Questões de Concurso
Sobre interpretação de textos em português
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O texto a seguir foi publicado por ocasião dos 50 anos da
ida do homem à Lua.
A respeito dos fatores relacionados à textualidade
descritos por Koch & Elias, na obra Ler e compreender
os sentidos do texto, qual deles é essencial para a
compreensão do texto apresentado?
INSTRUÇÃO: Leia, a seguir, textos de placas e
cartazes apresentados por Juliana Bertucci Barbosa
na obra Ensino de Português e Linguística, ao discutir
inadequações presentes na escrita de alunos, para
responder à questão.
Urubus e sabiás
Rubem Alves
Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza, eles haveriam de se tornar grandes cantores.
E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros.
Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência.
Tudo ia muito bem até que a doce tranquilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás.
Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.
— Onde estão os documentos dos seus concursos? E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...
— Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.
E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...
MORAL: Em terra de urubus diplomados não se ouve canto de sabiá.
ANTUNES, Irande: Análise de textos: fundamentos e práticas.
São Paulo: Parábola, 2013.
Releia este trecho.
“E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...”
Nesse trecho, é(são) recurso(s) coesivo(s) que garante(m) a continuidade referencial
Urubus e sabiás
Rubem Alves
Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza, eles haveriam de se tornar grandes cantores.
E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros.
Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência.
Tudo ia muito bem até que a doce tranquilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás.
Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.
— Onde estão os documentos dos seus concursos? E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...
— Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.
E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...
MORAL: Em terra de urubus diplomados não se ouve canto de sabiá.
ANTUNES, Irande: Análise de textos: fundamentos e práticas.
São Paulo: Parábola, 2013.
Tendo em vista o texto lido, analise as afirmativas a seguir.
I. Quanto ao universo da referência, o texto remete para o mundo da ficção, com o pretexto de pôr em questão algum elemento do mundo real.
II. Os destinatários a quem esse texto se dirige são leitores interessados por assuntos institucionais, dos quais decorrem muitos dos direitos sociais.
III. No que se refere à unidade temática do texto, a atuação dos sabiás constitui o fio que marca a narrativa do início ao fim.
IV. A respeito do propósito comunicativo do texto, destaca-se a imprescindibilidade das leis, sem as quais não há organização social satisfatória.
Estão corretas as afirmativas
Leia, a seguir, trechos da obra Portos de Passagem, de João Wanderley Geraldi, a respeito da distinção entre atividades metalinguísticas, linguísticas e epilinguísticas.
“As atividades ________________ são aquelas que, praticadas nos processos interacionais, referem ao assunto em pauta, “vão de si”, permitindo a progressão do assunto. As reflexões que aqui se fazem, tanto no agenciamento dos recursos expressivos pelo locutor quanto na sua compreensão pelo interlocutor, não demandam interromper a progressão do assunto de que se está tratando [...].As atividades __________________ são aquelas que, também presentes nos processos interacionais, e neles detectáveis, resultam de uma reflexão que toma os próprios recursos expressivos como seu objeto. Atividades __________________ são aquelas que tomam a linguagem como objeto não mais enquanto reflexão vinculada ao próprio processo interativo [...]. Trata-se, aqui, de atividades de conhecimento que analisam a linguagem com a construção de conceitos, classificações, etc.”
(GERALDI, 2013, p. 20-25.)
Nesse contexto, as palavras que completam correta e respectivamente as lacunas são
INSTRUÇÃO: Leia o excerto a seguir, retirado da obra Norma culta brasileira: desatando alguns nós, de Carlos Alberto Faraco, para responder à questão.
Ensinar gramática?
A crítica à gramatiquice e ao normativismo não significa, como pensam alguns desavisados, o abandono da reflexão gramatical e do ensino da norma culta / comum / standard. Refletir sobre a estrutura da língua e sobre seu funcionamento social é atividade auxiliar indispensável para o domínio fluente da fala e da escrita. E conhecer a norma culta / comum / standard é parte integrante do amadurecimento das nossas competências linguístico culturais, em especial as que estão relacionadas à cultura escrita. O lema aqui pode ser: reflexão gramatical sem gramatiquice e estudo da norma culta / comum / standard sem normativismo.
Não cabe, no ensino de português, apenas agir no sentido de os alunos ampliarem seu domínio das atividades de fala e escrita. Junto com esse trabalho (que é, digamos com todas as letras, a parte central do ensino), é necessário realizar sempre uma ação reflexiva sobre a própria língua, integrando as atividades verbais e o pensar sobre elas.
Esse pensar visa a compreensão do funcionamento interno da língua e deve caminhar de uma percepção intuitiva dos fatos a uma progressiva sistematização, acompanhada da introdução do vocabulário gramatical básico (aquele que é indispensável, por exemplo, para se entender as informações contidas nos dicionários). No fundo, trata-se de desenvolver uma atitude científica de observar e descrever a organização estrutural da língua, com destaque para a imensa variedade de formas expressivas alternativas à disposição dos falantes.
(FARACO, 2008, p. 157-158.)
Com base em uma perspectiva alinhada à de Faraco, Marcos Bagno, na obra Gramática pedagógica do português brasileiro, discute tópicos gramaticais que devem, ou não, ser ensinados pelo professor de português.
Nessa direção, o autor assevera que um ensino desapegado do normativismo deve abrir mão do estudo
INSTRUÇÃO: Leia o excerto a seguir, retirado da obra Norma culta brasileira: desatando alguns nós, de Carlos Alberto Faraco, para responder à questão.
Ensinar gramática?
A crítica à gramatiquice e ao normativismo não significa, como pensam alguns desavisados, o abandono da reflexão gramatical e do ensino da norma culta / comum / standard. Refletir sobre a estrutura da língua e sobre seu funcionamento social é atividade auxiliar indispensável para o domínio fluente da fala e da escrita. E conhecer a norma culta / comum / standard é parte integrante do amadurecimento das nossas competências linguístico culturais, em especial as que estão relacionadas à cultura escrita. O lema aqui pode ser: reflexão gramatical sem gramatiquice e estudo da norma culta / comum / standard sem normativismo.
Não cabe, no ensino de português, apenas agir no sentido de os alunos ampliarem seu domínio das atividades de fala e escrita. Junto com esse trabalho (que é, digamos com todas as letras, a parte central do ensino), é necessário realizar sempre uma ação reflexiva sobre a própria língua, integrando as atividades verbais e o pensar sobre elas.
Esse pensar visa a compreensão do funcionamento interno da língua e deve caminhar de uma percepção intuitiva dos fatos a uma progressiva sistematização, acompanhada da introdução do vocabulário gramatical básico (aquele que é indispensável, por exemplo, para se entender as informações contidas nos dicionários). No fundo, trata-se de desenvolver uma atitude científica de observar e descrever a organização estrutural da língua, com destaque para a imensa variedade de formas expressivas alternativas à disposição dos falantes.
(FARACO, 2008, p. 157-158.)
INSTRUÇÃO: Leia o excerto a seguir, retirado da obra Norma culta brasileira: desatando alguns nós, de Carlos Alberto Faraco, para responder à questão.
Ensinar gramática?
A crítica à gramatiquice e ao normativismo não significa, como pensam alguns desavisados, o abandono da reflexão gramatical e do ensino da norma culta / comum / standard. Refletir sobre a estrutura da língua e sobre seu funcionamento social é atividade auxiliar indispensável para o domínio fluente da fala e da escrita. E conhecer a norma culta / comum / standard é parte integrante do amadurecimento das nossas competências linguístico culturais, em especial as que estão relacionadas à cultura escrita. O lema aqui pode ser: reflexão gramatical sem gramatiquice e estudo da norma culta / comum / standard sem normativismo.
Não cabe, no ensino de português, apenas agir no sentido de os alunos ampliarem seu domínio das atividades de fala e escrita. Junto com esse trabalho (que é, digamos com todas as letras, a parte central do ensino), é necessário realizar sempre uma ação reflexiva sobre a própria língua, integrando as atividades verbais e o pensar sobre elas.
Esse pensar visa a compreensão do funcionamento interno da língua e deve caminhar de uma percepção intuitiva dos fatos a uma progressiva sistematização, acompanhada da introdução do vocabulário gramatical básico (aquele que é indispensável, por exemplo, para se entender as informações contidas nos dicionários). No fundo, trata-se de desenvolver uma atitude científica de observar e descrever a organização estrutural da língua, com destaque para a imensa variedade de formas expressivas alternativas à disposição dos falantes.
(FARACO, 2008, p. 157-158.)
Auto-Retrato Falado
Venho de um Cuiabá de garimpos e de ruelas entortadas. Meu pai teve uma venda no Beco da Marinha, onde nasci. Me criei no Pantanal de Corumbá entre bichos do chão, aves, pessoas humildes, árvores e rios. Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de estar entre pedras e lagartos. Já publiquei 10 livros de poesia: ao publicá-los me sinto meio desonrado e fujo para o Pantanal onde sou abençoado a garças. Me procurei a vida inteira e não me achei – pelo que fui salvo. Não estou na sarjeta porque herdei uma fazenda de gado. Os bois me recriam. Agora eu sou tão ocaso! Estou na categoria de sofrer do moral porque só faço coisas inúteis. No meu morrer tem uma dor de árvore.
Disponível em: <https://www.pensador.com/frase/ MTY2MzAyNA/> . Acesso em: 29 jul. 2019.
A respeito do gênero e da tipologia desse texto, é correto afirmar que se trata de um(a)
“Era uma vez uma mulher que não queria ter filhos nem se explicar sobre isso”
A respeito desse trecho, analise as seguintes afirmativas.
I. O subtítulo faz referência ao estilo de escrita dos contos de fadas para introduzir o assunto que será tratado. II. Há uma relação semântica implícita entre esse subtítulo e o título do texto, “Porque não.”. III. O subtítulo confirma que o texto em questão é a narrativa de uma personagem que não deseja ter filhos.
Está correto o que se afirma em
Leia o texto a seguir.
A imagem anterior recebeu grande circulação nas redes sociais, tornando-se um meme.
Sobre o gênero textual nela representado, analise as afirmativas a seguir.
I. Devido aos desvios ortográficos presentes no texto, como “paes” e “bilete”, não se pode considerar que o texto pertença ao gênero textual bilhete.
II. O efeito de humor do texto se dá, entre outros, pela última frase (“é verdade esse bilete”), que sinaliza que se trata de um bilhete falso.
III. O vocativo “Senhores”, utilizado no início do texto, está em acordo com a estrutura do gênero textual bilhete.
Está correto o que se afirma em
Analise o texto a seguir.
A respeito do público-alvo e da mensagem desse
anúncio, é correto afirmar: