Questões de Concurso
Sobre morfologia em português
Foram encontradas 20.126 questões
Texto para responder às questões de 1 a 10.
Fones a todo volume prejudicam para sempre sua audição
Uma jovem vai de metrô para o trabalho. Em suas mãos, um celular reproduz sua playlist favorita pelos fones de ouvido. O vagão se enche de gente e ela aumenta o volume para abafar o barulho. Então a música se espalha pelo vagão e retumba em seu ouvido interno, produzindo um dano irreversível que ela não percebe. Essa jovem representa o “ouvinte médio” dos dispositivos de reprodução de música, segundo a análise mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS): uma pessoa acostumada a ouvir música pelos fones de ouvido com um volume entre 75 e 100 decibéis. Esta prática se tornou um problema global de saúde pública, alertam os especialistas, porque um volume a partir dos 80 decibéis é perigoso.
Segundo a OMS, aproximadamente 50% dos jovens (entre 12 e 35 anos) corre o risco de perder audição por seus hábitos de escuta com fones de ouvido: pouco mais de um bilhão de pessoas, principalmente de países desenvolvidos. Além disso, aproximadamente 40% se expõem a ruídos muito altos em locais de entretenimento, como bares e discotecas. A menos que sejam implementadas políticas eficazes de saúde pública, a organização estima que uma de cada dez pessoas sofrerá de perda auditiva incapacitante até o ano 2050, o dobro de agora.
Os sons fortes podem causar surdez ou perda de audição porque danificam células especializadas da cóclea, uma parte muito sensível do ouvido interno. “Cada um de nós nasce com um total de 20.000 a 30.000 células receptoras do som, e com essas temos de viver a vida inteira”, explica Isabel Varela-Nieto, especialista em neurobiologia da audição do Instituto Alberto Sols (CSIC-UAM) e líder de grupo do centro de pesquisa Ciberer, dedicado a doenças raras.
Quanto mais alto estiver o volume e maior for a duração do som, pior será a deterioração. Por isso, os especialistas recomendam limitar tanto a intensidade como o tempo de escuta. “Quem ouve 15 minutos de música a 100 decibéis por um reprodutor pessoal sofre uma exposição semelhante à de um trabalhador industrial que escuta 85 decibéis durante uma jornada de oito horas”, explica o documento da OMS. Em fevereiro, a mesma organização emitiu, juntamente com a União Internacional de Telecomunicações, novas diretrizes para os fabricantes de reprodutores de música, destinadas a proteger os usuários.
“Recomendamos que sejam incorporadas a celulares e dispositivos funções que informem ao usuário sobre os decibéis que ele está escutando e quanto som consumiu no dia e na semana”, explica Shelly Chadha, otorrinolaringologista e responsável pelo programa da OMS para a prevenção de surdez e perda auditiva. (...)
Existe, no entanto, um problema de percepção de risco: os ouvintes de música geralmente não têm noção do perigo. (...) O doutor Luís Lassaletta, chefe do serviço de otorrinolaringologia do Hospital Universitário La Paz, vive essa realidade: “Quando jovens vêm se consultar, é porque foram a uma discoteca ou a um show e ouvem um apito que vai e vem, não repercute no teste de audiometria”. Esses incidentes isolados e reversíveis dão uma falsa sensação de segurança, mas deveriam ser “um sinal de alarme”, diz Lassaletta. Se essa exposição se repete, costuma ter consequências a longo prazo.
Proteção e prevenção
As análises epidemiológicas são escassas e não encontram fortes correlações entre a perda auditiva em jovens e sua exposição à música alta. Isso porque os sintomas podem demorar para aparecer e porque a perda de audição depende de outros fatores, como a genética. Os especialistas concordam que o risco é real e está aumentando. (...) Há opções para se proteger. Vários especialistas citam a regra 60-60: não ouvir música com fones de ouvido por mais de uma hora em volumes acima de 60% — os reprodutores costumam chegar a 105 decibéis. É fácil seguir essa regra em casa e em lugares tranquilos, mas não em ambientes barulhentos. Nestas situações, Chadha recomenda headphones com cancelamento de ruído. Embora os fones intra-auriculares não sejam intrinsecamente piores para a saúde auditiva do que os que cobrem toda a orelha, eles proporcionam um isolamento acústico menor, e por isso o especialista desaconselha seu uso.
El País. (Adaptado).
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/09/07/actualida d/1567883413_452359.html
O excerto em que ocorre uma expressão que exprime sentido adversativo é:
Texto para responder às questões de 1 a 10.
Fones a todo volume prejudicam para sempre sua audição
Uma jovem vai de metrô para o trabalho. Em suas mãos, um celular reproduz sua playlist favorita pelos fones de ouvido. O vagão se enche de gente e ela aumenta o volume para abafar o barulho. Então a música se espalha pelo vagão e retumba em seu ouvido interno, produzindo um dano irreversível que ela não percebe. Essa jovem representa o “ouvinte médio” dos dispositivos de reprodução de música, segundo a análise mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS): uma pessoa acostumada a ouvir música pelos fones de ouvido com um volume entre 75 e 100 decibéis. Esta prática se tornou um problema global de saúde pública, alertam os especialistas, porque um volume a partir dos 80 decibéis é perigoso.
Segundo a OMS, aproximadamente 50% dos jovens (entre 12 e 35 anos) corre o risco de perder audição por seus hábitos de escuta com fones de ouvido: pouco mais de um bilhão de pessoas, principalmente de países desenvolvidos. Além disso, aproximadamente 40% se expõem a ruídos muito altos em locais de entretenimento, como bares e discotecas. A menos que sejam implementadas políticas eficazes de saúde pública, a organização estima que uma de cada dez pessoas sofrerá de perda auditiva incapacitante até o ano 2050, o dobro de agora.
Os sons fortes podem causar surdez ou perda de audição porque danificam células especializadas da cóclea, uma parte muito sensível do ouvido interno. “Cada um de nós nasce com um total de 20.000 a 30.000 células receptoras do som, e com essas temos de viver a vida inteira”, explica Isabel Varela-Nieto, especialista em neurobiologia da audição do Instituto Alberto Sols (CSIC-UAM) e líder de grupo do centro de pesquisa Ciberer, dedicado a doenças raras.
Quanto mais alto estiver o volume e maior for a duração do som, pior será a deterioração. Por isso, os especialistas recomendam limitar tanto a intensidade como o tempo de escuta. “Quem ouve 15 minutos de música a 100 decibéis por um reprodutor pessoal sofre uma exposição semelhante à de um trabalhador industrial que escuta 85 decibéis durante uma jornada de oito horas”, explica o documento da OMS. Em fevereiro, a mesma organização emitiu, juntamente com a União Internacional de Telecomunicações, novas diretrizes para os fabricantes de reprodutores de música, destinadas a proteger os usuários.
“Recomendamos que sejam incorporadas a celulares e dispositivos funções que informem ao usuário sobre os decibéis que ele está escutando e quanto som consumiu no dia e na semana”, explica Shelly Chadha, otorrinolaringologista e responsável pelo programa da OMS para a prevenção de surdez e perda auditiva. (...)
Existe, no entanto, um problema de percepção de risco: os ouvintes de música geralmente não têm noção do perigo. (...) O doutor Luís Lassaletta, chefe do serviço de otorrinolaringologia do Hospital Universitário La Paz, vive essa realidade: “Quando jovens vêm se consultar, é porque foram a uma discoteca ou a um show e ouvem um apito que vai e vem, não repercute no teste de audiometria”. Esses incidentes isolados e reversíveis dão uma falsa sensação de segurança, mas deveriam ser “um sinal de alarme”, diz Lassaletta. Se essa exposição se repete, costuma ter consequências a longo prazo.
Proteção e prevenção
As análises epidemiológicas são escassas e não encontram fortes correlações entre a perda auditiva em jovens e sua exposição à música alta. Isso porque os sintomas podem demorar para aparecer e porque a perda de audição depende de outros fatores, como a genética. Os especialistas concordam que o risco é real e está aumentando. (...) Há opções para se proteger. Vários especialistas citam a regra 60-60: não ouvir música com fones de ouvido por mais de uma hora em volumes acima de 60% — os reprodutores costumam chegar a 105 decibéis. É fácil seguir essa regra em casa e em lugares tranquilos, mas não em ambientes barulhentos. Nestas situações, Chadha recomenda headphones com cancelamento de ruído. Embora os fones intra-auriculares não sejam intrinsecamente piores para a saúde auditiva do que os que cobrem toda a orelha, eles proporcionam um isolamento acústico menor, e por isso o especialista desaconselha seu uso.
El País. (Adaptado).
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/09/07/actualida d/1567883413_452359.html
Assinale a alternativa em que todos os substantivos e/ou adjetivos são comuns de dois gêneros.
Texto para responder às questões de 1 a 10.
Fones a todo volume prejudicam para sempre sua audição
Uma jovem vai de metrô para o trabalho. Em suas mãos, um celular reproduz sua playlist favorita pelos fones de ouvido. O vagão se enche de gente e ela aumenta o volume para abafar o barulho. Então a música se espalha pelo vagão e retumba em seu ouvido interno, produzindo um dano irreversível que ela não percebe. Essa jovem representa o “ouvinte médio” dos dispositivos de reprodução de música, segundo a análise mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS): uma pessoa acostumada a ouvir música pelos fones de ouvido com um volume entre 75 e 100 decibéis. Esta prática se tornou um problema global de saúde pública, alertam os especialistas, porque um volume a partir dos 80 decibéis é perigoso.
Segundo a OMS, aproximadamente 50% dos jovens (entre 12 e 35 anos) corre o risco de perder audição por seus hábitos de escuta com fones de ouvido: pouco mais de um bilhão de pessoas, principalmente de países desenvolvidos. Além disso, aproximadamente 40% se expõem a ruídos muito altos em locais de entretenimento, como bares e discotecas. A menos que sejam implementadas políticas eficazes de saúde pública, a organização estima que uma de cada dez pessoas sofrerá de perda auditiva incapacitante até o ano 2050, o dobro de agora.
Os sons fortes podem causar surdez ou perda de audição porque danificam células especializadas da cóclea, uma parte muito sensível do ouvido interno. “Cada um de nós nasce com um total de 20.000 a 30.000 células receptoras do som, e com essas temos de viver a vida inteira”, explica Isabel Varela-Nieto, especialista em neurobiologia da audição do Instituto Alberto Sols (CSIC-UAM) e líder de grupo do centro de pesquisa Ciberer, dedicado a doenças raras.
Quanto mais alto estiver o volume e maior for a duração do som, pior será a deterioração. Por isso, os especialistas recomendam limitar tanto a intensidade como o tempo de escuta. “Quem ouve 15 minutos de música a 100 decibéis por um reprodutor pessoal sofre uma exposição semelhante à de um trabalhador industrial que escuta 85 decibéis durante uma jornada de oito horas”, explica o documento da OMS. Em fevereiro, a mesma organização emitiu, juntamente com a União Internacional de Telecomunicações, novas diretrizes para os fabricantes de reprodutores de música, destinadas a proteger os usuários.
“Recomendamos que sejam incorporadas a celulares e dispositivos funções que informem ao usuário sobre os decibéis que ele está escutando e quanto som consumiu no dia e na semana”, explica Shelly Chadha, otorrinolaringologista e responsável pelo programa da OMS para a prevenção de surdez e perda auditiva. (...)
Existe, no entanto, um problema de percepção de risco: os ouvintes de música geralmente não têm noção do perigo. (...) O doutor Luís Lassaletta, chefe do serviço de otorrinolaringologia do Hospital Universitário La Paz, vive essa realidade: “Quando jovens vêm se consultar, é porque foram a uma discoteca ou a um show e ouvem um apito que vai e vem, não repercute no teste de audiometria”. Esses incidentes isolados e reversíveis dão uma falsa sensação de segurança, mas deveriam ser “um sinal de alarme”, diz Lassaletta. Se essa exposição se repete, costuma ter consequências a longo prazo.
Proteção e prevenção
As análises epidemiológicas são escassas e não encontram fortes correlações entre a perda auditiva em jovens e sua exposição à música alta. Isso porque os sintomas podem demorar para aparecer e porque a perda de audição depende de outros fatores, como a genética. Os especialistas concordam que o risco é real e está aumentando. (...) Há opções para se proteger. Vários especialistas citam a regra 60-60: não ouvir música com fones de ouvido por mais de uma hora em volumes acima de 60% — os reprodutores costumam chegar a 105 decibéis. É fácil seguir essa regra em casa e em lugares tranquilos, mas não em ambientes barulhentos. Nestas situações, Chadha recomenda headphones com cancelamento de ruído. Embora os fones intra-auriculares não sejam intrinsecamente piores para a saúde auditiva do que os que cobrem toda a orelha, eles proporcionam um isolamento acústico menor, e por isso o especialista desaconselha seu uso.
El País. (Adaptado).
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/09/07/actualida d/1567883413_452359.html
Considere o excerto: “A menos que sejam implementadas políticas eficazes de saúde pública, a organização estima que uma de cada dez pessoas sofrerá de perda auditiva incapacitante até o ano 2050, o dobro de agora.” Nesse contexto, a expressão ‘a menos que’ imprime ao período um sentido:
Marque a alternativa, onde a preposição traz o significado de limite.
Substantivo é o nome de tudo o que existe, ou que imaginamos existir. Sendo assim, marque a alternativa, onde temos um substantivo abstrato.
Em se tratando de número do adjetivo, coloque (V) verdadeiro ou (F) falso e marque a alternativa devida.
( ) De modo geral, o plural dos adjetivos simples se faz com o acréscimo de “s” ao singular. Exemplos: pobre/pobres; rico/ricos.
( ) Se o adjetivo no singular termina em “r”, “s”, ou “z”, acrescenta-se “es” no plural. Exemplos: anterior/anteriores, cortês/corteses, feroz/ferozes.
( ) Os adjetivos que terminam em “il” tônico no singular, fazem o plural com a troca dessa terminação por “is”, enquanto os que terminam por “il” átono, trocam o “il” por “eis”. Exemplos: gentil/gentis, fácil/fáceis.
( ) Se o adjetivo no singular termina em “al”, “el”,”ol”,”ul”, troca-se o “l” por “is”, no plural. Exemplos: geral/gerais, cruel/cruéis, espanho/espanhóis, azul/azuis.
Numeral é a palavra que, essencialmente, dá ideia de número (um, dois, três, mil, etc), ou de ordem numérica (primeiro, segundo, terceiro, milésimo, etc).
Então, o numeral arábico 700, tem como cardinal e ordinal, respectivamente:
Interjeição é toda palavra invariável que indica emoção, ou sentimento repentino. Assinale a alternativa, onde não temos uma interjeição.
Certos substantivos fazem a sua especificação de gênero pelo uso de um determinante. Assinalar a alternativa que segue o mesmo processo de flexão de gênero presente na frase “O artista foi entrevistado ontem”.
A pele exige mais cuidados no verão
O verão é a estação das atividades e eventos ao ar livre. Por conta do aumento da exposição ao sol, aumentam também o risco de queimaduras, câncer da pele e outros problemas, já que nesta época a radiação solar incide com mais intensidade sobre a Terra. Por isso, não dá para deixar a fotoproteção de lado. Nós temos algumas dicas para aproveitar a estação mais quente do ano sem colocar a saúde em risco:
Roupas e acessórios: chapéus e roupas de algodão e linho, de preferência de cor escura, são capazes de bloquear a maior parte da radiação UV. Tecidos sintéticos, como o nylon, bloqueiam apenas 30%. As barracas usadas na praia devem ser feitas de algodão ou lona, materiais que absorvem 50% da radiação UV. Óculos de sol são também de extrema importância porque previnem catarata e outras lesões nos olhos. A aquisição de roupas de tecido com fator de proteção solar (anti-UV) é um bom investimento para o verão.
Filtro solar: o filtro solar deve ser aplicado diariamente nas partes do corpo que ficam expostas ao sol e não somente nos momentos de lazer, nos quais geralmente se expõe o corpo inteiro. Os produtos com fator de proteção solar (FPS) 30 ou superior são os mais indicados e devem ser reaplicados 20 minutos antes da exposição solar e a cada duas horas, dependendo da transpiração e da frequência nos mergulhos de mar ou piscina. Em crianças, deve-se iniciar o uso do filtro a partir dos seis meses de idade e ensinar os pequenos a manter o hábito na vida. Para eles, o protetor mais adequado são os feitos para pele sensível.
Hidratação: por dentro e por fora. Deve-se aumentar a ingestão de líquidos e abusar da água, do suco de frutas e da água de coco. Também é indicado usar um bom hidratante diário, que ajuda a manter a quantidade de água na pele. No banho, recomenda-se usar sabonetes compatíveis com o tipo de pele, porém, sem excesso. A temperatura da água deve ser fria ou morna, para evitar o ressecamento.
Alimentação: alguns alimentos podem ajudar na prevenção contra os danos solares. É o caso da cenoura, da abóbora, do mamão, da maçã e beterraba, pois contêm carotenoides – substância que se deposita na pele e tem importante ação antioxidante. Ela é encontrada em frutas e legumes de cor alaranjada ou vermelha. Vale aproveitar que no verão tendemos a comer de forma mais saudável, consumindo carnes grelhadas, alimentos crus e cozidos, frutas e legumes com alto teor de água e fibras e baixo de carboidrato. Esses alimentos ajudam na hidratação, na prevenção de doenças e a evitar os sinais de envelhecimento.
A combinação sol, areia, praia, piscina e excesso de suor elevam o risco de algumas doenças da pele, que encontram o cenário perfeito para se desenvolver. Entre as mais comuns estão: micoses, brotoejas, manchas e sardas, acne. Vale lembrar que ninguém está livre delas, sejam crianças, jovens, adultos ou idosos. Para evitá-las, a dica é usar roupas leves e soltas, não frequentar locais muito abafados e manter os hábitos de higiene – como secar-se bem após o banho em locais públicos. Também deve-se evitar a exposição solar entre 10 e 16 horas (horário de verão).
(https://sbdrj.org.br/a-pele-exige-mais-cuidados-no-verao/ Acesso em 10/01/2024)
No fragmento: “e legumes de cor alaranjada”, o vocábulo destacado em seu processo de formação se classifica como:
Assinalar a alternativa que apresenta uma frase na qual a conjunção ou locução conjuntiva corresponde ao sentido indicado entre parênteses:
Leia atentamente o poema Rosa murcha, de Casimiro de Abreu, para responder às questões de 1 a 5.
Rosa murcha
Esta rosa desbotada
Já tantas vezes beijada,
Pálido emblema de amor;
É uma folha caída
Do livro da minha vida,
Um canto imenso de dor!
Há que tempos! Bem me lembro...
Foi num dia de Novembro:
Deixava a terra natal,
A minha pátria tão cara,
O meu lindo Guanabara,
Em busca de Portugal.
Na hora da despedida
Tão cruel e tão sentida
P’ra quem sai do lar fagueiro;
Duma lágrima orvalhada,
Esta rosa foi-me dada
Ao som dum beijo primeiro.
Deixava a pátria, é verdade,
Ia morrer de saudade
Noutros climas, noutras plagas;
Mas tinha orações ferventes
Duns lábios inda inocentes
Enquanto cortasse as vagas.
E hoje, e hoje, meu Deus?!
— Hei de ir junto aos mausoléus
No fundo dos cemitérios,
E ao baço clarão da lua
Da campa na pedra nua
Interrogar os mistérios!
Carpir o lírio pendido
Pelo vento desabrido...
Da divindade aos arcanos
Dobrando a fronte saudosa,
Chorar a virgem formosa
Morta na flor dos anos!
Era um anjo! Foi pr’o céu
Envolta em místico véu
Nas asas dum querubim;
Já dorme o sono profundo,
E despediu-se do mundo
Pensando talvez em mim!
Oh! esta flor desbotada,
Já tantas vezes beijada,
Que de mistérios não tem!
Em troca do seu perfume
Quanta saudade resume
E quantos prantos também!
No verso “Oh! esta flor desbotada,”, a palavra “Oh!” é morfologicamente classificada como:
Mais de 70% dos novos alunos do ensino superior privado optaram por estudar à distância, diz Inep
Por Luiza Tenente
- Dados do Censo da Educação Superior de 2022 foram divulgados e os números revelam
- que 1 a cada 5 jovens, de 18 a 24 anos, não concluiu o ensino médio nem vai ___ escola no
- Brasil. Além disso, 72% dos alunos que foram aprovados no ensino superior privado optaram
- por estudar à distância, conforme a divulgação feita pelo Instituto Nacional de Estudos e
- Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Nas licenciaturas (cursos de formação de
- professor), o índice foi ainda maior ▲ 93,2%.
- O crescimento da Educação à Distância (EaD), tendência presente nos últimos anos, gera
- preocupação de especialistas por conta da regulação frágil do setor e da dificuldade de mensurar
- a qualidade dessas graduações. Os mecanismos atuais de avaliação de cursos não consideram,
- por exemplo, o tipo de plataforma online usada pelas instituições de ensino e o tempo dedicado
- ___ aulas “síncronas”, em que os alunos podem interagir em tempo real com os professores. A
- tendência é que as faculdades gravem o material didático apenas uma vez e o vendam para um
- número cada vez maior de interessados.
- “O papel do MEC é regular isso. É um sinal vermelho aceso para a gente tomar medidas
- importantes diante desse cenário”, afirmou Camilo Santana, ministro da Educação, durante o
- evento de divulgação dos dados. Segundo ele● por decisão do governo federal, 16 cursos
- superiores não poderão ser feitos à distância: 4 já estão suspensos (Enfermagem, Direito,
- Odontologia e Psicologia) e outros 12 ainda estão em debate, por meio de consulta pública.
- Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, entidade que representa mantenedoras
- de ensino superior no Brasil, explica que a modalidade à distância “tem sido mais atrativa por
- trazer flexibilidade em termos de local e horário [para o aluno estudar], mas, principalmente,
- por ser oferecida com mensalidades muito, muito mais baratas”. Ele complementa dizendo que
- “80% do alunado brasileiro têm renda per capita de até 3 salários-mínimos, ou seja, não têm
- condição de pagar mensalidades [dos cursos presenciais]. ___ cobertura do Prouni e do Fies é
- baixa e o número de vagas no ensino público também”.
- O número de novos alunos que escolheram fazer faculdade à distância cresceu 20% entre
- 2021 e 2022: saltou de 3,9 milhões para 4,7 milhões. Desde 2020, a EaD ultrapassou o ensino
- presencial no quesito “ingressantes”. A quantidade de cursos EaD no ensino superior triplicou
- em 4 anos: foi de 3.177 graduações, em 2018, para 9.186, em 2022. Os índices do Censo,
- referentes a professores ◆ alunos e instituições de ensino, servem para embasar novas políticas
- públicas e desenhar um panorama da educação brasileira.
(Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que preenche corretamente a frase a seguir com a conjunção subordinada concessiva adequada: “__________ o tempo estivesse chuvoso, Rodrigo decidiu sair para fazer sua caminhada”.
Mais de 70% dos novos alunos do ensino superior privado optaram por estudar à distância, diz Inep
Por Luiza Tenente
- Dados do Censo da Educação Superior de 2022 foram divulgados e os números revelam
- que 1 a cada 5 jovens, de 18 a 24 anos, não concluiu o ensino médio nem vai ___ escola no
- Brasil. Além disso, 72% dos alunos que foram aprovados no ensino superior privado optaram
- por estudar à distância, conforme a divulgação feita pelo Instituto Nacional de Estudos e
- Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Nas licenciaturas (cursos de formação de
- professor), o índice foi ainda maior ▲ 93,2%.
- O crescimento da Educação à Distância (EaD), tendência presente nos últimos anos, gera
- preocupação de especialistas por conta da regulação frágil do setor e da dificuldade de mensurar
- a qualidade dessas graduações. Os mecanismos atuais de avaliação de cursos não consideram,
- por exemplo, o tipo de plataforma online usada pelas instituições de ensino e o tempo dedicado
- ___ aulas “síncronas”, em que os alunos podem interagir em tempo real com os professores. A
- tendência é que as faculdades gravem o material didático apenas uma vez e o vendam para um
- número cada vez maior de interessados.
- “O papel do MEC é regular isso. É um sinal vermelho aceso para a gente tomar medidas
- importantes diante desse cenário”, afirmou Camilo Santana, ministro da Educação, durante o
- evento de divulgação dos dados. Segundo ele● por decisão do governo federal, 16 cursos
- superiores não poderão ser feitos à distância: 4 já estão suspensos (Enfermagem, Direito,
- Odontologia e Psicologia) e outros 12 ainda estão em debate, por meio de consulta pública.
- Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, entidade que representa mantenedoras
- de ensino superior no Brasil, explica que a modalidade à distância “tem sido mais atrativa por
- trazer flexibilidade em termos de local e horário [para o aluno estudar], mas, principalmente,
- por ser oferecida com mensalidades muito, muito mais baratas”. Ele complementa dizendo que
- “80% do alunado brasileiro têm renda per capita de até 3 salários-mínimos, ou seja, não têm
- condição de pagar mensalidades [dos cursos presenciais]. ___ cobertura do Prouni e do Fies é
- baixa e o número de vagas no ensino público também”.
- O número de novos alunos que escolheram fazer faculdade à distância cresceu 20% entre
- 2021 e 2022: saltou de 3,9 milhões para 4,7 milhões. Desde 2020, a EaD ultrapassou o ensino
- presencial no quesito “ingressantes”. A quantidade de cursos EaD no ensino superior triplicou
- em 4 anos: foi de 3.177 graduações, em 2018, para 9.186, em 2022. Os índices do Censo,
- referentes a professores ◆ alunos e instituições de ensino, servem para embasar novas políticas
- públicas e desenhar um panorama da educação brasileira.
(Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Analise as assertivas a seguir:
I. A palavra “distância” é acentuada conforme a regra das paroxítonas, e a palavra “cenário”, conforme a regra do hiato.
II. As palavras “horário” e “evento” apresentam o mesmo número de fonemas.
III. Pode-se dizer que a palavra “flexibilidade” é formada por derivação sufixal.
Quais estão corretas?
Instrução: as questões 11 a 15 referem-se à tirinha abaixo.
Disponível em: https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/27431-tiras-de-armandinho.
Considerando o primeiro quadrinho da tirinha, assinale a alternativa que apresenta um advérbio.
Por que o olho treme de maneira involuntária?
1_____Sabe aquela sensação incômoda de que o olho está tremendo involuntariamente? Essa
2_contração ocular, em termos médicos, é conhecida como blefaroespasmo essencial ou
3_mioquimia.
4_____Embora o tremor cause preocupação, a psiquiatra dra. Maria Fernanda Caliani, especialista
5_em terapia cognitivo-comportamental, explica que, na maioria dos casos, não é nada grave.
6_Chamado de “mioquimia facial”, o tremor acontece quando a musculatura da pálpebra é
7_altamente exi...ida ao longo do dia, quando passamos muito tempo de olhos abertos. Por conta
8_desse esforço, ela se torna muito sen...ível à fadiga, o que faz com que “trema”.
9_____De acordo com especialistas, o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode deixar essa
10_área mais cansada e piorar o tremor. Além disso, o estresse e a ansiedade também podem
11_contribuir para isso, porque o sistema nervoso reage a essas emoções, causando espasmos
12_musculares, incluindo o tremor no olho.
13_____Outro fator associado ao tremor é o consumo excessivo de cafeína e outros estimulantes,
14_que podem levar à irritação dos músculos oculares, causando blefaroespasmo temporário. Mais
15_um fator é a privação de sono, que interfere no funcionamento adequado dos músculos, incluindo
16_os responsáveis pelos movimentos oculares.
17_____Outra causa possível é a deficiência nutricional. Certas deficiências de nutrientes, como
18_magnésio e vitamina B12, podem contribuir para o aparecimento de espasmos oculares.
19_____As medidas para minimizar o problema são: dormir o sufi__iente para permitir que os
20_músculos e o sistema nervoso se recuperem; procurar reduzir o estresse; adotar práticas como
21_meditação, ioga e exercícios de respiração; limitar a ingestão de cafeína e outros estimulantes;
22_manter-se bem hidratado e seguir uma dieta equilibrada para suprir o corpo com os nutrientes
23_nece__ários; fazer pausas frequentes para descansar os olhos, especialmente após muito tempo
24_em frente a telas de computador ou dispositivos móveis.
25_____Contudo, embora o tremor no olho seja geralmente temporário e benigno, é importante
26_procurar um médico se os sintomas persistirem, para descartar quaisquer preocupações.
(Disponível em: https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Considerando o fragmento “Outro fator associado ao tremor é o consumo excessivo de cafeína e outros estimulantes”, assinale a alternativa que apresenta respectivamente um pronome e um adjetivo.
Por que o olho treme de maneira involuntária?
1_____Sabe aquela sensação incômoda de que o olho está tremendo involuntariamente? Essa
2_contração ocular, em termos médicos, é conhecida como blefaroespasmo essencial ou
3_mioquimia.
4_____Embora o tremor cause preocupação, a psiquiatra dra. Maria Fernanda Caliani, especialista
5_em terapia cognitivo-comportamental, explica que, na maioria dos casos, não é nada grave.
6_Chamado de “mioquimia facial”, o tremor acontece quando a musculatura da pálpebra é
7_altamente exi...ida ao longo do dia, quando passamos muito tempo de olhos abertos. Por conta
8_desse esforço, ela se torna muito sen...ível à fadiga, o que faz com que “trema”.
9_____De acordo com especialistas, o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode deixar essa
10_área mais cansada e piorar o tremor. Além disso, o estresse e a ansiedade também podem
11_contribuir para isso, porque o sistema nervoso reage a essas emoções, causando espasmos
12_musculares, incluindo o tremor no olho.
13_____Outro fator associado ao tremor é o consumo excessivo de cafeína e outros estimulantes,
14_que podem levar à irritação dos músculos oculares, causando blefaroespasmo temporário. Mais
15_um fator é a privação de sono, que interfere no funcionamento adequado dos músculos, incluindo
16_os responsáveis pelos movimentos oculares.
17_____Outra causa possível é a deficiência nutricional. Certas deficiências de nutrientes, como
18_magnésio e vitamina B12, podem contribuir para o aparecimento de espasmos oculares.
19_____As medidas para minimizar o problema são: dormir o sufi__iente para permitir que os
20_músculos e o sistema nervoso se recuperem; procurar reduzir o estresse; adotar práticas como
21_meditação, ioga e exercícios de respiração; limitar a ingestão de cafeína e outros estimulantes;
22_manter-se bem hidratado e seguir uma dieta equilibrada para suprir o corpo com os nutrientes
23_nece__ários; fazer pausas frequentes para descansar os olhos, especialmente após muito tempo
24_em frente a telas de computador ou dispositivos móveis.
25_____Contudo, embora o tremor no olho seja geralmente temporário e benigno, é importante
26_procurar um médico se os sintomas persistirem, para descartar quaisquer preocupações.
(Disponível em: https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Considerando o fragmento adaptado “O tremor acontece quando a musculatura da pálpebra é altamente utilizada”, assinale a alternativa que apresenta um advérbio.
Por que o olho treme de maneira involuntária?
1_____Sabe aquela sensação incômoda de que o olho está tremendo involuntariamente? Essa
2_contração ocular, em termos médicos, é conhecida como blefaroespasmo essencial ou
3_mioquimia.
4_____Embora o tremor cause preocupação, a psiquiatra dra. Maria Fernanda Caliani, especialista
5_em terapia cognitivo-comportamental, explica que, na maioria dos casos, não é nada grave.
6_Chamado de “mioquimia facial”, o tremor acontece quando a musculatura da pálpebra é
7_altamente exi...ida ao longo do dia, quando passamos muito tempo de olhos abertos. Por conta
8_desse esforço, ela se torna muito sen...ível à fadiga, o que faz com que “trema”.
9_____De acordo com especialistas, o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode deixar essa
10_área mais cansada e piorar o tremor. Além disso, o estresse e a ansiedade também podem
11_contribuir para isso, porque o sistema nervoso reage a essas emoções, causando espasmos
12_musculares, incluindo o tremor no olho.
13_____Outro fator associado ao tremor é o consumo excessivo de cafeína e outros estimulantes,
14_que podem levar à irritação dos músculos oculares, causando blefaroespasmo temporário. Mais
15_um fator é a privação de sono, que interfere no funcionamento adequado dos músculos, incluindo
16_os responsáveis pelos movimentos oculares.
17_____Outra causa possível é a deficiência nutricional. Certas deficiências de nutrientes, como
18_magnésio e vitamina B12, podem contribuir para o aparecimento de espasmos oculares.
19_____As medidas para minimizar o problema são: dormir o sufi__iente para permitir que os
20_músculos e o sistema nervoso se recuperem; procurar reduzir o estresse; adotar práticas como
21_meditação, ioga e exercícios de respiração; limitar a ingestão de cafeína e outros estimulantes;
22_manter-se bem hidratado e seguir uma dieta equilibrada para suprir o corpo com os nutrientes
23_nece__ários; fazer pausas frequentes para descansar os olhos, especialmente após muito tempo
24_em frente a telas de computador ou dispositivos móveis.
25_____Contudo, embora o tremor no olho seja geralmente temporário e benigno, é importante
26_procurar um médico se os sintomas persistirem, para descartar quaisquer preocupações.
(Disponível em: https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que indica respectivamente a correta classe gramatical das palavras sublinhadas no trecho a seguir: “Sabe aquela sensação incômoda de que o olho está tremendo involuntariamente?”.
A cidade como mundo, ou o mundo como cidade
Por Fabrício Carpinejar
- Minha infância não foi globalizada. Não havia internet, redes sociais, celular. Eu mal saía do
- meu bairro. Minha experiência pode parecer tacanha ___ nova geração que se desloca para longe
- desde o berço, que fala com gente de qualquer parte, que tem o inglês como um segundo idioma
- básico.
- Mas eu ainda prefiro ter a cidade como meu mundo a ter o mundo como cidade,
- diferentemente de quem nasceu depois dos anos 2000.
- Hoje você tem mais facilidades de adaptação, de comunicação, de locomoção. Só que não
- sossega num lugar fixo. Não tem um lugar sagrado, uma residência definitiva. Não conhece sua
- cidade “como quem examinasse a anatomia de um corpo”, para lembrar verso emblemático de
- Mario Quintana.
- Você é de todos os lugares, e um turista do seu berço natal. Não se apegou ___ atmosfera
- de um parque ou de uma praça. Não treinou a falta. Não gritou “cheguei” abrindo a porta de
- casa. Não sofreu picos de nostal...ia com uma mudança. Não chorou por um amor perdido. Não
- suspirou pela primavera das árvores mudando a cor da calçada e dos passos com suas folhas
- alaranjadas. Não namorou no drive-in da orla, com o sol descendo na tela do Guaíba.
- Troca de endereço com desembara...o, aceita empregos distantes sem crise de consciência,
- realiza intercâmbios com ___ adrenalina do desafio. Suas relações são do momento, para o
- momento, absolutamente circunstanciais. O presente tem a dinâmica de Stories, durando 24h.
- Termina romance apartado da fossa e do medo ... jamais ver a pessoa. O passado não pesa. O
- guarda-roupa mora nas malas.
- Não vou cometer o crime da vaidade e da velhice de dizer que no meu tempo era melhor.
- Balbucio na hora de explicar para a linhagem digital a minha época de formação, até meu
- vocabulário é arcaico.
- Posso garantir que ela era sentimental e exclusivamente presencial. Não se faziam contatos
- na distância. O amor platônico acontecia pelo vizinho ou vizinha, ali na janela paralela do mesmo
- prédio, jamais por alguém de outro país.
- Quando sou obrigado a viajar, eu quero sempre voltar. A saudade é maior do que a
- aventura. Talvez a saudade seja a minha mais fremente aventura.
- Não consigo ficar longe da minha churrasqueira, da minha varanda, da minha biblioteca,
- das minhas plantas, do fardamento das manhãs, da minha cama, dos afetos que frequentam o
- meu lar desde criança. Tenho uma posse...ividade provinciana. Minha alma é incuravelmente
- bairrista.
(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2023/11/a-cidade-como-mundo-ou-o-mundo-como-cidade – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que indica o significado correto do advérbio sublinhado no trecho “O amor platônico acontecia pelo vizinho ou vizinha, ali na janela paralela do mesmo prédio”.
A cidade como mundo, ou o mundo como cidade
Por Fabrício Carpinejar
- Minha infância não foi globalizada. Não havia internet, redes sociais, celular. Eu mal saía do
- meu bairro. Minha experiência pode parecer tacanha ___ nova geração que se desloca para longe
- desde o berço, que fala com gente de qualquer parte, que tem o inglês como um segundo idioma
- básico.
- Mas eu ainda prefiro ter a cidade como meu mundo a ter o mundo como cidade,
- diferentemente de quem nasceu depois dos anos 2000.
- Hoje você tem mais facilidades de adaptação, de comunicação, de locomoção. Só que não
- sossega num lugar fixo. Não tem um lugar sagrado, uma residência definitiva. Não conhece sua
- cidade “como quem examinasse a anatomia de um corpo”, para lembrar verso emblemático de
- Mario Quintana.
- Você é de todos os lugares, e um turista do seu berço natal. Não se apegou ___ atmosfera
- de um parque ou de uma praça. Não treinou a falta. Não gritou “cheguei” abrindo a porta de
- casa. Não sofreu picos de nostal...ia com uma mudança. Não chorou por um amor perdido. Não
- suspirou pela primavera das árvores mudando a cor da calçada e dos passos com suas folhas
- alaranjadas. Não namorou no drive-in da orla, com o sol descendo na tela do Guaíba.
- Troca de endereço com desembara...o, aceita empregos distantes sem crise de consciência,
- realiza intercâmbios com ___ adrenalina do desafio. Suas relações são do momento, para o
- momento, absolutamente circunstanciais. O presente tem a dinâmica de Stories, durando 24h.
- Termina romance apartado da fossa e do medo ... jamais ver a pessoa. O passado não pesa. O
- guarda-roupa mora nas malas.
- Não vou cometer o crime da vaidade e da velhice de dizer que no meu tempo era melhor.
- Balbucio na hora de explicar para a linhagem digital a minha época de formação, até meu
- vocabulário é arcaico.
- Posso garantir que ela era sentimental e exclusivamente presencial. Não se faziam contatos
- na distância. O amor platônico acontecia pelo vizinho ou vizinha, ali na janela paralela do mesmo
- prédio, jamais por alguém de outro país.
- Quando sou obrigado a viajar, eu quero sempre voltar. A saudade é maior do que a
- aventura. Talvez a saudade seja a minha mais fremente aventura.
- Não consigo ficar longe da minha churrasqueira, da minha varanda, da minha biblioteca,
- das minhas plantas, do fardamento das manhãs, da minha cama, dos afetos que frequentam o
- meu lar desde criança. Tenho uma posse...ividade provinciana. Minha alma é incuravelmente
- bairrista.
(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2023/11/a-cidade-como-mundo-ou-o-mundo-como-cidade – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta palavra formada somente pelo processo de sufixação, assim como o vocábulo “emblemático”.