Questões de Concurso Sobre interpretação de textos em português

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Q3032563 Português

O pavão, Rubem Braga



De acordo com a leitura realizada do texto acima, o grande mistério e esplendor do pavão, segundo o autor, é:
Alternativas
Q3032494 Português

Texto 8a


“… é preciso lembrar que, do ponto de vista sociológico, o ‘erro’ existe e sua maior ou menor ‘gravidade’ depende precisamente da distribuição dos falantes dentro da pirâmide das classes sociais, que é também uma pirâmide de variedades linguísticas. Quanto mais baixo estiver um falante na escala social, maior número de ‘erros’ as camadas mais elevadas atribuirão à sua variedade linguística (e a diversas outras características sociais dele). O ‘erro’ linguístico, do ponto de vista sociológico é antropológico, e se baseia, portanto, numa avaliação negativa que nada tem de linguística.”


BAGNO, Marcos. A inevitável travessia: da prescrição gramatical à educação linguística. In: ___; STUBBS, Michael; GAGNÉ, Gilles. Língua Materna: letramento, variação & ensino. São Paulo: Parábola, 2002, p. 13-84


Texto 8b


“Humildemente meu respeito a todos os membros do grupo bem como os demais irmãos. Pesso a oportunidade de desenrrolá o que houve contra mim. Sei que vários irmãos não me conhece realmente, assim quero pasá quem sô, de que tempo vim, e em que realmente acredito! Me envolvi foi nos anos 80 tempo que perdemo o morro.”


BARCELLOS, Caco – Abusado, o dono do morro Santa Marta – Ed. Record, Rio de Janeiro, 2003, p. 428.

O texto 8b é parte da carta escrita por Juliano, personagem central do livro-reportagem de Barcellos, no qual relata a história do líder do tráfico neste morro.


Confrontando os dois textos, é correto afirmar que:


1. a linguagem empregada pelo personagem (texto 8b) é marcada por desvios ortográficos que revelam problemas de letramento. O texto está marcado pela oralidade.


2. O texto 8b, confrontado ao texto 8a, é exemplo de falta de prestígio social, já que seu emissor pertence à base da pirâmide social.


3. O texto 8b marca a variação diastrática, porque emprega a linguagem do favelado.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q3032491 Português

Texto 7


Guga poderia virar um assassino?


Dois jovens, quase a mesma idade, poucos meses de diferença, comoveram, na semana passada, o Brasil.


Um deles é branco, 23 anos, ganhou fama com uma raquete de tênis na mão. Outro, negro, 22 anos, ganhou fama com um revólver na mão.


Na segunda-feira, Gustavo Kuerten, o Guga, cercado de fãs, se deixava fotografar em frente à Torre Eiffel, com o troféu que levou no torneio de Roland Garros, que projetou-o para o primeiro lugar do ranking mundial - e o deixou U$ 600 mil mais rico.


Naquele mesmo dia, Sandro do Nascimento, cercado de policiais, depois de um atabalhoado sequestro, era jogado num camburão, onde morreu sufocado - ele queria R$ 1 mil. (…)


Nessa quadra chamada Brasil, Guga e Sandro estavam divididos exatamente pelas linhas que incluem e excluem, que dão ou tiram chances, que fazem prosperar ou regredir.


A quadra que faz derrotados e perdedores. (…) 


Os números mostram, com clareza, como o desemprego atinge, mais pesadamente, em particular aqueles com baixa escolaridade.


E também mostram como a renda está caindo especialmente nas regiões metropolitanas.


Deterioração das regiões metropolitanas, baixa escolaridade, desemprego acentuado entre os jovens, são as linhas dessa quadra de exclusão.


Nesse jogo da morte, não há polícia que, de fato, funcione. Nem prisão que abrigue tantos delinquentes.


Vamos seguir produzindo mais chances de Sandros do que Gugas.


Somos, enfim, uma nação de perdedores.


https://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/gilberto/ gd100700.htm

Gilberto Dimenstein, Folha de S. Paulo, editado

Assinale a alternativa correta sobre o texto 7.
Alternativas
Q3032489 Português

Texto 6


Linguagem, Poder e Discriminação


A linguagem não é usada somente para veicular informações, isto é, a função referencial denotativa da linguagem não é senão uma entre outras; entre estas ocupa uma posição central a função de comunicar ao ouvinte a posição que o falante ocupa de fato ou acha que ocupa na sociedade em que vive. As pessoas falam para serem “ouvidas”, às vezes para serem respeitadas e também para exercer uma influência no ambiente em que realizam os atos linguísticos. O poder da palavra é o poder de mobilizar a autoridade acumulada pelo falante e concentrá-la num ato linguístico (Bordieu, 1977). Os casos mais evidentes em relação a tal afirmação são também os mais extremos: discurso político, sermão na igreja, aula etc. As produções linguísticas deste tipo, e também de outros tipos, adquirem valor de ser realizadas no contexto social e cultural apropriado. As regras que governam a produção apropriada dos atos de linguagem levam em conta as relações sociais entre o falante e o ouvinte.


GNERRE, Maurizzio, in Prática de Texto, FARACO, Carlos Alberto e TEZZA, Cristovão, Ed. Vozes, 20ª edição, 2011, Petrópolis, RJ, p. 105.

Assinale a alternativa correta em relação ao texto 6. 
Alternativas
Q3032488 Português

Texto 6


Linguagem, Poder e Discriminação


A linguagem não é usada somente para veicular informações, isto é, a função referencial denotativa da linguagem não é senão uma entre outras; entre estas ocupa uma posição central a função de comunicar ao ouvinte a posição que o falante ocupa de fato ou acha que ocupa na sociedade em que vive. As pessoas falam para serem “ouvidas”, às vezes para serem respeitadas e também para exercer uma influência no ambiente em que realizam os atos linguísticos. O poder da palavra é o poder de mobilizar a autoridade acumulada pelo falante e concentrá-la num ato linguístico (Bordieu, 1977). Os casos mais evidentes em relação a tal afirmação são também os mais extremos: discurso político, sermão na igreja, aula etc. As produções linguísticas deste tipo, e também de outros tipos, adquirem valor de ser realizadas no contexto social e cultural apropriado. As regras que governam a produção apropriada dos atos de linguagem levam em conta as relações sociais entre o falante e o ouvinte.


GNERRE, Maurizzio, in Prática de Texto, FARACO, Carlos Alberto e TEZZA, Cristovão, Ed. Vozes, 20ª edição, 2011, Petrópolis, RJ, p. 105.

Analise as afirmativas abaixo sobre as expressões e palavras sublinhadas no texto 6.


1. Todas funcionam como elementos referenciais de coesão textual.


2. A palavra para destacada funciona como elemento de relação lógica, pois estabelece ligação semântica, ou seja, com passagem de ideias.


3. A palavra esta funciona como elemento anafórico.


4. A expressão tal afirmação funciona como elemento catafórico.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q3032486 Português

Texto 4


O Gigolô das palavras 


Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo de Gramática indispensável para aprender a usar a nossa ou qualquer outra língua. (…)


Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. (…) 


Claro que eu não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia a minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas – isso eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria.


VERISSIMO, Luís Fernando – O Gigolô das palavras – L&PM, Porto Alegre, 1982, pags.10/11/12.


Analise as afirmativas abaixo sobre o texto 4.


1. Quando o autor se refere à implicância com a Gramática e à pouca intimidade com ela, devemos entender que esta gramática é a norma culta.


2. A resposta de Verissimo à pergunta designada pelo professor de Português é de que a Gramática é dispensável, mas que devemos respeitar algumas regras básicas.


3. Se o autor confessadamente não domina a Gramática, significa afirmar que seus textos são crivados de erros, logo de pouco valor linguístico e literário.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q3032485 Português

Considere o trecho abaixo, retirado da obra Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, um exemplo da linguagem do sertanejo.


“Eu careço de que o bom seja bom e o rúim ruím, que dum lado esteja o preto e do outro o branco, que o feio fique bem apartado do bonito e a alegria longe da tristeza! Quero os todos pastos demarcados… Como é que posso com este mundo? A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero. Ao que, este mundo é muito misturado…”


Nesse sentido, é correto afirmar:


1. que o autor emprega a variação diatópica para dar mais autenticidade à obra.


2. que o autor emprega a variação diacrônica para enriquecer o obra.


3. que a obra está repleta de erros gramaticais que devem ser desprezados pela boa leitura.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q3032482 Português

Texto 2




Era o dia de Teddy Riner, um dos maiores judocas da história, e de uma França que veste quimono nas Olimpíadas. Até o presidente Emmanuel Macron estava na Arena Campo de Marte. Mas era o dia também de Beatriz Souza, a Bia, 26, que surpreendeu as favoritas, a líder do ranking e a campeã europeia, para conquistar o primeiro ouro do Brasil nos Jogos de Paris-2024.
Foi o terceiro pódio do judô na capital francesa. William Lima e Larissa Pimenta já haviam conquistado uma prata e um bronze, respectivamente. O esporte acumula agora 27 premiações e é, até aqui, o principal motor de desempenho do Time Brasil em Paris.
Natural de Itariri (SP) e atleta do clube Pinheiros, Bia venceu na semifinal Romane Dicko, atual líder do ranking mundial da categoria pesado (+ 78 kg), bronze em Tóquio-2020 e ouro na disputa mista, junto com Riner. E uma barulhenta torcida francesa, que estava no estádio por causa dela, mas principalmente devido à presença de Riner na semifinal masculina. “É, mas eu consigo fazer essa parte de audição seletiva. Eu consigo me concentrar totalmente na luta, no meu momento, focada em mim. No que eu quero fazer, no que eu sei fazer. E, independentemente de quem está ali na minha frente, eu sei que eu estou preparada”, contou depois, com a medalha na mão e um largo sorriso no rosto. “Ainda não caiu totalmente a ficha, estou transbordando de felicidade.” (…)


Folha de S. Paulo, 02/08/2024, José Henrique Mariante https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2024/08/beatriz-souzaconquista-primeiro-ouro-do-brasil.shtml

Assinale a alternativa correta em relação à compreensão do texto 2.
Alternativas
Q3032481 Português

Texto 2




Era o dia de Teddy Riner, um dos maiores judocas da história, e de uma França que veste quimono nas Olimpíadas. Até o presidente Emmanuel Macron estava na Arena Campo de Marte. Mas era o dia também de Beatriz Souza, a Bia, 26, que surpreendeu as favoritas, a líder do ranking e a campeã europeia, para conquistar o primeiro ouro do Brasil nos Jogos de Paris-2024.
Foi o terceiro pódio do judô na capital francesa. William Lima e Larissa Pimenta já haviam conquistado uma prata e um bronze, respectivamente. O esporte acumula agora 27 premiações e é, até aqui, o principal motor de desempenho do Time Brasil em Paris.
Natural de Itariri (SP) e atleta do clube Pinheiros, Bia venceu na semifinal Romane Dicko, atual líder do ranking mundial da categoria pesado (+ 78 kg), bronze em Tóquio-2020 e ouro na disputa mista, junto com Riner. E uma barulhenta torcida francesa, que estava no estádio por causa dela, mas principalmente devido à presença de Riner na semifinal masculina. “É, mas eu consigo fazer essa parte de audição seletiva. Eu consigo me concentrar totalmente na luta, no meu momento, focada em mim. No que eu quero fazer, no que eu sei fazer. E, independentemente de quem está ali na minha frente, eu sei que eu estou preparada”, contou depois, com a medalha na mão e um largo sorriso no rosto. “Ainda não caiu totalmente a ficha, estou transbordando de felicidade.” (…)


Folha de S. Paulo, 02/08/2024, José Henrique Mariante https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2024/08/beatriz-souzaconquista-primeiro-ouro-do-brasil.shtml

Texto 3

Carta aberta a Rebeca Andrade


Quando você sobe ao pódio, mais do que medalhas, vejo a representação de um futuro mais igualitário

Prezada Rebeca,

O espírito olímpico é a personificação da superação e da união, um ícone da esperança que transcende fronteiras e celebra a capacidade humana de vencer desafios. As Olimpíadas não são apenas uma competição esportiva; elas são como um altar, capazes de definir conceitos para a humanidade. Sua presença em Paris, querida Rebeca, é o testemunho vivo desse espírito transformador. Quero dizer-lhe porquê.


A icônica imagem —que o futuro sempre celebrará— em que você recebe homenagens de suas colegas ginastas americanas é tão poderosa quanto aquelas das vitórias de Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim. Assim como Owens quebrou barreiras raciais e desafiou o regime opressor de Hitler e da Alemanha nazista, também você está escrevendo uma nova página na história.

Um pódio da ginástica olímpica composto apenas por mulheres negras seria por si só um feito. Mas o gesto dessas ginastas, vindas do Norte, reverenciando você, uma mulher do Sul, é um símbolo de transformação na humanidade.


Desde o primeiro salto até a aterrissagem perfeita, você não apenas desafiou as leis da física, mas também quebrou barreiras sociais e culturais. Cada movimento seu foi testemunho da força e da resiliência humanas e uma ode à perseverança e ao talento. Seu pódio, engrandecido pela simultânea vênia das americanas, não é só um cumprimento, é símbolo de um ponto de virada histórico.


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jose-manueldiogo/2024/08/carta-aberta-a-rebeca-andrade.shtml Folha de S. Paulo, 07/08/2024, José Manuel Diogo

As palavras reverenciando, resiliência e ode (sublinhadas no texto 3), no contexto em que estão empregadas, poderiam ser substituídas, sem alteração de significado, por:
Alternativas
Q3032480 Português

Texto 2




Era o dia de Teddy Riner, um dos maiores judocas da história, e de uma França que veste quimono nas Olimpíadas. Até o presidente Emmanuel Macron estava na Arena Campo de Marte. Mas era o dia também de Beatriz Souza, a Bia, 26, que surpreendeu as favoritas, a líder do ranking e a campeã europeia, para conquistar o primeiro ouro do Brasil nos Jogos de Paris-2024.
Foi o terceiro pódio do judô na capital francesa. William Lima e Larissa Pimenta já haviam conquistado uma prata e um bronze, respectivamente. O esporte acumula agora 27 premiações e é, até aqui, o principal motor de desempenho do Time Brasil em Paris.
Natural de Itariri (SP) e atleta do clube Pinheiros, Bia venceu na semifinal Romane Dicko, atual líder do ranking mundial da categoria pesado (+ 78 kg), bronze em Tóquio-2020 e ouro na disputa mista, junto com Riner. E uma barulhenta torcida francesa, que estava no estádio por causa dela, mas principalmente devido à presença de Riner na semifinal masculina. “É, mas eu consigo fazer essa parte de audição seletiva. Eu consigo me concentrar totalmente na luta, no meu momento, focada em mim. No que eu quero fazer, no que eu sei fazer. E, independentemente de quem está ali na minha frente, eu sei que eu estou preparada”, contou depois, com a medalha na mão e um largo sorriso no rosto. “Ainda não caiu totalmente a ficha, estou transbordando de felicidade.” (…)


Folha de S. Paulo, 02/08/2024, José Henrique Mariante https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2024/08/beatriz-souzaconquista-primeiro-ouro-do-brasil.shtml

Texto 3

Carta aberta a Rebeca Andrade


Quando você sobe ao pódio, mais do que medalhas, vejo a representação de um futuro mais igualitário

Prezada Rebeca,

O espírito olímpico é a personificação da superação e da união, um ícone da esperança que transcende fronteiras e celebra a capacidade humana de vencer desafios. As Olimpíadas não são apenas uma competição esportiva; elas são como um altar, capazes de definir conceitos para a humanidade. Sua presença em Paris, querida Rebeca, é o testemunho vivo desse espírito transformador. Quero dizer-lhe porquê.


A icônica imagem —que o futuro sempre celebrará— em que você recebe homenagens de suas colegas ginastas americanas é tão poderosa quanto aquelas das vitórias de Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim. Assim como Owens quebrou barreiras raciais e desafiou o regime opressor de Hitler e da Alemanha nazista, também você está escrevendo uma nova página na história.

Um pódio da ginástica olímpica composto apenas por mulheres negras seria por si só um feito. Mas o gesto dessas ginastas, vindas do Norte, reverenciando você, uma mulher do Sul, é um símbolo de transformação na humanidade.


Desde o primeiro salto até a aterrissagem perfeita, você não apenas desafiou as leis da física, mas também quebrou barreiras sociais e culturais. Cada movimento seu foi testemunho da força e da resiliência humanas e uma ode à perseverança e ao talento. Seu pódio, engrandecido pela simultânea vênia das americanas, não é só um cumprimento, é símbolo de um ponto de virada histórico.


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jose-manueldiogo/2024/08/carta-aberta-a-rebeca-andrade.shtml Folha de S. Paulo, 07/08/2024, José Manuel Diogo



Em relação às funções da linguagem, atente aos enunciados abaixo:


1. O texto 2 emprega a função referencial de linguagem.


2. No texto 3, destaca-se a função emotiva ou expressiva.


3. Os textos 2 e 3 empregam a função fática.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q3032479 Português

Texto 2




Era o dia de Teddy Riner, um dos maiores judocas da história, e de uma França que veste quimono nas Olimpíadas. Até o presidente Emmanuel Macron estava na Arena Campo de Marte. Mas era o dia também de Beatriz Souza, a Bia, 26, que surpreendeu as favoritas, a líder do ranking e a campeã europeia, para conquistar o primeiro ouro do Brasil nos Jogos de Paris-2024.
Foi o terceiro pódio do judô na capital francesa. William Lima e Larissa Pimenta já haviam conquistado uma prata e um bronze, respectivamente. O esporte acumula agora 27 premiações e é, até aqui, o principal motor de desempenho do Time Brasil em Paris.
Natural de Itariri (SP) e atleta do clube Pinheiros, Bia venceu na semifinal Romane Dicko, atual líder do ranking mundial da categoria pesado (+ 78 kg), bronze em Tóquio-2020 e ouro na disputa mista, junto com Riner. E uma barulhenta torcida francesa, que estava no estádio por causa dela, mas principalmente devido à presença de Riner na semifinal masculina. “É, mas eu consigo fazer essa parte de audição seletiva. Eu consigo me concentrar totalmente na luta, no meu momento, focada em mim. No que eu quero fazer, no que eu sei fazer. E, independentemente de quem está ali na minha frente, eu sei que eu estou preparada”, contou depois, com a medalha na mão e um largo sorriso no rosto. “Ainda não caiu totalmente a ficha, estou transbordando de felicidade.” (…)


Folha de S. Paulo, 02/08/2024, José Henrique Mariante https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2024/08/beatriz-souzaconquista-primeiro-ouro-do-brasil.shtml

Texto 3

Carta aberta a Rebeca Andrade


Quando você sobe ao pódio, mais do que medalhas, vejo a representação de um futuro mais igualitário

Prezada Rebeca,

O espírito olímpico é a personificação da superação e da união, um ícone da esperança que transcende fronteiras e celebra a capacidade humana de vencer desafios. As Olimpíadas não são apenas uma competição esportiva; elas são como um altar, capazes de definir conceitos para a humanidade. Sua presença em Paris, querida Rebeca, é o testemunho vivo desse espírito transformador. Quero dizer-lhe porquê.


A icônica imagem —que o futuro sempre celebrará— em que você recebe homenagens de suas colegas ginastas americanas é tão poderosa quanto aquelas das vitórias de Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim. Assim como Owens quebrou barreiras raciais e desafiou o regime opressor de Hitler e da Alemanha nazista, também você está escrevendo uma nova página na história.

Um pódio da ginástica olímpica composto apenas por mulheres negras seria por si só um feito. Mas o gesto dessas ginastas, vindas do Norte, reverenciando você, uma mulher do Sul, é um símbolo de transformação na humanidade.


Desde o primeiro salto até a aterrissagem perfeita, você não apenas desafiou as leis da física, mas também quebrou barreiras sociais e culturais. Cada movimento seu foi testemunho da força e da resiliência humanas e uma ode à perseverança e ao talento. Seu pódio, engrandecido pela simultânea vênia das americanas, não é só um cumprimento, é símbolo de um ponto de virada histórico.


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jose-manueldiogo/2024/08/carta-aberta-a-rebeca-andrade.shtml Folha de S. Paulo, 07/08/2024, José Manuel Diogo

Assinale a alternativa correta:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: UECE-CEV Órgão: CREMEC Prova: UECE-CEV - 2024 - CREMEC - Agente Fiscal |
Q3032384 Português

Inteligência Artificial no Mercado Editorial: Possibilidades e desafios éticos


Disponível: https://portal.fgv.br/en/node/31487. Acesso em: 15/08/2024. Adaptação.

Por suas características formais, por sua função e uso, é correto afirmar que o texto é
Alternativas
Ano: 2024 Banca: UECE-CEV Órgão: CREMEC Prova: UECE-CEV - 2024 - CREMEC - Agente Fiscal |
Q3032383 Português

Inteligência Artificial no Mercado Editorial: Possibilidades e desafios éticos


Disponível: https://portal.fgv.br/en/node/31487. Acesso em: 15/08/2024. Adaptação.

O texto denota a opinião do seu autor frente ao uso da IA no mercado editorial. Tal posicionamento é expresso por meio de uma atitude
Alternativas
Q3032221 Português

Qual é a pressuposição que pode ser feita a partir do enunciado abaixo?


Dengue vira risco de epidemia na região sul.

Alternativas
Q3032220 Português
Ler o trecho abaixo.
[...] Capitu era Capitu, isto é, uma criatura mui particular, mais mulher do que eu era homem. Se ainda o não disse, aí fica. Se disse, fica também. Há conceitos que se devem incutir na alma do leitor, à força de repetição.
Dom Casmurro – Machado de Assis.

A partir da última frase, pode-se inferir que a ideia do autor foi:
Alternativas
Q3032217 Português
A linguagem coloquial difere da linguagem considerada culta por não exigir atenção total à gramática normativa. Qual alternativa difere das demais por este motivo?
Alternativas
Q3032110 Português
“No Brasil, educação de má qualidade submete indivíduos a situação análoga à escravidão”


Não há dúvidas de que o capital humano é central no processo dos desenvolvimentos econômico e social de qualquer país — e a educação é um dos pilares da formação de um capital humano qualificado. O filósofo e economista Eduardo Giannetti alerta: a falta de acesso à educação de qualidade e ao domínio da linguagem tolhe as capacidades de expressão e articulação de pensamentos, desejos e escolhas dos indivíduos. Segundo ele, esse cenário restringe liberdades.

“Não adianta dizer a uma pessoa analfabeta que ela é livre para ler Machado de Assis, Nelson Rodrigues ou Guimarães Rosa. Assim como dizer a alguém que está passando fome de que ele é livre para ir ao melhor restaurante da cidade. É uma liberdade completamente vazia”, explica. “A liberdade genuína, profunda, ocorre quando a pessoa tem meios para exercer a escolha de ler, de gastar o dinheiro dessa ou daquela maneira. Caso contrário, é realmente uma piada de mau gosto dizer que um analfabeto é livre para fazer o que quer. Ele não é”, completa.

De acordo com Giannetti, a falta de acesso à educação no Brasil faz com que muitos vivam em uma situação análoga à escravidão. “É a escravidão da ignorância. O escândalo da má qualidade do ensino no Brasil é o análogo do século 21 à escravidão. É da mesma ordem de gravidade”, explica.


(Trecho adaptado de entrevista de Eduardo Gianetti para Renato Galeno) (https://umbrasil.com/videos/no-brasil-educacao-de-ma-qualidade-submete-individuos-a-situ acao-analoga-a-escravidao/)

[Questão Inédita] “É um momento no qual as fronteiras nacionais se tornam muito relativas.”


Assinale a alternativa que substitui corretamente o termo destacado acima.

Alternativas
Q3032103 Português
“No Brasil, educação de má qualidade submete indivíduos a situação análoga à escravidão”


Não há dúvidas de que o capital humano é central no processo dos desenvolvimentos econômico e social de qualquer país — e a educação é um dos pilares da formação de um capital humano qualificado. O filósofo e economista Eduardo Giannetti alerta: a falta de acesso à educação de qualidade e ao domínio da linguagem tolhe as capacidades de expressão e articulação de pensamentos, desejos e escolhas dos indivíduos. Segundo ele, esse cenário restringe liberdades.

“Não adianta dizer a uma pessoa analfabeta que ela é livre para ler Machado de Assis, Nelson Rodrigues ou Guimarães Rosa. Assim como dizer a alguém que está passando fome de que ele é livre para ir ao melhor restaurante da cidade. É uma liberdade completamente vazia”, explica. “A liberdade genuína, profunda, ocorre quando a pessoa tem meios para exercer a escolha de ler, de gastar o dinheiro dessa ou daquela maneira. Caso contrário, é realmente uma piada de mau gosto dizer que um analfabeto é livre para fazer o que quer. Ele não é”, completa.

De acordo com Giannetti, a falta de acesso à educação no Brasil faz com que muitos vivam em uma situação análoga à escravidão. “É a escravidão da ignorância. O escândalo da má qualidade do ensino no Brasil é o análogo do século 21 à escravidão. É da mesma ordem de gravidade”, explica.


(Trecho adaptado de entrevista de Eduardo Gianetti para Renato Galeno) (https://umbrasil.com/videos/no-brasil-educacao-de-ma-qualidade-submete-individuos-a-situ acao-analoga-a-escravidao/)
[Questão Inédita] Tendo o texto como referência, assinale a alternativa com a informação equivocada.
Alternativas
Q3032102 Português
“No Brasil, educação de má qualidade submete indivíduos a situação análoga à escravidão”


Não há dúvidas de que o capital humano é central no processo dos desenvolvimentos econômico e social de qualquer país — e a educação é um dos pilares da formação de um capital humano qualificado. O filósofo e economista Eduardo Giannetti alerta: a falta de acesso à educação de qualidade e ao domínio da linguagem tolhe as capacidades de expressão e articulação de pensamentos, desejos e escolhas dos indivíduos. Segundo ele, esse cenário restringe liberdades.

“Não adianta dizer a uma pessoa analfabeta que ela é livre para ler Machado de Assis, Nelson Rodrigues ou Guimarães Rosa. Assim como dizer a alguém que está passando fome de que ele é livre para ir ao melhor restaurante da cidade. É uma liberdade completamente vazia”, explica. “A liberdade genuína, profunda, ocorre quando a pessoa tem meios para exercer a escolha de ler, de gastar o dinheiro dessa ou daquela maneira. Caso contrário, é realmente uma piada de mau gosto dizer que um analfabeto é livre para fazer o que quer. Ele não é”, completa.

De acordo com Giannetti, a falta de acesso à educação no Brasil faz com que muitos vivam em uma situação análoga à escravidão. “É a escravidão da ignorância. O escândalo da má qualidade do ensino no Brasil é o análogo do século 21 à escravidão. É da mesma ordem de gravidade”, explica.


(Trecho adaptado de entrevista de Eduardo Gianetti para Renato Galeno) (https://umbrasil.com/videos/no-brasil-educacao-de-ma-qualidade-submete-individuos-a-situ acao-analoga-a-escravidao/)
[Questão Inédita] Em relação aos aspectos linguísticos e gramaticais, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q3032101 Português
“No Brasil, educação de má qualidade submete indivíduos a situação análoga à escravidão”


Não há dúvidas de que o capital humano é central no processo dos desenvolvimentos econômico e social de qualquer país — e a educação é um dos pilares da formação de um capital humano qualificado. O filósofo e economista Eduardo Giannetti alerta: a falta de acesso à educação de qualidade e ao domínio da linguagem tolhe as capacidades de expressão e articulação de pensamentos, desejos e escolhas dos indivíduos. Segundo ele, esse cenário restringe liberdades.

“Não adianta dizer a uma pessoa analfabeta que ela é livre para ler Machado de Assis, Nelson Rodrigues ou Guimarães Rosa. Assim como dizer a alguém que está passando fome de que ele é livre para ir ao melhor restaurante da cidade. É uma liberdade completamente vazia”, explica. “A liberdade genuína, profunda, ocorre quando a pessoa tem meios para exercer a escolha de ler, de gastar o dinheiro dessa ou daquela maneira. Caso contrário, é realmente uma piada de mau gosto dizer que um analfabeto é livre para fazer o que quer. Ele não é”, completa.

De acordo com Giannetti, a falta de acesso à educação no Brasil faz com que muitos vivam em uma situação análoga à escravidão. “É a escravidão da ignorância. O escândalo da má qualidade do ensino no Brasil é o análogo do século 21 à escravidão. É da mesma ordem de gravidade”, explica.


(Trecho adaptado de entrevista de Eduardo Gianetti para Renato Galeno) (https://umbrasil.com/videos/no-brasil-educacao-de-ma-qualidade-submete-individuos-a-situ acao-analoga-a-escravidao/)
[Questão Inédita] Tendo em vista as ideias do texto, assinale a alternativa com a palavra que sintetiza o resultado produzido pela falta de acesso à educação.
Alternativas
Respostas
4401: C
4402: E
4403: E
4404: C
4405: B
4406: B
4407: A
4408: E
4409: C
4410: C
4411: D
4412: A
4413: A
4414: D
4415: B
4416: C
4417: E
4418: C
4419: E
4420: B