Questões de Concurso Sobre interpretação de textos em português

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Q2939397 Português
    Com 7 quilos e 3 meses de vida, o filhote de urso-polar chamado Knut, o mais novo habitante do zoológico de Berlim, tornou-se uma celebridade. O bichinho ganhou homenagens no festival de cinema berlinense, virou mascote de um time de hóquei e arrancou declarações derramadas do prefeito. Diariamente os jornais dão notícia sobre seu desenvolvimento.

    O que tem Knut de especial, além da fofura explícita? Ele é um dos raros ursos-polares nascidos em cativeiro. Fazia trinta anos que o zôo de Berlim tentava a reprodução da espécie, sem sucesso. Além disso, há três meses os ursospolares entraram para o rol dos animais ameaçados de extinção, pois o aquecimento global vem diminuindo rapidamente a calota de gelo onde eles vivem, no Ártico. A reprodução em cativeiro de animais em risco de extinção é sempre celebrada pelos cientistas e veterinários. Considera-se que essa é a maneira mais eficiente de garantir a preservação de uma espécie no planeta. Mas não se trata de um processo fácil. Primeiro, é preciso reproduzir com a maior fidelidade possível o habitat dos animais. Com isso, busca-se reduzir o stress provocado pelo confinamento.

     Os animais em cativeiro também perdem a capacidade de socialização. Em vez de se sentirem atraídos um pelo outro, macho e fêmea se estranham e lutam entre si. Para contornar o problema, é cada vez mais comum o uso de inseminação artificial. Esse processo tem garantido o sucesso da reprodução de pandas na China - 130 animais desde 2000. No Brasil, o procedimento é realizado em vários zoológicos pela Universidade Federal do Paraná e pela Universidade de São Paulo, para tentar salvar da extinção os lobos-guarás e as onças-pintadas.

     Em todo o mundo, governos e ONGs investem gordas verbas na conservação de espécies, financiando pesquisas e programas para salvar animais em extinção. As espécies contempladas, de modo geral, são aquelas que despertam encantamento pela beleza, como os pandas, ou pelo porte monumental, como os rinocerontes. Outros dois exemplos de animais que se reproduziram em cativeiro são o tigre de Sumatra e o orangotango. Os filhotes de ambas as espécies nasceram no zoológico Taman Safari, na Indonésia, e curiosamente se tornaram amigos. Na vida selvagem, os tigres são predadores dos primatas. Nos jardins do zôo os filhotes brincam juntos o dia inteiro. "A amizade terá vida curta", diz a veterinária responsável pelos animais. Eles terão de ser separados logo. O nascimento em cativeiro pode alterar o comportamento, mas não a natureza dos animais.

O fato que justifica a escolha por inseminação artificial em zoológicos de todo o mundo é:

Alternativas
Q2939396 Português
    Com 7 quilos e 3 meses de vida, o filhote de urso-polar chamado Knut, o mais novo habitante do zoológico de Berlim, tornou-se uma celebridade. O bichinho ganhou homenagens no festival de cinema berlinense, virou mascote de um time de hóquei e arrancou declarações derramadas do prefeito. Diariamente os jornais dão notícia sobre seu desenvolvimento.

    O que tem Knut de especial, além da fofura explícita? Ele é um dos raros ursos-polares nascidos em cativeiro. Fazia trinta anos que o zôo de Berlim tentava a reprodução da espécie, sem sucesso. Além disso, há três meses os ursospolares entraram para o rol dos animais ameaçados de extinção, pois o aquecimento global vem diminuindo rapidamente a calota de gelo onde eles vivem, no Ártico. A reprodução em cativeiro de animais em risco de extinção é sempre celebrada pelos cientistas e veterinários. Considera-se que essa é a maneira mais eficiente de garantir a preservação de uma espécie no planeta. Mas não se trata de um processo fácil. Primeiro, é preciso reproduzir com a maior fidelidade possível o habitat dos animais. Com isso, busca-se reduzir o stress provocado pelo confinamento.

     Os animais em cativeiro também perdem a capacidade de socialização. Em vez de se sentirem atraídos um pelo outro, macho e fêmea se estranham e lutam entre si. Para contornar o problema, é cada vez mais comum o uso de inseminação artificial. Esse processo tem garantido o sucesso da reprodução de pandas na China - 130 animais desde 2000. No Brasil, o procedimento é realizado em vários zoológicos pela Universidade Federal do Paraná e pela Universidade de São Paulo, para tentar salvar da extinção os lobos-guarás e as onças-pintadas.

     Em todo o mundo, governos e ONGs investem gordas verbas na conservação de espécies, financiando pesquisas e programas para salvar animais em extinção. As espécies contempladas, de modo geral, são aquelas que despertam encantamento pela beleza, como os pandas, ou pelo porte monumental, como os rinocerontes. Outros dois exemplos de animais que se reproduziram em cativeiro são o tigre de Sumatra e o orangotango. Os filhotes de ambas as espécies nasceram no zoológico Taman Safari, na Indonésia, e curiosamente se tornaram amigos. Na vida selvagem, os tigres são predadores dos primatas. Nos jardins do zôo os filhotes brincam juntos o dia inteiro. "A amizade terá vida curta", diz a veterinária responsável pelos animais. Eles terão de ser separados logo. O nascimento em cativeiro pode alterar o comportamento, mas não a natureza dos animais.

De acordo com o texto,

I. animais que nascem em cativeiro apresentam alterações no instinto característico da espécie.

II. organizações e cientistas buscam, em todo o mundo, obter reprodução em cativeiro de animais ameaçados de extinção.

III. filhotes de animais ameaçados de extinção podem tornar-se atração em zoológicos, despertando sentimentos de afeto nas pessoas.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Q2939394 Português
As condições de vida no Centro-Oeste se aproximaram das do Sul e do Sudeste, no período entre 1995 e 2005. Já as do Norte e do Nordeste ainda estão bem distantes. Esta última foi a região que mais evoluiu proporcionalmente no período, mas continua em pior situação geral que as demais
São os principais retratos obtidos com o Índice de Desenvolvimento Social (IDS) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de divulgar. O IDS é formado a partir de dados de saúde, educação e renda extraídos de pesquisa realizada pelo IBGE. O IDS vai de 0, a pior avaliação, a 1, a melhor.
Todas as regiões melhoraram no período, mas não uniformemente. O IDS do Nordeste subiu de 0,13 para 0,30. O do Sudeste passou de 0,64 para 0,74 e o do Sul passou de 0,54 para 0,68. Sudeste e Sul mantiveram suas posições, respectivamente, de liderança e segundo lugar no ranking das melhores condições sociais e melhoraram indicadores de educação e saúde. No caso do Sul, houve também aumento de renda.
A região onde houve maior crescimento de renda foi o Centro-Oeste, com um salto no indicador. O BNDES não investigou as causas dessa variação de renda, mas é possível que isso se deva, pelo menos em parte, ao crescimento do agronegócio na região. Com isso, e com melhores resultados em educação e saúde, o IDS do Centro-Oeste, que em 1995 era de 0,44, relativamente próximo do índice da região Norte, cresceu para 0,61, bem perto do índice do Sul.
O índice do Norte passou de 0,32 para 0,36 de 1995 a 2005. Entre 2003 e 2005, a região sofreu redução em indicadores de saúde e educação, destoando das demais. As maiores desigualdades estão relacionadas à proporção de domicílios ligados à rede de esgotos. Enquanto essa proporção é de 8,3% no Norte, no Sudeste ela é dez vezes isso: 83,5% das residências são ligadas à rede.

(Adaptado de Adriana Chiarini. O Estado de S. Paulo, Vida &, 25 de maio de 2007, A19) 

São os principais retratos obtidos com o Índice de Desenvolvimento Social ...

É correto afirmar que a frase acima, que inicia o 2o parágrafo,

Alternativas
Q2939392 Português
As condições de vida no Centro-Oeste se aproximaram das do Sul e do Sudeste, no período entre 1995 e 2005. Já as do Norte e do Nordeste ainda estão bem distantes. Esta última foi a região que mais evoluiu proporcionalmente no período, mas continua em pior situação geral que as demais
São os principais retratos obtidos com o Índice de Desenvolvimento Social (IDS) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de divulgar. O IDS é formado a partir de dados de saúde, educação e renda extraídos de pesquisa realizada pelo IBGE. O IDS vai de 0, a pior avaliação, a 1, a melhor.
Todas as regiões melhoraram no período, mas não uniformemente. O IDS do Nordeste subiu de 0,13 para 0,30. O do Sudeste passou de 0,64 para 0,74 e o do Sul passou de 0,54 para 0,68. Sudeste e Sul mantiveram suas posições, respectivamente, de liderança e segundo lugar no ranking das melhores condições sociais e melhoraram indicadores de educação e saúde. No caso do Sul, houve também aumento de renda.
A região onde houve maior crescimento de renda foi o Centro-Oeste, com um salto no indicador. O BNDES não investigou as causas dessa variação de renda, mas é possível que isso se deva, pelo menos em parte, ao crescimento do agronegócio na região. Com isso, e com melhores resultados em educação e saúde, o IDS do Centro-Oeste, que em 1995 era de 0,44, relativamente próximo do índice da região Norte, cresceu para 0,61, bem perto do índice do Sul.
O índice do Norte passou de 0,32 para 0,36 de 1995 a 2005. Entre 2003 e 2005, a região sofreu redução em indicadores de saúde e educação, destoando das demais. As maiores desigualdades estão relacionadas à proporção de domicílios ligados à rede de esgotos. Enquanto essa proporção é de 8,3% no Norte, no Sudeste ela é dez vezes isso: 83,5% das residências são ligadas à rede.

(Adaptado de Adriana Chiarini. O Estado de S. Paulo, Vida &, 25 de maio de 2007, A19) 

Encontra-se no texto uma relação de causa e conseqüência, respectivamente, entre

Alternativas
Q2939391 Português
As condições de vida no Centro-Oeste se aproximaram das do Sul e do Sudeste, no período entre 1995 e 2005. Já as do Norte e do Nordeste ainda estão bem distantes. Esta última foi a região que mais evoluiu proporcionalmente no período, mas continua em pior situação geral que as demais
São os principais retratos obtidos com o Índice de Desenvolvimento Social (IDS) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de divulgar. O IDS é formado a partir de dados de saúde, educação e renda extraídos de pesquisa realizada pelo IBGE. O IDS vai de 0, a pior avaliação, a 1, a melhor.
Todas as regiões melhoraram no período, mas não uniformemente. O IDS do Nordeste subiu de 0,13 para 0,30. O do Sudeste passou de 0,64 para 0,74 e o do Sul passou de 0,54 para 0,68. Sudeste e Sul mantiveram suas posições, respectivamente, de liderança e segundo lugar no ranking das melhores condições sociais e melhoraram indicadores de educação e saúde. No caso do Sul, houve também aumento de renda.
A região onde houve maior crescimento de renda foi o Centro-Oeste, com um salto no indicador. O BNDES não investigou as causas dessa variação de renda, mas é possível que isso se deva, pelo menos em parte, ao crescimento do agronegócio na região. Com isso, e com melhores resultados em educação e saúde, o IDS do Centro-Oeste, que em 1995 era de 0,44, relativamente próximo do índice da região Norte, cresceu para 0,61, bem perto do índice do Sul.
O índice do Norte passou de 0,32 para 0,36 de 1995 a 2005. Entre 2003 e 2005, a região sofreu redução em indicadores de saúde e educação, destoando das demais. As maiores desigualdades estão relacionadas à proporção de domicílios ligados à rede de esgotos. Enquanto essa proporção é de 8,3% no Norte, no Sudeste ela é dez vezes isso: 83,5% das residências são ligadas à rede.

(Adaptado de Adriana Chiarini. O Estado de S. Paulo, Vida &, 25 de maio de 2007, A19) 

De acordo com o texto, conclui-se que o IDS

Alternativas
Q2939390 Português
As condições de vida no Centro-Oeste se aproximaram das do Sul e do Sudeste, no período entre 1995 e 2005. Já as do Norte e do Nordeste ainda estão bem distantes. Esta última foi a região que mais evoluiu proporcionalmente no período, mas continua em pior situação geral que as demais
São os principais retratos obtidos com o Índice de Desenvolvimento Social (IDS) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de divulgar. O IDS é formado a partir de dados de saúde, educação e renda extraídos de pesquisa realizada pelo IBGE. O IDS vai de 0, a pior avaliação, a 1, a melhor.
Todas as regiões melhoraram no período, mas não uniformemente. O IDS do Nordeste subiu de 0,13 para 0,30. O do Sudeste passou de 0,64 para 0,74 e o do Sul passou de 0,54 para 0,68. Sudeste e Sul mantiveram suas posições, respectivamente, de liderança e segundo lugar no ranking das melhores condições sociais e melhoraram indicadores de educação e saúde. No caso do Sul, houve também aumento de renda.
A região onde houve maior crescimento de renda foi o Centro-Oeste, com um salto no indicador. O BNDES não investigou as causas dessa variação de renda, mas é possível que isso se deva, pelo menos em parte, ao crescimento do agronegócio na região. Com isso, e com melhores resultados em educação e saúde, o IDS do Centro-Oeste, que em 1995 era de 0,44, relativamente próximo do índice da região Norte, cresceu para 0,61, bem perto do índice do Sul.
O índice do Norte passou de 0,32 para 0,36 de 1995 a 2005. Entre 2003 e 2005, a região sofreu redução em indicadores de saúde e educação, destoando das demais. As maiores desigualdades estão relacionadas à proporção de domicílios ligados à rede de esgotos. Enquanto essa proporção é de 8,3% no Norte, no Sudeste ela é dez vezes isso: 83,5% das residências são ligadas à rede.

(Adaptado de Adriana Chiarini. O Estado de S. Paulo, Vida &, 25 de maio de 2007, A19) 

De acordo com o texto, está correto o que se afirma em:

Alternativas
Q2939387 Português

    Gilberto Freyre sugeriu certa vez que diferentes tipos de construção revelam algo importante sobre a cultura dentro da qual surgiram. “O século XIX criou o grande hotel assim como o século VI criou a catedral gótica”, disse ele.
    Qual seria o equivalente à catedral ou ao hotel em nossos tempos? O shopping center, com certeza. Ele é ao mesmo tempo uma resposta aos problemas urbanos, uma forma arquitetônica que molda nosso cotidiano e um símbolo da sociedade de consumo. No Brasil, o shopping parece ter sido uma inovação dos anos 1960 e, desde então, eles se multiplicaram. Converteram-se em centros de sociabilidade, tomando o lugar das ruas e das praças como lugares para passear, encontrar amigos, tomar um café e ir a restaurantes e cinemas. Poderíamos dizer que o shopping center se converteu num modo de vida, entre outras razões, porque garante um ambiente seguro.
    Os centros começaram como uma combinação de lojas, estacionamentos de veículos e áreas de pedestres, mas pouco depois ganharam o acréscimo de cafés, restaurantes, cinemas e agências bancárias, criando virtuais pequenas cidades, protegidas tanto das intempéries do clima quanto (graças aos agentes de segurança) da violência. Esses empreendimentos faziam e ainda fazem muito sentido econômico. Construídos em áreas de aluguel baixo, nas periferias das cidades ou até mesmo fora delas, dotados de amplo espaço de estacionamento, tinham como público as famílias que eram atraídas pelos cinemas ou restaurantes, mas ficavam ali para fazer compras (ou eram atraídas pelas lojas, mas ficavam ali mais tempo para comer ou ir ao cinema). Uma espécie de substitutos, em ambiente fechado, da vida das ruas, que se encontrava mais e mais ameaçada pela expansão das cidades, pelo uso crescente do automóvel e pelo conseqüente declínio das calçadas.
    Olhando em retrospectiva, os historiadores vão enxergar os shoppings como símbolos da sociedade de consumo, nos quais fazer compras − ou pelo menos olhar as vitrines sem comprar nada − se converteu numa forma importante de lazer. Eles oferecem um bom exemplo de como a arquitetura exprime os valores de uma época, como sugeriu Gilberto Freyre, mas também molda a vida social, incentivando o surgimento de novas rotinas cotidianas e novas formas de sociabilidade.

 (Adaptado de Peter Burke. Folha de S. Paulo, Mais!, 11 de março de 2007, p. 3)

A substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente está feita de modo INCORRETO em:

Alternativas
Q2939384 Português

    Gilberto Freyre sugeriu certa vez que diferentes tipos de construção revelam algo importante sobre a cultura dentro da qual surgiram. “O século XIX criou o grande hotel assim como o século VI criou a catedral gótica”, disse ele.
    Qual seria o equivalente à catedral ou ao hotel em nossos tempos? O shopping center, com certeza. Ele é ao mesmo tempo uma resposta aos problemas urbanos, uma forma arquitetônica que molda nosso cotidiano e um símbolo da sociedade de consumo. No Brasil, o shopping parece ter sido uma inovação dos anos 1960 e, desde então, eles se multiplicaram. Converteram-se em centros de sociabilidade, tomando o lugar das ruas e das praças como lugares para passear, encontrar amigos, tomar um café e ir a restaurantes e cinemas. Poderíamos dizer que o shopping center se converteu num modo de vida, entre outras razões, porque garante um ambiente seguro.
    Os centros começaram como uma combinação de lojas, estacionamentos de veículos e áreas de pedestres, mas pouco depois ganharam o acréscimo de cafés, restaurantes, cinemas e agências bancárias, criando virtuais pequenas cidades, protegidas tanto das intempéries do clima quanto (graças aos agentes de segurança) da violência. Esses empreendimentos faziam e ainda fazem muito sentido econômico. Construídos em áreas de aluguel baixo, nas periferias das cidades ou até mesmo fora delas, dotados de amplo espaço de estacionamento, tinham como público as famílias que eram atraídas pelos cinemas ou restaurantes, mas ficavam ali para fazer compras (ou eram atraídas pelas lojas, mas ficavam ali mais tempo para comer ou ir ao cinema). Uma espécie de substitutos, em ambiente fechado, da vida das ruas, que se encontrava mais e mais ameaçada pela expansão das cidades, pelo uso crescente do automóvel e pelo conseqüente declínio das calçadas.
    Olhando em retrospectiva, os historiadores vão enxergar os shoppings como símbolos da sociedade de consumo, nos quais fazer compras − ou pelo menos olhar as vitrines sem comprar nada − se converteu numa forma importante de lazer. Eles oferecem um bom exemplo de como a arquitetura exprime os valores de uma época, como sugeriu Gilberto Freyre, mas também molda a vida social, incentivando o surgimento de novas rotinas cotidianas e novas formas de sociabilidade.

 (Adaptado de Peter Burke. Folha de S. Paulo, Mais!, 11 de março de 2007, p. 3)

(graças aos agentes de segurança) (3o parágrafo)

Os parênteses isolam, no contexto, um segmento que indica

Alternativas
Q2939382 Português

    Gilberto Freyre sugeriu certa vez que diferentes tipos de construção revelam algo importante sobre a cultura dentro da qual surgiram. “O século XIX criou o grande hotel assim como o século VI criou a catedral gótica”, disse ele.
    Qual seria o equivalente à catedral ou ao hotel em nossos tempos? O shopping center, com certeza. Ele é ao mesmo tempo uma resposta aos problemas urbanos, uma forma arquitetônica que molda nosso cotidiano e um símbolo da sociedade de consumo. No Brasil, o shopping parece ter sido uma inovação dos anos 1960 e, desde então, eles se multiplicaram. Converteram-se em centros de sociabilidade, tomando o lugar das ruas e das praças como lugares para passear, encontrar amigos, tomar um café e ir a restaurantes e cinemas. Poderíamos dizer que o shopping center se converteu num modo de vida, entre outras razões, porque garante um ambiente seguro.
    Os centros começaram como uma combinação de lojas, estacionamentos de veículos e áreas de pedestres, mas pouco depois ganharam o acréscimo de cafés, restaurantes, cinemas e agências bancárias, criando virtuais pequenas cidades, protegidas tanto das intempéries do clima quanto (graças aos agentes de segurança) da violência. Esses empreendimentos faziam e ainda fazem muito sentido econômico. Construídos em áreas de aluguel baixo, nas periferias das cidades ou até mesmo fora delas, dotados de amplo espaço de estacionamento, tinham como público as famílias que eram atraídas pelos cinemas ou restaurantes, mas ficavam ali para fazer compras (ou eram atraídas pelas lojas, mas ficavam ali mais tempo para comer ou ir ao cinema). Uma espécie de substitutos, em ambiente fechado, da vida das ruas, que se encontrava mais e mais ameaçada pela expansão das cidades, pelo uso crescente do automóvel e pelo conseqüente declínio das calçadas.
    Olhando em retrospectiva, os historiadores vão enxergar os shoppings como símbolos da sociedade de consumo, nos quais fazer compras − ou pelo menos olhar as vitrines sem comprar nada − se converteu numa forma importante de lazer. Eles oferecem um bom exemplo de como a arquitetura exprime os valores de uma época, como sugeriu Gilberto Freyre, mas também molda a vida social, incentivando o surgimento de novas rotinas cotidianas e novas formas de sociabilidade.

 (Adaptado de Peter Burke. Folha de S. Paulo, Mais!, 11 de março de 2007, p. 3)

... tinham como público as famílias que eram atraídas pelos cinemas ou restaurantes, mas ficavam ali para fazer compras (ou eram atraídas pelas lojas, mas ficavam ali mais tempo para comer ou ir ao cinema). (3o parágrafo)

As frases acima indicam, considerando-se o contexto,

Alternativas
Q2939379 Português

    Gilberto Freyre sugeriu certa vez que diferentes tipos de construção revelam algo importante sobre a cultura dentro da qual surgiram. “O século XIX criou o grande hotel assim como o século VI criou a catedral gótica”, disse ele.
    Qual seria o equivalente à catedral ou ao hotel em nossos tempos? O shopping center, com certeza. Ele é ao mesmo tempo uma resposta aos problemas urbanos, uma forma arquitetônica que molda nosso cotidiano e um símbolo da sociedade de consumo. No Brasil, o shopping parece ter sido uma inovação dos anos 1960 e, desde então, eles se multiplicaram. Converteram-se em centros de sociabilidade, tomando o lugar das ruas e das praças como lugares para passear, encontrar amigos, tomar um café e ir a restaurantes e cinemas. Poderíamos dizer que o shopping center se converteu num modo de vida, entre outras razões, porque garante um ambiente seguro.
    Os centros começaram como uma combinação de lojas, estacionamentos de veículos e áreas de pedestres, mas pouco depois ganharam o acréscimo de cafés, restaurantes, cinemas e agências bancárias, criando virtuais pequenas cidades, protegidas tanto das intempéries do clima quanto (graças aos agentes de segurança) da violência. Esses empreendimentos faziam e ainda fazem muito sentido econômico. Construídos em áreas de aluguel baixo, nas periferias das cidades ou até mesmo fora delas, dotados de amplo espaço de estacionamento, tinham como público as famílias que eram atraídas pelos cinemas ou restaurantes, mas ficavam ali para fazer compras (ou eram atraídas pelas lojas, mas ficavam ali mais tempo para comer ou ir ao cinema). Uma espécie de substitutos, em ambiente fechado, da vida das ruas, que se encontrava mais e mais ameaçada pela expansão das cidades, pelo uso crescente do automóvel e pelo conseqüente declínio das calçadas.
    Olhando em retrospectiva, os historiadores vão enxergar os shoppings como símbolos da sociedade de consumo, nos quais fazer compras − ou pelo menos olhar as vitrines sem comprar nada − se converteu numa forma importante de lazer. Eles oferecem um bom exemplo de como a arquitetura exprime os valores de uma época, como sugeriu Gilberto Freyre, mas também molda a vida social, incentivando o surgimento de novas rotinas cotidianas e novas formas de sociabilidade.

 (Adaptado de Peter Burke. Folha de S. Paulo, Mais!, 11 de março de 2007, p. 3)

Esses empreendimentos faziam e ainda fazem muito sentido econômico. (3o parágrafo)

A expressão que retoma o significado da frase transcrita acima é:

Alternativas
Q2939373 Português

    Gilberto Freyre sugeriu certa vez que diferentes tipos de construção revelam algo importante sobre a cultura dentro da qual surgiram. “O século XIX criou o grande hotel assim como o século VI criou a catedral gótica”, disse ele.
    Qual seria o equivalente à catedral ou ao hotel em nossos tempos? O shopping center, com certeza. Ele é ao mesmo tempo uma resposta aos problemas urbanos, uma forma arquitetônica que molda nosso cotidiano e um símbolo da sociedade de consumo. No Brasil, o shopping parece ter sido uma inovação dos anos 1960 e, desde então, eles se multiplicaram. Converteram-se em centros de sociabilidade, tomando o lugar das ruas e das praças como lugares para passear, encontrar amigos, tomar um café e ir a restaurantes e cinemas. Poderíamos dizer que o shopping center se converteu num modo de vida, entre outras razões, porque garante um ambiente seguro.
    Os centros começaram como uma combinação de lojas, estacionamentos de veículos e áreas de pedestres, mas pouco depois ganharam o acréscimo de cafés, restaurantes, cinemas e agências bancárias, criando virtuais pequenas cidades, protegidas tanto das intempéries do clima quanto (graças aos agentes de segurança) da violência. Esses empreendimentos faziam e ainda fazem muito sentido econômico. Construídos em áreas de aluguel baixo, nas periferias das cidades ou até mesmo fora delas, dotados de amplo espaço de estacionamento, tinham como público as famílias que eram atraídas pelos cinemas ou restaurantes, mas ficavam ali para fazer compras (ou eram atraídas pelas lojas, mas ficavam ali mais tempo para comer ou ir ao cinema). Uma espécie de substitutos, em ambiente fechado, da vida das ruas, que se encontrava mais e mais ameaçada pela expansão das cidades, pelo uso crescente do automóvel e pelo conseqüente declínio das calçadas.
    Olhando em retrospectiva, os historiadores vão enxergar os shoppings como símbolos da sociedade de consumo, nos quais fazer compras − ou pelo menos olhar as vitrines sem comprar nada − se converteu numa forma importante de lazer. Eles oferecem um bom exemplo de como a arquitetura exprime os valores de uma época, como sugeriu Gilberto Freyre, mas também molda a vida social, incentivando o surgimento de novas rotinas cotidianas e novas formas de sociabilidade.

 (Adaptado de Peter Burke. Folha de S. Paulo, Mais!, 11 de março de 2007, p. 3)

Ele é ao mesmo tempo uma resposta aos problemas urbanos... (2o parágrafo)

O segmento grifado acima refere-se, explicitamente, no texto,

Alternativas
Q2939365 Português

    Gilberto Freyre sugeriu certa vez que diferentes tipos de construção revelam algo importante sobre a cultura dentro da qual surgiram. “O século XIX criou o grande hotel assim como o século VI criou a catedral gótica”, disse ele.
    Qual seria o equivalente à catedral ou ao hotel em nossos tempos? O shopping center, com certeza. Ele é ao mesmo tempo uma resposta aos problemas urbanos, uma forma arquitetônica que molda nosso cotidiano e um símbolo da sociedade de consumo. No Brasil, o shopping parece ter sido uma inovação dos anos 1960 e, desde então, eles se multiplicaram. Converteram-se em centros de sociabilidade, tomando o lugar das ruas e das praças como lugares para passear, encontrar amigos, tomar um café e ir a restaurantes e cinemas. Poderíamos dizer que o shopping center se converteu num modo de vida, entre outras razões, porque garante um ambiente seguro.
    Os centros começaram como uma combinação de lojas, estacionamentos de veículos e áreas de pedestres, mas pouco depois ganharam o acréscimo de cafés, restaurantes, cinemas e agências bancárias, criando virtuais pequenas cidades, protegidas tanto das intempéries do clima quanto (graças aos agentes de segurança) da violência. Esses empreendimentos faziam e ainda fazem muito sentido econômico. Construídos em áreas de aluguel baixo, nas periferias das cidades ou até mesmo fora delas, dotados de amplo espaço de estacionamento, tinham como público as famílias que eram atraídas pelos cinemas ou restaurantes, mas ficavam ali para fazer compras (ou eram atraídas pelas lojas, mas ficavam ali mais tempo para comer ou ir ao cinema). Uma espécie de substitutos, em ambiente fechado, da vida das ruas, que se encontrava mais e mais ameaçada pela expansão das cidades, pelo uso crescente do automóvel e pelo conseqüente declínio das calçadas.
    Olhando em retrospectiva, os historiadores vão enxergar os shoppings como símbolos da sociedade de consumo, nos quais fazer compras − ou pelo menos olhar as vitrines sem comprar nada − se converteu numa forma importante de lazer. Eles oferecem um bom exemplo de como a arquitetura exprime os valores de uma época, como sugeriu Gilberto Freyre, mas também molda a vida social, incentivando o surgimento de novas rotinas cotidianas e novas formas de sociabilidade.

 (Adaptado de Peter Burke. Folha de S. Paulo, Mais!, 11 de março de 2007, p. 3)

O último parágrafo do texto

Alternativas
Q2939360 Português

    Gilberto Freyre sugeriu certa vez que diferentes tipos de construção revelam algo importante sobre a cultura dentro da qual surgiram. “O século XIX criou o grande hotel assim como o século VI criou a catedral gótica”, disse ele.
    Qual seria o equivalente à catedral ou ao hotel em nossos tempos? O shopping center, com certeza. Ele é ao mesmo tempo uma resposta aos problemas urbanos, uma forma arquitetônica que molda nosso cotidiano e um símbolo da sociedade de consumo. No Brasil, o shopping parece ter sido uma inovação dos anos 1960 e, desde então, eles se multiplicaram. Converteram-se em centros de sociabilidade, tomando o lugar das ruas e das praças como lugares para passear, encontrar amigos, tomar um café e ir a restaurantes e cinemas. Poderíamos dizer que o shopping center se converteu num modo de vida, entre outras razões, porque garante um ambiente seguro.
    Os centros começaram como uma combinação de lojas, estacionamentos de veículos e áreas de pedestres, mas pouco depois ganharam o acréscimo de cafés, restaurantes, cinemas e agências bancárias, criando virtuais pequenas cidades, protegidas tanto das intempéries do clima quanto (graças aos agentes de segurança) da violência. Esses empreendimentos faziam e ainda fazem muito sentido econômico. Construídos em áreas de aluguel baixo, nas periferias das cidades ou até mesmo fora delas, dotados de amplo espaço de estacionamento, tinham como público as famílias que eram atraídas pelos cinemas ou restaurantes, mas ficavam ali para fazer compras (ou eram atraídas pelas lojas, mas ficavam ali mais tempo para comer ou ir ao cinema). Uma espécie de substitutos, em ambiente fechado, da vida das ruas, que se encontrava mais e mais ameaçada pela expansão das cidades, pelo uso crescente do automóvel e pelo conseqüente declínio das calçadas.
    Olhando em retrospectiva, os historiadores vão enxergar os shoppings como símbolos da sociedade de consumo, nos quais fazer compras − ou pelo menos olhar as vitrines sem comprar nada − se converteu numa forma importante de lazer. Eles oferecem um bom exemplo de como a arquitetura exprime os valores de uma época, como sugeriu Gilberto Freyre, mas também molda a vida social, incentivando o surgimento de novas rotinas cotidianas e novas formas de sociabilidade.

 (Adaptado de Peter Burke. Folha de S. Paulo, Mais!, 11 de março de 2007, p. 3)

É correto concluir do texto que seu autor

Alternativas
Q2939083 Português

Para responder às questões 1 e 2, leia o poema abaixo.


Herança


Eu vim de infinitos caminhos,

e os meus sonhos choveram lúcido pranto

pelo chão.


Quando é que frutifica, nos caminhos infinitos,

essa vida, que era tão viva, tão fecunda,

porque vinha de um coração?



E os que vierem depois, pelos caminhos infinitos,

do pranto que caiu dos meus olhos passados,

que experiência, ou consolo, ou prêmio alcançarão?


Cecília Meireles

Considerando o segundo verso ("e os meus sonhos choveram lúcido pranto"), assinale a alternativa que aponta a frase pela qual poderia ser trocado sem alteração de sentido.

Alternativas
Q2938714 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

POR POUCO


Eu estava a ponto de escrever alguma coisa sobre as pessoas que estão a ponto de tomar uma atitude definitiva e recuam – e recuei. Ia escrever sobre os que um dia, por pouco, quase, ali-ali, estiveram prestes a mudar sua vida mas não deram o passo crucial, mas não vou. Pena e comiseração para os que não deram o passo crucial.

Pena e comiseração para os que preferiram o pássaro na mão. Para os que não foram ser os legionários dos seus primeiros sonhos. Para os que hesitaram na hora de pular. Para os que pensaram duas vezes. Pena e comiseração para os que envelheceram tentando decidir o que iam ser quando crescessem. E para os que decidiram, mas na hora não foram.

Alguns passam a vida acompanhados pelo que podiam ter sido. Por fantasmas do irrealizado. Um cortejo de ressentimentos. Este aqui sou eu se tivesse decidido fazer aquele curso em Paris. Este outro sou eu se tivesse chegado um minuto antes no vestibular...

Olha que bom aspecto eu teria se tivesse aceito aquela nomeação. Veja o bigode. O corte decidido do cabelo. O olhar de quem é firme, mas justo com subalternos. A cintura ajustada. As mãos que não tremem. Elas me seguem por toda a parte, as minhas alternativas.

Você conhece muitos assim. Gente que cultiva suas oportunidades perdidas como outros guardam o próprio apêndice num vidrinho. E não perdem oportunidade de contar como foi a oportunidade perdida.

– Foi num jogo de pôquer. Tinha dois pares e não joguei. Quem ganhou tinha só um. A melhor mesa da noite. Milhões. Eu, hoje, seria outro.

– Fiz uma ponta naquele filme do Tarzã, mas cortaram a minha parte. Se tivessem me visto em Hollywood...

– Se eu tivesse dito sim...

– Se eu tivesse dito não...

– Se mamãe não tivesse interferido...

Uma vez fui fazer um teste no Fluminense. Abafei. Mas a família foi contra. Insistiu com a contabilidade. Eu, hoje, seria outro.

– Já tive a minha época de escritor, tá sabendo? Uns contos até razoáveis. Mas nunca me mexi. Hoje eles estão numa gaveta, sei lá.

– Você sabe que só não me elegi deputado, porque não quis?

– Eu, hoje, podia ser até primeiro-violino.

– Tudo porque eu não saí daqui quando devia.

Pena e comiseração para os que não saíram daqui quando deviam. Há quem diga que o passo crucial só pode ser dado uma vez e nunca mais. Tem a sua hora certa, e ela não volta. Bobagem, claro. Mas não para os que tiveram a sua hora e não aproveitaram. Os mártires do por pouco.

– Sei exatamente quando foi que eu tomei a decisão errada. Foi numa noite de Ano-Bom.

Você já ouviu a história várias vezes. Mas não pode impedi-lo de falar. O único divertimento que lhe resta é o que ele poderia ter sido. Os que não deram o passo crucial quando deviam estão condenados ao condicional. E tem a volúpia da própria frustração.

– Se eu tivesse aproveitado... Ela estava gamada. Gamadona. Filha da segunda fortuna do Brasil.

Da última vez que você ouviu a história, era a terceira fortuna do Brasil, mas tudo bem.

– Bobeei e babaus. Hoje, quando eu penso...

Você tenta ajudar

– Podia não ter dado certo. O pai dela não ia deixar. Um morto-de-fome como você...

– Morto-de-fome, porque eu não dei o passo crucial na hora que me ofereceram aquele negócio no Mato Grosso. Ia dar um dinheirão.

– Mas se você fosse para o Mato Grosso, não teria conhecido a menina na noite de Ano-Bom.

– Pois é. Agora é tarde. Sei lá.

Agora é tarde. As decisões erradas são irrecorríveis. Você o imagina cercado das suas alternativas. De um lado, casado com a, vá lá, primeira fortuna do Brasil. O último homem do Rio a usar echarpe de seda. Grisalho, mas ainda em forma com aquele tom de pele que só se consegue passando o dia na piscina do Copa, mas na sombra. Do outro lado, o próspero fazendeiro do Mato Grosso que pilota o seu próprio avião e tem rugas em torno dos olhos de tanto procurar o fim das suas terras no horizonte, ou de tanto rir dos pobres. E no meio, ele, a ponto de lhe pedir dinheiro emprestado outra vez. Triste, triste. Eu ia escrever uma boa crônica sobre tudo isso. Mas o assunto me fugiu, perdi a hora certa. Agora é tarde.

(VERÍSSIMO, L. Fernando. Ed Morte e outras histórias. Círculo do Livro.)

Diz o autor que seu sentimento pelos que deixam escapar oportunidades cruciais na vida é de “pena e comiseração”, quer dizer, o sentimento é de:

Alternativas
Q2938278 Português

    Gilberto Freyre sugeriu certa vez que diferentes tipos de construção revelam algo importante sobre a cultura dentro da qual surgiram. “O século XIX criou o grande hotel assim como o século VI criou a catedral gótica”, disse ele.
    Qual seria o equivalente à catedral ou ao hotel em nossos tempos? O shopping center, com certeza. Ele é ao mesmo tempo uma resposta aos problemas urbanos, uma forma arquitetônica que molda nosso cotidiano e um símbolo da sociedade de consumo. No Brasil, o shopping parece ter sido uma inovação dos anos 1960 e, desde então, eles se multiplicaram. Converteram-se em centros de sociabilidade, tomando o lugar das ruas e das praças como lugares para passear, encontrar amigos, tomar um café e ir a restaurantes e cinemas. Poderíamos dizer que o shopping center se converteu num modo de vida, entre outras razões, porque garante um ambiente seguro.
    Os centros começaram como uma combinação de lojas, estacionamentos de veículos e áreas de pedestres, mas pouco depois ganharam o acréscimo de cafés, restaurantes, cinemas e agências bancárias, criando virtuais pequenas cidades, protegidas tanto das intempéries do clima quanto (graças aos agentes de segurança) da violência. Esses empreendimentos faziam e ainda fazem muito sentido econômico. Construídos em áreas de aluguel baixo, nas periferias das cidades ou até mesmo fora delas, dotados de amplo espaço de estacionamento, tinham como público as famílias que eram atraídas pelos cinemas ou restaurantes, mas ficavam ali para fazer compras (ou eram atraídas pelas lojas, mas ficavam ali mais tempo para comer ou ir ao cinema). Uma espécie de substitutos, em ambiente fechado, da vida das ruas, que se encontrava mais e mais ameaçada pela expansão das cidades, pelo uso crescente do automóvel e pelo conseqüente declínio das calçadas.
    Olhando em retrospectiva, os historiadores vão enxergar os shoppings como símbolos da sociedade de consumo, nos quais fazer compras − ou pelo menos olhar as vitrines sem comprar nada − se converteu numa forma importante de lazer. Eles oferecem um bom exemplo de como a arquitetura exprime os valores de uma época, como sugeriu Gilberto Freyre, mas também molda a vida social, incentivando o surgimento de novas rotinas cotidianas e novas formas de sociabilidade.

 (Adaptado de Peter Burke. Folha de S. Paulo, Mais!, 11 de março de 2007, p. 3)

Percebe-se corretamente, no texto,

Alternativas
Q2938236 Português

Leia a seguir o trecho de uma história em quadrinhos que servirá de base para as próximas quatro (04) questões:

http://www.monica.com.br/comics/2aniversarios/pag11.htm - acesso em 26/09/2012

As frases nas alternativas a seguir foram retiradas dos quadrinhos e reescritas de acordo com a norma culta. Em qual delas a palavra sublinhada tem valor de adjetivo?

Alternativas
Q2938233 Português

Leia a seguir o trecho de uma história em quadrinhos que servirá de base para as próximas quatro (04) questões:

http://www.monica.com.br/comics/2aniversarios/pag11.htm - acesso em 26/09/2012

Analise as proposições:

I – Há uma onomatopeia no segundo quadrinho.

II – “Onça” é Substantivo Sobrecomum.

III – A expressão “Vixi!”, no primeiro quadro, pode ser classificada como interjeição.

Está(ão) correta(s):

Alternativas
Q2938225 Português

O texto 03 serve de base para as próximas quatro (04) questões:

Brasileiros levam a Angola experiência em saúde indígena e favelas João Fellet Ação busca baixar elevados níveis de mortalidades infantil e materna em áreas remotas” Especialistas brasileiros em saúde pública estão levando a Angola a experiência adquirida em favelas e aldeias indígenas do Brasil. O objetivo: baixar os elevados níveis de mortalidades infantil e materna em áreas remotas do país e reduzir ao máximo dependência dos moradores quanto ao frágil sistema de saúde local. Há quase uma década em Angola, o casal brasileiro Romy Giovanazzi e Fernando Mororó está à frente de uma das principais iniciativas em saúde comunitária no país. Em 2010, eles criaram a Vertrou (confiança, em africâner), empresa que firmou um contrato com o governo provincial de Luanda para implantar uma ação nos moldes do programa brasileiro de saúde comunitária. Para executar o projeto, eles contrataram profissionais que já atuaram em favelas da Grande São Paulo, comunidades indígenas e vilas de pescadores espalhadas pelo Brasil. Segundo a Unicef, a cada mil crianças nascidas vivas em Angola, 158 morrem antes de completar cinco anos. O país ocupa o oitavo posto entre as nações com maior taxa de mortalidade infantil do mundo. No Brasil, 107º do ranking, há 16 mortes a cada mil crianças nascidas.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/09/120918_angola_saude_jf_ac.shtml (trecho) - acesso em 24/09/2012

É correto afirmar sobre o texto:

Alternativas
Q2938221 Português

As próximas quatro (04) questões serão respondidas com base no texto 02, de Adriana Calcanhotto:

A mulher barbada

Com o que será que sonha a mulher barbada?

Será que no sonho ela salta como a trapezista?

Será que sonhando se arrisca como o domador?

Vai ver ela só tira a máscara como o palhaço

O que será que tem O que será que hein?

O que será que tem a perder a mulher barbada?


http://www.adrianacalcanhotto.com/sec_musicas_letra.php?id=23 - acesso em 22/09/2012.

Em “Vai ver ela só tira a máscara como o palhaço”, a expressão em destaque pode ser substituída, sem alteração do sentido do texto e considerando as devidas alterações gramaticais, por

Alternativas
Respostas
6181: C
6182: E
6183: A
6184: C
6185: B
6186: D
6187: E
6188: C
6189: D
6190: A
6191: E
6192: C
6193: B
6194: A
6195: A
6196: D
6197: D
6198: D
6199: C
6200: A