Questões de Concurso Comentadas sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português

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Q2102784 Português

Leia a tirinha a seguir para responder a questão.


                                               (Disponível em http://picasaweb.google.com.br. Acesso em: 11.12.2022)

De acordo com a tirinha, é correto afirmar que o discurso defendido por Susanita 
Alternativas
Q2102778 Português
Leia o texto a seguir para responder a questão.

        Os termos “enzima sistêmica intramuscular” e “enzima de emagrecimento” ganharam as redes sociais nos últimos dias. O grupo de substâncias que comercialmente recebe esse nome por acelerar o metabolismo, porém, é controverso no meio médico. Instituições ligadas à saúde dizem que não há estudos que comprovem a eficácia e muito menos a segurança desses procedimentos injetáveis. As supostas “enzimas” usadas nos tratamentos estéticos trazem vitaminas e substâncias não especificadas. Em casos extremos, centros de emagrecimento aplicam hormônios para tireoide e testosterona em pacientes para provocar o efeito prometido.

        Sem se identificar, a Folha entrou em contato com duas redes de estética, uma de São Paulo e outra de Minas Gerais, e perguntou quais as substâncias mais usadas na enzima intramuscular. As duas negaram a informação e disseram que a combinação depende de avaliação individual. Uma delas definiu as enzimas como “ativos que promovem redução de gordura localizada, emagrecimento e até ganho de massa”, utilizando até cinco substâncias. As duas disseram não usar hormônios.

        Uma moradora do estado do Pará disse ter perdido um rim depois de injetar enzimas no abdômen. Em seu relato, compartilhado em seu perfil nas redes sociais, ela mostra uma conversa em que o profissional responsável pelo procedimento afirma que a combinação utilizada por ela continha silício, cafeína, chá verde, colágeno, vitamina B12 e queratina. “Parece que foi algo pesquisado na internet e tentaram passar para mim”, comenta a vítima na mesma gravação.

        Por definição, enzimas são proteínas que aceleram o metabolismo, mas, de acordo com o médico endocrinologista Lucas do Prado Palmiro, nem tudo que é vendido no mercado estético com este nome é de fato enzimático. Palmiro aplica enzimas em seu consultório e defende que as composições são eficazes, com resultados que “até parecem mágica”, desde que bem receitadas. “Quando a gente fala em enzima de emagrecimento, passa de 100 medicamentos diferentes e a gama de produtos é cada vez maior. O problema, na realidade, é chamar de enzima tudo que compreende uma série de vitaminas e medicamentos”, conclui.
(Folha de S. Paulo, 27.10.2022. Adaptado) 
Em relação ao comércio das enzimas propriamente dito, é correto afirmar que
Alternativas
Q2102777 Português
Leia o texto a seguir para responder a questão.

        Os termos “enzima sistêmica intramuscular” e “enzima de emagrecimento” ganharam as redes sociais nos últimos dias. O grupo de substâncias que comercialmente recebe esse nome por acelerar o metabolismo, porém, é controverso no meio médico. Instituições ligadas à saúde dizem que não há estudos que comprovem a eficácia e muito menos a segurança desses procedimentos injetáveis. As supostas “enzimas” usadas nos tratamentos estéticos trazem vitaminas e substâncias não especificadas. Em casos extremos, centros de emagrecimento aplicam hormônios para tireoide e testosterona em pacientes para provocar o efeito prometido.

        Sem se identificar, a Folha entrou em contato com duas redes de estética, uma de São Paulo e outra de Minas Gerais, e perguntou quais as substâncias mais usadas na enzima intramuscular. As duas negaram a informação e disseram que a combinação depende de avaliação individual. Uma delas definiu as enzimas como “ativos que promovem redução de gordura localizada, emagrecimento e até ganho de massa”, utilizando até cinco substâncias. As duas disseram não usar hormônios.

        Uma moradora do estado do Pará disse ter perdido um rim depois de injetar enzimas no abdômen. Em seu relato, compartilhado em seu perfil nas redes sociais, ela mostra uma conversa em que o profissional responsável pelo procedimento afirma que a combinação utilizada por ela continha silício, cafeína, chá verde, colágeno, vitamina B12 e queratina. “Parece que foi algo pesquisado na internet e tentaram passar para mim”, comenta a vítima na mesma gravação.

        Por definição, enzimas são proteínas que aceleram o metabolismo, mas, de acordo com o médico endocrinologista Lucas do Prado Palmiro, nem tudo que é vendido no mercado estético com este nome é de fato enzimático. Palmiro aplica enzimas em seu consultório e defende que as composições são eficazes, com resultados que “até parecem mágica”, desde que bem receitadas. “Quando a gente fala em enzima de emagrecimento, passa de 100 medicamentos diferentes e a gama de produtos é cada vez maior. O problema, na realidade, é chamar de enzima tudo que compreende uma série de vitaminas e medicamentos”, conclui.
(Folha de S. Paulo, 27.10.2022. Adaptado) 
De acordo com o texto, o uso de enzimas para o emagrecimento 
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Q2102340 Português
Texto II para responder à questão.

A vida é um eterno amanhã

     As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me refiro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de gíria, flexões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Refiro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra riquíssima e tenho certeza de que,se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e outras, que partilham da mesma condição.

    “Amanhã” significa, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”, “no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não disponho de estatísticas confiáveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
(João Ubaldo Ribeiro. Disponível em: https://www.academia.org.br/ academicos/joao-ubaldo-ribeiro/textos-escolhidos. Fragmento.)
As várias possibilidades de significados apresentados para a palavra “amanhã” no segundo parágrafo têm uma relação diretamente estabelecida com
Alternativas
Q2102061 Português
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.

O poder da doçura

O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras.

Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos ele foi tomando volume e se tornando um rio maior.

O viajante continuou a segui-lo. Bem mais adiante, o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras num espetáculo de águas cantantes.

A música das águas atraiu mais o viajante que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta. A natureza criara com paciência caprichosas formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.

De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura de 1913: "Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir."

Assim também acontece na vida. Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam tudo arrumar aos gritos e pancadas.

E existem as pessoas suaves que sabem dosar a energia e tudo conseguem. São as criaturas que não falam muito, mas agem bastante. Enquanto muitos ainda se encontram à mesa das discussões para a tomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo. E conseguem modificar muitas coisas.

(...)

https://www.contandohistorias.com.br/html/contandohistorias.html - Adaptado
No período: "Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, MAS a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.", a palavra MAS expressa uma ideia de:
Alternativas
Q2102012 Português

Assinale a alternativa que apresenta o tema principal da tirinha que segue:

Imagem associada para resolução da questão

Após análise, marque a alternativa CORRETA: 

Alternativas
Q2101791 Português
Gamificação: atração e retenção de talentos

Por Diego Cidade

texto_1 - 12 .png (756×752)

(Disponível em: https://exame.com/carreira/gamificacao-melhore-suas-estrategias-de-atracao-e-retencao-de-talentos/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Analise a charge a seguir e as asserções a respeito de sua relação com o texto anterior:  
2_.png (506×264)

Fonte: https://lh6.googleusercontent.com
I. Tanto o texto quanto a imagem abordam o vício em jogos de videogame,
E
II. O texto apresenta as estratégias do jogo mostrado na imagem.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
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Q2100681 Português
Davos – Tecnologia e cooperação em um mundo fragmentado

   Efeitos da pandemia, casos de depressão, rastros da pandemia global de Covid, a escuridão da guerra, numa era de transformações tecnológicas e desafios sociais e ambientais, criam riscos que só serão superados com a união global. Surgem oportunidades em meio ao nevoeiro e a descoberta do ponto cego é questão de sobrevivência.
  A atual década está sendo particularmente desafiadora na história mundial. Uma das apostas é que a inteligência artificial poderá auxiliar na previsão de respostas e trazer sugestões para minimizar a crise global.
    A inteligência artificial poderá criar valores?
   A busca da verdade, a autorrealização, é uma busca individual e, portanto, impossível de ser introduzida em um projeto de engenharia de inteligência artificial para satisfação em massa de necessidades humanas.
   A crise pandêmica, acoplada com a guerra na Europa, resulta em uma confluência de vulnerabilidades socioeconômicas e tensões geopolíticas tornam tudo diferente. Nesse cenário, ainda na fase de preparação para a cúpula anual de Davos, o Fórum Econômico Mundial mobilizou mais de 1.200 analistas de risco e especialistas da academia, cientistas de dados, renomados professores, homens de negócios, governos e sociedade civil para avaliar, em seu Relatório de Riscos Globais, as atuais crises e os desafios a curto e médio prazos.
    Em plena turbulência, o mundo parece estar no modo “automático”, ou no modo “incerteza” com ponto fulcral no custo de vida, na polarização política e social, na luta pelo fornecimento de energia e comida, e nas oportunidades trazidas pela nova onda digital esbarrando na espionagem internacional, empresarial e confrontos geopolíticos. As ondas da crise global tomaram um vulto inesperado e atingiram jovens de uma era de transformações aceleradas. A educação, pesquisa, reciclagem para os jovens ou para os “dinossauros” são os maiores desafios de curto e médio prazo, para aprender à (1) lidar com as mudanças [...]. Não existe sorte, mas esforço e determinação. [...]
  Adversidades que pareciam controladas nesta geração – como dúvidas de mercado, investimentos, educação, crise do custo de vida, guerras comerciais, agitação e divisão social generalizada, riscos de novas pandemias e até uma guerra química, tecnológica e nuclear – voltaram à (2) cena. Os riscos são maximizados por (3) desdobramentos relativamente novos, como níveis insustentáveis de dívida, uma nova era de baixo crescimento, baixo investimento e desglobalização, queda no (4) desenvolvimento humano após décadas de progresso e a pressão das mudanças climáticas. A Europa lutou décadas, primeiro por integração, comunicação e posteriormente pela otimização de linguagem tecnológica e legislação comum. [...] 
   As emissões de carbono se acentuaram na pandemia com a venda acelerada de suprimentos de tecnologia, à medida que a economia global pós-pandêmica voltou a crescer, as perspectivas não são boas. Comida e energia tornaram-se arsenais com a guerra na Ucrânia, impulsionando a inflação a (5) níveis sem precedentes em décadas, globalizando a crise do custo de vida e abastecendo a ansiedade social. Segundo a OMS, a prevalência de depressão na rede de atenção primária de saúde é 10,4%, isoladamente ou associada a um transtorno físico. De acordo com a OMS, a depressão situa-se em 4º lugar entre as principais causas de ônus, respondendo por 4,4% dos ônus acarretados por todas as doenças durante a vida. [...]
    São cerca de 28,2 milhões de brasileiros de 10 anos ou mais de idade que não usavam a internet (3,6 milhões deles estudantes) no ano passado, com os excluídos digitais representando 15,3% da população nessa faixa etária.
    Este último ponto é decisivo para alicerçar os demais. Não à toa, o tema da cúpula deste ano é “Cooperação em um Mundo Fragmentado”.
   Em uma era de choques concorrentes, cresce a importância da cooperação em níveis setoriais, bilaterais e regionais – por exemplo, no compartilhamento de dados ou financiamentos coordenados. Ainda mais urgente é resistir à tendência das nações de se fecharem.

(SANTOS, Coriolano Aurélio de Almeida Camargo. Disponível em:
https://www.migalhas.com.br/coluna/direito-digital/380327/davos--
tecnologia-e-cooperacao-em-um-mundo-fragmentado. Em:
20/01/2023. Adaptado.)
Considerando-se o 4º§ do texto, pode-se afirmar que a pergunta imediatamente anterior feita pelo articulista foi: 
Alternativas
Q2100236 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. 




Adaptado de: CORSO, M. Somos inteligentes o bastante para
saber quão inteligentes são os animais? Disponível
em:<https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/mariocorso/noticia/2022/08/somos-inteligentes-o-bastantepara-saber-quao-inteligentes-sao-os-animaiscl7gm60km003e0153mgguy0ra.html>. Acesso em: 12 nov.
2022. 
A palavra embora (l. 43) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de
Alternativas
Q2100090 Português

A época em que ser alegre era malvisto


Até o início do século XVIII, em lugares como Reino Unido e nas suas colônias na América do Norte, os historiadores perceberam que as pessoas tinham orgulho de serem um pouco melancólicas.

Isso tinha a ver, em parte, com a lógica cristã, de ter consciência dos seus pecados e de se manter humilde perante os olhos de Deus.

Peter Stearns, autor do livro 'História da Felicidade', cita, nas suas pesquisas, o diário escrito por um chefe de família da época, que defendia que Deus, entre aspas, "não permitia alegria nem prazer, mas sim, uma espécie de conduta melancólica e austera".

"Isso não quer dizer que as pessoas fossem infelizes - simplesmente, não temos como julgar isso de modo imparcial, a partir dos padrões atuais. Até porque a felicidade, obviamente, é algo bastante subjetivo".

O que significa que havia, entre as pessoas da época, a percepção de que era necessário se desculpar por momentos de felicidade, por considerá-los uma afronta a Deus, segundo Stearns.

Mas isso mudou radicalmente no século XVIII, a ponto de, na redação da Declaração de Independência dos Estados Unidos, em 1776, a busca pela felicidade ter sido considerada um direito humano. A Constituição da França de 1793 também explicitou a ideia de que o objetivo da sociedade é a felicidade comum.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/ck5y8nyw1jyo. Adaptado.

Houve um tempo na história da humanidade em que era malvisto demonstrar alegria. Aliás, a busca pela felicidade como conhecemos hoje é algo relativamente novo na nossa história.


De acordo com o texto base:

Alternativas
Q2099984 Português
Analise o texto abaixo para responder a questão.

“Conforme o contexto histórico, social e político, a expressão ‘participação política’ se presta a inúmeras interpretações. Se considerarmos apenas as sociedades ocidentais que consolidaram regimes democráticos, por si só, o conceito pode ser extremamente abrangente. A participação política designa uma grande variedade de atividades, como votar, se candidatar a algum cargo eletivo, apoiar um candidato ou agremiação política, contribuir financeiramente para um partido político, participar de reuniões, manifestações ou comícios públicos, proceder à discussão de assuntos políticos etc.” Cancian, Renato. In http://educacao.uol.com.br/sociologia. Acessado em 16/04/2012.
Assinale a alternativa correta em relação ao conceito de participação política descrito no texto.
Alternativas
Q2099916 Português
Leia o texto para responder à questão.

Os jovens e o futuro

   Duas pesquisas recentes ouviram jovens de diferentes faixas etárias, revelando suas expectativas em relação ao futuro e suas preferências em relação à educação.
    Na primeira, em que foram ouvidos estudantes do ensino médio de escolas públicas, apareceu com destaque a conexão com a escola, bem avaliada pela maioria, em particular os que estudam em tempo integral. Mesmo assim, dados do Inep de 2021 mostram que o abandono escolar mais do que dobrou, indo de 2,6% para 5,6%.
   92% dos jovens apoiam a ideia de se ter, nesta etapa, áreas alternativas de aprofundamento a serem selecionadas por eles, como ocorre em países com bons sistemas educacionais. De fato, imaginar que todos tenham que cursar 13 disciplinas, espremidas em quatro horas e meia de aulas, oferecendo apenas um verniz de cada uma, faz pouquíssimo sentido.
     Na segunda pesquisa, que focou nos jovens de 15 a 29 anos, apesar da constatação da maioria de que houve perdas irreparáveis com a pandemia, o desejo de estabilidade financeira e moradia própria aparece como uma preocupação maior do que a de prosseguir com os estudos, decisão, esta última, fundamental, inclusive para se poder ter condições de alcançar as duas primeiras. Sabe-se que cada ano adicional de estudo, de acordo com o Banco Mundial, aumenta em até 15% a renda futura do trabalho.
    Mas o que me chamou mais atenção nesta pesquisa mais recente foi certa desesperança dos jovens quanto ao futuro. O altíssimo percentual deles que afirmam desejar deixar o Brasil evidencia sim uma crise que afetou emprego e renda de jovens, mas há algo mais no ar. Há uma percepção ingênua de que em outros países teriam uma vida bem melhor, mesmo sem se dispor das qualificações necessárias para navegar no que se convencionou chamar de “o futuro do trabalho”. Afinal, a automação acelerada de postos de trabalho vem trazendo, por um lado, certa sofisticação nas demandas de talentos pelo setor produtivo e, por outro, oferta de trabalhos precarizados e extremamente instáveis para os demais.
     É urgente se construírem boas políticas públicas voltadas aos jovens, incentivando-os a se manter estudando e criando oportunidades para que possam realizar seus sonhos de futuro.
(Cláudia Costin. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 20.10.2022. Adaptado)
Para a autora, os jovens que planejam deixar o Brasil
Alternativas
Q2099915 Português
Leia o texto para responder à questão.

Os jovens e o futuro

   Duas pesquisas recentes ouviram jovens de diferentes faixas etárias, revelando suas expectativas em relação ao futuro e suas preferências em relação à educação.
    Na primeira, em que foram ouvidos estudantes do ensino médio de escolas públicas, apareceu com destaque a conexão com a escola, bem avaliada pela maioria, em particular os que estudam em tempo integral. Mesmo assim, dados do Inep de 2021 mostram que o abandono escolar mais do que dobrou, indo de 2,6% para 5,6%.
   92% dos jovens apoiam a ideia de se ter, nesta etapa, áreas alternativas de aprofundamento a serem selecionadas por eles, como ocorre em países com bons sistemas educacionais. De fato, imaginar que todos tenham que cursar 13 disciplinas, espremidas em quatro horas e meia de aulas, oferecendo apenas um verniz de cada uma, faz pouquíssimo sentido.
     Na segunda pesquisa, que focou nos jovens de 15 a 29 anos, apesar da constatação da maioria de que houve perdas irreparáveis com a pandemia, o desejo de estabilidade financeira e moradia própria aparece como uma preocupação maior do que a de prosseguir com os estudos, decisão, esta última, fundamental, inclusive para se poder ter condições de alcançar as duas primeiras. Sabe-se que cada ano adicional de estudo, de acordo com o Banco Mundial, aumenta em até 15% a renda futura do trabalho.
    Mas o que me chamou mais atenção nesta pesquisa mais recente foi certa desesperança dos jovens quanto ao futuro. O altíssimo percentual deles que afirmam desejar deixar o Brasil evidencia sim uma crise que afetou emprego e renda de jovens, mas há algo mais no ar. Há uma percepção ingênua de que em outros países teriam uma vida bem melhor, mesmo sem se dispor das qualificações necessárias para navegar no que se convencionou chamar de “o futuro do trabalho”. Afinal, a automação acelerada de postos de trabalho vem trazendo, por um lado, certa sofisticação nas demandas de talentos pelo setor produtivo e, por outro, oferta de trabalhos precarizados e extremamente instáveis para os demais.
     É urgente se construírem boas políticas públicas voltadas aos jovens, incentivando-os a se manter estudando e criando oportunidades para que possam realizar seus sonhos de futuro.
(Cláudia Costin. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 20.10.2022. Adaptado)
No 4º parágrafo do texto, a autora
Alternativas
Q2099914 Português
Leia o texto para responder à questão.

Os jovens e o futuro

   Duas pesquisas recentes ouviram jovens de diferentes faixas etárias, revelando suas expectativas em relação ao futuro e suas preferências em relação à educação.
    Na primeira, em que foram ouvidos estudantes do ensino médio de escolas públicas, apareceu com destaque a conexão com a escola, bem avaliada pela maioria, em particular os que estudam em tempo integral. Mesmo assim, dados do Inep de 2021 mostram que o abandono escolar mais do que dobrou, indo de 2,6% para 5,6%.
   92% dos jovens apoiam a ideia de se ter, nesta etapa, áreas alternativas de aprofundamento a serem selecionadas por eles, como ocorre em países com bons sistemas educacionais. De fato, imaginar que todos tenham que cursar 13 disciplinas, espremidas em quatro horas e meia de aulas, oferecendo apenas um verniz de cada uma, faz pouquíssimo sentido.
     Na segunda pesquisa, que focou nos jovens de 15 a 29 anos, apesar da constatação da maioria de que houve perdas irreparáveis com a pandemia, o desejo de estabilidade financeira e moradia própria aparece como uma preocupação maior do que a de prosseguir com os estudos, decisão, esta última, fundamental, inclusive para se poder ter condições de alcançar as duas primeiras. Sabe-se que cada ano adicional de estudo, de acordo com o Banco Mundial, aumenta em até 15% a renda futura do trabalho.
    Mas o que me chamou mais atenção nesta pesquisa mais recente foi certa desesperança dos jovens quanto ao futuro. O altíssimo percentual deles que afirmam desejar deixar o Brasil evidencia sim uma crise que afetou emprego e renda de jovens, mas há algo mais no ar. Há uma percepção ingênua de que em outros países teriam uma vida bem melhor, mesmo sem se dispor das qualificações necessárias para navegar no que se convencionou chamar de “o futuro do trabalho”. Afinal, a automação acelerada de postos de trabalho vem trazendo, por um lado, certa sofisticação nas demandas de talentos pelo setor produtivo e, por outro, oferta de trabalhos precarizados e extremamente instáveis para os demais.
     É urgente se construírem boas políticas públicas voltadas aos jovens, incentivando-os a se manter estudando e criando oportunidades para que possam realizar seus sonhos de futuro.
(Cláudia Costin. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 20.10.2022. Adaptado)
De acordo com o texto, a pesquisa com estudantes do ensino médio aponta para
Alternativas
Q2099769 Português

Leia o texto para responder à questão.


    Durante o tempo em que fiquei estudando trancado no meu quarto, eu pensava exclusivamente em História, Geografia, Português e Matemática. Nada mais. Sair, somente para a casa do Mário Ono, onde eu ia fazer exercícios de frações e números primos, calcular o máximo divisor comum e outras coisas que até hoje nem gosto de lembrar.

   Do mundo lá de fora, só chegava uma ou outra notícia, como a daquela tarde em que o Frangão apareceu em casa para me trazer a medalha da final do campeonato, vencida pelo nosso time contra os garotos da rua Porto Novo. “O Paulo Louco mandou te entregar pelos três gols que você marcou quando ainda jogava com a gente”, ele me disse meio sem jeito e um pouco assustado ao ver que minha mãe não se afastava um minuto da nossa conversa. “Medalha, medalha! O que vale uma medalha como essa?”, ela me perguntou irritada depois que o Frangão saiu. “Quero ver ganhar a medalha de honra ao mérito na escola e passar nos exames de admissão, isso sim eu quero ver”, ela continuou falando depois que me despedi do meu amigo no portão.

   Mas naquele momento eu não pensava em nada daquilo que ela dizia. Queria saber dos meus amigos, de como tinha sido o último jogo, o que eles andavam fazendo, que coisas novas estavam planejando. Só quando fechei o portão e comecei a subir as escadas para o quarto é que descobri que aquilo tudo era passado para mim.

(Antonio Arnoni Prado. O último trem da Cantareira. Editora 34, 2019. Adaptado)

O vocábulo destacado introduz ideia de assunto no trecho:
Alternativas
Q2099765 Português

Leia o texto para responder à questão.


    Durante o tempo em que fiquei estudando trancado no meu quarto, eu pensava exclusivamente em História, Geografia, Português e Matemática. Nada mais. Sair, somente para a casa do Mário Ono, onde eu ia fazer exercícios de frações e números primos, calcular o máximo divisor comum e outras coisas que até hoje nem gosto de lembrar.

   Do mundo lá de fora, só chegava uma ou outra notícia, como a daquela tarde em que o Frangão apareceu em casa para me trazer a medalha da final do campeonato, vencida pelo nosso time contra os garotos da rua Porto Novo. “O Paulo Louco mandou te entregar pelos três gols que você marcou quando ainda jogava com a gente”, ele me disse meio sem jeito e um pouco assustado ao ver que minha mãe não se afastava um minuto da nossa conversa. “Medalha, medalha! O que vale uma medalha como essa?”, ela me perguntou irritada depois que o Frangão saiu. “Quero ver ganhar a medalha de honra ao mérito na escola e passar nos exames de admissão, isso sim eu quero ver”, ela continuou falando depois que me despedi do meu amigo no portão.

   Mas naquele momento eu não pensava em nada daquilo que ela dizia. Queria saber dos meus amigos, de como tinha sido o último jogo, o que eles andavam fazendo, que coisas novas estavam planejando. Só quando fechei o portão e comecei a subir as escadas para o quarto é que descobri que aquilo tudo era passado para mim.

(Antonio Arnoni Prado. O último trem da Cantareira. Editora 34, 2019. Adaptado)

A partir da leitura do texto, é correto afirmar que
Alternativas
Q2099762 Português

Leia a tira para responder à questão.



(Bill Watterson. O melhor de Calvin. https://cultura.estadao.com.br, 05.09.2022)

De acordo com informações presentes na tira, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2099443 Português
Texto I

           Maria-Nova ouvia a história que Bondade contava e, por mais que quisesse conter a emoção, não conseguia. Hora houve em que ele percebeu e se calou um pouco. Calou-se também com um nó na garganta, pois sabido é que Bondade vivia intensamente cada história que narrava, e Maria-Nova, cada história que escutava. Ambos estão com o peito sangrando. Ele sente remorsos de já ter contato tantas tristezas para Maria-Nova. Mas a menina é do tipo que gosta de pôr o dedo na ferida, não na ferida alheia, mas naquela que ela traz no peito. Na ferida que ela herdou de Mãe Joana, de Maria-Velha, de Tio Totó, do Louco Luisão da Serra, da avó mansa, que tinha todo o lado direito do corpo esquecido, do bisavô que tinha visto os sinhôs venderem Ayaba, a rainha. Maria-Nova, talvez, tivesse o banzo1 no peito. Saudades de um tempo, de um lugar, de uma vida que ela nunca vivera. Entretanto o que doía mesmo em Maria-Nova era ver que tudo se repetia, um pouco diferente, mas, no fundo, a miséria era a mesma. O seu povo, os oprimidos, os miseráveis; em todas as histórias, quase nunca eram os vencedores, e sim, quase sempre, os vencidos. A ferida dos do lado de cá sempre ardia, doía e sangrava muito.
(EVARISTO, Conceição. Becos da Memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2017)

1 para os escravizados, era como se chamava o sentimento de melancolia em relação à terra natal e de aversão à privação da liberdade
O caráter narrativo do texto pode ser percebido pelo modo com que foi estruturado. Quanto a essa estrutura, pode-se afirmar que:
Alternativas
Q2098891 Português
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo:

No voo da caneta

      Numa das cartas ao seu amigo Mário de Andrade, assegurava-lhe o poeta Carlos Drummond de Andrade que era com uma caneta na mão que costumava viver as suas maiores emoções.
       Comentando isso numa das minhas aulas de Literatura, atentei para a reação de um jovem aluno: um visível sentimento de piedade por aquele “poeta sitiado e infeliz, homem de gabinete, tímido mineiro que não se atirou à vida” tal como em seguida ele me explicou sua reação.
      Não tive como lhe dizer, naquele momento, que entre as tantas formas de se atirar à vida está a de se valer de uma caneta para perseguir poemas e achar as falas humanas mais urgentes e precisas, essenciais para quem as diz, indispensáveis para quem as ouve, vivas para dentro e para além do tempo e do espaço imediatos. Espero que o jovem aluno logo tenha se convencido de que um poeta torna aberto para todos o universo reflexivo de sua intimidade, onde também podemos reconhecer algo da nossa.
(Aldair Rômulo Siqueira, a publicar)
Para o jovem aluno de Literatura, a confissão de Drummond ao seu amigo Mário
Alternativas
Q2098890 Português
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo:

No voo da caneta

      Numa das cartas ao seu amigo Mário de Andrade, assegurava-lhe o poeta Carlos Drummond de Andrade que era com uma caneta na mão que costumava viver as suas maiores emoções.
       Comentando isso numa das minhas aulas de Literatura, atentei para a reação de um jovem aluno: um visível sentimento de piedade por aquele “poeta sitiado e infeliz, homem de gabinete, tímido mineiro que não se atirou à vida” tal como em seguida ele me explicou sua reação.
      Não tive como lhe dizer, naquele momento, que entre as tantas formas de se atirar à vida está a de se valer de uma caneta para perseguir poemas e achar as falas humanas mais urgentes e precisas, essenciais para quem as diz, indispensáveis para quem as ouve, vivas para dentro e para além do tempo e do espaço imediatos. Espero que o jovem aluno logo tenha se convencido de que um poeta torna aberto para todos o universo reflexivo de sua intimidade, onde também podemos reconhecer algo da nossa.
(Aldair Rômulo Siqueira, a publicar)
A confissão que o poeta Carlos Drummond de Andrade fez numa carta ao seu amigo Mário de Andrade equivale a declarar que
Alternativas
Respostas
3421: D
3422: A
3423: B
3424: E
3425: B
3426: B
3427: E
3428: C
3429: B
3430: C
3431: C
3432: B
3433: E
3434: D
3435: B
3436: C
3437: B
3438: D
3439: A
3440: C