Questões de Português - Morfologia - Pronomes para Concurso

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Q2336940 Português
Assinale a opção em que a segunda forma da frase corrige um erro de colocação do pronome oblíquo cometido na frase anterior. 
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Q2335175 Português
Em todas as frases abaixo foi feita a modificação da estrutura sublinhada por outra com o pronome relativo “cujo”; assinale a opção em que essa substituição foi feita de forma incorreta.
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Q2332057 Português

 “Revista USP” discute o jornalismo na era da pós-verdade 


Publicação traz dossiê com artigos de especialistas que analisam modos de garantir a qualidade das informações. 



      Um dos maiores desafios da mídia contemporânea é conter a proliferação de notícias falsas, as chamadas “fake news”, que acabam fazendo da maneira de pensar atual uma reminiscência do modo de pensar de um camponês medieval, com base em fofocas, boatos e muita conversa. Com isso, o novo mundo se assemelha ao mundo de antes do período em que a imprensa criada por Gutemberg predominou na história da humanidade, entre o século 15 e o início do século 21, transformado então apenas numa “interrupção do fluxo normal da comunicação humana”.


      Essa análise, inspirada nas ideias do professor Thomas Pettitt, da Universidade do Sul da Dinamarca, está exposta no artigo “Verdades e mentiras no ecossistema digital”, do jornalista e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Caio Túlio Costa, publicado na edição número 116 da Revista USP, que acaba de ser lançada. Publicada trimestralmente pela Superintendência de Comunicação Social (SCS) da USP, a revista traz nesta edição o dossiê “Pós-Verdade e Jornalismo”, que inclui cinco artigos de pesquisadores e jornalistas, dedicados a analisar as formas de evitar as “fake news” e garantir a veiculação de informações de qualidade para a sociedade.


      Garantir essa qualidade está cada vez mais difícil na era da “pós-verdade” – expressão que designa a circunstância em que fatos objetivos são menos influentes para moldar a opinião pública do que apelos à emoção e às crenças pessoais, de acordo com a definição do Oxford Dictionary. É o que aponta o professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP Eugênio Bucci, no artigo “Pós-política e corrosão da verdade”, também publicado no dossiê da Revista USP.


      Bucci reitera que parte da responsabilidade pela desvalorização da verdade factual – aquela que se refere não a um valor transcendental, mas ao registro “precário” dos acontecimentos – se deve às redes sociais e à internet, “onde se acomodaram confortavelmente as forças dedicadas à produção das notícias fraudulentas”. Ressalvando o lado positivo dessas novas tecnologias, como a abertura de novos canais de diálogos, a facilidade de comunicação entre as pessoas e a exibição imediata de demandas públicas, Bucci destaca que o problema se encontra no fato de que, tendo se enraizado no mundo da vida e na esfera pública, elas não são públicas em seus controles e na sua propriedade. “Sob a malha tecnológica, elas promovem a tecnociência e o capital como substitutos da própria política.”


      Para Bucci, redes sociais como Facebook e Twitter e sites de busca como Google aceleraram e fortaleceram a pós-verdade. Isso se deu, de acordo com o professor, por pelo menos dois motivos. O primeiro se refere ao incremento da velocidade e do alcance proporcionado por esses novos recursos. “Vários levantamentos mostram que as notícias fraudulentas repercutem mais do que as verdadeiras. E mais rapidamente. E arrebatam as amplas massas de um modo acachapante, num grau jamais atingido pelos meios jornalísticos mais convencionais”, escreve Bucci, citando como exemplo a campanha de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, em 2016, que em dois dias conseguiu fazer com que boa parte da população do país acreditasse que Barack Obama tinha nascido no Quênia.


      O segundo motivo por que as redes sociais e sites de busca favorecem a pós-verdade diz respeito ao fator econômico, continua o professor. “Notícias fraudulentas dão lucro. Dentro do ambiente virtual do Google e do Facebook, a fraude compensa. Quanto maior o número de cliques, mais o autor fatura. E, como a mentira é fácil de produzir (é barata) e desperta o furor das audiências, um dos melhores negócios da atualidade é noticiar acontecimentos que nunca aconteceram de verdade – e que, mesmo assim, despertam emoções fortes nos chamados internautas.”


[...]


(CASTRO, Roberto C. G. “Revista USP” discute o jornalismo na era da pós-verdade. Jornal da USP. Em: maio de 2018.

Algumas palavras podem ter a definição quanto à classe gramatical a que pertencem usualmente alterada; de acordo com o contexto da estrutura linguística em que foram empregadas, analise a frase a seguir: 



“Publicação traz dossiê com artigos de especialistas que analisam modos de garantir a qualidade das informações”. 



Os termos destacados estão corretamente identificados em: (Considere a sequência em que aparecem.

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Q2325138 Português
Leia o texto abaixo para responder a questão.

Literatura indígena – a voz da ancestralidade

Tiago Hakiy

    A cultura dos povos indígenas, ao longo dos tempos, tem sido tratada com certo desdém – vivendo em um hiato de esquecimento abissal. Poucas pessoas despertam no meio da multidão para cantar e declamar a poucos ouvidos o universo multicultural dos povos da floresta. O Brasil necessita se conhecer, é impossível pensar em nossa história sem levar em consideração os povos aqui existentes, sem louvar a ancestralidade presente no canto dos pássaros e nas brisas do passado. Por isso, e muito mais, devemos encontrar mecanismos para a manutenção da cultura indígena, primordial para o surgimento da nação brasileira.
    Não podemos mais pensar em um indígena da época da invasão colonizadora, uma figura petrificada no tempo, que foi estereotipada ao longo de todo o processo de formação de nossa nação brasileira. O indígena de hoje deve também ser pensado como um indivíduo que está inserido no meio da sociedade – logicamente sem deslembrar que faz parte de uma cultura que tem sua singularidade –, que pode ser e agir como qualquer outro indivíduo, sem esquecer sua cultura originária. E sua cultura é riquíssima e esta deve ser preservada, usando também, quando possível, os mecanismos tecnológicos, pois somente assim estaremos criando profilaxias necessárias para a manutenção do legado indígena, legado este que muitas vezes, em noites de lua cheia, ao redor das fogueiras acesas, quando ouvia-se apenas o canto dos pássaros e o silêncio ensurdecedor da floresta, era repassado pelo contador de histórias.
    O contador de histórias sempre ocupou um papel primordial dentro do povo, era centro das atenções, ele era o portador do conhecimento, e cabia a ele a missão de transmitir às novas gerações o legado cultural dos seus ancestrais. Foi desta forma que parte do conhecimento dos nossos antepassados chegou até nós, mostrando-nos um caleidoscópio ímpar, fortalecendo em nós o sentido de ser indígena. Em sua essência o indígena brasileiro sempre usou a oralidade para transmitir seus saberes, e agora ele pode usar outras tecnologias como mecanismos de transmissão.Aí está o papel da literatura indígena, produzida por escritores indígenas, que nasceram dentro da tradição oral, que podem não viver mais em aldeias, mas que carregam em seu cerne criador um vasto sentido de pertencimento. Esta literatura tem contornos de oralidade, com ritos de grafismos e sons de floresta, que tem em suas entrelinhas um sentido de ancestralidade, que encontrou nas palavras escritas, transpostas em livros, não só um meio para sua perpetuação, mas também para servir de mecanismo para que os não indígenas conheçam um pouco mais da riqueza cultural dos povos originários.


HAKIY, Tiago. Literatura indígena – a voz da ancestralidade. DORRICO, Julie . (org.). In: et al Literatura indígena brasileira contemporânea: criação, crítica e recepção. Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2018, p. 37-38. Disponível em: http://atempa.org.br/wp-content/uploads/2020/09/Literatura-ind%C3%ADgenacontempor%C3%A2nea-Livro-.pdf. Acesso em: 13 set. 2023. 
Analise gramaticalmente a frase abaixo.

“Foi desta forma que parte do conhecimento dos nossos antepassados chegou até nós, mostrando-nos um caleidoscópio ímpar, fortalecendo em nós o sentido de ser indígena.”

O elemento grifado possui valor: 
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Q2324499 Português
Texto 1A1-I


           Machado de Assis viria a sofrer, no governo do presidente Prudente de Morais, o que considerou uma grave injustiça. Julgando lhe ser agradável e querendo deixar-lhe mais tempo livre para seus trabalhos literários, o novo ministro, Sebastião Eurico Gonçalves de Lacerda — pai do grande tribuno parlamentar Maurício de Lacerda e avô de Carlos Lacerda — resolveu substituir Machado de Assis na Diretoria de Viação, que então ocupava, deixando-o como simples adido à Secretaria de Estado, percebendo os vencimentos que lhe competissem. Machado ficou muito magoado, achando que o ministro o julgara um inútil. Queixou-se muito, em cartas aos amigos, não se conformando em ficar de braços cruzados, ganhando o dinheiro da nação sem trabalhar. Foi durante esse período que escreveu uma de suas obras-primas, Dom Casmurro; sempre demonstrara, em seus romances, contos e crônicas, profunda aversão aos parasitas. E era sincero. Não queria ser um deles. E não sossegou enquanto não voltou à atividade, embora diminuído funcionalmente: de diretor de um departamento, passou a ser simples secretário do ministro Severino Vieira. Quando este se demitiu, no governo de Campos Sales, para candidatar-se ao governo da Bahia, o ministro da justiça, Epitácio Pessoa, nomeado para substituir interinamente Severino Vieira, não se deu bem com Machado de Assis. Jovem, irrequieto, Epitácio estava então veraneando em Petrópolis. Pela manhã, atendia ao expediente da pasta da justiça. À tarde, ia para o outro ministério, onde Machado de Assis lhe fazia minuciosas exposições sobre cada assunto, apresentando-lhe em seguida as minutas dos despachos. Epitácio queria sempre abreviar as exposições, a fim de não perder a barca que saía da Prainha para Mauá, no fundo da baía, de onde, nos fins do século XIX, partia o trem para Petrópolis. Algumas vezes perdeu a barca, só tomando a segunda e chegando à casa já em plena noite. Por isso, um dia disse a respeito de Machado: “Grande escritor, mas péssimo secretário!”. Talvez Machado, sem o dizer, pensasse a mesma coisa de Epitácio: “Moço inteligente, mas muito afobado para ser um bom ministro!”.

        Machado passou vários anos constrangido e humilhado até encontrar, em Lauro Müller — o grande ministro da viação que iniciou as obras do Porto do Rio de Janeiro e fez construir a Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco — quem lhe fizesse justiça. Lauro Müller fez Machado voltar a ser diretor.


Raymundo Magalhães Jr. Machado de Assis funcionário público. In: Revista do Serviço Público, Brasília, 56(2), abr. – jun./2005, p. 237-248 (com adaptações). 
A forma pronominal “lhe”, em “Julgando lhe ser agradável” (segundo período do primeiro parágrafo do texto 1A1-I), exerce a função de
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Q2324252 Português

A seguir, são apresentadas frases modernas, com a utilização de pronomes átonos.


Assinale a única frase em que a colocação do pronome átono não é questionada pelos gramáticos em geral. 

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Q2324226 Português
Em todas as opções abaixo há a presença de dois períodos.  O modo de reescrevê-los de forma adequada em um só período por meio de um pronome relativo, é: 
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Q2323111 Português
O afogado mais bonito do mundo


1         Sou antropófago. Devoro livros. Quem me ensinou foi Murilo Mendes: livros são feitos com a carne e o sangue dos que os escreveram. Os hábitos de antropófago determinam a maneira como escolho livros. Só leio livros escritos com sangue. Depois que os devoro, deixam de pertencer ao autor. São meus porque circulam na minha carne e no meu sangue.

2     É o caso do conto “O Afogado Mais Bonito do Mundo”, de Gabriel García Márquez. Ele escreveu. Eu li e devorei. Agora é meu. Eu o reconto.

3      É sobre uma vila de pescadores perdida em nenhum lugar, o enfado misturado com o ar, cada novo dia já nascendo velho, as mesmas palavras ocas, os mesmos gestos vazios, os mesmos corpos opacos, a excitação do amor sendo algo de que ninguém mais se lembrava...

4     Aconteceu que, num dia como todos os outros, um menino viu uma forma estranha flutuando longe no mar. E ele gritou. Todos correram. Num lugar como aquele até uma forma estranha é motivo de festa. E ali ficaram na praia, olhando, esperando. Até que o mar, sem pressa, trouxe a coisa e a colocou na areia, para o desapontamento de todos: era um homem morto.

5      Todos os homens mortos são parecidos porque há apenas uma coisa a se fazer com eles: enterrar. E, naquela vila, o costume era que as mulheres preparassem os mortos para o sepultamento. Assim, carregaram o cadáver para uma casa, as mulheres dentro, os homens fora. E o silêncio era grande enquanto o limpavam das algas e liquens, mortalhas verdes do mar.

6        Mas, repentinamente, uma voz quebrou o silêncio. Uma mulher balbuciou: “Se ele tivesse vivido entre nós, ele teria de ter curvado a cabeça sempre ao entrar em nossas casas. Ele é muito alto...”.

7       Todas as mulheres, sérias e silenciosas, fizeram sim com a cabeça.

8       De novo o silêncio foi profundo, até que uma outra voz foi ouvida. Outra mulher... “Fico pensando em como teria sido a sua voz... Como o sussurro da brisa? Como o trovão das ondas? Será que ele conhecia aquela palavra secreta que, quando pronunciada, faz com que uma mulher apanhe uma flor e a coloque no cabelo?” E elas sorriram e olharam umas para as outras.

9       De novo o silêncio. E, de novo, a voz de outra mulher... “Essas mãos... Como são grandes! Que será que fizeram? Brincaram com crianças? Navegaram mares? Travaram batalhas? Construíram casas? Essas mãos: será que elas sabiam deslizar sobre o rosto de uma mulher, será que elas sabiam abraçar e acariciar o seu corpo?”

10      Aí todas elas riram que riram, suas faces vermelhas, e se surpreenderam ao perceber que o enterro estava se transformando numa ressurreição: sonhos esquecidos, que pensavam mortos, retornavam, cinzas virando fogo, os corpos vivos de novo e os rostos opacos brilhando com a luz da alegria.

11    Os maridos, de fora, observavam o que estava acontecendo e ficaram com ciúmes do afogado, ao perceberem que um morto tinha um poder que eles mesmos não tinham mais. E pensaram nos sonhos que nunca haviam tido, nos poemas que nunca haviam escrito, nos mares que nunca tinham navegado, nas mulheres que nunca haviam desejado.

12     A história termina dizendo que finalmente enterraram o morto. Mas a aldeia nunca mais foi a mesma.


ALVES, R. Sobre como da morte brota a vida. F. de São Paulo.
Cotidiano. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso
em: 20 abr. 2023. Adaptado.
A colocação do pronome oblíquo átono em destaque está em acordo com os ditames da norma-padrão escrita em: 
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Q2322835 Português
Assinale a frase em que, segundo a norma culta tradicional, houve troca indevida entre o e lhe.
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Q2322288 Português
TEXTO PARA A QUESTÃO

    “Vivemos em um mundo em que ficou mais difícil dizer não. São tantas coisas bacanas pululando ao nosso redor, são tantas as demandas na vida e no trabalho que o “sim” acaba se impondo. É como se o que está fora – as redes sociais[,] os amigos[,] os colegas de trabalho[,] o parceiro ou parceira[,] a família – importasse mais. E se aquela pessoa ficar com raiva? E se nossa relação ficar abalada? E se eu ficar desatualizado, ficar de fora, perder o emprego, ficar marcado no trabalho? Dirigimos o olhar primeiro para o outro, esquecendo de olhar para nós mesmos. 

    Não por acaso, muita gente acaba dizendo sim quando queria mesmo era dizer não. Não por acaso, muita gente anda se sentindo sobrecarregada, ansiosa, esgotada ou, no caso do ambiente de trabalho, sofrendo com burnout. Responder apenas com o sim nos custa mental, física e emocionalmente. É cansativo. 

    Aprender a dizer não é um exercício diário e que começa conosco. Se uma pessoa não consegue falar não a si mesma, não conseguirá dizer não aos outros. É como aprender uma nova competência. Eventualmente, erraremos. Mas, com uma certa insistência, aprenderemos. [...]” 

GUERRA, Arthur. O poder do "não" para a nossa
saúde mental. Forbes Brasil, 03 de outubro de 2023.  
A qual classe de palavras pertencem os vocábulos grifados no texto, tendo em vista o contexto em que foram empregados? 
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Q2322067 Português
Texto 1 – Surpreendente "creche" de dinossauros é descoberta em sítio na Bolívia [adaptado]


Na região de Tarija, cerca de 350 pegadas possibilitaram a cientistas criar hipóteses sobre o comportamento da megafauna; mas registros correm risco de ser perdidos


Por Redação Galileu

28/03/2023


     Um grupo de pesquisadores descobriu, na região de Tarija, no sul da Bolívia, um sítio paleontológico que pode guardar os registros mais antigos de dinossauros em toda a América do Sul. A “creche”, como foi apelidada, provavelmente serviu de rota migratória há 150 milhões de anos e guarda pegadas de indivíduos jovens e adultos. Os resultados do estudo foram publicados em julho na revista Historical Biology.

     O achado traz nova complexidade ao acervo fóssil do país, que agora conta com mais 350 peças paleontológicas para ser avaliadas, além de acender um alerta para os deslizamentos de terra na região. Esses eventos catastróficos podem provocar o desaparecimento ou o atraso de novas descobertas sobre a antiga fauna.

Viagem no tempo

     A partir da avaliação da região e dos fósseis encontrados, os especialistas garantem que o registro retrata a transferência de um grande grupo. Eles trabalham com o cenário de que dois saurópodes adultos (do tipo brontossauro) conduziram centenas de seus filhotes ao longo do trajeto, em um comportamento de rebanho e proteção dos jovens.
   
    Ainda foram identificados no espaço dois ornitópodes (especificamente, iguanodontes) e um terópode (do tipo tiranossauro), que também parecem ter feito o caminho juntos. Essa trilha parece ter seu início no sul do Peru, passando pelo centro da Bolívia e chegando até o norte da Argentina.
     
       Até agora, o país só tinha registros do início e do fim da era desses répteis gigantes. “Com essa descoberta, a Bolívia passa a ter um sítio com pegadas de dinossauros dos três períodos: Triássico, Jurássico e Cretáceo”, afirma Sebastián Apesteguía, um dos autores do estudo, em entrevista ao jornal espanhol El País.

       O artigo descreve as pegadas dos saurópodes adultos como arredondadas e semelhantes às de elefantes, com 75 a 95 centímetros de diâmetro. Com base nisso, os cientistas calcularam que seus quadris estariam quase quatro metros acima do solo, seus corpos teriam cerca de 20 metros de comprimento do nariz à cauda e seriam capazes de caminhar em uma velocidade média de 5 km/h. Por outro lado, as pegadas dos jovens dinossauros medem entre 15 e 30 centímetros de diâmetro.
       
       Embora os investigadores avisem que não há garantia absoluta de que os saurópodes viajavam em rebanho, eles defendem que as provas apontam para isso. Se a migração fosse individual ou de um agrupamento menor, os rastros dos indivíduos mais jovens seriam encontrados dentro ou sobrepostos aos maiores, não ao seu lado.

[...] 

Risco de perda

      A descoberta do sítio foi inesperada e aconteceu logo após chuvas torrenciais na primavera de 2019, que resultaram em deslizamentos de terra às margens do rio Santa Ana, perto da cidade de Entre Ríos. Mas, da mesma forma como foram encontrados, esses fósseis podem ser perdidos.

       Devido a novos deslizamentos de terra na região, os cientistas buscam apoio das autoridades locais para assumir medidas de proteção ao sítio e às pegadas. “É impossível proteger os fósseis construindo uma estrutura inteira na bacia hidrográfica. O que deve ser feito agora é a digitalização das impressões. Tarija é um patrimônio e os mais incríveis fósseis de sua megafauna estão espalhados pelo mundo em exposições de destaque”, destaca Apesteguía.

         Méndez Torres, outro autor do estudo, acrescenta que a falta de cultura científica contribui para o problema de gestão. “Em lugares onde há achados do Quaternário, as pessoas dançam sobre os fósseis porque há setores onde é totalmente impossível [mover-se] sem pisar em um disco", pontua. "Mastodontes, gliptodontes, preguiças e inúmeros outros espécimes são totalmente abandonados, mesmo em locais onde há placas alertando para multas por retirada de fósseis sem autorização. Com meus próprios olhos, vi como um amador pegou dez moedas, pagou a multa e as levou embora. Infelizmente, é isso que vivemos na Bolívia.”

        Enquanto ocorrem esses entraves na busca por uma solução, os fósseis seguem desprotegidos. Em 2020, por exemplo, os cientistas contam que um deslizamento levou à perda de mais de 30 pegadas. Na ocasião, mesmo frente a pedidos feitos pela comunidade paleontológica, as autoridades responsáveis por retirar os blocos das estradas simplesmente os levaram embora, sem tomar os devidos cuidados de recuperação e armazenamento desse material.


Disponível em: revistagalileu.globo.com/ciência/noticia/surpreendente-crechede-dinossauros-e-descoberta-em-sitio-na-bolivia
“A ‘creche’, como foi apelidada, provavelmente serviu de rota migratória há 150 milhões de anos e guarda pegadas de indivíduos jovens e adultos.” (Texto 1, 1º parágrafo)

Na passagem acima, a palavra “adultos” pode ser associada a duas classes gramaticais diferentes. São elas:
Alternativas
Q2320289 Português
Texto CB1A1-I

    Criado em 22 de novembro de 1968, por meio da Lei n.º 5.537, o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação e Pesquisa (INDEP) foi transformado em Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) por meio do Decreto n.º 872, de 15 de dezembro de 1969. Subsequentemente, a autarquia passou por mudanças que diversificaram suas funções, ampliaram a abrangência dos programas executados, ao mesmo tempo em que o volume de recursos gerenciados aumentou. Todas essas mudanças trouxeram desafios para a gestão das políticas e exigiram novas competências do corpo funcional da instituição.  

  Inicialmente, o FNDE funcionava apenas como órgão arrecadador, fiscalizador e gerencial. Era responsável, principalmente, por gerir uma das principais fontes de recursos do Ministério da Educação (MEC), o salário educação, transferindo para os estados e o Distrito Federal 2/3 dos recursos arrecadados. Em 1997, com a extinção da Fundação de Assistência ao Estudante (FAE), o FNDE ganhou novas atribuições, tornando-se responsável pelas políticas de assistência ao educando referentes às áreas alimentar e nutricional, didático-pedagógicas (livros, bibliotecas e material escolar) e apoio complementar (transporte escolar e assistência à saúde).

  Mais responsabilidades foram transferidas para a autarquia em 1998, quando foram extintas as delegacias regionais do Ministério da Educação (DEMEC), o que exigiu sua reorganização a fim de responder às responsabilidades pelo acompanhamento e fiscalização da arrecadação e execução dos projetos e programas do MEC. Também passou a fazer parte das atribuições do FNDE a análise de prestação de contas dos recursos liberados para estados e municípios. Em 2004, houve a transferência da gestão do Fundo de Desenvolvimento da Escola e do Programa de Melhoria e Expansão do Ensino Médio, o que, novamente, ampliou o conjunto de funções da autarquia.

Cinara Gomes de Araújo Lobo; Julia Maurmann Ximenes.
A construção da gestão do conhecimento no FNDE – um processo.
Cadernos do FNDE, Brasília, v.1, n.1, jan-jun 2020, p. 11 (com adaptações). 

Considerando aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.


Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam mantidos se, no segundo período do primeiro parágrafo, o vocábulo “que” empregado logo após “mudanças” fosse substituído por nas quais.

Alternativas
Q2316189 Português
Quanto à colocação do pronome pessoal oblíquo, assinale a frase incorreta
Alternativas
Q2316186 Português
Assinale a frase em que houve troca indevida da preposição antes do pronome relativo.
Alternativas
Q2315103 Português
Por que as pessoas consomem álcool e cigarros?


Apesar de conhecerem os malefícios que o consumo de álcool e cigarro pode causar à saúde do organismo, muitas pessoas acabam aderindo a esse hábito ou não conseguem parar com ele.


Muitos fatores podem levar ao tabagismo e alcoolismo, sobretudo questões relacionadas à saúde mental. Ansiedade, depressão, baixa autoestima e estresse, entre outros problemas, afetam a maneira como o indivíduo lida com a vida, que pode se tornar pouco prazerosa.


As substâncias presentes no álcool e no tabaco aliviam esses sentimentos, devido aos efeitos neuroquímicos que causam. Após o consumo desses produtos, o cérebro libera substâncias químicas para a corrente sanguínea que levam a uma sensação momentânea de prazer e bem-estar.


Tanto o álcool quanto o tabaco podem causar tolerância às suas substâncias. Ou seja, ao longo do tempo, serão necessárias quantidades cada vez maiores para se obter a mesma sensação de prazer. E isso pode levar à dependência química, caracterizada pela vontade incontrolável pela substância a qual se é dependente e pelo seu consumo abusivo. Além disso, está associada a sintomas de abstinência.


Entretanto, não apenas as condições emocionais podem influenciar o consumo de álcool e cigarro. Os fatores ambientais que aumentam o risco de tabagismo e alcoolismo incluem o ambiente familiar, contexto cultural, incentivo de amigos e o consumo precoce desses produtos.


Disponível em: < https://www.genera.com.br/blog/tabagismo-
alcoolismo-genetica/>. Acesso em: 16 de out. 2023. Fragmento adaptado.
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de São José dos Campos - SP Provas: FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Analista em Saúde - Enfermeiro | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Analista em Saúde - Farmácia | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Analista em Saúde - Fisioterapia | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Analista em Saúde - Fonoaudiologia | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Analista em Saúde - Nutrição | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Analista em Saúde - Psicologia | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Analista em Saúde - Terapia Ocupacional | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Analista em Saúde - Veterinária | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Analista em Saúde - Dentista 20h | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Cardiologista Adulto | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Cardiologista Infantil | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Clínico Geral | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Dermatologista | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Ortopedista | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Otorrinolaringologista | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Pediatra | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Pneumologista Adulto | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Pneumologista Infantil | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Proctologista | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Psiquiatra Adulto | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Psiquiatra Infantil | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Reumatologista | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Urologista | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Vascular/Angiologista | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Emergencista Adulto | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Pediatra Emergencista | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Saúde da Família | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Endocrinologista Adulto | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Endocrinologista Infantil | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Gastroenterologista | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Geriatra | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Ginecologista | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Neurologista Adulto | FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Médico - Neurologista Infantil |
Q2309697 Português
Assinale a frase em que o referente do pronome pessoal sublinhado está corretamente identificado. 
Alternativas
Q2309518 Português

Relacione as colunas: 


(   ) Adjetivo.

(   ) Numeral.

(   ) Artigo.

(   ) Verbo.

(   ) Pronome. 


I. Indica ações, estado ou fenômeno da natureza.

II. Atribui qualidade ao substantivo, representado por estados e seres.

III. Acompanha os substantivos ou os substitui.

IV. Palavra que vem antes do substantivo nas frases, indica o gênero e o número das palavras.

V. Indica a quantidade de tudo que existe. 


Assinale a opção correta de cima para baixo: 

Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Oficial de Justiça |
Q2307860 Português
Kazukuta

     Nós estávamos sempre atentos à queda das nêsperas, das pitangas e das goiabas, e era mesmo por gritarmos ou por corrermos que o Kazukuta acordava assim no modo lento de vir nos espreitar, saía da casota dele a ver se alguma fruta ia sobrar para a fome dele.
      Normalmente ele comia as nêsperas meio cansadas ou de pele já escura que ninguém apanhava. Mexia-se sempre devagarinho, bocejava, e era capaz de ir procurar um bocadinho de sol para lhe acudir as feridas, ou então mesmo buscar regresso na casota dele. Às vezes, mesmo no meio das brincadeiras, meio distraído, e antes de me gritarem com força para eu não estar assim tipo estátua, eu pensava que, se calhar, o Kazukuta naquele olhar dele de ramelas e moscas, às vezes, ele podia estar a pensar. Mesmo se a vida dele era só estar ali na casota, sair e entrar, tomar banho de mangueira com água fraca, apanhar nêsperas podres e voltar a entrar na casota dele, talvez ele estivesse a pensar nas tristezas da vida dele.
      Acho que o Kazukuta era um cão triste. Nós não lhe ligávamos nenhuma. Ninguém brincava com ele, nem já os mais velhos lhe faziam só uma festinha de vez em quando. Mesmo nós só queríamos que ele saísse do caminho e não nos viesse lamber com a baba dele bem grossa de pingar devagarinho e as feridas quase a nunca sararem. Acho que o Kazukuta nunca apanhou nenhuma vacina, se calhar ele tinha alergia ou medo de vacina, não sei, devia perguntar ao tio Joaquim. Também o Kazukuta não passeava na rua e cada vez andava só a dormir mais.

(Ondjaki, Os da minha rua, 2007. Fragmento)
Na passagem do 2o parágrafo – ... e era capaz de ir procurar um bocadinho de sol para lhe acudir as feridas... –, o pronome “lhe” expressa o mesmo sentido que o destacado em:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Oficial de Justiça |
Q2307852 Português
O significado de conviver com o semiárido

      O sentido da expressão “convivência com o semiárido”, em uma primeira visão ou leitura, pode levar a uma compreensão equivocada: viver no semiárido, sofrendo com a problemática das mudanças climáticas que tanto aflige, principalmente, os agricultores e agricultoras de base familiar.
    Mas o sentido real da expressão “convivência com o semiárido” traz em seu arcabouço o real significado sociotransformador: viver buscando transformar os obstáculos provocados pelas mudanças climáticas e pelas injustiças sociais em oportunidades para mudar as condições de vida a partir de transformações no comportamento. Isso inclui premissas como o cuidado com o meio ambiente para uma vida digna, evitando que a região venha a se constituir um deserto.
      É grande a riqueza de possibilidades, de caminhos, de alternativas que já foram geradas. São frutos das lutas populares, dos trabalhos pastorais, comunidades eclesiais de base etc., a partir das quais muitas organizações sociais nasceram e permanecem até hoje. Elas mobilizam os agricultores e agricultoras, promovendo trocas de experiência e qualificando-os a partir da estratégia de construção coletiva do conhecimento.
      Essas organizações sociais geram reais possibilidades de se conviver com o semiárido e ter vida digna, sobretudo a partir da produção agroecológica, da transição energética, da captação e manejo de água de chuva, que gera vida não só para os seres humanos, mas para todos que habitam o semiárido no bioma caatinga.

(José Dias, “O significado de conviver com o semiárido”. Folha de S.Paulo, 10.08.2023. Adaptado)
Considere as passagens:

•  Isso inclui premissas como o cuidado com o meio ambiente para uma vida digna... (2o parágrafo)
•  Elas mobilizam os agricultores e agricultoras, promovendo trocas de experiência... (3o parágrafo)

Os termos destacados referem-se, correta e respectivamente, a:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Oficial de Justiça |
Q2307847 Português
Os fantasmas não fumam

       Os fantasmas não fumam. Mas não por causa da campanha antitabagista que está na moda. Os fantasmas deixaram de fumar desde o doloroso acidente ocorrido no seu nevoento mundo.
       Era um fantasma que tinha a mania de assistir ao deitar e ao despertar das moças quando se despiam ou vestiam. Nuas em pelo, elas não lhe interessavam. Como se vê, tratava-se de um fantasma antiquado.
       Ora, uma noite, invisibilizando-se como fazia em tais ocasiões, ele entrou pela primeira vez no quarto de Lurdinha.
          E, como vocês felizmente ainda ignoram, não é só para mim que Lurdinha é irresistível. O destino dela é inspirar amor à primeira vista, mas amor no duro – não a simples contemplação olhativa com que o fantasma até então se divertira.
          Um amor para casar.
          Ante essa impossibilidade, a vida do fantasma era um suspiro só.
         Até que um dia recordou ter lido, em um poeta chinês, que fumar era uma maneira disfarçada de suspirar...
          E o nosso fantasma apaixonado fumou tanto, tanto, que acabou fumando-se a si mesmo.

(Mario Quintana, Da preguiça como método de trabalho, 2013. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a colocação pronominal está em conformidade com a norma-padrão.
Alternativas
Respostas
241: A
242: A
243: C
244: D
245: C
246: A
247: E
248: E
249: A
250: E
251: C
252: E
253: E
254: B
255: D
256: A
257: C
258: E
259: E
260: A