Questões de Concurso
Sobre interpretação de textos em português
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TEXTO I
Aos 102 anos, idoso volta à sala de aula e inspira alunos.
A sala de aula voltou a fazer parte da rotina do Pedro Francisco de Souza, de 102 anos. Nascido em Catu, na Bahia, ele se mudou ano passado para o Espírito Santo e, na nova cidade, resolveu voltar a estudar.
Pedro hoje está na primeira etapa do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), na rede municipal de Vitória. Ele tem sido um ótimo aluno e, segundo os professores, inspira muita gente mais nova! “Eu me sinto feliz e, por essa felicidade, ainda quero aprender mais para falar melhor com o público”, contou o idoso.
Realização
O ensino foi bastante escasso ao longo da vida de Pedro, embora ele tenha aprendido a ler e escrever. “Sem ler não podemos falar, não podemos fazer nada. É por isso que continuo estudando. Enquanto há vida, há esperança”, refletiu.
Para Pedro, voltar à sala de aula é uma realização. O filho dele, André Souza, de 46 anos, disse que o pai adora cantar, tocar violão, conversar e ler a Bíblia e que ele é completamente independente. “Ele come sozinho, toma banho sozinho, faz tudo sozinho”, completou o filho orgulhoso.
Inspiração para os mais jovens
Pedro é um dos 200 alunos matriculados no EJA. E foi a idade o que mais chamou a atenção dos professores e outros colegas de sala dele, que também são idosos.
André disse que essa nova rotina tem sido inspiradora também para ele. Pedro se sente orgulhoso por ser um motivador e tem cuidado melhor, inclusive, da própria saúde.
Disponível em: https:// https://cutt.ly/WmeFT2E. Acesso em: 26 jun. 2021 (adaptado).
Leia atentamente o texto, e responda à questão.
TEXTO I
Emoção em família: mãe e filha se formam juntas na faculdade
As britânicas Vicki Lawlor e sua filha Hannah conquistaram seus diplomas na Universidade de Stirling, na Escócia As britânicas Vicki Lawlor, de 43 anos, e sua filha Hannah, de 21, se formaram juntas na Universidade de Stirling, na Escócia, nessa semana (06/2021). A emoção de receber o diploma ao mesmo tempo levou mãe e filha a planejar uma festa no jardim de sua casa para comemorar a dupla conquista.
Em entrevista ao Daily Mail, Vicki disse: “É uma coincidência estarmos nos formando juntas. Levei um pouco mais de tempo do que Hannah para concluir meu curso e não foi uma jornada fácil, mas tê-la ao meu lado e compartilhar experiências semelhantes de cumprimento de prazos e conclusão de tarefas foi muito gratificante”.
Vicki concluiu o bacharelado em Ciências, enquanto Hannah se formou como bacharel em Artes.
Disponível em: https://cutt.ly/nmeU6oV. Acesso em: 26 jun. 2021 (adaptado).
Leia atentamente o texto, e responda à questão.
TEXTO I
Emoção em família: mãe e filha se formam juntas na faculdade
As britânicas Vicki Lawlor e sua filha Hannah conquistaram seus diplomas na Universidade de Stirling, na Escócia As britânicas Vicki Lawlor, de 43 anos, e sua filha Hannah, de 21, se formaram juntas na Universidade de Stirling, na Escócia, nessa semana (06/2021). A emoção de receber o diploma ao mesmo tempo levou mãe e filha a planejar uma festa no jardim de sua casa para comemorar a dupla conquista.
Em entrevista ao Daily Mail, Vicki disse: “É uma coincidência estarmos nos formando juntas. Levei um pouco mais de tempo do que Hannah para concluir meu curso e não foi uma jornada fácil, mas tê-la ao meu lado e compartilhar experiências semelhantes de cumprimento de prazos e conclusão de tarefas foi muito gratificante”.
Vicki concluiu o bacharelado em Ciências, enquanto Hannah se formou como bacharel em Artes.
Disponível em: https://cutt.ly/nmeU6oV. Acesso em: 26 jun. 2021 (adaptado).
Leia atentamente o texto, e responda à questão.
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Cuidado com o Pé de Garrafa
Nem bem entraram na mata, os homens foram surpreendidos por um assovio muito alto, tão alto que doeu os ouvidos: fiiiuuú!!! Todos que estavam agachados, deixando suas ferramentas no chão, ficaram de pé, em alerta, assustados. "O que foi isso?", disse um deles, e os outros deram de ombros. Os olhos de todos estavam arregalados, e os corpos quentes, em alerta, estavam prontos para correr. Mas, por que esse pânico todo? Primeiro, porque sabiam que o que iriam fazer na floresta não era certo. Afinal, eles tinham uma fileira de árvores para derrubar e um monte de bichos para caçar. Segundo, porque se lembraram de uma história horripilante contada pelos habitantes locais, a história do Pé de Garrafa!
Quem é esse? Nem queira saber! Mas quem mora lá pelas bandas do Mato Grosso do Sul sabe bem quem é. O Pé de Garrafa é um monstro que não se parece com nada que conhecemos. Não é gente, nem é bicho. Na cabeça, no lugar de cabelo, traz uns trapos de pano podre. Tem uma perna só, com o pé com um casco que deixa um rastro redondo por onde passa, como o fundo de uma garrafa. Por isso, claro, é conhecido como Pé de Garrafa.
Às sextas-feiras, por volta da meia-noite, é o momento preferido do monstro aparecer. Mas, se ele sente que a mata vai ser invadida, ele aparece a qualquer hora. Primeiro, dá o seu assobio, que é ouvido somente por caçadores ou pessoas mal-intencionadas. Quem escuta se confunde, pois o som ecoa para todos os lados. É aí que armadilha começa. A pessoa se perde na floresta, fica desorientada com o assobio e se embrenha na mata.
Quem voltou para contar diz que sentiu um vento nas costas enquanto corria sem parar, parecia um bater de asas muito pesadas ou encharcadas de água. Dizem que o Pé de Garrafa voa e parece ter asas de ema. Do alto, ele grita, e grita forte, por umas duas horas sem parar. É para todo mundo ouvir, da mata ou da cidade.
*O Pé de Garrafa é uma lenda brasileira, contada por moradores do Mato Grosso do Sul, mas que também é conhecida em outros estados brasileiros. Em algumas versões, ele ganha o nome de Troá, além de pernas de aves, pelos e espinhos. Esta versão foi livremente adaptada pela CHC.
(https://chc.org.br/artigo/cuidado-com-o-pe-de-garrafa/)
I.A consciência de que suas atividades na floresta não eram corretas.
II.O fato deles estarem perdidos e desorientados.
III.O fato de ser sexta-feira, dia em que o monstro costumava aparecer.
IV.A lembrança de uma história aterrorizante (a do Pé de Garrafa).
Estão corretas:
Na ausência ou no mau uso de um dos elementos, diz-se que houve ruído na comunicação, o que significa dizer que ela não foi bem-sucedida. Os elementos da comunicação são: emissor, receptor, mensagem, referente, canal e código.
(https://brasilescola.uol.com.br/redacao/elementos -presentes-no-ato-comunicacao.htm)
Nas alternativas abaixo as definições estão de acordo com os elementos da comunicação, EXCETO em:
Com base na afirmação do autor no trecho acima e no contexto geral do texto, analise as seguintes afirmativas:
I. Pequenas mudanças podem ter um impacto positivo, reforçando a ideia de que não são necessárias mudanças drásticas para obter uma melhora na saúde mental.
II.A consistência nas práticas de autocuidado pode ser desenvolvida com práticas regulares e sustentadas.
III. Alguns problemas de saúde mental podem exigir intervenções mais intensas, como terapia intensiva ou tratamento médico, ao invés de apenas mudanças no estilo de vida.
IV. Cada pessoa tem suas próprias necessidades, critérios e formas de medir seu bem-estar e saúde mental.
Estão corretas:
Canção para os fonemas da alegria
Thiago de Mello
Peço licença para algumas coisas.
Primeiramente para desfraldar
este canto de amor publicamente.
Sucede que só sei dizer amor
quando reparto o ramo azul de estrelas
que em meu peito floresce de menino.
Peço licença para soletrar,
no alfabeto do sol pernambucano,
a palavra ti-jo-lo, por exemplo,
e poder ver que dentro dela vivem
paredes, aconchegos e janelas,
e descobrir que todos os fonemas
são mágicos sinais que vão se abrindo
constelação de girassóis gerando
em círculos de amor que de repente
estalam como flor no chão da casa.
Às vezes nem há casa: é só o chão.
Mas sobre o chão quem reina agora é um homem
diferente, que acaba de nascer:
porque unindo pedaços de palavras
aos poucos vai unindo argila e orvalho,
tristeza e pão, cambão e beija-flor,
e acaba por unir
a própria vida no seu peito partida e repartida
quando afinal descobre num clarão
que o mundo é seu também, que o seu trabalho
não é a pena que paga por ser homem,
mas um modo de amar — e de ajudar
o mundo a ser melhor. Peço licença
para avisar que, ao gosto de Jesus,
este homem renascido é um homem novo:
ele atravessa os campos espalhando
a boa-nova, e chama os companheiros
a pelejar no limpo, fronte a fronte,
contra o bicho de quatrocentos anos,
mas cujo fel espesso não resiste
a quarenta horas de total ternura.
Peço licença para terminar
soletrando a canção de rebeldia
que existe nos fonemas da alegria:
canção de amor geral que eu vi crescer
nos olhos do homem que aprendeu a ler.
Thiago de Mello. Faz escuro mas eu canto. São Paulo: Global Editora, 2017.
No primeiro verso da sétima estrofe, o sujeito da oração “unindo pedaços de palavras” remete, semanticamente, ao sintagma “um homem / diferente”, na estrofe anterior.
Canção para os fonemas da alegria
Thiago de Mello
Peço licença para algumas coisas.
Primeiramente para desfraldar
este canto de amor publicamente.
Sucede que só sei dizer amor
quando reparto o ramo azul de estrelas
que em meu peito floresce de menino.
Peço licença para soletrar,
no alfabeto do sol pernambucano,
a palavra ti-jo-lo, por exemplo,
e poder ver que dentro dela vivem
paredes, aconchegos e janelas,
e descobrir que todos os fonemas
são mágicos sinais que vão se abrindo
constelação de girassóis gerando
em círculos de amor que de repente
estalam como flor no chão da casa.
Às vezes nem há casa: é só o chão.
Mas sobre o chão quem reina agora é um homem
diferente, que acaba de nascer:
porque unindo pedaços de palavras
aos poucos vai unindo argila e orvalho,
tristeza e pão, cambão e beija-flor,
e acaba por unir
a própria vida no seu peito partida e repartida
quando afinal descobre num clarão
que o mundo é seu também, que o seu trabalho
não é a pena que paga por ser homem,
mas um modo de amar — e de ajudar
o mundo a ser melhor. Peço licença
para avisar que, ao gosto de Jesus,
este homem renascido é um homem novo:
ele atravessa os campos espalhando
a boa-nova, e chama os companheiros
a pelejar no limpo, fronte a fronte,
contra o bicho de quatrocentos anos,
mas cujo fel espesso não resiste
a quarenta horas de total ternura.
Peço licença para terminar
soletrando a canção de rebeldia
que existe nos fonemas da alegria:
canção de amor geral que eu vi crescer
nos olhos do homem que aprendeu a ler.
Thiago de Mello. Faz escuro mas eu canto. São Paulo: Global Editora, 2017.
Na primeira oração da sexta estrofe, a substituição do vocábulo “nem” por não preservaria a coerência do poema, mas alteraria a carga semântica atribuída ao verso.
Em relação a estruturas e recursos de estilo do trecho precedente de Uma galinha, julgue o item seguinte.
Pela forma como a autora utiliza recursos narrativos ficcionais e factuais, conclui-se que o texto pode ser caracterizado como uma reportagem.
Em relação a estruturas e recursos de estilo do trecho precedente de Uma galinha, julgue o item seguinte.
A frase “Estúpida, tímida e livre” (primeiro período do último parágrafo) reúne termos que, organizados em sequência, compõem uma gradação.
Em relação a estruturas e recursos de estilo do trecho precedente de Uma galinha, julgue o item seguinte.
O sétimo período do segundo parágrafo poderia ser reescrito, com correção gramatical e sentido equivalente ao original, da seguinte forma: De telhado a telhado, percorreu-se mais de um quarteirão da rua.
Art. 1.º Fica proibido o uso indiscriminado de celulares e outros dispositivos eletrônicos pelos alunos nas unidades de ensino da rede pública municipal, estadual, federal e privada em todo o território nacional, exceto para os casos de pessoas com necessidades especiais, tais como autistas, entre outras.
Parágrafo Único. Os professores e órgãos fiscalizadores e responsáveis pela educação nacional, estadual, municipal e as instituições educacionais deverão regulamentar o possível uso desses equipamentos quando necessário, através de portaria interna, versando sobre: quando, como e em quais locais e atividades deverão ser utilizados.
Brasil. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n.º 246/2024 (em tramitação).
Internet: <camara.leg.br> (com adaptações).
Considerando as ideias e o estilo do texto precedente, bem como as concepções de linguagem, língua e interação, julgue o item a seguir.
Art. 1.º Fica proibido o uso indiscriminado de celulares e outros dispositivos eletrônicos pelos alunos nas unidades de ensino da rede pública municipal, estadual, federal e privada em todo o território nacional, exceto para os casos de pessoas com necessidades especiais, tais como autistas, entre outras.
Parágrafo Único. Os professores e órgãos fiscalizadores e responsáveis pela educação nacional, estadual, municipal e as instituições educacionais deverão regulamentar o possível uso desses equipamentos quando necessário, através de portaria interna, versando sobre: quando, como e em quais locais e atividades deverão ser utilizados.
Brasil. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n.º 246/2024 (em tramitação).
Internet: <camara.leg.br> (com adaptações).
Considerando as ideias e o estilo do texto precedente, bem como as concepções de linguagem, língua e interação, julgue o item a seguir.
As abordagens da linguagem do ponto de vista filosófico, estrutural, funcional e até discursivo conservam, de alguma forma, o gesto de Saussure ao considerar na linguagem uma dualidade fundamental: língua/fala, código/mensagem, competência/performance, língua/discurso. Se contestam o objeto da linguística colocado por Saussure, nunca o fazem de uma maneira radical. Mesmo quando buscam, no objeto da linguística, a parte marginalizada por Saussure, a linguagem continua a ser concebida como uma entidade de duas faces: uma formal, constituída pelo “núcleo duro” da língua e uma outra parte por meio da qual a linguagem se relaciona com o mundo pela ação dos falantes.
Essa dualidade da linguagem foi, contudo, duramente contestada pelo filósofo soviético Bakhtin, já no final da década de 20. A oposição que Bakhtin faz a Saussure é radical, se levarmos em conta que a linguagem, para esse filósofo, não se divide em duas instâncias. A enunciação, “a verdadeira substância da língua”, é, para Bakhtin, a síntese do processo da linguagem, o conceito-chave para se entender os processos linguísticos.
Bakhtin afasta-se de Saussure ao ver a língua como algo concreto, fruto da manifestação interindividual, valorizando assim, a manifestação concreta da língua e não o sistema abstrato de formas. E essa manifestação é eminentemente social.
Segundo Bakhtin, o que de fato existe é o processo linguístico, sendo a enunciação o motor da língua: “a língua vive e evolui historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema linguístico abstrato das formas da língua nem no psiquismo individual dos falantes”.
Sílvia Helena Barbi Cardoso. Discurso e ensino. 2 ed. Belo Horizonte:
Autêntica/ FALE-UFMG, 2005. p. 24-25. (com adaptações).
A partir das ideias veiculadas no texto precedente, julgue o item que se segue, relativo às concepções de língua, linguagem e interação.
As funções da linguagem predominantes no texto são a referencial e a metalinguística, o que se observa pelo fato de ele ser informativo e o tema nele abordado ser a própria linguagem.