Questões de Concurso Sobre funções morfossintáticas da palavra que em português

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Q1919575 Português

Amizade é uma palavra pequenininha


Amizade é uma palavra pequenininha, mas que nunca vem sozinha. Ela dá sempre a mão com o conta comigo, estou aqui, se precisar, me chame, desejo-lhe muita saúde, estou feliz por você, torço por você, se precisar de um ombro, tenho dois, penso em você, gosto de você estou te ouvindo, não te esqueço, mesmo se não nos falamos todos os dias...

Amizade é esse amor misterioso e gostoso do coração dividido e unificado ao mesmo tempo. Quem pode entender que o coração possa amar tanto e tantos?

O coração de um amigo é como um mapa-múndi onde cada um se encontra em algum lugar, mas todos fazem parte do mesmo globo. O coração de um amigo é um bombardeio de sentimentos bons. Diferentes, especiais e importantes, cada um à sua maneira. É como diz a música "Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito."

E são nas diferenças que nos completamos, nas desavenças que aprendemos o perdão, a paciência e a humildade. Ser amigo é saber aceitar que os outros não sejam iguais à gente, mas que os seus valores podem enriquecer ainda mais os que temos e amá-los apesar das diferenças, como se ama uma rosa com espinhos, mas não menos bela.

Sozinho não é quem não tem ninguém; sozinho é quem não tem um amigo. Pouco importa saber em que parte do mundo nossos amigos se encontram se podemos sentir na alma que dentro de nós e dentro deles há um espaço reservado que nada mais poderá preencher. Amizade, doce amizade... se somos dois, unidos seremos um elo forte; se somos muitos, seremos uma corrente que nada poderá vencer.

Autora Letícia Thompson. http://www.leticiathompson.net/amizade_e_uma

_palavra_pequenininha.htm.Adaptado.

Em "Quem pode entender QUE o coração possa amar tanto e tantos?", a palavra que, em destaque, deve ser classificada como: 
Alternativas
Q1917666 Português
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.


O Purgatório e o Paraíso


A um rabino muito justo foi permitido que visitasse o purgatório e o paraíso.

Primeiramente foi levado ao purgatório, de onde provinham os gritos mais horrendos dos rostos mais angustiados que já vira.

Naquele estranho local, estavam todos sentados numa grande mesa.

Sobre ela, se viam iguarias, comidas das mais deliciosas que se possa imaginar, com a prataria e a louça mais maravilhosa que jamais se vira.

Não entendendo por qual motivo sofriam tanto, o rabino prestou mais atenção ao local e viu que seus cotovelos estavam invertidos, de tal forma que não podiam dobrar os braços e levar aquelas delícias às suas bocas.

O rabino foi levado ao paraíso, onde se ouvia deliciosas gargalhadas e onde reinava um clima de festa.

Porém, ao observar, para sua surpresa, encontrou o mesmo ambiente: todos sentados à mesma mesa que vira no purgatório, contendo as mesmas iguarias, as mesmas louças e os mesmos cotovelos invertidos.

Mas ali havia um detalhe muito especial: cada um levava a comida à boca do outro.

Essa história nos faz lembrar da música "O sal da Terra" de Beto Guedes, onde diz que vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois.

Por isso, para melhor construir a vida nova, e só repartir melhor o pão.

É preciso recriar o paraíso agora, para merecer quem vem depois.


https://www.contandohistorias.com.br. Adaptado
No trecho "...o rabino prestou mais atenção ao local e viu QUE seus cotovelos estavam invertidos", a palavra destacada é classificada como: 
Alternativas
Q1917521 Português

Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.


Síndrome de burnout agora é doença do trabalho


  Desde 1º de janeiro, a síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é reconhecida como doença do trabalho. Isso significa que, desde então, os empregados acometidos pelo problema têm os seus direitos trabalhistas e previdenciários garantidos, podendo tirar licença médica remunerada pelo empregador, em até 15 dias, ou pelo INSS, quando o prazo for estendido.

  Mas o que é síndrome de burnout? “Trata-se de distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes”, explica Maria Tereza de Almeida, professora do curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo.  

  O sintoma mais frequente da doença é a sensação de esgotamento físico e emocional, que provoca irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade, depressão e baixa produtividade.

  A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno.

  “Profissionais das áreas de educação e de saúde, operadores de voo, agentes penitenciários e bombeiros correm risco maior”, exemplifica a professora. Mas há como prevenir. A organização das prioridades e do tempo de trabalho e de lazer , a prática de esportes e o cuidado com o sono e a alimentação são algumas dicas. O tratamento, por sua vez, pode incluir o uso de medicamentos, mas a psicoterapia é essencial, assim como o apoio da família.


(Revista Proteste, Março 2022)

Em “O sintoma mais frequente da doença é a sensação de esgotamento físico e emocional, que provoca irritabilidade,...” ( 3º §), o QUE destacado tem a classe gramatical e a função sintática, respectivamente, de: 
Alternativas
Q1915484 Português

Considerando o uso do termo “que” (linhas 11; 12; 19; 26), analise as afirmativas a seguir:


I. Em “[...] a pessoa que comprar um medicamento na farmácia receberá apenas a bula que contém explicações [...].” (linhas 11-12), o termo “que” introduz uma restrição aos seus referentes.

II. Em “Sabe-se apenas que ela passa pelo bom senso.” (linha 26), o termo “que” introduz uma estrutura complexa com a função de explicar o sentido relacionado à expressão “sabe-se”.

III. Em “A separação dos textos também evitará a duplicação de informações, que freqüentemente gera dúvidas.” (linhas 18-19), o termo “que” introduz uma explicação sobre o termo antecedente.

IV. Em “[...] a pessoa que comprar um medicamento na farmácia receberá apenas a bula que contém explicações [...].” (linhas 11-12), o termo “que” introduz uma estrutura para completar o sentido dos respectivos referentes.

V. Em “Sabe-se apenas que ela passa pelo bom senso.” (linha 26), o termo “que” promove a integração de uma estrutura complexa com a função de completar o sentido da expressão “sabe-se”.

VI. Em “[...] a pessoa que comprar um medicamento na farmácia receberá apenas a bula que contém explicações [...].” (linhas 11-12), o termo “que” estabelece a coesão ao explicar seus termos antecedentes.

VII. Em “A separação dos textos também evitará a duplicação de informações, que freqüentemente gera dúvidas.” (linhas 18-19), o termo “que” incorpora ao termo antecedente uma restrição.


É CORRETO o que se afirma em 

Alternativas
Q1914409 Português

          A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social, desordem e violência.

         Essa noção de corrupção associada ao desvirtuamento e à falta de cuidado com o bem comum atravessaria a Idade Média e chegaria até o início da modernidade com os teóricos políticos do Renascimento. Contudo, com a ampliação das relações comerciais decorrentes das grandes navegações, o crescimento urbano, o advento da indústria, a ascensão da burguesia como classe política — por meio de revoluções como a inglesa (1640-1668) e a francesa (1789-1799) —, o sistema político começou a ser pensado de forma diferente.

          A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos regimes democráticos.

         Segundo Montesquieu, para que os interesses pessoais dos governantes não triunfassem sobre o bem público e para que o corpo político não se corrompesse, seriam necessárias as leis positivas, isto é, um conjunto de medidas jurídicas que se ajustassem à realidade dos interesses de determinada sociedade e impusesse controle sobre ela, sendo capaz de intermediar os homens e suas necessidades.

          Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração, apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.

Internet:<https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações)


Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.


No último período do terceiro parágrafo, o vocábulo “que” remete ao modelo de política de Montesquieu, qualificado como “o melhor” no texto.

Alternativas
Q1914178 Português
Com base no texto 1 e no trecho a seguir, dele retirado, assinale a alternativa correta de acordo com a norma padrão escrita.
Quando você reconhece o uso de uma linguagem inclusiva, como “alunos e alunas”, ou faz uma tentativa de neutralizar o gênero, como em “querides alunes”, você se  aproxima dos adolescentes que têm utilizado essas marcas linguísticas. (linhas 13-15)
Alternativas
Q1913357 Português
Com base no texto 1 e na norma padrão escrita, a palavra “que” sublinhada nas alternativas pertence à mesma categoria morfológica, exceto em: 
Alternativas
Q1911556 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

O QUE É SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL?

O termo sustentabilidade está ligado diretamente à ideia de utilizar algo, sem que com isso seja esgotada sua capacidade de ser consumida por outras pessoas. A sustentabilidade ambiental também tem esse significado, porém de maneira mais complexa, por estar ligada ao meio ambiente e a todas as coisas o englobam.

O conceito de sustentabilidade ambiental define a maneira como nós, seres humanos, utilizamos os bens e recursos naturais, para suprir nossas necessidades, sem que com isso exista o esgotamento e haja suprimento para as próximas gerações. É simples: ser sustentável é utilizar e cuidar para que não falte ao próximo que vai utilizar, formando assim uma cadeia solidária que busca preservar da melhor maneira possível o meio ambiente.

 O termo está diretamente ligado ao desenvolvimento sustentável, que começou a ser mais abordado na década de 1980, quando se iniciaram as discussões sobre o crescimento e desenvolvimento sem a extinção dos recursos naturais.

É sabido que toda ação humana modifica o meio ambiente, sem exceção. Também entendemos que, sem o meio ambiente, o homem não pode viver. Essa interação sustentável é importante para que os dois componentes, homem e natureza, possam conviver em harmonia, sem prejuízos para nenhum dos dois.

A importância da sustentabilidade ambiental é medida pelo quão importante é o meio ambiente na vida do homem. Sem os recursos naturais, que incluem água, o oxigênio, minérios, solo, a energia e calor do sol, as florestas, os animais o homem não pode viver. E por isso podemos medir a essencialidade de manter esses recursos de maneira sustentável.

Muitas pessoas já perceberam a necessidade de aplicar o conceito de sustentabilidade em suas ações diárias, como, por exemplo, consumir produtos naturais, evitar o consumo excessivo de produtos químicos, reutilizar embalagens, separar o lixo e incentivar a reciclagem, utilizar transportes menos poluentes, ensinar as crianças e jovens com uma educação ambiental adequada, entre outras ações.

Essas ações trazem benefícios a médio e longo prazo e, talvez por isso, seja tão difícil que toda a sociedade participe. Porém, a conscientização vai além das práticas diárias. A sustentabilidade ambiental também deve estar inserida no ambiente corporativo, com ações que resultem num crescimento econômico sem prejuízos ao meio ambiente.

E por que não crescer e ser sustentável ao mesmo tempo? Abaixo vamos listar algumas ações de Sustentabilidade Ambiental para o ambiente corporativo que podem ajudar as empresas a melhorarem o seu desempenho e colaborarem com o meio ambiente.

- Criar e desenvolver novos métodos que garantam a sustentabilidade dentro do crescimento econômico, abrangendo assim o desenvolvimento sustentável, é um desafio que deve ser posto em prática no cotidiano empresarial. Para isso, devemos conhecer algumas mudanças que permitam um crescimento saudável nas cadeias da indústria e serviços.

- Seguir os princípios do desenvolvimento sustentável, como criar uma responsabilidade social quanto à utilização e gestão do meio ambiente, o comprometimento com práticas sustentáveis, entre outras ações, pode significar um crescimento econômico de empresas sem prejuízos para a natureza.
Leia o fragmento retirado do texto:
"Também entendemos que, sem o meio ambiente, o homem não pode viver. "
O termo sublinhado tem igual classificação morfológica daquele "que" sublinhado em: 
Alternativas
Q1910779 Português

A voz do silêncio


O silêncio na hora certa vale ouro. Ele pode falar mais que mil palavras, dar mil conselhos e evitar uma situação constrangedora.

Temos o hábito de falar demais e nos esquecemos que não há retorno para o que foi dito.

Muitas vezes quando não falamos acabamos dizendo muito.

Quando há atrito entre duas ou mais pessoas e elas não conseguem encontrar uma saída, acabam por dizer coisas que, de maneira refletida, não diriam.

Uma discussão é como uma fogueira e as palavras são como o vento que aviva a brasa; quanto mais se fala, mais a brasa arde; quanto mais as pessoas dizem nessa situação, menos refletem e acabam por alterar a voz, de maneira que no fim das contas o que se ouve são gritos.

Quantas e quantas pessoas não estragam uma relação só porque não souberam a hora certa de falar e a de calar!

(...)

Pensar duas vezes antes de falar, sim.

Mesmo três ou dez se necessário.

Ficar em silêncio quando a melhor resposta é o silêncio, é dar ao outro a chance de pensar um pouco sobre a situação.

(...)

Isso faz parte da maturidade.

Pessoas maduras chegam na hora certa e partem na hora certa nos encontros marcados da vida.

Dizem o que deve ser dito e ouvem caladas.

Pensam seriamente no que o outro diz sem ficar obstinadas com as próprias ideias.

Elas se comunicam, dão e recebem.

Crescem em sabedoria e contribuem para que o mundo seja um lugar mais agradável de se estar.

Letícia Thompson. Acesso em https://www.contandohistorias.com.br/html/

contando-historias.html - Adaptado

Em "Temos o hábito de falar demais e nos esquecemos QUE não há retorno para o que foi dito ", a palavra que, em destaque, deve ser classificada como: 
Alternativas
Q1910597 Português

Analise a oração a seguir:


Todos já sabem que a violência possui uma causa social.


Com base no estudo do período composto, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Q1910437 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se refere.


Slow content: por um conteúdo desacelerado




Sobre a organização sintática do texto, assinale a alternativa CORRETA. 
Alternativas
Q1909167 Português
Acerca das estruturas linguísticas do texto CG2A1-I, julgue o item a seguir.
No trecho “crimes que visam o ataque a computadores” (último parágrafo do texto), o termo “que” remete semanticamente ao nome “crimes”, que o antecede, e funciona como sujeito da oração “que visam o ataque a computadores”.
Alternativas
Q1908986 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se refere.



Sobre a organização sintática do texto, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1908331 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão. 

Os fora-fila

Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas preciosas em filas de ônibus, e reclamam corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos percebem os fora-fila: os que usam carros privados e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o que precisam, enquanto outros não têm direito nem mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de dinheiro; enquanto outros não precisam se submeter a filas porque têm muito dinheiro.
Por causa das ineficiências econômicas, a palavra "fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por causa da injustiça social não se percebe os que estão fora das filas, de um lado e outro da escala de rendas. Alguns porque não precisam se submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro, outros porque não têm o direito de entrar nelas. No meio, imprensados, os da fila, ignorando os extremos. Nós nos acostumamos a ver com naturalidade os que não precisam e ainda mais os que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los como invisíveis.
No setor da saúde, nos indignamos com os que tentam furar a fila para tomar vacina, mas não percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar dinheiro para o atendimento médico de um pediatra para o filho, de um dentista e de profissionais de todas as outras especialidades que não estão disponíveis no SUS, com a urgência necessária. Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e, do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde - sem fila para os que podem pagar.
Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas demais especialidades médicas, inclusive cirurgias, por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há reclamação quando a fila se organiza por um pequeno papel numerado, mas não se protesta quando, perto dali, o atendimento é imediato, porque no lugar do papel com o número da fila usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro pode comprar saúde.
Na moradia, alguns entram na fila do programa Minha Casa Minha Vida; outros não precisam, compram diretamente a casa que desejam e podem; outros também não entram na fila, porque não têm as mínimas condições de financiamento.
O mesmo vale para a educação. Em função do Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas escolas, em geral pagas e caras, com ensino remoto, computadores e internet em casa, permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais possibilidade de aprovação do que outros. Apesar de que a aprovação é conquistada pelo mérito do concorrente, os aprovados se beneficiaram da exclusão de muitos concorrentes ao longo da educação de base.
A desigualdade na qualidade da escola desiguala o preparo entre os candidatos, como uma forma de empurrar alguns para fora e outros para a frente da fila. De certa forma, alguns furaram a fila para ingresso na universidade, por pagarem uma boa escola ainda na educação de base. E não há reclamação porque os fora da fila são invisíveis, porque não concluíram o Ensino Médio, ou concluíram um Ensino Médio sem qualidade que não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o ENEM.
Tanto quanto os que não podem pagar o transporte público não entram na fila do ônibus, os analfabetos (12 milhões de brasileiros) não entram na fila do ENEM para ingresso na universidade. Foram excluídos da formação, por falta de oportunidade para desenvolver o talento no momento oportuno da educação de base, e, por isso, ficam impedidos de disputar, por mérito, uma vaga na universidade. Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira de futebol, porque todos tiveram a mesma chance. A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a bola é redonda para todos, independentemente da renda.
Temos a preocupação de assegurar os mesmos direitos para obter vacina, não o mesmo direito para a qualidade e a urgência no atendimento de saúde e de educação, independentemente da renda e do endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos que há injustiça em furar fila usando dinheiro para ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É como se fosse normal furar fila por se ter muito dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro, ficam na fila e se indignam com os que tentam desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os outros tornamos invisíveis.
"... compram diretamente a casa que desejam..." O termo sublinhado exerce igual função sintática, na oração em que está inserido, daquela destacada em:
Alternativas
Q1907284 Português

Texto para o item.



Rafael Garcia. Cães distinguem ações propositais das acidentais nos humanos, mostra estudo.

In: O Globo. Internet: <oglobo.globo.com>  (com adaptações).

Acerca dos aspectos gramaticais e dos sentidos do texto apresentado, julgue o item.


Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos do trecho “esperar os que pareciam não querer alimentá-los” (linhas 23 e 24) caso o termo “que” fosse substituído por quem. 

Alternativas
Q1906991 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão. 


A ordem alfabética japonesa
Por Luiza Costa



Assinale a alternativa na qual a palavra “que” NÃO esteja empregada como pronome relativo. 
Alternativas
Q1906338 Português
O bem e o mal do estrangeirismo¹

   Rooftop, insight, approach… O Brasil parece cada vez mais inclinado a trocar seu vocabulário todo por termos em inglês. Mas a adoção de palavras de origem estrangeira não tem nada de nova: é tão antiga quanto a capacidade do Homo sapiens de falar e fundamental para a própria evolução das línguas.
   O terror dos puristas da língua em Portugal é um youtuber nascido e criado no Engenho Novo, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro: Luccas Neto. [...] o carioca também é um hit entre as crianças portuguesas. A tal ponto que, em novembro do ano passado, o jornal lisboeta Diário de Notícias publicou uma matéria em tom xenofóbico, reclamando que os miúdos de lá estão cada vez mais a falar “brasileiro”, de tanto assistir Luccas e outros influenciadores daqui.
    “Dizem ‘grama’ em vez de relva, autocarro é ‘ônibus’, rebuçado é ‘bala’, riscas são ‘listras’ e leite está na ‘geladeira’ em vez de no frigorífico”, alertou o jornal. “Os educadores notam-no sobretudo depois do confinamento – à conta de muitas horas de exposição a conteúdos feitos por youtubers brasileiros.”
   Pais e educadores portugueses estão preocupados. Mas talvez não devessem levar o caso tão a sério. Afinal, mais do que o jeitinho de falar de sua antiga colônia, os lusos usam e abusam de palavras do francês e do inglês – e aí sem a mesma vergonha.
    Um exemplo: enquanto, no trânsito daqui, temos em cada cruzamento uma placa indicadora que diz “Pare”, em Portugal a mesma sinalização diz “Stop”. E, lá como cá, o motorista entende muito bem o que deve fazer.
   Isso porque o estrangeirismo – a influência de culturas do exterior sobre os costumes e as falas de um povo – é parte da evolução natural de qualquer língua. A forma como nos expressamos se modifica o tempo todo, e um mundo globalizado (fenômeno que não nasceu com a internet – é forte desde as Grandes Navegações dos séculos 15 e 16) acelera esse intercâmbio linguístico. Tentar proibi-lo é como enxugar gelo. [...]
   [...] quando um termo de qualquer país é incorporado amplamente nos nossos diálogos e textos, ele na prática deixa de ser estrangeiro. Vira nosso. Todo dicionário nacional está inundado de vocábulos que não brotaram nem em Portugal, nem no Brasil, mas que já são tão de casa quanto receita de caipirinha.
    [...] O mal do estrangeirismo nem está exatamente na substituição de termos, como rooftop no lugar de “terraço”. O problema maior é quando, no afã de pegar algo emprestado de uma língua de fora, deturpamos a lógica da nossa.
      [...] Os exageros no estrangeirismo tendem a passar, como as paletas mexicanas. Mas o uso que facilita a comunicação vai vingar sempre. E a língua portuguesa no Brasil – que os portugueses chamam pejorativamente de “brasileiro” – vai continuar se enriquecendo com palavras e expressões que não teriam como surgir por aqui.

(¹Texto Alexandre Carvalho - 18 mar 2022 – https://super.abril.com.br/sociedade/o-bem-e-o-mal-do-estrangeirismo/ (acesso em 28 de março). Texto adaptado especialmente para essa prova.) 
Na frase: “Todo dicionário nacional está inundado de vocábulos que não brotaram nem em Portugal, nem no Brasil, mas que já são tão de casa quanto receita de caipirinha”., os quês exercem a função de:
Alternativas
Q1905632 Português
TEXTO III

Novo ensino médio começa a ser implementado este ano Primeira mudança deve ser ampliação da carga horária

01/02/2022 - Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil - RJ

O novo ensino médio começa a ser implementado oficialmente neste ano nas escolas brasileiras públicas e privadas. Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Vitor de Angelo, a implementação vai começar pelo 1º ano do ensino médio, e a primeira mudança nas redes deverá ser a ampliação da carga horária para pelo menos cinco horas diárias.

A reforma também trará desafios, de acordo com Vitor de Angelo, que é secretário de Educação do Espírito Santo. Ele citou, entre esses desafios, a possibilidade de aumento da desigualdade entre regiões, estados e redes de ensino e a necessidade da adequação de avaliações, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“A primeira coisa que deve chegar às escolas, com certeza, é a ampliação da carga horária, porque é uma exigência legal. O que não é exigência legal, mas está atrelado de alguma maneira a isso é a implementação de um currículo novo”, diz Angelo. O Consed representa os secretários estaduais de Educação, responsáveis pela maior parte das matrículas do ensino médio do país. Segundo o último Censo Escolar, de 2021, as redes estaduais concentram cerca de 85% das matrículas.

O novo ensino médio foi aprovado por lei em 2017, com o objetivo de tornar a etapa mais atrativa e evitar que os estudantes abandonem os estudos. Com o novo modelo, parte das aulas será comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. Entre as opções está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas.

O cronograma definido pelo Ministério da Educação estabelece que o novo ensino médio comece a ser implementado este ano, de forma progressiva, pelo 1º ano do ensino médio. Em 2023, a implementação segue, com o 1º e 2º anos e, em 2024, o ciclo de implementação termina, com os três anos do ensino médio.
[...]
Adaptado
https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao

Leia o texto para responder à questão


“A reforma também trará desafios, de acordo com Vitor de Angelo, que é secretário de Educação do Espírito Santo.” 2º§


A palavra destacada mantém com seu termo antecedente uma relação sintática de:

Alternativas
Q1903938 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão. 

A voz do silêncio

O silêncio na hora certa vale ouro. Ele pode falar mais que mil palavras, dar mil conselhos e evitar uma situação constrangedora.
Temos o hábito de falar demais e nos esquecemos que não há retorno para o que foi dito.
Muitas vezes quando não falamos acabamos dizendo muito.
Quando há atrito entre duas ou mais pessoas e elas não conseguem encontrar uma saída, acabam por dizer coisas que, de maneira refletida, não diriam.
Uma discussão é como uma fogueira e as palavras são como o vento que aviva a brasa; quanto mais se fala, mais a brasa arde; quanto mais as pessoas dizem nessa situação, menos refletem e acabam por alterar a voz, de maneira que no fim das contas o que se ouve são gritos.
Quantas e quantas pessoas não estragam uma relação só porque não souberam a hora certa de falar e a de calar!
(...)
Pensar duas vezes antes de falar, sim.
Mesmo três ou dez se necessário.
Ficar em silêncio quando a melhor resposta é o silêncio, é dar ao outro a chance de pensar um pouco sobre a situação.
(...)
Isso faz parte da maturidade.
Pessoas maduras chegam na hora certa e partem na hora certa nos encontros marcados da vida.
Dizem o que deve ser dito e ouvem caladas.
Pensam seriamente no que o outro diz sem ficar obstinadas com as próprias ideias.
Elas se comunicam, dão e recebem.
Crescem em sabedoria e contribuem para que o mundo seja um lugar mais agradável de se estar.

Letícia Thompson. Acesso em https://www.contandohistorias.com.br/html/ contandohistorias.html - Adaptado
Em "Temos o hábito de falar demais e nos esquecemos QUE não há retorno para o que foi dito ", a palavra que, em destaque, deve ser classificada como:
Alternativas
Q1901560 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão. 

Como seriam as coisas se a humanidade tratasse
a mudança climática como uma emergência real

Por Jason Hickel




(Disponível em: https://climainfo.org.br/2022/11/22 – texto especialmente adaptado para esta prova).
Sobre as ocorrências da palavra ‘que’, devidamente salientadas no texto, avalie as seguintes assertivas:

I. Nas linhas 01 e 12, a palavra ‘que’ é conjunção integrante.
II. Nas linhas 03 e 21, a palavra ‘que’ funciona como pronome relativo.
III. Nas ocorrências das linhas 43 e 49, a palavra ‘que’ poderia ser substituída, respectivamente, por ‘os quais’ e ‘a qual’, sem provocar erro aos períodos em que estão inseridas.

Quais estão corretas?
Alternativas
Respostas
481: B
482: A
483: C
484: A
485: C
486: E
487: A
488: D
489: B
490: E
491: B
492: C
493: B
494: D
495: E
496: D
497: B
498: B
499: C
500: E