Questões de Português - Morfologia para Concurso

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Q2510007 Português

Agosto

Apenas uma rima para desgosto?


    Agosto, desgosto. Rimar, rima. Mas será verdade? Da minha parte, desde menino ouvia dizer em Minas “agosto, mês de desgosto”. Oitavo mês do ano, agosto retirou seu nome do imperador César Augusto. Não podia ter um patrono de mais sorte, em tudo por tudo benéfico. O século de Augusto, o quinto antes de Cristo, foi um brilho só. E ainda teve Mecenas, que passou o seu nome a todos os protetores das artes e das letras.

    A 13 de agosto de 1965, na TV Globo recém-inaugurada, que era então apenas o Canal 4 do Rio de Janeiro, Gláucio Gil abriu o seu programa à noite com as seguintes palavras: “Sexta-feira, 13 de agosto. Até agora, tudo bem”. E, trágica ilustração, caiu morto, fulminado por um infarto. Sua intenção era dizer um texto leve, meio humorístico, sobre o mês que tem fama de aziago. Os estudiosos do folclore colhem na fonte popular a certeza dogmática de que se trata de um mês de mau agouro, impróprio para casamento, mudança de casa ou início de qualquer empreendimento.

    Será assim só no Brasil? Não; na Argentina quem lava a cabeça em agosto, sobretudo se for mulher, está chamando a morte para si ou para alguém de sua família. Na França, agosto também não tem boa reputação. Com o calor e as férias, Paris fica entregue aos turistas e é, para o francês, o mês menos propício do ano. No Brasil, o dito popular se fortaleceu com a Primeira Guerra Mundial, em 1914. A notícia chegou aqui a primeiro de agosto. Mas de fato a guerra começou na Sérvia a 28 de julho. Antes do satélite, do telex e do DDI, o atraso ficou por conta do cabo submarino. Aprofundou-se, porém, a convicção de que agosto é um mês nefasto. Chegou por isso a inspirar uma canção popular. E um pesquisador já em 1925 garantia que se trata de um mês tradicionalmente desmancha- -prazeres da humanidade. A segunda-feira de agosto era apontada naquela altura como o dia mais agourento de todo o ano.

    Hoje, ninguém duvida, e os jornais nunca se esquecem de o dizer, este triste privilégio cabe à sexta-feira, 13. Sexta-feira, 13 e agosto — é um somatório de maus presságios, que a morte súbita de Gláucio Gil diante das câmeras só fez confirmar. Em 1954, onze anos antes, a suprema prova dos maus eflúvios de agosto veio com o suicídio de Getúlio Vargas. Fato singular: um chefe de Estado se matar na sede do governo.    

    Sete anos depois, em 1961, o Brasil era sacudido por outro abalo de dramáticas consequências — a renúncia de Jânio Quadros. Exatamente a 25 de agosto, tinha de ser, como foi, associada ao suicídio de Getúlio. No fundo, foi um suicídio simbólico. A renúncia permanece até hoje encoberta por uma aura de mistério. Jânio nunca deu explicação satisfatória. Se pretendia dar um golpe de Estado para ter plenos poderes, é fora de dúvida que se lembrou de Getúlio, ainda que inconscientemente. Ninguém no Brasil encarnou melhor do que Getúlio a astúcia no poder — e a ditadura.

        E nem sempre agosto é um mês aziago. Em Portugal se diz de maneira positiva que “maio come o trigo e agosto bebe o vinho”. Mas o padre Antônio Delicado, que no século XVII reuniu os Adágios portugueses, registra este: “Queres ver teu marido morto? Dá-lhe couves em agosto”. Que diabo de couves serão estas? Não importa. Para o padre Antônio Vieira, “o último sermão é o agosto dos pregadores, se se colhe algum fruto, neste sermão se colhe”. Aqui está uma visão propícia, portanto, do malfadado agosto.

    No Brasil, gato preto é sinal certo de desgraça. Gato preto na sexta-feira 13 é de meter medo em qualquer um. Se for em agosto, então, é o cúmulo da desdita. Sucede, porém, que as superstições mudam de mão e se entendem às vezes pelo avesso. Em Londres, gato preto é na certa good luck. Um gato preto em casa não só a protege como afasta qualquer misfortune. Igualmente na China um gato preto à noite é anúncio de felicidade. Se for em agosto, melhor ainda. Levado numa gaiola na noite do dia 13 de agosto, um gato preto pode fazer milagre na safra de cereais. O gato chinês chama a chuva e protege a lavoura.

    Muitos ditados que correm mundo ainda hoje tiveram origem rural, a partir do trabalho agrícola. E há por isso os que se ligam à meteorologia. No Brasil como em Portugal, numerosos são os dessa categoria que continuam vivos e válidos. Diz-se, por exemplo, que “gato de luva é sinal de chuva”. Seria o caso de perguntar primeiro o que é um gato de luva. Você sabe? Nem eu. E por que seria sinal de chuva? Mistério.

    Na verdade, o que importa é a rima. Se “luva” e “chuva” rimam, tanto basta. O gato entrou aí como Pilatos no credo. Afinal, o gato é um animal sagrado desde os remotos tempos do Egito. É fora de dúvida que o mês de agosto entre nós deve à rima com “desgosto” boa parte de sua carga negativa. Não há explicação lógica no domínio do esotérico. Lógica também não tem a poesia, a que se pede apenas que seja bela: “April is the cruelest month”, canta T.S. Eliot. Entre nós, seria preciso substituir abril pelo mês de agosto, já que abril aqui nada tem de cruel. E agosto não tem sido politicamente correto.    

    Entre os romanos, havia dias fastos e nefastos. Na Idade Média, havia horas abertas e fechadas, segundo estivessem mais ou menos à mercê do demônio. Ainda hoje, hoje talvez mais do que nunca, de volta a moda esotérica, o tempo e o calendário, em matéria de presságios, continuam sendo divididos por um critério que nada tem a ver com a lógica ou com o sistema solar. De resto, o sol foi um deus na Antiguidade e quem foi deus é sempre... divindade. No interior do Brasil, diz o povo que várias coisas não se devem fazer de dia. Noturnos, preferencialmente noturnos, são o nascimento e a morte.

    Agosto este ano pode nos reservar algumas surpresas. Esperemos que sejam favoráveis. De uma coisa estamos livres: nem o 13, nem o 24 caem numa sexta-feira. 13 é segunda-feira, um dia, desculpem, também considerado de maus bofes. E o 13 é por sua vez o número aziago por excelência, desde a Última Ceia de Cristo. Nos Estados Unidos não há nos hotéis 13º andar. Nos aviões, salta-se a poltrona 13, que ninguém quer. Como lá dizia o Hamlet ao Horácio, há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa filosofia. “Yo no creo en brujerias, pero que las hay”...


(RESENDE, Otto Lara. 1992. Agosto, apenas uma rima para desgosto? Elle, São Paulo. Adaptado.)

    


Considere a fala do padre Antônio Vieira que diz que “[...] o último sermão é o agosto dos pregadores, se se colhe algum fruto, neste sermão se colhe.” (6º§) É correto afirmar que os termos “se” sublinhados podem, correta e respectivamente, ter sua classificação morfológica identificada como:
Alternativas
Q2509858 Português
A alternância de prosperidade e de depressão na indústria não é um simples movimento de pêndulo. Cada novo movimento foi sempre acompanhado de uma expansão. Depois de cada baixa, de cada crise, o capitalismo foi capaz de tornar a subir a encosta estendendo o seu domínio, os seus mercados, o número de produtos e a importância da sua produção. Enquanto o capitalismo puder estender sempre mais o seu domínio sobre o mundo e aumentar as suas dimensões, pode oferecer empregos à massa da população. E enquanto puder fazer face à primeira exigência de todo o sistema de produção, proporcionar o necessário vital a todos os seus membros, será capaz de se manter, porque nenhuma inexorável necessidade obrigará os trabalhadores a acabar com ele.



(Anton Pannekoek - trecho do livro "A luta operária". Fonte: dominiopublico.gov.br)
No trecho "o capitalismo foi capaz de tornar a subir a encosta", quais classes gramaticais, respectivamente, representam o vocábulo A?
Alternativas
Q2509706 Português
       Em face da degradação do meio ambiente observada no Brasil e para preservar a qualidade de vida da população, deve-se fazer um balanço da situação atual e da legislação existente, para subsidiar projetos de preservação e recuperação das matas ciliares, reflorestamento das nascentes, despoluição das bacias hidrográficas e saneamento básico dos centros urbanos, com a construção de estações de tratamento de água, esgoto e lixos, principalmente hospitalares, e combate às enchentes nas regiões metropolitanas, notadamente na Grande São Paulo, onde a situação é de calamidade pública.


(João Gilberto Parenti Couto - trecho do livro "Decifrando um enigma chamado Brasil". Fonte: dominiopublico.gov.br) 
Marque a alternativa que apresenta apenas substantivos:
Alternativas
Q2509705 Português
       Em face da degradação do meio ambiente observada no Brasil e para preservar a qualidade de vida da população, deve-se fazer um balanço da situação atual e da legislação existente, para subsidiar projetos de preservação e recuperação das matas ciliares, reflorestamento das nascentes, despoluição das bacias hidrográficas e saneamento básico dos centros urbanos, com a construção de estações de tratamento de água, esgoto e lixos, principalmente hospitalares, e combate às enchentes nas regiões metropolitanas, notadamente na Grande São Paulo, onde a situação é de calamidade pública.


(João Gilberto Parenti Couto - trecho do livro "Decifrando um enigma chamado Brasil". Fonte: dominiopublico.gov.br) 
Marque a alternativa que apresenta apenas adjetivos:
Alternativas
Q2509589 Português
Um amor conquistado

    Encontrei Ivan Lessa na fila de lotação do bairro e estávamos conversando, quando Ivan se espantou e me disse: olhe que coisa esquisita. Olhei para trás e vi, da esquina para a gente, um homem vindo com seu tranquilo cachorro puxado pela correia. Só que não era cachorro. A atitude toda era de cachorro, e a do homem era a de um homem com o seu cão. Este é que não era. Tinha focinho acompridado de quem pode beber em copo fundo, rabo longo e duro – poderia, é verdade, ser apenas uma variação individual da raça. Ivan levantou a hipótese de quati, mas achei o bicho muito cachorro demais para ser quati, ou seria o quati mais resignado e enganado que jamais vi.

    Enquanto isso, o homem calmamente vindo. Calmamente, não; havia uma tensão nele, era uma calma de quem aceitou luta: seu ar era de um natural desafiador. Não se tratava de um pitoresco; era por coragem que andava em público com o seu bicho. Ivan sugeriu a hipótese de outro animal de que na hora não se lembrou o nome. Mas nada me convencia. Só depois entendi que minha atrapalhação não era propriamente minha, vinha de que aquele bicho já não sabia mais quem ele era, e não podia, portanto, me transmitir uma imagem nítida.

    Até que o homem passou perto. Sem um sorriso, costas duras, altivamente se expondo – não, nunca foi fácil passar diante da fila humana. Fingia prescindir de admiração ou piedade; mas cada um de nós reconhece o martírio de quem está protegendo um sonho.

    – Que bicho é esse? Perguntei-lhe, e intuitivamente meu tom foi suave para não feri-lo com uma curiosidade. Perguntei que bicho era aquele, mas na pergunta o tom talvez incluísse: “por que é que você faz isso? Que carência é essa que faz você inventar um cachorro? E por que não um cachorro mesmo, então? Pois se os cachorros existem! Ou você não teve outro modo de possuir a graça desse bicho senão com uma coleira? Mas você esmaga uma rosa se apertá-la com força!”. Sei que o tom é uma unidade indivisível por palavras, sei que estou esmagando uma rosa, mas estilhaçar o silêncio em palavras é um dos meus modos desajeitados de amar o silêncio, e é assim que muitas vezes tenho matado o que compreendo. (Se bem que, glória a Deus, sei mais silêncio que palavras.)

    O homem, sem parar, respondeu curto, embora sem aspereza. E era quati mesmo. Ficamos olhando. Nem Ivan nem eu sorrimos, ninguém na fila riu – esse era o tom, essa era a intuição. Ficamos olhando.

    Era um quati que se pensava cachorro. Às vezes, com seus gestos de cachorro, retinha o passo para cheirar as coisas, o que retesava a correia e retinha um pouco o dono, na usual sincronização de homem e cachorro. Fiquei olhando esse quati que não sabe quem é. Imagino: se o homem o leva para brincar na praça, tem uma hora que o quati se constrange todo: “mas, santo Deus, por que é que os cachorros me olham tanto?”. Imagino também que, depois de um perfeito dia de cachorro, o quati se diga melancólico, olhando as estrelas; “que tenho afinal? Que me falta? Sou tão feliz como qualquer cachorro, por que então este vazio, esta nostalgia? Que ânsia é esta, como se eu só amasse o que não conheço?”. E o homem, o único a poder livrá-lo da pergunta, esse homem nunca lhe dirá para não perdê-lo para sempre.

    Penso também na iminência de ódio que há no quati. Ele sente amor e gratidão pelo homem. Mas por dentro não há como a verdade deixar de existir: e o quati só não percebe que o odeia porque está vitalmente confuso.

    Mas se ao quati fosse de súbito revelado o mistério de sua verdadeira natureza? Tremo ao pensar no fatal acaso que fizesse esse quati inesperadamente defrontar-se com outro quati, e nele reconhecer-se, ao pensar nesse instante em que ele ia sentir o mais feliz pudor que nos é dado: eu... nós... Bem sei, ele teria direito, quando soubesse, de massacrar o homem com o ódio pelo que de pior um ser pode fazer a outro ser – adulterar-lhe a essência a fim de usá-lo. Eu sou pelo bicho, tomo o partido das vítimas do amor ruim. Mas imploro ao quati que perdoe o homem, e que o perdoe com muito amor. Antes de abandoná-lo, é claro.

(LISPECTOR, Clarice. Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013.)
Os adjetivos são uma classe de palavra determinante dos substantivos. A função precípua dos adjetivos é a caracterização dos seres, por meio de elemento qualificador. NÃO se trata de adjetivo a expressão destacada em:
Alternativas
Q2509582 Português
Um amor conquistado

    Encontrei Ivan Lessa na fila de lotação do bairro e estávamos conversando, quando Ivan se espantou e me disse: olhe que coisa esquisita. Olhei para trás e vi, da esquina para a gente, um homem vindo com seu tranquilo cachorro puxado pela correia. Só que não era cachorro. A atitude toda era de cachorro, e a do homem era a de um homem com o seu cão. Este é que não era. Tinha focinho acompridado de quem pode beber em copo fundo, rabo longo e duro – poderia, é verdade, ser apenas uma variação individual da raça. Ivan levantou a hipótese de quati, mas achei o bicho muito cachorro demais para ser quati, ou seria o quati mais resignado e enganado que jamais vi.

    Enquanto isso, o homem calmamente vindo. Calmamente, não; havia uma tensão nele, era uma calma de quem aceitou luta: seu ar era de um natural desafiador. Não se tratava de um pitoresco; era por coragem que andava em público com o seu bicho. Ivan sugeriu a hipótese de outro animal de que na hora não se lembrou o nome. Mas nada me convencia. Só depois entendi que minha atrapalhação não era propriamente minha, vinha de que aquele bicho já não sabia mais quem ele era, e não podia, portanto, me transmitir uma imagem nítida.

    Até que o homem passou perto. Sem um sorriso, costas duras, altivamente se expondo – não, nunca foi fácil passar diante da fila humana. Fingia prescindir de admiração ou piedade; mas cada um de nós reconhece o martírio de quem está protegendo um sonho.

    – Que bicho é esse? Perguntei-lhe, e intuitivamente meu tom foi suave para não feri-lo com uma curiosidade. Perguntei que bicho era aquele, mas na pergunta o tom talvez incluísse: “por que é que você faz isso? Que carência é essa que faz você inventar um cachorro? E por que não um cachorro mesmo, então? Pois se os cachorros existem! Ou você não teve outro modo de possuir a graça desse bicho senão com uma coleira? Mas você esmaga uma rosa se apertá-la com força!”. Sei que o tom é uma unidade indivisível por palavras, sei que estou esmagando uma rosa, mas estilhaçar o silêncio em palavras é um dos meus modos desajeitados de amar o silêncio, e é assim que muitas vezes tenho matado o que compreendo. (Se bem que, glória a Deus, sei mais silêncio que palavras.)

    O homem, sem parar, respondeu curto, embora sem aspereza. E era quati mesmo. Ficamos olhando. Nem Ivan nem eu sorrimos, ninguém na fila riu – esse era o tom, essa era a intuição. Ficamos olhando.

    Era um quati que se pensava cachorro. Às vezes, com seus gestos de cachorro, retinha o passo para cheirar as coisas, o que retesava a correia e retinha um pouco o dono, na usual sincronização de homem e cachorro. Fiquei olhando esse quati que não sabe quem é. Imagino: se o homem o leva para brincar na praça, tem uma hora que o quati se constrange todo: “mas, santo Deus, por que é que os cachorros me olham tanto?”. Imagino também que, depois de um perfeito dia de cachorro, o quati se diga melancólico, olhando as estrelas; “que tenho afinal? Que me falta? Sou tão feliz como qualquer cachorro, por que então este vazio, esta nostalgia? Que ânsia é esta, como se eu só amasse o que não conheço?”. E o homem, o único a poder livrá-lo da pergunta, esse homem nunca lhe dirá para não perdê-lo para sempre.

    Penso também na iminência de ódio que há no quati. Ele sente amor e gratidão pelo homem. Mas por dentro não há como a verdade deixar de existir: e o quati só não percebe que o odeia porque está vitalmente confuso.

    Mas se ao quati fosse de súbito revelado o mistério de sua verdadeira natureza? Tremo ao pensar no fatal acaso que fizesse esse quati inesperadamente defrontar-se com outro quati, e nele reconhecer-se, ao pensar nesse instante em que ele ia sentir o mais feliz pudor que nos é dado: eu... nós... Bem sei, ele teria direito, quando soubesse, de massacrar o homem com o ódio pelo que de pior um ser pode fazer a outro ser – adulterar-lhe a essência a fim de usá-lo. Eu sou pelo bicho, tomo o partido das vítimas do amor ruim. Mas imploro ao quati que perdoe o homem, e que o perdoe com muito amor. Antes de abandoná-lo, é claro.

(LISPECTOR, Clarice. Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013.)
Em “Antes de abandoná-lo, é claro.” (8º§), o termo sublinhado se refere ao:
Alternativas
Q2509549 Português
    Os pais humanos com privação de sono sabem o valor de um cochilo rápido, mas parece que os pinguins-debarbicha nos superam quando o tema é dormir.

    Em uma colônia de pinguins-de-barbicha que fazem ninhos, é desafiador dormir. O sol de verão da Antártida fornece luz solar 24 horas por dia, sete dias por semana, iluminando a agitação de milhares de pássaros barulhentos. Além disso, há o cheiro de amônia misturado com peixe podre e guano de pinguim que dá água nos olhos.

    Ao fazer o ninho, essas aves antárticas tiram cochilos de quatro segundos, uma estratégia que permite que os pais mantenham vigilância constante sobre ovos e filhotes vulneráveis, tudo isso enquanto eles acumulam 11 horas de sono total por dia.

    Os pais pinguins-de-barbicha se revezam na guarda do ninho. Enquanto uma ave protege os filhotes — geralmente dois —, a outra procura alimentos no mar. Em seguida, os pinguins trocam de lugar.

    Durante os dois meses entre que se coloque os ovos e o nascimento dos filhotes, a dinâmica incansável dos pinguins-de-barbicha destaca a dedicação e a habilidade dessas aves em equilibrar as demandas do cuidado dos filhotes com as condições desafiadoras da Antártida.

(Fonte: National Geographic — Adaptado.)
Assinalar a alternativa em que vogais aparecem apenas 4 vezes.
Alternativas
Q2509548 Português
    Os pais humanos com privação de sono sabem o valor de um cochilo rápido, mas parece que os pinguins-debarbicha nos superam quando o tema é dormir.

    Em uma colônia de pinguins-de-barbicha que fazem ninhos, é desafiador dormir. O sol de verão da Antártida fornece luz solar 24 horas por dia, sete dias por semana, iluminando a agitação de milhares de pássaros barulhentos. Além disso, há o cheiro de amônia misturado com peixe podre e guano de pinguim que dá água nos olhos.

    Ao fazer o ninho, essas aves antárticas tiram cochilos de quatro segundos, uma estratégia que permite que os pais mantenham vigilância constante sobre ovos e filhotes vulneráveis, tudo isso enquanto eles acumulam 11 horas de sono total por dia.

    Os pais pinguins-de-barbicha se revezam na guarda do ninho. Enquanto uma ave protege os filhotes — geralmente dois —, a outra procura alimentos no mar. Em seguida, os pinguins trocam de lugar.

    Durante os dois meses entre que se coloque os ovos e o nascimento dos filhotes, a dinâmica incansável dos pinguins-de-barbicha destaca a dedicação e a habilidade dessas aves em equilibrar as demandas do cuidado dos filhotes com as condições desafiadoras da Antártida.

(Fonte: National Geographic — Adaptado.)
Quanto ao singular e plural dos substantivos, avaliar se as afirmativas são certas (C) ou erradas (E) e assinalar a sequência correspondente.

( ) O plural de “funil” é “funis”.
( ) O plural de “razão” “razões” .
( ) O plural de “cidadão” é “cidadões”.
Alternativas
Q2509545 Português
    Os pais humanos com privação de sono sabem o valor de um cochilo rápido, mas parece que os pinguins-debarbicha nos superam quando o tema é dormir.

    Em uma colônia de pinguins-de-barbicha que fazem ninhos, é desafiador dormir. O sol de verão da Antártida fornece luz solar 24 horas por dia, sete dias por semana, iluminando a agitação de milhares de pássaros barulhentos. Além disso, há o cheiro de amônia misturado com peixe podre e guano de pinguim que dá água nos olhos.

    Ao fazer o ninho, essas aves antárticas tiram cochilos de quatro segundos, uma estratégia que permite que os pais mantenham vigilância constante sobre ovos e filhotes vulneráveis, tudo isso enquanto eles acumulam 11 horas de sono total por dia.

    Os pais pinguins-de-barbicha se revezam na guarda do ninho. Enquanto uma ave protege os filhotes — geralmente dois —, a outra procura alimentos no mar. Em seguida, os pinguins trocam de lugar.

    Durante os dois meses entre que se coloque os ovos e o nascimento dos filhotes, a dinâmica incansável dos pinguins-de-barbicha destaca a dedicação e a habilidade dessas aves em equilibrar as demandas do cuidado dos filhotes com as condições desafiadoras da Antártida.

(Fonte: National Geographic — Adaptado.)
No texto, o termo “Antártida” está grafado com letra maiúscula por se tratar de um:
Alternativas
Q2509498 Português
Assinale a alternativa que apresenta um substantivo feminino. 
Alternativas
Q2509467 Português
Em relação ao fragmento “Nossa capital gaúcha tem dois locais de atendimento 24 horas nos quais o porto-alegrense pode encontrar ajuda especializada”, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2509466 Português
Considerando o trecho “Como sociedade, ainda falamos pouco sobre a importância do cuidado com a mente em nossa vida”, os termos sublinhados são, correta e respectivamente, classificados como: 
Alternativas
Q2509465 Português
Assinale a alternativa que apresenta palavra formada por sufixo. 
Alternativas
Q2509029 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

O procurador que foi Uber por quatro meses em Salvador

A relação do motorista de aplicativo com a plataforma é um vínculo de emprego? Ou ele é um trabalhador independente que contrata a tecnologia dessas empresas?

Para enxergar de outro ângulo essa questão — motivo de disputas no mundo todo —, o procurador do Ministério Público do Trabalho Ilan Fonseca tirou uma licença de quatro meses para ser motorista de Uber nas ruas de Salvador.

Antes de ser procurador, ele já havia sido advogado e auditor fiscal do trabalho. Mas sentiu que faltava uma peça para se aprofundar na discussão sobre os trabalhadores de aplicativo: viver o cotidiano de um motorista de aplicativo.

Queria experimentar, entre outros pontos, como é a comunicação das plataformas com os motoristas e quanto poder de decisão eles realmente têm.

"Não tive, em nenhuma ocasião, a sensação de ser meu próprio chefe", resume Fonseca, em referência a um termo muito usado pela Uber e por motoristas.

Fonseca ficou disponível na Uber por mais de 350 horas de dezembro de 2021 a março de 2022.

Após ter feito trezentos e cinquenta corridas e terminado com avaliação de 4,98 estrelas, Fonseca concluiu que a "subordinação do motorista" à plataforma "é muito mais intensa do que a gente imagina". 

Ele reconhece que fez o trabalho de motorista sem depender disso para pagar as contas e que, "na qualidade de homem branco, enfrentou menos dificuldades do que enfrentaria se fosse mulher ou negro".

Procurada pela BBC News Brasil, a Uber criticou a pesquisa de Fonseca e respondeu que "os motoristas parceiros não são empregados e nem prestam serviço à Uber". Afirmou que são "profissionais independentes que contratam a tecnologia de intermediação de viagens oferecida pela empresa por meio do aplicativo".

A assessoria de imprensa da 99, outra empresa de aplicativo de transporte de passageiros e bens também citada pelo pesquisador, foi procurada pela reportagem, mas informou que não comentaria.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxwz24r 3p8yo.adaptado. 
Afirmou que são profissionais 'independentes' que contratam a tecnologia de 'intermediação' de viagens oferecida pela empresa por meio do aplicativo.
Os vocábulos destacados são formados pelos processos de, respectivamente:
Alternativas
Q2508893 Português
TEXTO I


A triste história de Kluge Hans, o cavalo
que calculava



Uns 120 anos atrás, uma das maiores celebridades da ciência mundial era Kluge Hans (João Esperto, em alemão), o cavalo que, segundo o seu dono, sabia somar, subtrair, multiplicar, dividir, operar com frações, dizer as horas e calcular dias da semana.


O proprietário, o professor de matemática e treinador de cavalos amador, Wilhelm von Osten, exibia Hans publicamente, sem cobrar ingresso, para grande espanto da audiência. Por exemplo, quando Von Osten perguntava “se o oitavo dia do mês é uma terça-feira, em que data cai a sexta-feira seguinte?” Hans respondia batendo o casco no chão 11 vezes.


Os céticos diziam que era fraude, que Von Osten passava as respostas ao bicho por meio de sinais. Mas Hans acertava mesmo quando o dono estava ausente e as perguntas eram feitas por outra pessoa. Assim, a lenda do cavalo que calculava não parava de crescer.


Perante o interesse do público, a autoridade educacional da Alemanha criou uma comissão de 13 especialistas para investigar o fenômeno. Além do psicólogo Carl Stumpf, que a presidia, ela incluía um veterinário, um gerente de circo, um oficial de cavalaria, vários professores e o diretor do zoológico de Berlim. Em setembro de 1904 saiu o relatório, o qual inocentava Von Osten de qualquer truque.


Então, o biólogo e psicólogo Oskar Pfungst decidiu testar as habilidades do cavalo em diferentes condições: usando outras pessoas para questionar Hans; isolando o questionador e o cavalo do público; variando se Hans podia ver o questionador ou não; e até se o questionador sabia as respostas ou não.


Dessa forma, ele confirmou que não importava quem fazia as perguntas, o que comprovava que não havia má-fé da parte de Von Osten. Por outro lado, Pfungst constatou que Hans só respondia corretamente quando podia ver o questionador e este conhecia as respostas! De algum modo subconsciente, o questionador passava as respostas ao cavalo... E isso acontecia até quando era o próprio Pfungst quem questionava!


A descoberta lançou o descrédito sobre o pobre Hans, o que era muito injusto: mesmo não sendo capaz de calcular, Hans era um animal notável, com uma capacidade extraordinária para ler a expressão facial e a linguagem corporal dos humanos, melhor do que nós próprios somos capazes.


Von Osten não ficou convencido com as conclusões de Pfungst e continuou exibindo o seu fenômeno até morrer, em 1909. A partir daí, Hans passou por vários donos e acabou sendo alistado para servir na 1ª Guerra Mundial. O seu registro termina em 1916, quando, acredita-se, foi morto em combate.



VIANA, Marcelo. Folha de S.Paulo. Folha Corrida, 20 dez. 2023, p. B8 (adaptado).
Leia o trecho do texto I a seguir.

“Dessa forma, ele confirmou que não importava quem fazia as perguntas, o que comprovava que não havia má-fé da parte de Von Osten. Por outro lado, Pfungst constatou que Hans só respondia corretamente quando podia ver o questionador e este conhecia as respostas! De algum modo subconsciente, o questionador passava as respostas ao cavalo...”

A palavra em destaque no trecho do texto I, no contexto em que está empregada, exerce a mesma função morfológica que o termo destacado em
Alternativas
Q2508669 Português
Julgue o item subsequente.

A posição dos advérbios em uma frase pode alterar significativamente o significado da frase. Por exemplo, em "Ele apenas estudou para a prova" e "Apenas ele estudou para a prova", a colocação do advérbio "apenas" muda o foco e o sentido da frase.

Alternativas
Q2508664 Português
Julgue o item subsequente.

Os artigos definidos e indefinidos em português não apenas determinam o substantivo, mas também podem indicar a especificidade ou generalidade do termo, como em "um livro interessante" (generalidade) e "o livro interessante" (especificidade).

Alternativas
Q2508661 Português
Julgue o item subsequente.

Os substantivos epicenos designam animais de ambos os sexos com um único termo, como "cobra" e "tubarão", sendo necessário o uso de "macho" ou "fêmea" para especificar o gênero; enquanto os substantivos sobrecomuns designam pessoas de ambos os sexos com um único termo, como "indivíduo" e "testemunha".

Alternativas
Q2508476 Português
Assinale a alternativa correta sobre os processos de formação de palavras na Língua Portuguesa:
Alternativas
Q2508474 Português
Perini reúne adjetivos e substantivos numa mesma classe, a dos nomes, por reconhecer neles muitas características em comum. Castilho, porém, estabelece como característica unicamente dos substantivos:
Alternativas
Respostas
2141: B
2142: C
2143: B
2144: D
2145: C
2146: C
2147: B
2148: A
2149: C
2150: E
2151: B
2152: B
2153: E
2154: A
2155: B
2156: C
2157: C
2158: C
2159: C
2160: C