Questões de Concurso
Sobre funções morfossintáticas da palavra que em português
Foram encontradas 1.436 questões
O texto a seguir se refere à questão.
O perigo de uma história única
I- Ela também presumiu exerce a função sintática de oração principal. II- Que, no período composto em análise, exerce a função de conjunção integrante. III- Que, no período composto em análise, exerce a função de pronome relativo. IV- A oração introduzida pelo que se classifica como oração subordinada substantiva objetiva direta. V- A oração introduzida pelo que se classifica como oração subordinada adverbial consecutiva.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
Leia o texto a seguir.
Respeitável público...!
Leia o pensamento a seguir.
"A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade."
(CLARICE LISPECTOR)
"(...) as emoções QUE podemos deixar (...)"
A palavra destacada consiste num pronome relativo, retomando um termo antecedente e EXERCENDO nessa oração a FUNÇÃO de:
"Quando um deles disse que estava ali sem querer, que estava interno compulsoriamente, outros se encorajaram...”
Sobre as palavras destacadas, assinale a alternativa FALSA.
I. Que vida boa que esse gato leva! É só comer, dormir e vadiar.
II. No arraial de Santo Antônio, venderam-se muitas cartelas de bingo.
III. Os músicos que contratei animarão a festa com músicas da atualidade.
IV. Como algumas pessoas conseguem viver com o salário-mínimo?
Assinale a alternativa que expressa, de modo CORRETO, a função das palavras destacadas em negrito:
Assinalar a alternativa em que o “que” sublinhado é utilizado como um pronome relativo.
Assinale a alternativa que apresenta um termo reti-rado do Texto 01 o qual exerça a mesma função morfo-lógica que a partícula “que” sublinhada na frase abaixo: “
A falência pode ocorrer nos casos em que acontecer uma execução frustrada.”
Leia o texto a seguir para responder as questões de língua portuguesa.
O TOLO E SEU DINHEIRO
Juliana Garzon e Jerônimo Teixeira
Em muitas das teorias econômicas fundamentais as pessoas de carne e osso, falíveis e volúveis, não existem.
Essas teorias só funcionam com o "homem estatístico", o somatório de agentes econômicos vistos como
máquinas de calcular que administram com rigor seus recursos limitados. O pai da economia moderna, o
escocês Adam Smith (1723-1790), enxergava um mundo ordenado em que cada indivíduo agia sempre no
5 interesse pessoal e da família e, assim, acabava contribuindo para a prosperidade geral da nação. Disse Smith:
"Não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas
sim do empenho deles em promover o próprio autointeresse". Talvez a maioria das pessoas do século XVIII
fossem mesmo seres racionais, donos do próprio destino e empenhados na promoção do seu autointeresse
econômico. Mas é mais comum encontrar gente que gasta mais do que ganha e compra aquilo de que não
10 precisa.
Nas últimas quatro décadas, os teóricos da economia têm tentado contemplar em suas análises pessoas de
carne, osso e sangue quente. Essa escola, a "economia comportamental", nascida na década de 70 com o
trabalho dos psicólogos Amos Tversky e Daniel Kahneman, da Universidade Hebraica de Jerusalém, incorporou
as inconstâncias humanas aos seus modelos de previsão. Tversky e Kahneman focaram seus estudos sobre o
15 comportamento das pessoas em situações de incerteza e de alta carga emotiva, consideradas por eles, com
acerto, como predominantes nas grandes decisões econômicas - seja a compra do primeiro apartamento ou a
venda de ações nos momentos de queda das bolsas.
A economia comportamental arejou o pensamento econômico dando lugar a modelos mais sensíveis às
vicissitudes da psicologia humana, com suas falhas de cálculo e percepções enganosas. Talvez seu maior
20 mérito seja entender que os criteriosos padeiros e cervejeiros de Adam Smith existem, são numerosos, mas
convivem com multidões para quem a racionalidade financeira no dia-a-dia é tão estranha quanto o popular
esporte escocês de arremesso de troncos. Kahneman ganhou o prêmio Nobel de economia em 2002, tornando-
se o único psicólogo a conseguir esse feito. No mundo de Kahneman os padeiros e cervejeiros nem sempre
tomam decisões sóbrias e corretas. Eles agem de acordo com os misteriosos mecanismos mentais de aceitação
25 e rejeição do risco. Uma mesma pessoa que só bebe água mineral e morre de medo de bactérias pode ser vista
fazendo bungee jumping, esporte em que o praticante se joga de uma ponte sobre um abismo amarrado por uma
corda elástica. No mundo econômico, atitudes incoerentes como essa são quase a regra.
Aplicadas ao estudo do comportamento dos investidores nas bolsas, as teses de Kahneman e seus colegas
mostram que a convivência de atitudes racionais e irracionais é uma força considerável. Entre o início de 2003 e
30 o máximo de alta em maio de 2008, o Índice Bovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, valorizou-se 350%.
Nesse período, a maioria dos investidores enxergou todos os acontecimentos, os bons e os ruins, com a lente
da euforia. Passaram despercebidos os sinais precoces da crise que viria a se abater sobre a economia mundial
com repercussões fortes no Brasil no fim do ano passado. Mesmo os investidores profissionais não estão
imunes a ilusões. A mais comum é acreditar que projeções baseadas em dados recentes podem ser tomadas
35 como tendências duradouras. [ ... ] Diz Plínio Chap Chap, professor de finanças corporativas da escola de
negócios Brazilian Business School (BBS): "Bastam alguns ganhos para que as pessoas se julguem mais
capazes que as outras para escolher ações."[ ... ]
Nem todos os enganos são originários da autoconfiança. O investidor também pode ser atrapalhado por uma
emoção de natureza bem diversa: a angústia. O investidor novato, sobretudo, tende a entrar no mercado com a
40 sensação de que está atrasado. [ ... ] Essa sensação conduz a escolhas precipitadas. Em vez de traçar uma
estratégia sólida, o novato dá grandes tacadas de uma vez só, para evitar a tensão de analisar e optar - ou não -
por determinada ação. A impaciência custa caro. [ ... ] As frustrações se tornam ainda mais agudas quando as
cotações caem. O investidor que tomou sua decisão de compra sem base sofre por não saber se deve vender as
ações que estão patinando e estancar as perdas ou apostar na recuperação dos papéis e mantê-los em carteira.
45 [ ... ] Mas o investidor que der um passo atrás para observar o cenário com emoções menos exacerbadas poderá
ter uma visão mais realista da economia brasileira e de suas perspectivas: uma boa oportunidade de
investimentos tanto para os padeiros e cervejeiros de Adam Smith quanto para os bungee jumpers de
Kahneman.
Texto adaptado da Revista Veja, edição 2095, ano 42, n. 2, de 14 de jan. 2009. p. 68-70
Assinale a alternativa INCORRETA quanto à função desempenhada pelo elemento que no texto.
Dentre outras atribuições, os elementos de coesão textual são importantes para que as ideias e expressões sejam devidamente retomadas contribuindo também para que a mensagem atinja a compreensão desejada. A partir de tais considerações, indique, dentre os termos destacados, o que possui classificação diferente dos demais.
Leia o texto abaixo:
Servidores da Funai morreram ao tentar contato com índios isolados na Amazônia
A imensidão do Brasil revela que existem regiões que não foram desbravadas e que mantêm até hoje povos que habitavam o solo nacional, antes da chegada das caravelas de Pedro Álvares Cabral. Na Terrfa Indígena Vale do Javari, na fronteira do Brasil com o Peru e Colômbia, por exemplo, existem entre 2 mil e 3 mil índios que nunca tiveram contato com homens de outras etnias. O vale tem 8,5 milhões de hectares, sendo considerado o maior mosaico visual de referências indígenas isoladas do mundo.
Nos últimos 15 anos, nove servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) morreram tentando contato com tribos isoladas na região. Atualmente, a luta que ocorre diariamente é para preservar o direito dos índios de permanecer no isolamento. A região tem mais de dez mil índios contatados e 16 referências de índios isolados, sendo nove confirmadas.
Segundo o coordenador regional da Funai, Bruno Pereira, a política de acabar com os contatos com grupos isolados partiu da experiência de indigenistas, funaianos e sertanistas, que, ao longo de 120 anos de indigenismo de Estado, comprovaram que a aproximação era feita sem o cuidado devido e somente os índios se prejudicavam. O principal dano eram as doenças contagiosas, que quase levaram etnias à extinção, como aconteceu com os matis, também chamados de matsés, etnia reduzida a menos da metade, em apenas dois anos.
O último grupo contatado foi da etnia korubo, em 2003. Atualmente, o grupo de korubos tem 29 índios. Conhecidos como caceteiros da Amazônia, eles mataram alguns madeireiros que invadiram a mata, em busca de madeira, e que queriam expulsar os índios do próprio território. Três índios korubos morreram no confronto, o que fez com que eles se aproximassem de algumas comunidades na região de Atalaia do Norte, a 1 138 quilômetros de Manaus. A Funai foi acionada para tentar acabar com o confronto.
(Extraído de: www.acritica.uol.com.br.)
Uma das funções da partícula que é a de conjunção integrante, podendo, por exemplo, introduzir uma oração com valor de objeto direto. Das cinco ocorrências do que, no primeiro parágrafo, a única que tem essa característica é a do trecho
RECOMEÇOS PASSADOS E PRESENTES
01 ____ Em 2010 completam-se 100 anos da morte de Joaquim Nabuco e Brasília faz cinquenta anos. São duas efemérides
02 que dizem dos destinos da pátria de forma semelhante – ambas têm a ver com recomeços, ou tentativas de recomeço. Lembrar
03 de Nabuco é lembrar da abolição da escravatura, movimento do qual ele foi talvez o principal dos agentes, e com certeza o
04 mais elegante. Com a abolição pretendeu-se um recomeço. Com Brasília, 72 anos depois da abolição, pretendeu-se outro. Era a
05 aurora de um país destemido, porque avançava por sertões ignotos; dinâmico, porque ousara um empreendimento que só em
06 sonho outros ousariam; justo, porque na nova capital as diferenças de classe e de hierarquia se dissolveriam na homogeneidade
07 das superquadras e das vias expressas; e moderno, porque os terrenos baldios daquele naco do Planalto Central seriam
08 preenchidos por uma arquitetura de riscos deslumbrantemente avançados.
09 ____ Joaquim Nabuco (1849-1910) forma, com José Bonifácio, o Patriarca da Independência (1763-1838), a dupla de
10 maiores estadistas da história do Brasil. Eles merecem esse título não só pelo que fizeram, mas também pela ideia geral que os
11 movia – a ideia rara, lúcida e generosa de construção de uma nação. José Bonifácio está fora das datas redondas que serão
12 lembradas neste ano, mas é outro que personifica um recomeço – merece uma carona neste texto, por isso. Ele personifica a
13 independência, assim como Nabuco personifica a abolição. Ambos venceram, no sentido de que, em grande parte pelas
14 manobras de Bonifácio, o Brasil em 1822 se tornou independente, assim como, em grande parte pela pregação de Nabuco, a
15 escravidão foi legalmente abolida em 1888. Ambos perderam, porém, no que propunham como sequência necessária de tais
16 objetivos.
17 ____ Bonifácio ousou querer dotar o jovem estado brasileiro de um povo. Ora, um povo não podia ser formado por uma
18 sociedade dividida entre senhores e escravos. Daí que, três gerações antes de Nabuco, ele já propusesse a abolição da
19 escravidão. Falaram mais alto os interesses dos traficantes e dos senhores de escravos. Nabuco, se pegou a fortaleza escravista
20 já mais desgastada, pronta para o assalto final, não teve êxito na segunda parte de sua pregação: a distribuição de terras entre os
21 antigos escravos (ele dizia que a questão da “democratização do solo” era inseparável da emancipação) e o investimento num
22 sistema de educação abrangente o bastante para abrigá-los. Tal qual o de José Bonifácio, o recomeço pretendido por Nabuco
23 ficou pela metade.
24 ____ Que dizer do recomeço representado por Brasília? Há versões segundo as quais, entre os motivos que levaram o
25 presidente Juscelino Kubitschek a projetá-la, estaria a estratégia de fugir da pressão popular presente numa metrópole como o
26 Rio de Janeiro. Uma espúria síndrome de Versalhes contaminaria, desse modo, as nobres razões oficiais para a mudança da
27 capital. Mais perverso que a eventual mancha de origem, no entanto, é o destino que estava reservado à “capital da esperança”.
28 Meros quatro anos depois de inaugurada, ela viraria, com seu isolamento dos grandes centros e suas avenidas tão propícias à
29 investida dos tanques, a capital dos sonhos da ditadura militar. Hoje, é identificada com a corrupção e a tramoia. Pode ser
30 injusto. Falta demonstrar que, em outra cidade, a corrupção e a tramoia teriam curso menos desimpedido. Não importa. Para a
31 desgraça de Brasília, o estigma grudou-lhe na pele.
32 ____ “Falo, falo, e não digo o essencial”, costumava escrever Nelson Rodrigues. O essencial é o seguinte: nunca antes neste
33 país houve um governo tão imbuído da ideia de que veio para recomeçar a história. Embalado por um lado em seus próprios
34 mitos, e por outro em festivos, se não interesseiros, louvores internacionais, chega a esta quadra acreditando que preside a uma
35 inédita mudança de estruturas, na ordem interna, ao mesmo tempo em que é premiado com uma promoção pela comunidade
36 internacional. Assim como ocorreu pelo menos duas vezes, em décadas recentes – com o “desenvolvimentismo” de JK e com o
37 “milagre econômico” dos militares –, propaga-se a ideia de que “desta vez vai”. A noção de que se está reinaugurando o país
38 traz o duplo prejuízo de poder ser interpretada como um embuste, de um lado, e induzir ao autoengano, de outro. Não há
39 refundação possível. Raras são as oportunidades de recomeço. O poder das continuidades é sempre maior.
40 ____ P.S.: É ano novo. Bom recomeço, para quem acredita neles.
TOLEDO, R. P. Recomeços Passados e Presentes. Veja. São Paulo, ed. 2146, ano 43, n. 1, p. 102, 06 jan. 2010.
Em “Que dizer do recomeço representado por Brasília” (𝓁. 24), o vocábulo sublinhado se classifica como:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.
2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.
3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".
4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.
5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.
6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".
7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.
8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."
9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."
10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.
11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.
12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.
(Oscar Pilagallo)
Morango – Da cor da paixão
Ele é um fruto pequeno e delicado, que sempre foi associado à paixão e ao desejo. Talvez seja pelo seu sabor suave e ao mesmo tempo marcante. Mas, seja o que for, o morango se revelou uma das frutas mais deliciosas e instigantes da humanidade. Utilizado in natura ou até em cremes de beleza, desperta a imaginação e os sentidos.
Parte desse efeito pode ser pelo morango pertencer à família das Rosáceas, a mesma das rosas, maçãs, pêras e cerejas. Planta nativa das terras temperadas do continente europeu, atualmente é cultivada com sucesso em diversas regiões do mundo. Na era romana, valorizava-se pelas suas propriedades terapêuticas. Praticamente servia para todos os tipos de doenças.
O plantio de morango popularizou-se no século 18, quando mais de 600 espécies foram desenvolvidas. Pobre em calorias, é rico em vitamina C, um poderoso antioxidante que parece diminuir no organismo os efeitos nocivos dos radicais livres. É importante na formação do colágeno que dá força e suporte a ossos, dentes, pele e artérias. Também ajuda na cicatrização de feridas e absorção de ferro, entre outras funções. Além disso, também contém vitamina A, K, B1 e B2, além de potássio, ferro, cálcio, magnésio e fibras.
O início do cultivo do morango no Brasil não é bem conhecido. Sabe-se que o plantio começou a expandir-se a partir de 1960, com o lançamento da Cultivar Campinas, ainda hoje de expressão no mercado. Desde então, não parou mais de avançar, inclusive em áreas do estado do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, e em regiões de diferentes solos e climas, como Goiás, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal. Em São Paulo, a produção está concentrada em Campinas, Jundiaí e Atibaia, cidade que representa 60% da área cultivada da fruta.
A cultura é praticada por pequenos produtores rurais. Eles utilizam a mão-de-obra familiar durante todo o ciclo da plantação. A maior parte do volume de produção é destinada ao consumo in natura. Na última década, verificou-se um interesse crescente pelo cultivo, justificado pela grande rentabilidade, quando comparada a outros cultivos, como, por exemplo, o milho.
(Especial Globo Rural / Como Plantar –nº 14 / Junho 2007 – p. 72)
O valor gramatical do vocábulo “que” na frase: “O morango é um fruto que conquistou espaço com seu sabor suave e marcante”, é o mesmo que ele apresenta nas alternativas abaixo, EXCETO:
O texto abaixo servirá de base para as questões de 01 a 20.
O pior cego
AO DELEGADO, o assaltante contou que estava apenas começando na carreira do
crime. E começando mal, tinha de reconhecer. Fracassara em sua primeira tentativa de
3 assalto e agora estava ali, na delegacia, prestes a curtir uma temporada na prisão. Mas
alguma coisa aprendera com o insucesso. Na verdade, duas coisas.
A primeira delas: facilidades são enganosas. Vendo o cego, achara que ali estava a
6 vítima ideal: um homem que caminhava com dificuldade, tateando o chão com sua
bengala. E que levava um celular preso à cintura, pedindo para ser arrebatado. Agora:
como poderia ele imaginar que um cego, e ainda por cima franzino, teria tamanha força
9 nos braços? E fora exatamente isso que acontecera: o cego o prendera num abraço
poderoso, que nada tinha de afetivo: queria apenas imobilizá-lo até que chegasse a
polícia.
12 Segunda coisa: fora um erro colocar o celular na cueca. Aliás, isso ele já deveria
saber, depois daquela experiência dos caras presos com um monte de dólares nas
cuecas. Um incidente que divertira todo o país e que poderia lhe ter servido de
15 advertência.
Esses erros ele não mais cometeria. Daí por diante, na senda do crime, manteria os
olhos bem abertos. Como dizia um vizinho seu, o pior cego é aquele que não quer ver. E o
18 vizinho seguramente sabia do que estava falando. Porque era cego e nunca fora
assaltado.
SCLIAR, Moacyr. Folha de São Paulo. Cotidiano. São Paulo, 07 de abril de 2008. Disponível em: <www.folhadesaopaulo.com.br>. Acesso em: 02 maio 2008.
Na oração “que nada tenha de afetivo” (linha 10), o termo que exerce função sintática de
A palavra “que” destacada no período “[...] porque é o único animal que se pergunta por que nasceu, [...]” (4º§) desempenha uma função morfossintática DIFERENTE em
Assinale a opção em que a oração introduzida pela palavra QUE classifica-se de maneira diferente das demais.
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.
Colônias de pinguins agora são mapeadas por satélites
Cientistas australianos descobriram que população da espécie é duas vezes maior que se pensava
O trabalho de contagem da população de pinguins imperadores na Antártica era uma tarefa árdua. Até agora. Cientistas australianos desenvolveram uma nova tecnologia para mapear o habitat das pequenas aves do espaço. E o resultado foi uma grande surpresa com o número de animais que habitam a área.
A equipe australiana realizou nos últimos três anos o que chamou de "censo de pinguins sem precedentes", com o uso de satélites para mapear a população da espécie em alta resolução, o que permite distinguir os animais de sombras e excrementos. "Sim, esse é o primeiro censo de uma espécie feito do espaço", disse Barbara Wienecke, ecologista da Divisão Antártica Australiana.
A boa notícia é que a população de pinguins imperadores na Antártica é de cerca 595 mil, quase o dobro das estimativas anteriores. A ruim, por outro lado, é que foi descoberto o desaparecimento de algumas colônias devido às mudanças de temperatura ocorridas nos últimos anos, o que coloca o futuro da espécie em xeque.
Antes, as contagens tinham uma grande margem de erro devido à inacessibilidade a algumas colônias que haviam se instalado em locais onde era difícil chegar, além das temperaturas extremas de -5OºC. Mas desta vez a equipe de australianos, que contou com a colaboração de cientistas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, usaram a fotografia aérea para fazer sua análise.
Pinguins imperadores, que têm plumagem preta e branca, se destacam na neve. Isso significa que as colônias ficam visíveis nas imagens de satélite, segundo a publicação PLoS ONE. A técnica também tem a vantagem de não interferir diretamente no habitat onde vive a espécie.
"Na maioria das vezes é possível levar em conta cada colônia, mas agora estamos em posição de comparar como o ambiente das calotas polares se modifica e temos a esperança de continuar monitorando a população de pinguins para ver se ela aumenta ou diminui", afirma Barbara. Os métodos tradicionais apontavam que entre 270 mil e 350 mil exemplares da espécie habitavam a área.
O grande número de pinguins é surpreendente, mas as mudanças climáticas significam riscos para a espécie. A maior preocupação é com as placas planas de gelo que se formam próximas do continente, justamente onde as colônias se instalam. A população maior também pode desequilibrar a cadeia alimentar no nível dos camarões, um alimento fundamental para os pinguins.
"As coisas mudam muito rápido, e por isso não podemos relaxar depois de descobrir que temos mais de meio milhão de pinguins. Se o gelo se modifica e derrete, os pássaros podem começar a disputar espaço", conclui Barbara.
(Disponível em www.estadao.eom.br/)
Releia o trecho abaixo e, em seguida, analise as afirmações feitas sobre ele.
" (...) as contagens tinham uma grande margem de erro devido à inacessibilidade a algumas colônias que haviam se instalado em locais onde era difícil chegar (...)".
I. O "que" é uma conjunção.
II. O trecho sublinhado é uma oração coordenada.
III. O verbo haver em "haviam" está incorretamente flexionado.
IV. O trecho é coerente e coeso.
É correto o que se afirma em:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
Texto 1
Tecnologite
A ERA DIGITAL criou novas necessidades, novas oportunidades e até novas neuroses. Uma delas é a dificuldade de nos “desligarmos” do trabalho, em função da conexão direta e imediata via telefone celular e internet. Estamos sempre on-line, localizáveis e identificáveis. Os consumidores também mudaram. Quem de nós não fica encantado e atraído por uma nova tecnologia, que nos promete acesso a som, dados e imagem com mais qualidade, velocidade, instantaneidade e miniaturização?
Assim como nos anos 70 e 80 do século passado todos tínhamos um pouco de treinador de futebol e de especialista no combate à inflação, hoje nos mantemos informados sobre os avanços da tecnologia e nos julgamos competentes para acompanhar as ondas que vêm, cada vez em menor intervalo. Mas não somos capazes de saber de que tecnologia necessitamos e, acima de tudo, o que fazer com ela, quando chega. Além disso, é muito difícil determinar quando é o momento de ter um novo equipamento ou sistema, pois sair correndo para comprar não é uma boa decisão.
Logo que um novo sistema operacional de computador é lançado, por exemplo, ainda não há muitos softwares aplicativos preparados para trabalhar sob ele, e os defeitos se sucedem. Ou seja, pagamos caro para ter a novidade e ajudamos a fabricante a aperfeiçoá-la, sem nem um “muito obrigado!”.
Um bom exemplo são os tocadores de música no formato MP3, que caracteriza a compressão de áudio. Foram seguidos pelo MP4 (compressão de vídeo); MP5 (o MP4 com câmara digital e, às vezes, filmadora); MP6 (com acesso à internet), e por aí vai. Digam-me, caros leitores e leitoras: se o objetivo do MP3 era carregar e tocar centenas ou milhares de músicas, para que pagar mais caro e trocar de aparelho para fotografar, se já temos câmeras digitais? Muitos de nós, a propósito, temos a câmera, o celular que também fotografa, a webcam idem, e ainda o MP4.
O velho videocassete foi aposentado pelo tocador de DVD, que, aos poucos, cede seu lugar para o blu-ray, que armazena e reproduz discos de alta definição. Em termos de telefone celular, então, há mais dúvidas do que certezas. Mal você adere ao celular 3G, com acesso à internet e outras facilidades, e já se começa a discutir o 4G, que promete total integração entre redes de cabo e sem fio. Como estar atualizado sem pagar mais caro por isso? E sem correr o risco de apostar em uma tecnologia que não terá sucesso? Não há fórmula pronta para isso, mas sugiro aos consumidores que moderem seu apetite por novidades, quando os aparelhos que têm em casa estiverem funcionando bem e facilitando suas vidas. O DVD ainda serve para divertir a família? Então, vamos esperar que as locadoras e lojas tenham mais filmes blu-ray antes de trocar de equipamento. Olho vivo também nos preços e na qualidade dos serviços, inclusive de assistência técnica. O novo pelo novo nem sempre é bom. Cuidado com a "tecnologite", a doença da ânsia pela mais nova tecnologia.
(Maria Inês Dolci – Folha de S. Paulo, 6/03/2010)
O elemento coesivo assinalado a seguir “Quem de nós não fica encantado e atraído por uma nova tecnologia, que nos promete acesso a som, dados e imagem com mais qualidade, velocidade, instantaneidade e miniaturização?” pode ser classificado como: