Amontoadas na estante do esquecimento.
Empoeiradas com o olhar pesado.
Relembrando páginas de outrora neste momento
Percebo a história da minha vida.
Cada página rasgada dói na alma.
É um pouco de mim que se vai.
São as asas de um sonho que agora cai.
Os trejeitos de uma época bem resolvida.
Serão lixo? Ou era um antigo e maquilado carma?
Ao revirar as folhas guardadas dos meus 13 anos...
... tive uma agradável surpresa! Uma carta que deixei para mim...
... e que com o tempo esquecera.
Parecia que estava conversando com aquele menino sereno.
Aquele menino que hoje invejo...
Em pranto, resolvi queimar esse passado...
... que tanto me fez feliz e que ainda me atormenta!
Mas a nostalgia apareceu e com um tapa de luva me acertou.
Então guardei aquelas folhas iminentes ao fim.
Sentei no meu orgulho.
Mergulhei nas facetas de outro eu.
Escrevi uma carta!
Para quem sabe, daqui dez anos, ainda me lembre de que fugir do passado...
... é matar uma parte de mim mesmo!

Rian Lopes


https://cronicas-curtas.blogspot.com/search?updated-max=2016-02-23T06:52:00-08:00&max-results=15
No trecho "Parecia que estava conversando com aquele menino sereno", a palavra "que" desempenha qual função gramatical? 
Alternativas
Q3242441 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

A lição do pavão

Conheci Lisboa aos 20 anos, cheio de emoção ao desembarcar do navio "Augustus". Hospedado numa pensão nos Restauradores, sobrevivi com trocados de bicos no Teatro ABC.

Portugal foi uma volta às minhas raízes maternas, e eu me deliciava com os encantos visuais, culturais e, principalmente, sonoros do lugar. Aquela língua parecia uma canção constante, livre dos irritantes gerúndios. Nesse país o português é claro e direto, enquanto os mal-entendidos restam ao português-brasileiro.

Um episódio curioso aconteceu numa feira donde um paulista perguntou se as laranjas eram doces, recebendo a genial resposta: "São laranjas; os doces estão do outro lado". Isso exemplifica a clareza e humor dos lusitanos.

Esses dias um político brasileiro fez uma série de gafes em entrevistas com jornalistas portugueses, mostrando que certos indivíduos são mestres em embromação e desfaçatez. Como se diz em Lisboa: "o pavão, quanto mais levanta a cauda, mais se lhe vê o rabo".


Fernando Fabbrini - Texto Adaptado https://www.otempo.com.br/opiniao/fernando-fabbrini/a-licao-do-pavao1.2857724 
No trecho do texto: "Esses dias um político brasileiro fez uma série de gafes em entrevistas com jornalistas portugueses, mostrando que certos indivíduos são mestres em embromação e desfaçatez", o termo "que" exerce qual função gramatical? Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q3242175 Português
A onça vegana e o galo machista

Imagino que, daqui a milhares de anos, quando a Terra for um deserto, exploradores de outras galáxias estudarão nossa história. Descobrirão que, entre os séculos XX e XXI, o planeta foi inundado por desinformação e conceitos fantasiosos. A mídia da época propagou equívocos e a estupidez tomou conta de lares, escolas e discursos políticos. Essa avalanche afetou a inteligência e o discernimento, marcando o declínio da civilização terráquea. Um triste registro de nossa decadência.

Vivemos sob uma onda de ingenuidade e arrogância. Exemplo disso é a reação a uma cena natural no Pantanal: uma onça devorando uma anta. Algo comum, já que onças estão no topo da cadeia alimentar, gerou censura e revolta online. Outro caso inusitado foi um vídeo de adolescentes portuguesas denunciando o comportamento de um galo como machista e opressor ao bicar e copular com as galinhas. Alegavam que o ato configurava "estupros machistas" e exigiam reação humana.

Surpreendentemente, as reações eram sérias, o que me levou a refletir sobre o afastamento da realidade. Muitos escolhem viver em uma bolha idealizada, onde o mal não existe e tudo é fofinho. Essa visão ignora a complexidade do mundo natural, onde conflitos e relações predador-presa são essenciais e deveriam ser estudados, não censurados.

O planeta, a natureza e suas configurações originais existem há 4,5 bilhões de anos. Já nós, humanos, chegamos aqui há apenas 300 mil. Se a nossa lamentável sina se resume a interferir na ordem natural com arrepios e arrogâncias intempestivas disfarçadas de "ações para o bem do planeta e da humanidade", já vamos indo bem, esculhambando tudo com pretensas boas intenções.

Quem sabe o planeta − esse organismo vivo chamado Gaia − já não está dando sinais de irritação, remexendo-se em furacões, enchentes, terremotos e incêndios para livrar-se da prepotência dessa espécie insolente chamada Homo sapiens?

Fernando Fabbrini - Texto Adaptado

https://www.otempo.com.br/opiniao/fernando-fabbrini/a-onca-vegana-eo-galo-machista-1.2848837 
Na frase "Alegavam que o ato configurava 'estupros machistas' e exigiam reação humana", a palavra "que" pertence a qual classe gramatical? 
Alternativas
Q3223763 Português
Estalar os dedos e pescoço faz mal?


    Não tem lugar certo ou hora certa, mas é comum ver pessoas com mania de estalar as articulações — seja apertar os dedinhos ao acordar ou estalar o pescoço durante as pausas do trabalho.

    O barulho do estalo, chamado tribonucleação, ocorre quando há uma separação rápida das articulações ou juntas após um movimento. Nessas regiões do corpo, tem um líquido lubrificante, chamado líquido sinovial, que possui gases dissolvidos. Quando é feito um estalo, esses gases se agrupam em bolhas, gerando o som.

    “É como se as articulações ‘abrissem’ e o gás formasse bolhas de repente, produzindo o barulho”, ressalta Lucas Melo, ortopedista doutor em Ciências do Sistema Musculoesquelético pela Universidade de São Paulo (USP). 

    Especialistas ouvidos pelo g1 explicam que, em geral, estalar é um fenômeno inofensivo e não causa danos às articulações, mas é preciso tomar cuidado com a força e frequência do movimento, pois, em casos raros, pode causar fraturas na região.

    O estalo é um processo natural das articulações que ocorre mesmo se a pessoa não apertar os dedos ou o pescoço de forma intencional, por exemplo. O estalo pode ser prejudicial somente em casos em que é associado com dor, inchaço ou vermelhidão.

    “O estalo não é capaz de gerar dano às juntas. Em casos raros, a manipulação frequente e excessiva pode provocar algumas lesões nos ligamentos ou até mesmo nos vasos sanguíneos. Mas não há evidência robusta para atestar que estalar as articulações provoque malefícios a longo prazo”, ressalta Anderson Rocha, médico ortopedista e especialista em dor.

    Portanto, na maioria dos casos, os estalos não caracterizam nenhum problema de saúde, mas é recomendado buscar ajuda médica caso haja algum desconforto e dor.


Fonte: g1 - Adaptado
De acordo com o texto, o pronome “que”, sublinhado no 2º parágrafo, diz respeito a qual termo?
Alternativas
Q3218010 Português

Cabeceira Imaginária


Por Claudia Laitano




Considerando a ocorrência da palavra “que” no texto, assinale a alternativa que indica a ocorrência de uma conjunção integrante. 
Alternativas
Respostas
21: A
22: A
23: E
24: C
25: C
26: C
27: E
28: E
29: E
30: A
31: A
32: C
33: C
34: B
35: C
36: D
37: B
38: A
39: B
40: A