Questões de Português - Morfologia - Pronomes para Concurso

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Q1996114 Português

Texto para o item.


O racismo é um fantasma da escravidão que ainda assombra o povo brasileiro





(Tom Farias. Jornalista e escritor, é autor de “Carolina, uma Biografia” e do romance “'A Bolha”. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/tom-farias/2022/09/o-racismo-e-umfantasma-da-escravidao-que-ainda-assombra-o-povo-brasileiro.shtml. 8.set.2022)

Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir:


Em “...ao mesmo tempo em que demarca território, com certa sutileza e malícia...” (linhas 21 e 22), o QUE se classifica como pronome relativo e exerce função sintática de adjunto adverbial. 

Alternativas
Q1995995 Português
Texto para a questão.

Qualquer cidadão pode acionar o Judiciário para defesa do patrimônio cultural

    Ao contrário do que muitos possam pensar, qualquer cidadão brasileiro pode, em nome próprio, questionar judicialmente atos que sejam lesivos ao patrimônio histórico do país em decorrência da ação ou da omissão do poder público.
   Presente no ordenamento jurídico brasileiro desde 1824, a ação popular é um importante instrumento de exercício da cidadania (status activus civitates), na medida em que permite que o próprio cidadão (basta a condição de eleitor) bata às portas da Justiça para a defesa de direitos e interesses que pertencem a todos, viabilizando o cumprimento do direito-dever solidário que toca ao poder público e à sociedade na tarefa de tutelar os bens integrantes do nosso patrimônio cultural.
  É oportuno, ressaltar, por primeiro, que a Constituição Federal vigente impôs coercitivamente a todos os entes federativos, com a colaboração da comunidade, o dever de defesa dos bens culturais, de forma que a atuação positiva em tal matéria é obrigatória, não podendo se alegar discricionariedade para descumprir os mandamentos constitucionais [...].
   Logo, todo ato omissivo (por exemplo, não exercício do poder de polícia administrativa e vigilância sobre bens culturais privados, permitindo o abandono; não fiscalização de engenhos de publicidade que comprometam a ambiência de bens tombados; descaso com a conservação de bens públicos de valor cultural tais como arquivos, imóveis, museus e bibliotecas) ou comissivo (por exemplo, concessão de alvará de demolição de bem de significativo valor cultural; concessão de licença sem exigência de prévio estudo de impacto de vizinhança; concessão de alvará de funcionamento para atividade vedada em zona de proteção do patrimônio cultural) que viole os dispositivos acima mencionados são ilegais e lesivos, podendo ser objeto de controle jurisdicional.
   Como garantia de efetivação do direito de todos ao patrimônio cultural hígido, a Carta Magna previu no artigo 5º, entre outros instrumentos, a ação popular nos seguintes termos: “LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”.
   Desta forma, a ação popular está para a tutela do direito à boa administração pública, ao meio ambiente e ao patrimônio cultural, assim como o Habeas Corpus está para a tutela do direito à liberdade.
   Nessa toada, conquanto o regramento da ação popular esteja previsto na Lei nº 4.717/65, tal norma precisa ser interpretada sob as luzes do novo ordenamento constitucional e dentro do contexto do microssistema de tutela jurisdicional coletiva composto da própria lei de ação popular que se integra à lei da ação civil pública e ao Código de Defesa do Consumidor.
   Em tal cenário, nos termos da dicção constitucional, basta que o ato seja lesivo ao patrimônio cultural para que possa ser questionado judicialmente pela ação popular, sendo prescindível a ilegalidade.
   O STJ tem entendido que o conceito de ato lesivo é amplo, já que não significa apenas atos que causem prejuízo financeiro direto ao estado. Os atos considerados prejudiciais podem ser por desvio de finalidade, inexistência de motivos, ilegalidade de objeto, violação a princípios da administração pública, entre outros aspectos passíveis de anulação.


(Por Marcos Paulo de Souza Miranda. Revista Consultor Jurídico, 13 de janeiro
de 2018. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2018-jan-13/ambientejuridico-cidadao-acionar-judiciario-defesa-patrimonio-cultural. Adaptado.)
O título do texto apresenta em sua estrutura o uso do pronome que:
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Q1994236 Português

Texto I

Sobre coisas que acontecem

(Martha Medeiros)


        Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida.

        Que seria o dia que conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela última vez. O dia que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a mim 20 anos antes.

        (Que dia foi esse? Quem está falando?)

        É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase fictícia e demonstrei os desdobramentos que ela poderia ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta, verdadeira ou fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita.

Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será fisgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador. Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identifique com nada, mas será desafiado a enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um desperdício de vida, uma sonolência contínua.

        A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido (literário/jornalístico), encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas dois gênios entre tantos que fizeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu fosse citar todos os colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa.

        A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas, polemizar, elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou filosofal – é caleidoscópica, tal qual nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer poderá nos salvar da mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma crônica diária. Hoje, antes de adormecer, você já estará um pouco transformado.

(Revista ELA, O Globo, 24/07/2022)

Considerando o vocábulo “mesmice”, presente no 7º parágrafo, e seu processo de formação, é correto afirmar que se trata de: 

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Q1994154 Português
No aeroporto

Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente.

É o seu sistema.

Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. Fornecedores, vizinhos e desconhecidos, gratificados com esse sorriso (encantador, apesar da falta de dentes), abonam a classificação.

Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. Recebia tudo com naturalidade, sabendo-se merecedor das distinções, e ninguém se lembraria de achá-lo egoísta ou importuno. Suas horas de sono - e lhe apraz dormir não só à noite como principalmente de dia - eram respeitadas como ritos sagrados, a ponto de não ousarmos erguer a voz para não acordá-lo. Acordaria sorrindo, como de costume, e não se zangaria com a gente, porém nós mesmos é que não nos perdoaríamos o corte de seus sonhos. Assim, por conta de Pedro, deixamos de ouvir muito concerto para violino e orquestra, de Bach, mas também nossos olhos e ouvidos se forraram à tortura da tevê. Andando na ponta dos pés, ou descalços, levamos tropeções no escuro, mas sendo por amor de Pedro não tinha importância.

Objetos que visse em nossa mão, requisitava-os. Gosta de óculos alheios (e não os usa), relógios de pulso, copos, xícaras e vidros em geral, artigos de escritório, botões simples ou de punho. Não é colecionador; gosta das coisas para pegá-las, mirá-las e (é seu costume ou sua mania, que se há de fazer) pô-las na boca. 

Quem não o conhecer dirá que é péssimo costume, porém duvido que mantenha este juízo diante de Pedro, de seu sorriso sem malícia e de suas pupilas azuis - porque me esquecia de dizer que tem olhos azuis, cor que afasta qualquer suspeita ou acusação apressada, sobre a razão íntima de seus atos.

Poderia acusá-lo de incontinência, porque não sabia distinguir entre os cômodos, e o que lhe ocorria fazer, fazia em qualquer parte. Zangar-me com ele porque destruiu a lâmpada do escritório? Não. Jamais me voltei para Pedro que ele não me sorrisse; tivesse eu um impulso de irritação, e me sentiria desarmado com a sua azul maneira de olhar-me. Eu sabia que essas coisas eram indiferentes à nossa amizade - e, até, que a nossa amizade lhes conferia caráter necessário de prova; ou gratuito, de poesia e jogo.

Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

Carlos Drummond de Andrade.
Analise o texto abaixo:
Nunca esquecerá daquele sorriso, nem de seu egocentrismo. Nunca gastou um centavo sequer de seu bolso para suas despesas no armazém. Me impressiona o fato de que nem o dono da casa nem o hóspede se desentenderam em nada. Ninguém entendeu. Algum de nós falhou nessa impressão? Por outro lado creio, que pelas circunstâncias e características do hóspede, nosso julgamento foi precipitado.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação ao texto.
( ) Há no texto erro de regência verbal. ( ) Um vício de linguagem foi empregado. ( ) Não há problemas quanto à concordância verbal. ( ) A colocação pronominal obedece à norma padrão da língua. ( ) O uso da pontuação está adequado.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Q1994022 Português
Texto I


      “Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o rosto de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara realmente, e quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges medievais que tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas. E essa insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de quem, após muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede. Claro que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com reflexos avermelhados, os olhos cinza-esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a carne – pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é infinitamente menos físico do que o corpo: é determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente numa coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos ossos e a mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do corpo e este fica tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que sofreram e se amaram nela.


(SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas.
São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23)
Na oração “a quem ele amara de verdade”, justifica-se a presença da preposição destacada em função:
Alternativas
Q1994016 Português
Texto I


      “Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o rosto de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara realmente, e quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges medievais que tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas. E essa insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de quem, após muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede. Claro que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com reflexos avermelhados, os olhos cinza-esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a carne – pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é infinitamente menos físico do que o corpo: é determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente numa coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos ossos e a mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do corpo e este fica tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que sofreram e se amaram nela.


(SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas.
São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23)
Em “Mas o ‘quase’ era atroz”, o vocábulo destacado tem seu sentido realçado pelas aspas, mas também em função de, no contexto em que se encontra, assumir um caráter:
Alternativas
Q1993937 Português
Os benefícios do mel têm comprovação científica?


O mel, 25% mais doce que o açúcar de mesa, é essencialmente água (17-18%) e açúcar (75-80%, principalmente glicose e frutose).

Mas mais de 150 substâncias minoritárias foram identificados em sua composição — e são estes os responsáveis pela maioria das propriedades biológicas e saudáveis atribuídas a ele.

O teor de todos estes compostos varia em função das flores das quais o mel é proveniente (mel de castanha, mel de flor de laranjeira, etc.) e da região geográfica e da estação do ano.

É por isso que as flores servem como biomarcadores da identidade do mel.

Entre estes compostos minoritários, estão alguns minerais (sobretudo, potássio), vitaminas (principalmente, ácido fólico ou vitamina B₉ e vitamina C), polifenóis, aminoácidos, enzimas e proteínas, ácidos orgânicos (responsáveis por sua acidez), carotenoides e compostos voláteis (aromáticos, que também são usados para identificar a origem floral).

Muitos dos compostos minoritários, mas fundamentalmente os compostos fenólicos, são responsáveis pelas propriedades funcionais ou saudáveis do mel.

Há evidências destas propriedades in vitro (em laboratório) e/ou in vivo (com animais de laboratório e, em alguns casos, também em estudos clínicos com pessoas).

(Juana Fernández López - The Conversation / BBC News Brasil - 20/08/2022)
Na frase “Entre estes compostos minoritários, estão alguns minerais (sobretudo, potássio)”, a palavra destacada é um 
Alternativas
Q1993936 Português
Os benefícios do mel têm comprovação científica?


O mel, 25% mais doce que o açúcar de mesa, é essencialmente água (17-18%) e açúcar (75-80%, principalmente glicose e frutose).

Mas mais de 150 substâncias minoritárias foram identificados em sua composição — e são estes os responsáveis pela maioria das propriedades biológicas e saudáveis atribuídas a ele.

O teor de todos estes compostos varia em função das flores das quais o mel é proveniente (mel de castanha, mel de flor de laranjeira, etc.) e da região geográfica e da estação do ano.

É por isso que as flores servem como biomarcadores da identidade do mel.

Entre estes compostos minoritários, estão alguns minerais (sobretudo, potássio), vitaminas (principalmente, ácido fólico ou vitamina B₉ e vitamina C), polifenóis, aminoácidos, enzimas e proteínas, ácidos orgânicos (responsáveis por sua acidez), carotenoides e compostos voláteis (aromáticos, que também são usados para identificar a origem floral).

Muitos dos compostos minoritários, mas fundamentalmente os compostos fenólicos, são responsáveis pelas propriedades funcionais ou saudáveis do mel.

Há evidências destas propriedades in vitro (em laboratório) e/ou in vivo (com animais de laboratório e, em alguns casos, também em estudos clínicos com pessoas).

(Juana Fernández López - The Conversation / BBC News Brasil - 20/08/2022)
Na frase “Entre estes compostos minoritários, estão alguns minerais (sobretudo, potássio)”, a palavra destaca é um: 
Alternativas
Q1993934 Português
Os benefícios do mel têm comprovação científica?


O mel, 25% mais doce que o açúcar de mesa, é essencialmente água (17-18%) e açúcar (75-80%, principalmente glicose e frutose).

Mas mais de 150 substâncias minoritárias foram identificados em sua composição — e são estes os responsáveis pela maioria das propriedades biológicas e saudáveis atribuídas a ele.

O teor de todos estes compostos varia em função das flores das quais o mel é proveniente (mel de castanha, mel de flor de laranjeira, etc.) e da região geográfica e da estação do ano.

É por isso que as flores servem como biomarcadores da identidade do mel.

Entre estes compostos minoritários, estão alguns minerais (sobretudo, potássio), vitaminas (principalmente, ácido fólico ou vitamina B₉ e vitamina C), polifenóis, aminoácidos, enzimas e proteínas, ácidos orgânicos (responsáveis por sua acidez), carotenoides e compostos voláteis (aromáticos, que também são usados para identificar a origem floral).

Muitos dos compostos minoritários, mas fundamentalmente os compostos fenólicos, são responsáveis pelas propriedades funcionais ou saudáveis do mel.

Há evidências destas propriedades in vitro (em laboratório) e/ou in vivo (com animais de laboratório e, em alguns casos, também em estudos clínicos com pessoas).

(Juana Fernández López - The Conversation / BBC News Brasil - 20/08/2022)
Na frase “Há evidências destas propriedades in vitro”, presente no último parágrafo do texto, a classe gramatical de “Há” é:
Alternativas
Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CRESS-AP Prova: Quadrix - 2022 - CRESS-AP - Agente Fiscal |
Q1993821 Português

A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item. 


Na linha 3, o deslocamento do pronome “se” para depois da forma verbal “viu”, escrevendo-se viu-se, preservaria a correção gramatical do texto. 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Amparo - SP Provas: Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Analista de Recursos Humanos | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Contabilidade Pública | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Assessor Técnico Jurídico | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Professor de Educação Básica II - Educação Física | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Psicologia | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Serviço Social | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Terapeuta Ocupacional | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Enfermagem | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Professor de Educação Básica I - PEB I | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Medicina do Trabalho | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Fonoaudiólogo | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Fisioterapeuta | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Farmácia e Bioquímica | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Especialidades Médicas PSF | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Engenheiro Ambiental | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Engenharia Elétrica | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Engenheiro Civil | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Controladoria | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Arquiteto e Urbanista | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Analista de Tecnologia da Informação |
Q1992875 Português
Cientistas desenvolvem adesivo que pode permitir ultrassom via celular


Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram adesivo capaz de realizar ultrassom. De acordo com informações de artigo publicado pela revista científica "Science", publicadas nessa quinta-feira, 28, o dispositivo funciona com a aderência na pele. Após a ativação, o item fornece imagens nítidas do coração, pulmões e outros órgãos internos por 48 horas.

Os adesivos foram testados em voluntários e, de acordo com os resultados apresentados no artigo, foi comprovado que os dispositivos forneciam imagens em alta resolução dos principais vasos sanguíneos e órgãos mais profundos. Além disso, os itens também apresentaram forte adesão e, ainda, conseguiram registrar mudanças nos órgãos dos voluntários, à medida que eles realizavam atividades como sentar, ficar em pé e correr.

A parte adesiva do dispositivo é feita de duas camadas finas de elastômero, que contam com uma faixa intermediária de hidrogel sólido, material principalmente à base de água e que transmite facilmente as ondas sonoras. Segundo o artigo, o elastômero evita a desidratação do hidrogel. Somente quando o hidrogel é altamente hidratado as ondas acústicas podem penetrar efetivamente e fornecer imagens de alta resolução dos órgãos internos

Os dispositivos já podem ser aplicados em pacientes em hospitais, de forma semelhante aos adesivos utilizados em eletrocardiogramas de monitoramento cardíaco. Com a invenção, não é necessário a presença de um técnico.


(Lara Vieira - O Povo - 02/08/2022)
Considere o seguinte trecho, presente no segundo parágrafo do texto:

“(...) foi comprovado que os dispositivos forneciam imagens em alta resolução dos principais vasos sanguíneos e órgãos mais profundos.”

O termo destacado é um: 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Amparo - SP Provas: Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Analista de Recursos Humanos | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Contabilidade Pública | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Assessor Técnico Jurídico | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Professor de Educação Básica II - Educação Física | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Psicologia | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Serviço Social | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Terapeuta Ocupacional | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Enfermagem | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Professor de Educação Básica I - PEB I | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Medicina do Trabalho | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Fonoaudiólogo | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Fisioterapeuta | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Farmácia e Bioquímica | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Especialidades Médicas PSF | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Engenheiro Ambiental | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Engenharia Elétrica | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Engenheiro Civil | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Controladoria | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Arquiteto e Urbanista | Avança SP - 2022 - Prefeitura de Amparo - SP - Analista de Tecnologia da Informação |
Q1992873 Português
Cientistas desenvolvem adesivo que pode permitir ultrassom via celular


Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram adesivo capaz de realizar ultrassom. De acordo com informações de artigo publicado pela revista científica "Science", publicadas nessa quinta-feira, 28, o dispositivo funciona com a aderência na pele. Após a ativação, o item fornece imagens nítidas do coração, pulmões e outros órgãos internos por 48 horas.

Os adesivos foram testados em voluntários e, de acordo com os resultados apresentados no artigo, foi comprovado que os dispositivos forneciam imagens em alta resolução dos principais vasos sanguíneos e órgãos mais profundos. Além disso, os itens também apresentaram forte adesão e, ainda, conseguiram registrar mudanças nos órgãos dos voluntários, à medida que eles realizavam atividades como sentar, ficar em pé e correr.

A parte adesiva do dispositivo é feita de duas camadas finas de elastômero, que contam com uma faixa intermediária de hidrogel sólido, material principalmente à base de água e que transmite facilmente as ondas sonoras. Segundo o artigo, o elastômero evita a desidratação do hidrogel. Somente quando o hidrogel é altamente hidratado as ondas acústicas podem penetrar efetivamente e fornecer imagens de alta resolução dos órgãos internos

Os dispositivos já podem ser aplicados em pacientes em hospitais, de forma semelhante aos adesivos utilizados em eletrocardiogramas de monitoramento cardíaco. Com a invenção, não é necessário a presença de um técnico.


(Lara Vieira - O Povo - 02/08/2022)
Considere o seguinte trecho, presente no último parágrafo do texto:

“Os dispositivos podem ser aplicados em pacientes em hospitais”

O termo destacado é um:
Alternativas
Q1992389 Português
Atenção: Leia o trecho inicial do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis, para responder à questão.

    A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço; outro, o ferro ao pé. Havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.
       O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.
     Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.
       Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente”, – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoutasse.

(Adaptado de: Assis, Machado de. 50 contos. São Paulo: Companhia das Letras, 2007) 
Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. (4º parágrafo)
Os termos sublinhados acima constituem, respectivamente, 
Alternativas
Q1992255 Português
Texto 2


Os sentidos e Valores da Formação
Superior para Alunos da Graduação:
Reflexões sobre os Valores na Educação


Como professora do ensino superior há alguns anos, observo um aumento da ocorrência de conflitos decorrentes de condutas dos estudantes na relação com os professores, com os colegas e com a instituição e, ainda, em relação à própria aquisição do conhecimento. É possível observar em sala de aula atitudes que se caracterizam como desmotivação, desrespeito, indisciplina e desvalorização do universo acadêmico. Alunos que permanecem por uma aula inteira fazendo brincadeiras inadequadas, conversam entre si sobre assuntos não pertinentes ao ambiente acadêmico, tecem comentários depreciativos sobre professores ou colegas e fazem piadas de duplo sentido. Esses são alguns exemplos que, apesar de serem qualificados como característicos de adolescentes, se manifestam no ambiente acadêmico, frequentado por pessoas supostamente adultas.
      Paralelamente a essa situação, comecei a me perguntar sobre os porquês de tais atitudes, sobre o que estaria em sua base. Seria o desinteresse pelo estudo e a desvalorização do conhecimento? Ou traços de individualismo? Ou então, faltariam princípios éticos aos jovens de hoje? Nós, professores e instituições de ensino, precisaríamos modificar o ensino desenvolvido na academia, adequando-o a um novo modelo, mais pertinente às demandas da sociedade nos tempos atuais?
      Com base nessas considerações, foi possível assumir uma problemática de pesquisa que se fundamenta na compreensão dos sentidos do ensino superior para os alunos, investigando os valores que estão na base de sua configuração, com foco na identificação da origem dessa forma de se relacionar com o ambiente acadêmico. Dessa perspectiva, foi necessário focalizar os vários aspectos que permeiam as relações em todo o contexto acadêmico: alunos, professores, instituição, sociedade e políticas públicas voltadas à educação no Brasil. Somados, esses aspectos fornecem dados importantes na medida em que se constituem como polos de conflitos e encontros, construções e desconstruções, cuja compreensão é necessária quando se tem por objetivo acessar os sentidos do ensino superior para os alunos.


ANDRADA, Paula Costa de; SOUZA, Vera Lucia T. de. Disponível
em: < https://www.ufsj.edu.br/portal2repositorio/File/revistalapip/
Volume7_n1/Andrada_%26_Souza.pdf>. Acesso em: 17 de out.
2022. Fragmento adaptado.
Analise a frase a seguir, extraída do texto 2.
“Alunos que permanecem por uma aula inteira fazendo brincadeiras inadequadas, conversam entre si sobre assuntos não pertinentes ao ambiente acadêmico, tecem comentários depreciativos sobre professores ou colegas e fazem piadas de duplo sentido.”
Assinale a alternativa correta sobre essa frase. 
Alternativas
Q1991975 Português
O aeroporto de Luton, na região metropolitana de Londres, suspendeu brevemente seus voos nesta segunda-feira após as temperaturas extenuantes danificarem a pista de pouso e decolagem, levando as companhias aéreas a desviarem suas aeronaves.

O aeroporto disse em uma publicação no Twitter que os voos foram suspensos para permitir "um reparo essencial na pista, depois que as altas temperaturas da superfície provocaram uma elevação em uma pequena parcela (da pista)".

O aeroporto, que fica a pouco mais de 50 quilômetros da região central de Londres, é utilizado por companhias aéreas como a EasyJet, Wizz Air, Ryanair e TUI.

(Reuters / Terra – 18/07/2022)
A palavra “aéreas”, como usada em “companhias aéreas”, pode ser classificada gramaticalmente como:
Alternativas
Q1991770 Português
Assinale a frase em que houve emprego correto do pronome LHE. 
Alternativas
Q1990533 Português
  Uma organização de trabalho é uma entidade holística, um sistema integrado que se baseia na interação dos indivíduos que dela fazem parte. O desempenho de cada um afeta toda a empresa. Por isso é tão importante para o sucesso da organização que os funcionários não apenas tenham o melhor desempenho possível, mas também ajudem os outros a fazer o mesmo.

  No contexto da inteligência emocional, isso significa ajudar os demais a controlar as emoções, a se comunicar eficazmente, a solucionar seus problemas, resolver conflitos e permanecer motivados.

   Usar a inteligência emocional no ambiente de trabalho é um processo que exige tempo e bastante prática. Temos que aprender certas técnicas; em muitos casos, precisaremos aprender a fazer de outro modo certas coisas que temos feito de determinada maneira há muitos anos (como lidar com a raiva, por exemplo). Precisamos estar cônscios das muitas atividades subconscientes, tais como comportamentos que possam comunicar uma impressão incorreta.

  Não é preciso dizer que ajudar outra pessoa a agir e reagir de modo emocionalmente inteligente é ainda mais difícil, por diversas razões: você está lidando com uma pessoa a quem conhece menos do que a si mesmo; uma pessoa que pode não ter tido a oportunidade de aprender a usar a inteligência emocional. Além disso, há, nessa situação, uma dinâmica adicional: o relacionamento de vocês.

  Embora seja algo extremamente complicado, ajudar as pessoas a se ajudarem é uma das práticas mais gratificantes da inteligência emocional: ajudar uma pessoa a aprender, crescer, ser mais produtiva e desenvolver um relacionamento baseado na confiança e na lealdade – duas qualidades essenciais no mundo profissional.

(Fonte: PROEDU - adaptado.)
Em relação às palavras “agir” e “reagir”, presentes no quarto parágrafo do texto, é possível classificá-las como pertencentes a qual classe de palavras na língua portuguesa?  
Alternativas
Q1990532 Português
  Uma organização de trabalho é uma entidade holística, um sistema integrado que se baseia na interação dos indivíduos que dela fazem parte. O desempenho de cada um afeta toda a empresa. Por isso é tão importante para o sucesso da organização que os funcionários não apenas tenham o melhor desempenho possível, mas também ajudem os outros a fazer o mesmo.

  No contexto da inteligência emocional, isso significa ajudar os demais a controlar as emoções, a se comunicar eficazmente, a solucionar seus problemas, resolver conflitos e permanecer motivados.

   Usar a inteligência emocional no ambiente de trabalho é um processo que exige tempo e bastante prática. Temos que aprender certas técnicas; em muitos casos, precisaremos aprender a fazer de outro modo certas coisas que temos feito de determinada maneira há muitos anos (como lidar com a raiva, por exemplo). Precisamos estar cônscios das muitas atividades subconscientes, tais como comportamentos que possam comunicar uma impressão incorreta.

  Não é preciso dizer que ajudar outra pessoa a agir e reagir de modo emocionalmente inteligente é ainda mais difícil, por diversas razões: você está lidando com uma pessoa a quem conhece menos do que a si mesmo; uma pessoa que pode não ter tido a oportunidade de aprender a usar a inteligência emocional. Além disso, há, nessa situação, uma dinâmica adicional: o relacionamento de vocês.

  Embora seja algo extremamente complicado, ajudar as pessoas a se ajudarem é uma das práticas mais gratificantes da inteligência emocional: ajudar uma pessoa a aprender, crescer, ser mais produtiva e desenvolver um relacionamento baseado na confiança e na lealdade – duas qualidades essenciais no mundo profissional.

(Fonte: PROEDU - adaptado.)
No trecho “[...] você está lidando com uma pessoa a quem conhece menos do que a si mesmo [...]”, a palavra sublinhada é classificada na língua portuguesa como uma forma nominal de um verbo, que indica noção de ação, de continuidade. Trata-se de um: 
Alternativas
Q1990334 Português

Atenção: Para responder à questão, leia o início do conto “Missa do Galo”, de Machado de Assis.  


        Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela, trinta. Era noite de Natal. Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo, preferi não dormir; combinei que eu iria acordá-lo à meia-noite.

        A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Meneses, que fora casado, em primeiras núpcias, com uma de minhas primas. A segunda mulher, Conceição, e a mãe desta acolheram-me bem quando vim de Mangaratiba para o Rio de Janeiro, meses antes, a estudar preparatórios. Vivia tranquilo, naquela casa assobradada da Rua do Senado, com os meus livros, poucas relações, alguns passeios. A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas escravas. Costumes velhos. Às dez horas da noite toda a gente estava nos quartos; às dez e meia a casa dormia. Nunca tinha ido ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro, pedi-lhe que me levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra fazia uma careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, vestia-se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais tarde é que eu soube que o teatro era um eufemismo em ação. Meneses trazia amores com uma senhora, separada do marido, e dormia fora de casa uma vez por semana. Conceição padecera, a princípio, com a existência da comborça*; mas afinal, resignara-se, acostumara-se, e acabou achando que era muito direito.

        Boa Conceição! Chamavam-lhe “a santa”, e fazia jus ao título, tão facilmente suportava os esquecimentos do marido. Em verdade, era um temperamento moderado, sem extremos, nem grandes lágrimas, nem grandes risos. Tudo nela era atenuado e passivo. O próprio rosto era mediano, nem bonito nem feio. Era o que chamamos uma pessoa simpática. Não dizia mal de ninguém, perdoava tudo. Não sabia odiar; pode ser até que não soubesse amar.

        Naquela noite de Natal foi o escrivão ao teatro. Era pelos anos de 1861 ou 1862. Eu já devia estar em Mangaratiba, em férias; mas fiquei até o Natal para ver “a missa do galo na Corte”. A família recolheu-se à hora do costume; eu meti-me na sala da frente, vestido e pronto. Dali passaria ao corredor da entrada e sairia sem acordar ninguém. Tinha três chaves a porta; uma estava com o escrivão, eu levaria outra, a terceira ficava em casa.

        — Mas, Sr. Nogueira, que fará você todo esse tempo? perguntou-me a mãe de Conceição.

        — Leio, D. Inácia.

        Tinha comigo um romance, os Três Mosqueteiros, velha tradução creio do Jornal do Comércio. Sentei-me à mesa que havia no centro da sala, e à luz de um candeeiro de querosene, enquanto a casa dormia, trepei ainda uma vez ao cavalo magro de D'Artagnan e fui-me às aventuras. Os minutos voavam, ao contrário do que costumam fazer, quando são de espera; ouvi bater onze horas, mas quase sem dar por elas, um acaso. Entretanto, um pequeno rumor que ouvi dentro veio acordar-me da leitura.

(Adaptado de: Machado de Assis. Contos: uma antologia. São Paulo: Companhia das Letras, 1988)

*comborça: qualificação humilhante da amante de homem casado 

A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Meneses, que fora casado, em primeiras núpcias, com uma de minhas primas. (2º parágrafo)


Os pronomes relativos sublinhados referem-se, respectivamente, a  

Alternativas
Q1989917 Português

Instrução: Leia atentamente a crônica a seguir e responda à questão.


Juventude além dos anos

Fui à exposição dos czares russos, recentemente encerrada. Em plena quinta-feira à tarde, notei dois grupos distintos: adolescentes e idosos. Ambos animadíssimos. Uma senhora à minha frente comentou, diante de uma vestimenta de veludo, toda bordada:

- Já tive um vestido parecido!

Observei-a. Deve ter ficado parecida com um tapete! Outras se encantavam com bules, saleiros, ícones. Puxei conversa:

- Está gostando? - perguntei a uma delas.

- Ah, sempre é bom conhecer coisas novas!

Surpreendi-me. Fui criado com a ideia de que as pessoas se aposentam e se lamentam por tudo que não fizeram. Diante de mim estava uma senhora cheia de vida, disposta a aprender, apesar dos cabelos grisalhos. Lembrei-me da mãe de um amigo que, ao ficar viúva, mudou completamente. Deu todos os móveis. E também os porta-retratos, medalhas, jogos de louça, faqueiros, copos. Até presentes que guardava da época do casamento! Alugou seu apartamento de classe média. Foi para um bem menor, mais fácil de cuidar. Com a renda, passou a viajar em excursões. Encontrei-a há poucos dias. Rejuvenescida. Cabelinhos curtos, roupas práticas e alegres.

- Agora que meus filhos estão criados, quero aproveitar!

Resultado: seus netos a adoram!

(CARRASCO, Walcyr. Veja SP, 6 jul. 2005.)

Releia o trecho Encontrei-a há poucos dias. Assinale a alternativa em que a análise da palavra dada está correta.
Alternativas
Respostas
1041: C
1042: D
1043: D
1044: A
1045: C
1046: E
1047: D
1048: B
1049: C
1050: C
1051: E
1052: B
1053: E
1054: C
1055: E
1056: C
1057: D
1058: B
1059: E
1060: A