Questões de Concurso
Sobre interpretação de textos em português
Foram encontradas 107.018 questões
"A Educação, direito de cada ume dever do Estado, será promovida e incentivada com a colaboração da família e da comunidade, __________ao pleno desenvolvimento da pessoa, ao seu compromisso com o repúdio a todas as formas de ___________ e __________" .
Assinale a alternativa cujas palavras completam correta e respectivamente os espaços do trecho anterior.
Considere a tira.
(Angeli, Folha de S.Paulo, 30.03.2013)
É correto afirmar que são descritos a partir do mesmo padrão lógico os personagens
As questões de 1 a 10 referem-se ao texto reproduzido a seguir.
Por que ser cientista?
Marcelo Gleiser
Essa é uma pergunta que escuto frequentemente, quando converso com jovens ainda
indecisos com relação a qual carreira seguir. Na verdade, o que vejo, e tenho certeza que
3 meus colegas confirmam isso, é que a maioria absoluta dos jovens não tem a menor ideia
do que significa ser um cientista ou como se constitui a carreira. Imagino que nem 5% da
população brasileira possa mencionar o nome de três (ou um?) cientistas brasileiros da
6 atualidade. A questão não é essa constatação, que é óbvia, mas o que podemos fazer para
mudar isso.
O primeiro obstáculo é o da invisibilidade. Se ninguém conhece um cientista, fora o que se
9 vê na TV ou no cinema, fica difícil contemplar a possibilidade de uma carreira em ciências.
Contraste isso com médicos, dentistas, professores e policiais, profissões que fazem parte
da vida dos jovens. Quando um jovem imagina um cientista, provavelmente pensa no
12 programa de TV "The Big Bang Theory", ou em uma foto do Einstein de língua de fora.
A solução é maior visibilidade: é ter cientistas visitando escolas públicas e particulares,
incluindo estudantes de pós-graduação que, na maioria absoluta, têm uma bolsa de
15 estudos do governo. Proponho que, como parte da bolsa, estudantes de mestrado e
doutorado devam fazer uma visita ao ano (ou mais se desejarem) a uma escola local para
conversar com as crianças sobre o seu trabalho de pesquisa e planos para suas carreiras.
18 Sugiro que seus orientadores façam o mesmo.
Sim, eu faço isso com muita frequência, tanto no Brasil quanto nos EUA. Pelo menos uma
visita ou palestra (às vezes via Skype) por mês. Não tira pedaço e é extremamente útil e
21 gratificante.
O segundo obstáculo é o estigma de nerd. Cientista é o cara bobão, o que não tem nenhum
amigo e por isso vira CDF. Grande bobagem. Tem cientista de todo jeito, e alguns são
24 nerds, como são alguns médicos, dentistas e policiais, e outros são "supercool", com suas
motocicletas, pranchas de surfe e sintetizadores. Tem nerd que é "cool". Tem cientista ateu
e religioso, flamenguista e corintiano, conservador e comunista. A comunidade é tão
27 variada quanto em qualquer outra profissão.
O terceiro obstáculo é o da motivação. Por que fazer ciência? Esse é o mais importante
deles, e o que requer mais cuidado. A primeira razão para se fazer ciência é ter uma paixão
30 declarada pela natureza, um desejo insaciável de desbravar os mistérios do mundo natural.
Essa visão, sem dúvida romântica, é essencial para muita gente: fazemos ciência porque
nenhuma outra profissão nos permite dedicar a vida a entender como funciona o mundo e
33 como nós humanos nos encaixamos no grande esquema cósmico. Mesmo que o que cada
um pode contribuir seja, na maioria dos casos, pouco, é o fazer parte desse processo de
busca que nos leva em frente.
36 Existe também o lado útil da ciência, ligado diretamente a aplicações tecnológicas, em que
novos materiais e novas tecnologias são postos a serviço da criação de produtos e da
melhoria da qualidade de vida das pessoas. Mas dado que a preparação para a carreira é
39 longa — depois da graduação ainda tem a pós com bolsas bem baixas — sem a paixão fica
difícil ver a utilidade da ciência como a única motivação. No meu caso, digo que faço
ciência porque não me consigo imaginar fazendo outra coisa que me faça tão feliz. Mesmo
42 com todas as barreiras da profissão, considero um privilégio poder pensar sobre o mundo.
E poder dividir com os outros o que vou aprendendo no caminho.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser>. Acesso em: 15 out. 2013
O propósito comunicativo dominante no texto é
Leia o texto para responder às questões de números 15 a 17.
Férias na Ilha do Nanja
Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, fissuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contramão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da própria vida.
E eu vou para a Ilha do Nanja.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já estou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra ilha.
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adaptado)
*fissuras: fendas, rachaduras
Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde, “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como um bosque” (último parágrafo), a autora sugere que viajará para um lugar
Leia o texto para responder às questões de números 15 a 17.
Férias na Ilha do Nanja
Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, fissuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contramão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da própria vida.
E eu vou para a Ilha do Nanja.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já estou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra ilha.
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adaptado)
*fissuras: fendas, rachaduras
De acordo com o texto, pode-se afirmar que, assim como seus amigos, a autora viaja para
Leia o texto para responder às questões de números 15 a 17.
Férias na Ilha do Nanja
Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, fissuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contramão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da própria vida.
E eu vou para a Ilha do Nanja.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já estou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra ilha.
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adaptado)
*fissuras: fendas, rachaduras
No primeiro parágrafo, ao descrever a maneira como se preparam para suas férias, a autora mostra que seus amigos estão
Considere a charge, em que os juros são representados pelo símbolo de porcentagem, numa ponta da gangorra, e a inflação, pelo dragão, na outra ponta.
Para sua interpretação, não é necessário ter conhecimento de economia, basta atentar para a alternância entre juros e inflação sugerida pela gangorra.
(Alves, Folha de S.Paulo, 03.04.2013)
A charge sugere que
Leia o texto para responder às questões de números 09 a 11.
Médico alerta que uso de celular ao volante tem risco
Apesar dos inúmeros benefícios dos aplicativos, especialistas alertam para os riscos de se usar o celular ao volante.
“O motorista precisa de atenção, concentração, respostas motoras rápidas. Equipamentos como o celular prejudicam em muitos fatores”, diz Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego).
Além do perigo, a prática é proibida pelo Código de Trânsito. Usar o celular rende multa de R$ 85,13 e 4 pontos na carteira de habilitação.
(André Monteiro, Folha de S.Paulo, 10.03.2013. Adaptado)
Observe a passagem do último parágrafo:
Além do perigo, a prática é proibida pelo Código de Trânsito. Usar o celular rende multa de R$ 85,13 e 4 pontos na carteira de habilitação.
Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação condizente com as informações dessa passagem.
Leia o texto para responder às questões de números 09 a 11.
Médico alerta que uso de celular ao volante tem risco
Apesar dos inúmeros benefícios dos aplicativos, especialistas alertam para os riscos de se usar o celular ao volante.
“O motorista precisa de atenção, concentração, respostas motoras rápidas. Equipamentos como o celular prejudicam em muitos fatores”, diz Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego).
Além do perigo, a prática é proibida pelo Código de Trânsito. Usar o celular rende multa de R$ 85,13 e 4 pontos na carteira de habilitação.
(André Monteiro, Folha de S.Paulo, 10.03.2013. Adaptado)
A partir das informações do segundo parágrafo, pode-se concluir que o uso do celular provoca, no motorista,
Texto II
Texto publicitário
Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades. E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde. Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa à qual não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos. A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria. E como ela é feita de instantes, não pode nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos. Esta mensagem da Visa é um tributo ao tempo. Tanto àquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto àquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro. Porque a vida é agora.
(Revista Veja)
“Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos”; o sujeito “nós” das formas verbais sublinhadas é identificado como:
Texto II
Texto publicitário
Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades. E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde. Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa à qual não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos. A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria. E como ela é feita de instantes, não pode nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos. Esta mensagem da Visa é um tributo ao tempo. Tanto àquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto àquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro. Porque a vida é agora.
(Revista Veja)
O texto do anúncio apresenta linguagem coloquial no seguinte segmento:
Texto II
Texto publicitário
Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades. E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde. Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa à qual não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos. A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria. E como ela é feita de instantes, não pode nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos. Esta mensagem da Visa é um tributo ao tempo. Tanto àquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto àquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro. Porque a vida é agora.
(Revista Veja)
A mensagem final do texto “Porque a vida é agora” pode ser classificada como:
Texto II
Texto publicitário
Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades. E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde. Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa à qual não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos. A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria. E como ela é feita de instantes, não pode nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos. Esta mensagem da Visa é um tributo ao tempo. Tanto àquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto àquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro. Porque a vida é agora.
(Revista Veja)
“A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria”; nesse segmento do texto, os valores que se opõem são:
Leia o texto para responder às questões de números 09 a 11.
Médico alerta que uso de celular ao volante tem risco
Apesar dos inúmeros benefícios dos aplicativos, especialistas alertam para os riscos de se usar o celular ao volante.
“O motorista precisa de atenção, concentração, respostas motoras rápidas. Equipamentos como o celular prejudicam em muitos fatores”, diz Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego).
Além do perigo, a prática é proibida pelo Código de Trânsito. Usar o celular rende multa de R$ 85,13 e 4 pontos na carteira de habilitação.
(André Monteiro, Folha de S.Paulo, 10.03.2013. Adaptado)
Assinale a alternativa que completa corretamente a reescrita do título, a seguir, sem alteração de sentido.
Médico alerta que uso de celular ao volante éAssinale a alternativa que completa a lacuna abaixo. Não li o texto _____ a professora fez alusão.
Para responder às questões de 1 a 3, leia a crônica abaixo, de Mário Prata.
A máquina "moderna"
Ouve só. A gente esvaziando a casa da tia neste carnaval. Móvel, roupa de cama, louça, quadro, livro. Aquela confusão, quando ouço dois dos meus filhos me chamarem.
- Mãe!
- Faaala.
- A gente achou uma coisa incrível. Se ninguém quiser, pode ficar para a gente? Hein?
- Depende. Que é? (Os dois falavam juntos, animadíssimos)
- Ééé... uma máquina, mãe.
- É só uma máquina meio velha.
- É, mas funciona, está ótima!
Minha filha interrompeu o irmão mais novo, dando uma explicação melhor.
- Deixa que eu falo: é assim, é uma máquina, tipo um... teclado de computador, sabe só o teclado? Só o lugar que escreve?
- Sei.
- Então. Essa máquina tem assim, tipo... uma impressora, ligada nesse teclado, mas assim, ligada direto. Sem fio. Bem, a gente vai, digita, digita...
Ela ia se animando, os olhos brilhando
- ... e a máquina imprime direto na folha de papel que a gente coloca ali mesmo!
É muuuito legal! Direto, na mesma hora, eu juro!
Eu não sabia o que falar. Eu juro que não sabia o que falar diante de uma explicação dessas, de menina de 12 anos, sobre uma máquina de escrever. Era isso mesmo?
- ... entendeu mãe?... zupt, a gente escreve e imprime, a gente até vê a impressão tipo na hora, e não precisa essa coisa chata de entrar no computador, ligar, esperar hóóóras, entrar no word, de escrever olhando na tela, mandar para a impressora, esse monte de máquina, de ter que ter até estabilizador, comprar cartucho caro, de nada, mãe! É muuuito legal, e nem precisa de colocar na tomada! Funciona sem energia e escreve direto na folha da impressora!
- Nossa, filha...
- ... só tem duas coisas: não dá para trocar a fonte nem aumentar a letra, mas não tem problema. Vem, que a gente vai te mostrar. Vem...
Eu parei e olhei, pasma, a máquina velha. Eles davam pulinhos de alegria.
- Mãe. Será que alguém da família vai querer? Hein? Ah, a gente vai ficar torcendo, torcendo para ninguém querer para a gente poder levar lá para casa, isso é o máximo! O máximo!
Bem, enquanto estou aqui, neste 'teclado', estou ouvindo o plec-plec da tal máquina, que, claro, ninguém da família quis, mas que aqui em casa já deu até briga, de tanto que já foi usada.
Está no meio da sala de estar, em lugar nobre, rodeada de folhas e folhas de textos 'impressos na hora' por eles. Incrível, eles dizem, plec-plec-plec, muito legal, plec-plec-plec.
Eu e o Zé estamos até pensando em comprar outras, uma para cada filho. Mas, pensa bem se não é incrível mesmo para os dias de hoje: sai direto, do teclado para o papel, e sem tomada!
Considere as afirmações abaixo.
I. As aspas no título marcam ironia.
II. O narrador do texto é a tia das crianças.
III. A grafia de algumas palavras procura recriar a entonação da fala.
Está correto o que se afirma somente em
A geração de pais- avôs
Espremidos entre a infância dos filhos e a própria velhice
chegando, homens de 50 ou 60 anos com filhos pequenos
têm um grande desafio pela frente: envelhecer sem deixar
de ser jovem
Isabel Clemente
Eles tiveram filhos depois – ou bem depois – dos 45. Sentiam-se jovens. Não tinham dúvida a respeito disso, mas quando viram os filhos crescendo, vacilaram. O tempo começou a passar mais rápido. Voltaram a malhar para recuperar o vigor físico. Estão mais vaidosos. De uma hora para outra, incorporaram hábitos alimentares mais saudáveis. Precisam ter saúde, cabelos, músculos. Beber menos, dormir mais. Prometeram aos filhos viver muito. E em nome dessa promessa, desejam a eternidade. Como todos nós.
[...]Vencer a morte é um desejo humano, ainda que inconsciente. Uma utopia que nos move atrás de qualidade de vida, de cura para doenças, de antídotos para o sofrimento, de vitaminas para a beleza. São armas capazes de retardar o envelhecimento, nunca detê-lo. Envelhecer é um processo. A boa notícia é que a juventude é um estado de espírito que podemos cultivar.
Pesquei especialmente para vocês, que estão se achando velhos, que têm medo de morrer antes que o filho cresça, tenha título de eleitor ou dirija um carro, a melhor definição que conheço sobre juventude. Eu a encontrei no texto “Youth Mode: um estudo sobre a liberdade”, da Box1824, uma agência paulista especializada no tema jovens e em estratégias para se comunicar com eles.
“Juventude não é liberdade no sentido político. É uma emancipação do tédio, do previsível, da tradição. É atingir um potencial máximo: a habilidade de ser a pessoa que você quer ser. Trata-se da liberdade de escolher como se relacionar; de experimentar coisas novas; de cometer erros. A juventude entende que toda liberdade tem limites e que ser adaptável é a única maneira de ser livre”.
Não estou sugerindo que você vista as roupas do seu filho adulto de 20 anos para brincar com sua criança de quatro, nem que cometa desatinos dos quais vá se arrepender depois. O recado é “adapte-se”. Pare de fumar ou beber tanto. Pratique algum esporte, ainda que seja empinar pipas. Dê-se ao luxo de sentar no chão, por cinco minutos que seja, ao lado daquela criança para brincar de boneca. E tire partido dos sorrisos. Você, que a essa altura já deve ter assistido ao filme de animação Monstros S.A., sabe que as gargalhadas das crianças liberam muito mais energia do que os gritos e os choros. Para terminar, antes de reclamar de novo de alguma coisa, respire fundo. Respirar fundo também é um ótimo antídoto para a velhice como predisposição da alma.
A essência do comportamento jovem é ter curiosidade em relação à vida, e não perder tempo pensando no fim. De preferência, não ser tedioso e, finalmente, ser aquilo que você gostaria de ser. Tem fase melhor da vida para alcançar este objetivo do que a meia idade? Talvez hoje, mais do que nunca, vocês tenham a paz e o discernimento necessários para experimentar algo novo ou tomar decisões que mudem para melhor o rumo de suas vidas. É uma hipótese. Dêemse o benefício da dúvida. Nossa cultura está repleta de interesses cruzados entre as gerações. Talvez, com o fim da cerimônia e a relativização de certas tradições, estejamos inaugurando uma era propensa à maior comunicação entre pessoas de idades tão diferentes. Sinta-se ungido pela sorte de recomeçar. Quando seu filho crescer, ele irá entender - mais cedo ou mais tarde - que a vida de cada um carrega histórias únicas, e que buscar uma escala de valores sobre as vantagens e as desvantagens de ser filho de um pai “velho” é um exercício inútil.
“Por muito tempo, a idade esteve amarrada a uma série de expectativas sociais. Mas quando o jovem da geração Boomerang retorna para o ninho vazio e a aposentadoria fica mais distante a cada dia, o vínculo entre idade e expectativas sociais começa a se desfazer”, diz outro trecho do estudo da Box1824. Cabe a cada um, portanto, reconstruir os laços com a juventude. E te digo que a presença de uma criança em casa é um ótimo começo.
Ser pai de criança pequena agora é o seu predicado. As pessoas irão enxergá-lo também sob essa nova lógica. Pode ser que você não tenha mais paciência para “certas coisas”. Considere a algazarra excessiva, o barulho, desnecessário. Mas o pacote é esse do jeito que está aí, aguardando para ser desembrulhado. Não inventaram nenhuma fórmula melhor para viver do que usufruir um dia depois do outro. E quando você faz tudo isso no “modo jovem”, você não se torna imortal, mas, parafraseando as mentes criativas da Box1824, você fica infinito.
Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e- blogs/isabel-clemente/ noticia/2014/03/geracao-de-bpais- avosb.htm
“Não estou sugerindo que você vista as roupas do seu filho adulto de 20 anos para brincar com sua criança de quatro...”
No excerto acima, a oração destacada estabelece
A geração de pais- avôs
Espremidos entre a infância dos filhos e a própria velhice
chegando, homens de 50 ou 60 anos com filhos pequenos
têm um grande desafio pela frente: envelhecer sem deixar
de ser jovem
Isabel Clemente
Eles tiveram filhos depois – ou bem depois – dos 45. Sentiam-se jovens. Não tinham dúvida a respeito disso, mas quando viram os filhos crescendo, vacilaram. O tempo começou a passar mais rápido. Voltaram a malhar para recuperar o vigor físico. Estão mais vaidosos. De uma hora para outra, incorporaram hábitos alimentares mais saudáveis. Precisam ter saúde, cabelos, músculos. Beber menos, dormir mais. Prometeram aos filhos viver muito. E em nome dessa promessa, desejam a eternidade. Como todos nós.
[...]Vencer a morte é um desejo humano, ainda que inconsciente. Uma utopia que nos move atrás de qualidade de vida, de cura para doenças, de antídotos para o sofrimento, de vitaminas para a beleza. São armas capazes de retardar o envelhecimento, nunca detê-lo. Envelhecer é um processo. A boa notícia é que a juventude é um estado de espírito que podemos cultivar.
Pesquei especialmente para vocês, que estão se achando velhos, que têm medo de morrer antes que o filho cresça, tenha título de eleitor ou dirija um carro, a melhor definição que conheço sobre juventude. Eu a encontrei no texto “Youth Mode: um estudo sobre a liberdade”, da Box1824, uma agência paulista especializada no tema jovens e em estratégias para se comunicar com eles.
“Juventude não é liberdade no sentido político. É uma emancipação do tédio, do previsível, da tradição. É atingir um potencial máximo: a habilidade de ser a pessoa que você quer ser. Trata-se da liberdade de escolher como se relacionar; de experimentar coisas novas; de cometer erros. A juventude entende que toda liberdade tem limites e que ser adaptável é a única maneira de ser livre”.
Não estou sugerindo que você vista as roupas do seu filho adulto de 20 anos para brincar com sua criança de quatro, nem que cometa desatinos dos quais vá se arrepender depois. O recado é “adapte-se”. Pare de fumar ou beber tanto. Pratique algum esporte, ainda que seja empinar pipas. Dê-se ao luxo de sentar no chão, por cinco minutos que seja, ao lado daquela criança para brincar de boneca. E tire partido dos sorrisos. Você, que a essa altura já deve ter assistido ao filme de animação Monstros S.A., sabe que as gargalhadas das crianças liberam muito mais energia do que os gritos e os choros. Para terminar, antes de reclamar de novo de alguma coisa, respire fundo. Respirar fundo também é um ótimo antídoto para a velhice como predisposição da alma.
A essência do comportamento jovem é ter curiosidade em relação à vida, e não perder tempo pensando no fim. De preferência, não ser tedioso e, finalmente, ser aquilo que você gostaria de ser. Tem fase melhor da vida para alcançar este objetivo do que a meia idade? Talvez hoje, mais do que nunca, vocês tenham a paz e o discernimento necessários para experimentar algo novo ou tomar decisões que mudem para melhor o rumo de suas vidas. É uma hipótese. Dêemse o benefício da dúvida. Nossa cultura está repleta de interesses cruzados entre as gerações. Talvez, com o fim da cerimônia e a relativização de certas tradições, estejamos inaugurando uma era propensa à maior comunicação entre pessoas de idades tão diferentes. Sinta-se ungido pela sorte de recomeçar. Quando seu filho crescer, ele irá entender - mais cedo ou mais tarde - que a vida de cada um carrega histórias únicas, e que buscar uma escala de valores sobre as vantagens e as desvantagens de ser filho de um pai “velho” é um exercício inútil.
“Por muito tempo, a idade esteve amarrada a uma série de expectativas sociais. Mas quando o jovem da geração Boomerang retorna para o ninho vazio e a aposentadoria fica mais distante a cada dia, o vínculo entre idade e expectativas sociais começa a se desfazer”, diz outro trecho do estudo da Box1824. Cabe a cada um, portanto, reconstruir os laços com a juventude. E te digo que a presença de uma criança em casa é um ótimo começo.
Ser pai de criança pequena agora é o seu predicado. As pessoas irão enxergá-lo também sob essa nova lógica. Pode ser que você não tenha mais paciência para “certas coisas”. Considere a algazarra excessiva, o barulho, desnecessário. Mas o pacote é esse do jeito que está aí, aguardando para ser desembrulhado. Não inventaram nenhuma fórmula melhor para viver do que usufruir um dia depois do outro. E quando você faz tudo isso no “modo jovem”, você não se torna imortal, mas, parafraseando as mentes criativas da Box1824, você fica infinito.
Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e- blogs/isabel-clemente/ noticia/2014/03/geracao-de-bpais- avosb.htm
Em “Eu a encontrei no texto...”, o termo destacado refere-se
A geração de pais- avôs
Espremidos entre a infância dos filhos e a própria velhice
chegando, homens de 50 ou 60 anos com filhos pequenos
têm um grande desafio pela frente: envelhecer sem deixar
de ser jovem
Isabel Clemente
Eles tiveram filhos depois – ou bem depois – dos 45. Sentiam-se jovens. Não tinham dúvida a respeito disso, mas quando viram os filhos crescendo, vacilaram. O tempo começou a passar mais rápido. Voltaram a malhar para recuperar o vigor físico. Estão mais vaidosos. De uma hora para outra, incorporaram hábitos alimentares mais saudáveis. Precisam ter saúde, cabelos, músculos. Beber menos, dormir mais. Prometeram aos filhos viver muito. E em nome dessa promessa, desejam a eternidade. Como todos nós.
[...]Vencer a morte é um desejo humano, ainda que inconsciente. Uma utopia que nos move atrás de qualidade de vida, de cura para doenças, de antídotos para o sofrimento, de vitaminas para a beleza. São armas capazes de retardar o envelhecimento, nunca detê-lo. Envelhecer é um processo. A boa notícia é que a juventude é um estado de espírito que podemos cultivar.
Pesquei especialmente para vocês, que estão se achando velhos, que têm medo de morrer antes que o filho cresça, tenha título de eleitor ou dirija um carro, a melhor definição que conheço sobre juventude. Eu a encontrei no texto “Youth Mode: um estudo sobre a liberdade”, da Box1824, uma agência paulista especializada no tema jovens e em estratégias para se comunicar com eles.
“Juventude não é liberdade no sentido político. É uma emancipação do tédio, do previsível, da tradição. É atingir um potencial máximo: a habilidade de ser a pessoa que você quer ser. Trata-se da liberdade de escolher como se relacionar; de experimentar coisas novas; de cometer erros. A juventude entende que toda liberdade tem limites e que ser adaptável é a única maneira de ser livre”.
Não estou sugerindo que você vista as roupas do seu filho adulto de 20 anos para brincar com sua criança de quatro, nem que cometa desatinos dos quais vá se arrepender depois. O recado é “adapte-se”. Pare de fumar ou beber tanto. Pratique algum esporte, ainda que seja empinar pipas. Dê-se ao luxo de sentar no chão, por cinco minutos que seja, ao lado daquela criança para brincar de boneca. E tire partido dos sorrisos. Você, que a essa altura já deve ter assistido ao filme de animação Monstros S.A., sabe que as gargalhadas das crianças liberam muito mais energia do que os gritos e os choros. Para terminar, antes de reclamar de novo de alguma coisa, respire fundo. Respirar fundo também é um ótimo antídoto para a velhice como predisposição da alma.
A essência do comportamento jovem é ter curiosidade em relação à vida, e não perder tempo pensando no fim. De preferência, não ser tedioso e, finalmente, ser aquilo que você gostaria de ser. Tem fase melhor da vida para alcançar este objetivo do que a meia idade? Talvez hoje, mais do que nunca, vocês tenham a paz e o discernimento necessários para experimentar algo novo ou tomar decisões que mudem para melhor o rumo de suas vidas. É uma hipótese. Dêemse o benefício da dúvida. Nossa cultura está repleta de interesses cruzados entre as gerações. Talvez, com o fim da cerimônia e a relativização de certas tradições, estejamos inaugurando uma era propensa à maior comunicação entre pessoas de idades tão diferentes. Sinta-se ungido pela sorte de recomeçar. Quando seu filho crescer, ele irá entender - mais cedo ou mais tarde - que a vida de cada um carrega histórias únicas, e que buscar uma escala de valores sobre as vantagens e as desvantagens de ser filho de um pai “velho” é um exercício inútil.
“Por muito tempo, a idade esteve amarrada a uma série de expectativas sociais. Mas quando o jovem da geração Boomerang retorna para o ninho vazio e a aposentadoria fica mais distante a cada dia, o vínculo entre idade e expectativas sociais começa a se desfazer”, diz outro trecho do estudo da Box1824. Cabe a cada um, portanto, reconstruir os laços com a juventude. E te digo que a presença de uma criança em casa é um ótimo começo.
Ser pai de criança pequena agora é o seu predicado. As pessoas irão enxergá-lo também sob essa nova lógica. Pode ser que você não tenha mais paciência para “certas coisas”. Considere a algazarra excessiva, o barulho, desnecessário. Mas o pacote é esse do jeito que está aí, aguardando para ser desembrulhado. Não inventaram nenhuma fórmula melhor para viver do que usufruir um dia depois do outro. E quando você faz tudo isso no “modo jovem”, você não se torna imortal, mas, parafraseando as mentes criativas da Box1824, você fica infinito.
Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e- blogs/isabel-clemente/ noticia/2014/03/geracao-de-bpais- avosb.htm
Em “E em nome dessa promessa, desejam a eternidade.”,
Texto II
Texto publicitário
Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades. E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde. Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa à qual não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos. A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria. E como ela é feita de instantes, não pode nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos. Esta mensagem da Visa é um tributo ao tempo. Tanto àquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto àquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro. Porque a vida é agora.
(Revista Veja)
Por tratar-se de um texto publicitário de um cartão de crédito, o objeto do texto é: