Questões de Concurso
Sobre morfologia em português
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Texto
Chimpanzés usam insetos para tratar feridas, mostra novo estudo
Os chimpanzés criam e usam ferramentas, como já sabemos. Mas é possível que eles também usem medicamentos para tratar seus ferimentos? Um novo estudo sugere que sim.
Desde 2005, pesquisadores vêm estudando uma comunidade de aproximadamente 45 chimpanzés no Parque Nacional Loango, no Gabão, na costa oeste da África. Em um período de 15 meses, de novembro de 2019 a fevereiro de 2021, os pesquisadores notaram 76 feridas abertas em 22 chimpanzés. Em 19 casos eles viram um deles realizar o que parecia um autotratamento da ferida, usando um inseto como remédio. Em alguns casos, um chimpanzé parecia tratar outro. Os cientistas publicaram suas observações na revista Current Biology na segunda-feira (7).
O procedimento era semelhante em todas as ocasiões. Primeiro, os chimpanzés pegavam um inseto voador; depois o imobilizavam, apertando-o entre os lábios. Aí colocavam o inseto sobre a ferida, movendo-o em círculo com as pontas dos dedos. Finalmente, retiravam o inseto, usando a boca ou os dedos. Com frequência eles colocavam o inseto na ferida e o retiravam diversas vezes.
Os pesquisadores não sabem que inseto os chimpanzés usavam, ou exatamente como ele pode ajudar a curar um ferimento. Sabem que eram pequenos insetos voadores de cor escura. Não há evidência de que os chimpanzés comam os insetos – eles com certeza os espremem entre os lábios e os aplicam sobre os ferimentos.
Há outros relatos de automedicação em animais, incluindo cães e gatos que comem capim ou plantas, provavelmente para fazê-los vomitar, e ursos e veados que consomem plantas medicinais, aparentemente para se automedicar. Orangotangos foram vistos aplicando material para aliviar lesões musculares. Mas os pesquisadores não sabem de relatos anteriores de mamíferos não humanos usarem insetos para fins medicinais.
Em três casos, os pesquisadores viram os chimpanzés usarem a técnica em outro chimpanzé. Em um deles, uma fêmea adulta chamada Carol cuidou de um ferimento na perna de um macho adulto, Littlegrey. Ela pegou um inseto e o deu a Littlegrey, que o colocou entre os lábios e o aplicou na ferida. Mais tarde, Carol e outro macho adulto foram vistos esfregando o inseto em torno da ferida de Littlegrey. Outro macho adulto se aproximou, retirou o inseto da ferida, colocou-o entre seus lábios e depois o reaplicou na perna de Littlegrey.
Um chimpanzé macho adulto chamado Freddy era um grande entusiasta da medicina com insetos, tratando-se diversas vezes de ferimentos na cabeça, nos braços, região dorsal, o pulso esquerdo e o pênis. Um dia, os pesquisadores o viram tratar-se duas vezes do mesmo ferimento no braço. Os pesquisadores não sabem como Freddy se feriu, mas alguns casos provavelmente envolviam brigas com outros machos.
Alguns animais cooperam com outros de maneiras semelhantes, segundo Simone Pika, diretora do laboratório de cognição animal na Universidade de Osnabruck, na Alemanha, que é um dos autores do estudo. “Mas não sabemos de qualquer outro caso em mamíferos”, disse ela. “Pode ser um comportamento adquirido que só existe nesse grupo. Não sabemos se nossos chimpanzés são especiais nesse sentido.”
Aaron Sandel, antropólogo na Universidade do Texas em Austin, achou o trabalho valioso, mas ao mesmo tempo manifestou certas dúvidas. “Eles não oferecem uma explicação alternativa para o comportamento, nem fazem conexão com que inseto poderia ser", disse. "O salto para uma potencial função médica é um exagero, nesta altura.”
Mas, disse ele, “cuidar de seus próprios ferimentos ou de outros usando um instrumento, outro objeto, é muito raro”. A documentação dos chimpanzés cuidando de outros é “uma importante contribuição para o estudo do comportamento social dos macacos”, acrescentou Sandel. “E é interessante também perguntar se há empatia envolvida nisso, como nos humanos.”
Em algumas formas de comportamento social de macacos, fica claro que há uma troca valiosa. Por exemplo, pentear outro chimpanzé oferece alívio dos parasitas para o animal penteado, mas também um lanche de insetos para o que penteia. Mas em casos que Pika observou, segundo disse, o chimpanzé não recebe nada em troca. Para ela, isso mostra que os macacos estão envolvidos num ato que aumenta “o bem-estar de outro ser” e nos ensina mais sobre os relacionamentos sociais dos primatas.
“Em cada observação em campo aprendemos mais sobre os chimpanzés”, disse ela. “Eles realmente nos surpreendem.”
(Nicholas Bakalar. The New York Times. Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves.
Fevereiro de 2022.)
Assinale a opção em que, alterando-se o segmento sublinhado, tenha-se mantido a correção gramatical.
Texto
Chimpanzés usam insetos para tratar feridas, mostra novo estudo
Os chimpanzés criam e usam ferramentas, como já sabemos. Mas é possível que eles também usem medicamentos para tratar seus ferimentos? Um novo estudo sugere que sim.
Desde 2005, pesquisadores vêm estudando uma comunidade de aproximadamente 45 chimpanzés no Parque Nacional Loango, no Gabão, na costa oeste da África. Em um período de 15 meses, de novembro de 2019 a fevereiro de 2021, os pesquisadores notaram 76 feridas abertas em 22 chimpanzés. Em 19 casos eles viram um deles realizar o que parecia um autotratamento da ferida, usando um inseto como remédio. Em alguns casos, um chimpanzé parecia tratar outro. Os cientistas publicaram suas observações na revista Current Biology na segunda-feira (7).
O procedimento era semelhante em todas as ocasiões. Primeiro, os chimpanzés pegavam um inseto voador; depois o imobilizavam, apertando-o entre os lábios. Aí colocavam o inseto sobre a ferida, movendo-o em círculo com as pontas dos dedos. Finalmente, retiravam o inseto, usando a boca ou os dedos. Com frequência eles colocavam o inseto na ferida e o retiravam diversas vezes.
Os pesquisadores não sabem que inseto os chimpanzés usavam, ou exatamente como ele pode ajudar a curar um ferimento. Sabem que eram pequenos insetos voadores de cor escura. Não há evidência de que os chimpanzés comam os insetos – eles com certeza os espremem entre os lábios e os aplicam sobre os ferimentos.
Há outros relatos de automedicação em animais, incluindo cães e gatos que comem capim ou plantas, provavelmente para fazê-los vomitar, e ursos e veados que consomem plantas medicinais, aparentemente para se automedicar. Orangotangos foram vistos aplicando material para aliviar lesões musculares. Mas os pesquisadores não sabem de relatos anteriores de mamíferos não humanos usarem insetos para fins medicinais.
Em três casos, os pesquisadores viram os chimpanzés usarem a técnica em outro chimpanzé. Em um deles, uma fêmea adulta chamada Carol cuidou de um ferimento na perna de um macho adulto, Littlegrey. Ela pegou um inseto e o deu a Littlegrey, que o colocou entre os lábios e o aplicou na ferida. Mais tarde, Carol e outro macho adulto foram vistos esfregando o inseto em torno da ferida de Littlegrey. Outro macho adulto se aproximou, retirou o inseto da ferida, colocou-o entre seus lábios e depois o reaplicou na perna de Littlegrey.
Um chimpanzé macho adulto chamado Freddy era um grande entusiasta da medicina com insetos, tratando-se diversas vezes de ferimentos na cabeça, nos braços, região dorsal, o pulso esquerdo e o pênis. Um dia, os pesquisadores o viram tratar-se duas vezes do mesmo ferimento no braço. Os pesquisadores não sabem como Freddy se feriu, mas alguns casos provavelmente envolviam brigas com outros machos.
Alguns animais cooperam com outros de maneiras semelhantes, segundo Simone Pika, diretora do laboratório de cognição animal na Universidade de Osnabruck, na Alemanha, que é um dos autores do estudo. “Mas não sabemos de qualquer outro caso em mamíferos”, disse ela. “Pode ser um comportamento adquirido que só existe nesse grupo. Não sabemos se nossos chimpanzés são especiais nesse sentido.”
Aaron Sandel, antropólogo na Universidade do Texas em Austin, achou o trabalho valioso, mas ao mesmo tempo manifestou certas dúvidas. “Eles não oferecem uma explicação alternativa para o comportamento, nem fazem conexão com que inseto poderia ser", disse. "O salto para uma potencial função médica é um exagero, nesta altura.”
Mas, disse ele, “cuidar de seus próprios ferimentos ou de outros usando um instrumento, outro objeto, é muito raro”. A documentação dos chimpanzés cuidando de outros é “uma importante contribuição para o estudo do comportamento social dos macacos”, acrescentou Sandel. “E é interessante também perguntar se há empatia envolvida nisso, como nos humanos.”
Em algumas formas de comportamento social de macacos, fica claro que há uma troca valiosa. Por exemplo, pentear outro chimpanzé oferece alívio dos parasitas para o animal penteado, mas também um lanche de insetos para o que penteia. Mas em casos que Pika observou, segundo disse, o chimpanzé não recebe nada em troca. Para ela, isso mostra que os macacos estão envolvidos num ato que aumenta “o bem-estar de outro ser” e nos ensina mais sobre os relacionamentos sociais dos primatas.
“Em cada observação em campo aprendemos mais sobre os chimpanzés”, disse ela. “Eles realmente nos surpreendem.”
(Nicholas Bakalar. The New York Times. Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves.
Fevereiro de 2022.)
Texto
Chimpanzés usam insetos para tratar feridas, mostra novo estudo
Os chimpanzés criam e usam ferramentas, como já sabemos. Mas é possível que eles também usem medicamentos para tratar seus ferimentos? Um novo estudo sugere que sim.
Desde 2005, pesquisadores vêm estudando uma comunidade de aproximadamente 45 chimpanzés no Parque Nacional Loango, no Gabão, na costa oeste da África. Em um período de 15 meses, de novembro de 2019 a fevereiro de 2021, os pesquisadores notaram 76 feridas abertas em 22 chimpanzés. Em 19 casos eles viram um deles realizar o que parecia um autotratamento da ferida, usando um inseto como remédio. Em alguns casos, um chimpanzé parecia tratar outro. Os cientistas publicaram suas observações na revista Current Biology na segunda-feira (7).
O procedimento era semelhante em todas as ocasiões. Primeiro, os chimpanzés pegavam um inseto voador; depois o imobilizavam, apertando-o entre os lábios. Aí colocavam o inseto sobre a ferida, movendo-o em círculo com as pontas dos dedos. Finalmente, retiravam o inseto, usando a boca ou os dedos. Com frequência eles colocavam o inseto na ferida e o retiravam diversas vezes.
Os pesquisadores não sabem que inseto os chimpanzés usavam, ou exatamente como ele pode ajudar a curar um ferimento. Sabem que eram pequenos insetos voadores de cor escura. Não há evidência de que os chimpanzés comam os insetos – eles com certeza os espremem entre os lábios e os aplicam sobre os ferimentos.
Há outros relatos de automedicação em animais, incluindo cães e gatos que comem capim ou plantas, provavelmente para fazê-los vomitar, e ursos e veados que consomem plantas medicinais, aparentemente para se automedicar. Orangotangos foram vistos aplicando material para aliviar lesões musculares. Mas os pesquisadores não sabem de relatos anteriores de mamíferos não humanos usarem insetos para fins medicinais.
Em três casos, os pesquisadores viram os chimpanzés usarem a técnica em outro chimpanzé. Em um deles, uma fêmea adulta chamada Carol cuidou de um ferimento na perna de um macho adulto, Littlegrey. Ela pegou um inseto e o deu a Littlegrey, que o colocou entre os lábios e o aplicou na ferida. Mais tarde, Carol e outro macho adulto foram vistos esfregando o inseto em torno da ferida de Littlegrey. Outro macho adulto se aproximou, retirou o inseto da ferida, colocou-o entre seus lábios e depois o reaplicou na perna de Littlegrey.
Um chimpanzé macho adulto chamado Freddy era um grande entusiasta da medicina com insetos, tratando-se diversas vezes de ferimentos na cabeça, nos braços, região dorsal, o pulso esquerdo e o pênis. Um dia, os pesquisadores o viram tratar-se duas vezes do mesmo ferimento no braço. Os pesquisadores não sabem como Freddy se feriu, mas alguns casos provavelmente envolviam brigas com outros machos.
Alguns animais cooperam com outros de maneiras semelhantes, segundo Simone Pika, diretora do laboratório de cognição animal na Universidade de Osnabruck, na Alemanha, que é um dos autores do estudo. “Mas não sabemos de qualquer outro caso em mamíferos”, disse ela. “Pode ser um comportamento adquirido que só existe nesse grupo. Não sabemos se nossos chimpanzés são especiais nesse sentido.”
Aaron Sandel, antropólogo na Universidade do Texas em Austin, achou o trabalho valioso, mas ao mesmo tempo manifestou certas dúvidas. “Eles não oferecem uma explicação alternativa para o comportamento, nem fazem conexão com que inseto poderia ser", disse. "O salto para uma potencial função médica é um exagero, nesta altura.”
Mas, disse ele, “cuidar de seus próprios ferimentos ou de outros usando um instrumento, outro objeto, é muito raro”. A documentação dos chimpanzés cuidando de outros é “uma importante contribuição para o estudo do comportamento social dos macacos”, acrescentou Sandel. “E é interessante também perguntar se há empatia envolvida nisso, como nos humanos.”
Em algumas formas de comportamento social de macacos, fica claro que há uma troca valiosa. Por exemplo, pentear outro chimpanzé oferece alívio dos parasitas para o animal penteado, mas também um lanche de insetos para o que penteia. Mas em casos que Pika observou, segundo disse, o chimpanzé não recebe nada em troca. Para ela, isso mostra que os macacos estão envolvidos num ato que aumenta “o bem-estar de outro ser” e nos ensina mais sobre os relacionamentos sociais dos primatas.
“Em cada observação em campo aprendemos mais sobre os chimpanzés”, disse ela. “Eles realmente nos surpreendem.”
(Nicholas Bakalar. The New York Times. Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves.
Fevereiro de 2022.)
Assinale a opção em que isso não tenha ocorrido.
Texto
Chimpanzés usam insetos para tratar feridas, mostra novo estudo
Os chimpanzés criam e usam ferramentas, como já sabemos. Mas é possível que eles também usem medicamentos para tratar seus ferimentos? Um novo estudo sugere que sim.
Desde 2005, pesquisadores vêm estudando uma comunidade de aproximadamente 45 chimpanzés no Parque Nacional Loango, no Gabão, na costa oeste da África. Em um período de 15 meses, de novembro de 2019 a fevereiro de 2021, os pesquisadores notaram 76 feridas abertas em 22 chimpanzés. Em 19 casos eles viram um deles realizar o que parecia um autotratamento da ferida, usando um inseto como remédio. Em alguns casos, um chimpanzé parecia tratar outro. Os cientistas publicaram suas observações na revista Current Biology na segunda-feira (7).
O procedimento era semelhante em todas as ocasiões. Primeiro, os chimpanzés pegavam um inseto voador; depois o imobilizavam, apertando-o entre os lábios. Aí colocavam o inseto sobre a ferida, movendo-o em círculo com as pontas dos dedos. Finalmente, retiravam o inseto, usando a boca ou os dedos. Com frequência eles colocavam o inseto na ferida e o retiravam diversas vezes.
Os pesquisadores não sabem que inseto os chimpanzés usavam, ou exatamente como ele pode ajudar a curar um ferimento. Sabem que eram pequenos insetos voadores de cor escura. Não há evidência de que os chimpanzés comam os insetos – eles com certeza os espremem entre os lábios e os aplicam sobre os ferimentos.
Há outros relatos de automedicação em animais, incluindo cães e gatos que comem capim ou plantas, provavelmente para fazê-los vomitar, e ursos e veados que consomem plantas medicinais, aparentemente para se automedicar. Orangotangos foram vistos aplicando material para aliviar lesões musculares. Mas os pesquisadores não sabem de relatos anteriores de mamíferos não humanos usarem insetos para fins medicinais.
Em três casos, os pesquisadores viram os chimpanzés usarem a técnica em outro chimpanzé. Em um deles, uma fêmea adulta chamada Carol cuidou de um ferimento na perna de um macho adulto, Littlegrey. Ela pegou um inseto e o deu a Littlegrey, que o colocou entre os lábios e o aplicou na ferida. Mais tarde, Carol e outro macho adulto foram vistos esfregando o inseto em torno da ferida de Littlegrey. Outro macho adulto se aproximou, retirou o inseto da ferida, colocou-o entre seus lábios e depois o reaplicou na perna de Littlegrey.
Um chimpanzé macho adulto chamado Freddy era um grande entusiasta da medicina com insetos, tratando-se diversas vezes de ferimentos na cabeça, nos braços, região dorsal, o pulso esquerdo e o pênis. Um dia, os pesquisadores o viram tratar-se duas vezes do mesmo ferimento no braço. Os pesquisadores não sabem como Freddy se feriu, mas alguns casos provavelmente envolviam brigas com outros machos.
Alguns animais cooperam com outros de maneiras semelhantes, segundo Simone Pika, diretora do laboratório de cognição animal na Universidade de Osnabruck, na Alemanha, que é um dos autores do estudo. “Mas não sabemos de qualquer outro caso em mamíferos”, disse ela. “Pode ser um comportamento adquirido que só existe nesse grupo. Não sabemos se nossos chimpanzés são especiais nesse sentido.”
Aaron Sandel, antropólogo na Universidade do Texas em Austin, achou o trabalho valioso, mas ao mesmo tempo manifestou certas dúvidas. “Eles não oferecem uma explicação alternativa para o comportamento, nem fazem conexão com que inseto poderia ser", disse. "O salto para uma potencial função médica é um exagero, nesta altura.”
Mas, disse ele, “cuidar de seus próprios ferimentos ou de outros usando um instrumento, outro objeto, é muito raro”. A documentação dos chimpanzés cuidando de outros é “uma importante contribuição para o estudo do comportamento social dos macacos”, acrescentou Sandel. “E é interessante também perguntar se há empatia envolvida nisso, como nos humanos.”
Em algumas formas de comportamento social de macacos, fica claro que há uma troca valiosa. Por exemplo, pentear outro chimpanzé oferece alívio dos parasitas para o animal penteado, mas também um lanche de insetos para o que penteia. Mas em casos que Pika observou, segundo disse, o chimpanzé não recebe nada em troca. Para ela, isso mostra que os macacos estão envolvidos num ato que aumenta “o bem-estar de outro ser” e nos ensina mais sobre os relacionamentos sociais dos primatas.
“Em cada observação em campo aprendemos mais sobre os chimpanzés”, disse ela. “Eles realmente nos surpreendem.”
(Nicholas Bakalar. The New York Times. Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves.
Fevereiro de 2022.)
No período acima, há ocorrência de quantos artigos definidos?

Estariam preservados a correção gramatical do texto e o seu sentido original caso fosse empregado, em lugar do advérbio “frequentemente” (linha 12), o adjetivo frequente.

O emprego da preposição “a”, em “aos desafios” (linha 3), justifica-se pela regência do termo “respostas” (linha 2).

“a retomada” (linha 25) por da retomada
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto apresentado, julgue o item seguinte.
No trecho “E tudo o que pudesse implicar de espetáculo
desde então terá um cunho negativo” (primeiro parágrafo), a
supressão da preposição “de” manteria a correção gramatical
e os sentidos originais do texto.
VÍNCULOS DO TEMPO
O ritmo frenético não justifica deixar de fazer o que é relevante.
É preciso ir devagar se quisermos ir longe, diz o ditado, com a sabedoria das constatações simples, aquelas que nascer da observação da natureza. Os Índios, por exemplo, são mestres no ofício de tirar lições de vida a partir das circunstâncias que lhes cercam e determinam sua existência. O céu, o rio, a floresta, as estações, tudo para os Índios tem um valor que nós, habitantes da cidade, com frequência subestimamos - o valor sublime daguilo que nos é dado pelo universo. Como o tempo.
Apesar de tentarmos controlá-lo com ponteiros ou telas digitais, o tempo não é mensurável por um único padrão. Ele acelera e desacelera de acordo com nosso estado de espirito. Há o tempo medido pela urgência, quando um prazo se impõe. Há o tempo do lazer, da conversa agradável, que se dissipa num piscar de olhos. Há o tempo preguiçoso, que escore por entre os dedos desperdiçado coma água preciosa. Há o tempo de festa e o tempo de luto, cada um dura quanto deve durar, mais curto e intenso para uns, mais longo e diluído para outros. É subjetiva, portanto, a percepção do tempo, esse “tambor de todos os ritmos”, na definição precisa de Caetano Veloso.
Nas últimas décadas, nos acostumamos a um ritmo frenético, inimaginável para nossos pais e avós. Os avanços da tecnologia multiplicaram nossas obrigações. ironicamente, cada facilidade a que temos acesso corresponde a uma dificuldade exira, uma tarefa adiclonal. O celular, por exemplo, nos franqueia o contato imediato com o mundo, mas demanda atenção a inúmeros grupos, nem todos realmente importantes. Com tantas facilidades ao nosso dispor, ficou mais complicado conciliar todas as esferas da vida - trabalho, estudo, família, amigos, lazer. Assim, engolidos pela rotina, vamos passando os dias sem dedicar um minuto a nós mesmos ou negligenciando os que nos são mais próximos.
Até que ponto, no entanto, as múltiplas distrações da vida modema são desculpa para não fazermos o que mais importa?
Algumas pessoas têm um admirável talento para fazer o tempo render, a convicção de que quinze minutos da agenda é tempo precioso. Fazem tudo com consciência, aproveitam cada reunião, cada conversa, para extrair o máximo do momento. Além de excelentes administradores do tempo, são notáveis gestores da informação que recebem - o que também os faz economizar tempo para apreciá-lo da maneira que se deve.
Conheço executivos que só comissionam trabalhos a quem “não tem tempo”. Sabem que os profissionais mais demandados produzirão o tempo extra que for necessário. Sim, porque é possivel fazer o própriotempo.
O distanciamento social mudou um pouco nossa relação com o tempo. Reduzimos a marcha, o que nos deu a oportunidade de rever a maneira como o desfrutamos. É esse o momento de encarar aquele projeto pessoal tantas vezes adiado. Pode ser o que for: testar uma receita nova, planejar uma viagem dos sonhos para quando tudo isso passar, se dedicar a montar a árvore genealógica da família, ler aquete clássico com calma que ele merece. E, sobretudo, conviver mais com quem amamos. Aliás, é sempre bom lembrar que o tempo compartilhado com alguém é a mais poderosa força criadora de vínculos.
FONTE: DINIZ, Lucília. Veja, 14/04/21
VÍNCULOS DO TEMPO
O ritmo frenético não justifica deixar de fazer o que é relevante.
É preciso ir devagar se quisermos ir longe, diz o ditado, com a sabedoria das constatações simples, aquelas que nascer da observação da natureza. Os Índios, por exemplo, são mestres no ofício de tirar lições de vida a partir das circunstâncias que lhes cercam e determinam sua existência. O céu, o rio, a floresta, as estações, tudo para os Índios tem um valor que nós, habitantes da cidade, com frequência subestimamos - o valor sublime daguilo que nos é dado pelo universo. Como o tempo.
Apesar de tentarmos controlá-lo com ponteiros ou telas digitais, o tempo não é mensurável por um único padrão. Ele acelera e desacelera de acordo com nosso estado de espirito. Há o tempo medido pela urgência, quando um prazo se impõe. Há o tempo do lazer, da conversa agradável, que se dissipa num piscar de olhos. Há o tempo preguiçoso, que escore por entre os dedos desperdiçado coma água preciosa. Há o tempo de festa e o tempo de luto, cada um dura quanto deve durar, mais curto e intenso para uns, mais longo e diluído para outros. É subjetiva, portanto, a percepção do tempo, esse “tambor de todos os ritmos”, na definição precisa de Caetano Veloso.
Nas últimas décadas, nos acostumamos a um ritmo frenético, inimaginável para nossos pais e avós. Os avanços da tecnologia multiplicaram nossas obrigações. ironicamente, cada facilidade a que temos acesso corresponde a uma dificuldade exira, uma tarefa adiclonal. O celular, por exemplo, nos franqueia o contato imediato com o mundo, mas demanda atenção a inúmeros grupos, nem todos realmente importantes. Com tantas facilidades ao nosso dispor, ficou mais complicado conciliar todas as esferas da vida - trabalho, estudo, família, amigos, lazer. Assim, engolidos pela rotina, vamos passando os dias sem dedicar um minuto a nós mesmos ou negligenciando os que nos são mais próximos.
Até que ponto, no entanto, as múltiplas distrações da vida modema são desculpa para não fazermos o que mais importa?
Algumas pessoas têm um admirável talento para fazer o tempo render, a convicção de que quinze minutos da agenda é tempo precioso. Fazem tudo com consciência, aproveitam cada reunião, cada conversa, para extrair o máximo do momento. Além de excelentes administradores do tempo, são notáveis gestores da informação que recebem - o que também os faz economizar tempo para apreciá-lo da maneira que se deve.
Conheço executivos que só comissionam trabalhos a quem “não tem tempo”. Sabem que os profissionais mais demandados produzirão o tempo extra que for necessário. Sim, porque é possivel fazer o própriotempo.
O distanciamento social mudou um pouco nossa relação com o tempo. Reduzimos a marcha, o que nos deu a oportunidade de rever a maneira como o desfrutamos. É esse o momento de encarar aquele projeto pessoal tantas vezes adiado. Pode ser o que for: testar uma receita nova, planejar uma viagem dos sonhos para quando tudo isso passar, se dedicar a montar a árvore genealógica da família, ler aquete clássico com calma que ele merece. E, sobretudo, conviver mais com quem amamos. Aliás, é sempre bom lembrar que o tempo compartilhado com alguém é a mais poderosa força criadora de vínculos.
FONTE: DINIZ, Lucília. Veja, 14/04/21
VÍNCULOS DO TEMPO
O ritmo frenético não justifica deixar de fazer o que é relevante.
É preciso ir devagar se quisermos ir longe, diz o ditado, com a sabedoria das constatações simples, aquelas que nascer da observação da natureza. Os Índios, por exemplo, são mestres no ofício de tirar lições de vida a partir das circunstâncias que lhes cercam e determinam sua existência. O céu, o rio, a floresta, as estações, tudo para os Índios tem um valor que nós, habitantes da cidade, com frequência subestimamos - o valor sublime daguilo que nos é dado pelo universo. Como o tempo.
Apesar de tentarmos controlá-lo com ponteiros ou telas digitais, o tempo não é mensurável por um único padrão. Ele acelera e desacelera de acordo com nosso estado de espirito. Há o tempo medido pela urgência, quando um prazo se impõe. Há o tempo do lazer, da conversa agradável, que se dissipa num piscar de olhos. Há o tempo preguiçoso, que escore por entre os dedos desperdiçado coma água preciosa. Há o tempo de festa e o tempo de luto, cada um dura quanto deve durar, mais curto e intenso para uns, mais longo e diluído para outros. É subjetiva, portanto, a percepção do tempo, esse “tambor de todos os ritmos”, na definição precisa de Caetano Veloso.
Nas últimas décadas, nos acostumamos a um ritmo frenético, inimaginável para nossos pais e avós. Os avanços da tecnologia multiplicaram nossas obrigações. ironicamente, cada facilidade a que temos acesso corresponde a uma dificuldade exira, uma tarefa adiclonal. O celular, por exemplo, nos franqueia o contato imediato com o mundo, mas demanda atenção a inúmeros grupos, nem todos realmente importantes. Com tantas facilidades ao nosso dispor, ficou mais complicado conciliar todas as esferas da vida - trabalho, estudo, família, amigos, lazer. Assim, engolidos pela rotina, vamos passando os dias sem dedicar um minuto a nós mesmos ou negligenciando os que nos são mais próximos.
Até que ponto, no entanto, as múltiplas distrações da vida modema são desculpa para não fazermos o que mais importa?
Algumas pessoas têm um admirável talento para fazer o tempo render, a convicção de que quinze minutos da agenda é tempo precioso. Fazem tudo com consciência, aproveitam cada reunião, cada conversa, para extrair o máximo do momento. Além de excelentes administradores do tempo, são notáveis gestores da informação que recebem - o que também os faz economizar tempo para apreciá-lo da maneira que se deve.
Conheço executivos que só comissionam trabalhos a quem “não tem tempo”. Sabem que os profissionais mais demandados produzirão o tempo extra que for necessário. Sim, porque é possivel fazer o própriotempo.
O distanciamento social mudou um pouco nossa relação com o tempo. Reduzimos a marcha, o que nos deu a oportunidade de rever a maneira como o desfrutamos. É esse o momento de encarar aquele projeto pessoal tantas vezes adiado. Pode ser o que for: testar uma receita nova, planejar uma viagem dos sonhos para quando tudo isso passar, se dedicar a montar a árvore genealógica da família, ler aquete clássico com calma que ele merece. E, sobretudo, conviver mais com quem amamos. Aliás, é sempre bom lembrar que o tempo compartilhado com alguém é a mais poderosa força criadora de vínculos.
FONTE: DINIZ, Lucília. Veja, 14/04/21
“O céu, o rio, a floresta, as estações, tudo para os índios tem um valor que nós, habitantes da cidade, com frequência subestimamos - o valor sublime daquilo que nos é dado pelo universo. Como o tempo.”
O prefixo de “subestimamos” tem, semanticamente, valor de:
Leia o texto.
Marcela
Gastei trinta dias para ir do Rocio Grande ao coração de Marcela, não já cavalgando o corcel do cego desejo, mas o asno da paciência, a um tempo manhoso e teimoso. (…)
Teve duas fases a nossa paixão, ou ligação, ou qualquer outro nome, que eu de nomes não curo; teve a fase consular e a fase imperial. Na primeira, que foi curta, regemos o Xavier e eu, sem que ele jamais acreditasse dividir comigo o governo de Roma; mas, quando a credulidade não pôde resistir à evidência, o Xavier depôs as insígnias, e eu concentrei todos os poderes na minha mão: foi a fase cesariana. Era o meu universo; mas, ai triste! não o era de graça. Foi-me preciso coligir dinheiro, multiplicá-lo, inventá-lo. Primeiro explorei as larguezas de meu pai; ele dava-me tudo o que lhe pedia, sem repreensão, sem demora, sem frieza; dizia a todos que eu era rapaz e que ele o fora também. Mas a tal extremo chegou o abuso, que ele restringiu um pouco as franquezas, depois mais, depois mais. Então recorri a minha mãe, e induzi-a a desviar alguma cousa (sic), que me dava às escondidas. Era pouco; lancei mão de um recurso último: entrei a sacar sobre a herança de meu pai, a assinar obrigações, que devia resgatar um dia com usura. Machado de Assis.
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Excerto.
Escolha a palavra correta (entre aquelas colocadas entre parênteses). Considere o texto lido.
◾ (Embora/Posto que) Marcela tenha amado Xavier, manteve relacionamento com outro também.
◾ (Como/Conquanto) não tinha mais dinheiro, recorreu ao pai.
◾ Não iria ao seu encontro (mesmo que/desde que) me implorasse.
◾ Xavier ficou triste (depois/assim que) que Marcela o deixou.
◾ Marcela tinha dois amantes: Xavier e outro. (Este/Esse/aquele) pedia dinheiro ao pai; (aquele/esse/este) a deixou.
Assinale a alternativa que indica as palavras corretas, na sequência.
Texto CG2A1-II
Você pode adorar morango e lhe ser alérgico. Se comer, já sabe, é um desastre. Outro pode ter horror a cebola e não lhe ser alérgico. Não come porque detesta. Assim como não se discutem, gostos também não se explicam. São tabus. A alergia é uma descoberta do princípio do século passado. O sujeito nasce com uma hipersensibilidade para isto ou aquilo. Os alérgenos. Há, por exemplo, quem não suporte perfume. Um determinado tipo de perfume.
No caso de alimento, você evita. Se a alergia é a pluma, estofado de pluma sempre se pode evitar. Já perfume é mais difícil. Causa a ruptura de uma amizade, ou até de um amor. Se o outro insiste, é porque não há amor nem amizade. Nada mais prosaico do que um namorado ou uma namorada que se põe a espirrar à simples aproximação do parceiro ou da parceira. Uma tempestade alérgica pode liquidar com um amor. Sábia é a natureza ao impor as suas repulsas e as suas afinidades.
Otto Lara Resende. Sufoco hipersensível. Internet:<cronicabrasileira.org.br> (com adaptações).
Elas são as amigas que sempre se _________ muito ________ livros e cinema. Por isso nós ______ convidamos para ir conosco ver esse novo filme.
As lacunas do enunciado devem ser preenchidas, correta e respectivamente, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, por:
Leia o texto da tirinha a seguir para responder à questão.
(Estevão, Hector & Afonso – Os passarinhos. Disponível em: http://www.
ospassarinhos.com.br/tag/amizade/. Acesso em: 18.05.2018)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Canção da América
Amigo é coisa pra se guardar
debaixo de sete chaves,
dentro do coração,
assim falava a canção que na América ouvi,
mas quem cantava chorou ao ver seu amigo partir,
mas quem ficou, no pensamento voou,
com seu canto que o outro lembrou.
E quem voou no pensamento ficou
com a lembrança que o outro cantou.
Amigo é coisa pra se guardar
no lado esquerdo do peito,
mesmo que o tempo e a distância digam não,
mesmo esquecendo a canção.
O que importa é ouvir a voz que vem do coração.
Pois seja o que vier,
venha o que vier,
qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar
qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.
(Milton Nascimento)
Amizade verdadeira
Nós vivemos tempos em que há certa banalização da palavra “amigo”. Nas redes sociais, é hábito se contabilizar “eu tenho tantos amigos”, como se a ideia de amizade pudesse ser tão superficial. Amizade implica convivência, mesmo que a distância, numa capacidade de doação e compreensão. E, por vezes até, requer algum gesto de recusa, porque um amigo ou uma amiga não é quem concorda sempre, mas quem discorda também, de modo que proteja a outra pessoa.
Com facilidade se chama de “amigo” ou “amiga” quem é, somente, um colega, uma conhecida, um parceiro momentâneo. Esse uso corriqueiro da palavra “amigo” precisa ser revisto, afinal de contas há um critério explícito para que se saiba se alguém, de fato, é amigo. O historiador inglês Thomas Fuller (1608-1661) registrou: “Homem nenhum pode ser feliz sem um amigo, nem pode estar certo desse amigo enquanto não for infeliz”.
A frase é forte. Porque amizade é aquela que se prova também nas tempestades, na hora da amargura, da encrenca e da necessidade, e não apenas nos momentos de alegria e comemoração.
(Mário Sérgio Cortella, Vamos pensar um pouco?: lições ilustradas com a turma da Mônica/Maurício de Souza. Adaptado)
“Pedro Henrique queria muito saber se Laura iria à formatura.”