Questões de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto para Concurso

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Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Petrobras Provas: CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Administração | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Análise – Transporte Marítimo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Análise – Comércio e Suprimento | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Mecânica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geofísica – Física | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Processamento | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Segurança de Processo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geologia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geofísica – Geologia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Produção | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Elétrica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Terminais e Dutos | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Inspeção | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Eletrônica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Petróleo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Engenharia de Software | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Infraestrutura | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Ambiental | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Civil | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Naval | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Segurança do Trabalho | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Economia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Ciência de Dados | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Processos de negócio |
Q1890968 Português
      O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que Platão, utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano pode passar da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional, condicionada pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do Sol, que representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida pública.”. 

      De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de modo justo.


 Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro: Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).  
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item subsecutivo. 

O pronome “este”, na expressão “De acordo com este texto”, que inicia o segundo parágrafo, remete a toda a ideia contida no parágrafo anterior. 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Petrobras Provas: CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Administração | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Análise – Transporte Marítimo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Análise – Comércio e Suprimento | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Mecânica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geofísica – Física | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Processamento | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Segurança de Processo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geologia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geofísica – Geologia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Produção | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Elétrica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Terminais e Dutos | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Inspeção | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Eletrônica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Petróleo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Engenharia de Software | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Infraestrutura | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Ambiental | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Civil | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Naval | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Segurança do Trabalho | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Economia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Ciência de Dados | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Processos de negócio |
Q1890967 Português
      O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que Platão, utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano pode passar da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional, condicionada pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do Sol, que representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida pública.”. 

      De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de modo justo.


 Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro: Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).  
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item subsecutivo.

Depreende-se do texto que as visões de Sócrates e Platão convergem ao relacionar a justiça ao conhecimento do Bem. 
Alternativas
Q1889463 Português

Texto CB4A1-I


    A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

    No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

    Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

    Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.


No último parágrafo do texto, o trecho entre vírgulas “cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas” tem sentido explicativo.

Alternativas
Q1889458 Português

Texto CB4A1-I


    A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

    No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

    Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

    Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.


No segundo parágrafo, na citação do general prussiano Carl von Clausewitz, o adjetivo ‘contraditória’, em ‘Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória’, expressa, em tom pejorativo, um atributo do termo ‘guerra’.

Alternativas
Q1889456 Português

Texto CB4A1-I


    A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

    No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

    Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

    Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.  


No início do segundo parágrafo, na citação de Sun Tzu, a palavra ‘dissimulação’ está empregada com sentido semelhante ao de hipocrisia.

Alternativas
Q1889454 Português

Texto CB4A1-I


    A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

    No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

    Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

    Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.


Os dois primeiros períodos do primeiro parágrafo compõem uma relação de causa e consequência, de modo que seria correto uni-los em um só período, empregando-se uma conjunção causal, como já que, imediatamente antes de “Da guerra”, desde que feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas e de pontuação.  

Alternativas
Q1889452 Português

Texto CB4A1-I


    A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

    No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

    Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

    Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.


Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto caso se substituísse o trecho “A comunicação tem-se transformado” (primeiro parágrafo) por Está transformada a comunicação.

Alternativas
Q1889451 Português

Texto CB4A1-I


    A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

    No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

    Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

    Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue o item que se segue.


No texto, critica-se a falta de responsabilidade dos militares de propagar, na guerra, informação falsa para enganar um público específico. 

Alternativas
Q1889450 Português

Texto CB4A1-I


    A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

    No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

    Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

    Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue o item que se segue.


Depreende-se da citação do estrategista militar chinês Sun Tzu, no segundo parágrafo do texto, que toda guerra é falsa.

Alternativas
Q1889449 Português

Texto CB4A1-I


    A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

    No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

    Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

    Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue o item que se segue.


Conforme o texto, o uso de bombas eletrônicas é restrito, porque nem todos os países ainda têm condições de produzir um dispositivo tão caro e com alcance inimaginável. 

Alternativas
Q1889448 Português

Texto CB4A1-I


    A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

    No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

    Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

    Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue o item que se segue.


Depreende-se do texto que, na guerra, lança-se mão especialmente da desinformação como estratégia militar para cercar o inimigo. 

Alternativas
Q1889447 Português

Texto CB4A1-I


    A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

    No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

    Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

    Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue o item que se segue.


O texto apresenta como tema central o papel estratégico da informação e da comunicação no meio militar e beligerante, mostrando que as novas tecnologias de transmissão de informações serão decisivas nas guerras do futuro imediato.

Alternativas
Q1889446 Português

Texto CB4A1-I


    A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

    No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

    Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

    Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue o item que se segue.

O texto tem o propósito de fornecer instruções sobre como usar a comunicação nos conflitos bélicos da contemporaneidade.
Alternativas
Q1888671 Português
Texto para a questão a seguir:
O impossível
Por Cristiana Albuquerque, em 03/01/2022.

Existem áreas da ciência que são muito avançadas, enquanto outras progridem em um ritmo mais lento, sem que muitas pessoas se deem conta do potencial que poderiam ter se houvesse mais investimentos, pesquisas e, claro, mais “ousadia” por parte de muitos cientistas.

Recentemente, li um artigo no qual um físico afirma que, dentro de algum tempo, com os investimentos corretos, já será possível controlar o clima. Isso mesmo: pelo nível tecnológico de muitas áreas, em breve podemos estar controlando chuvas.

Imagine as possibilidades: acabaríamos com a escassez de água em muitas cidades no Brasil e, ao mesmo tempo, evitaríamos enchentes como as que ocorreram na Bahia. Não teríamos os níveis dos reservatórios tão baixos a ponto de afetar a geração de energia e nem problemas agrícolas.

Acredito que essa “ousadia” em imaginar novas tecnologias, algo efetivamente disruptivo para solucionar grandes problemas da humanidade, é algo que está sendo cada vez menos comum entre nós. há alguns anos, enquanto lia uma bibliografia do grande gênio Nikola Tesla¹, conheci alguns dos seus projetos como um sistema de transmissão de energia sem fio e também uma espécie de espaçonave que não precisaria de foguetes.

Possivelmente, alguns desses projetos de Tesla podem ter sido apenas sonhos. Mas precisamos de cientistas, engenheiros e empreendedores com a mesma capacidade de sonhar, de desbravar o que hoje parece impossível.

Eu acredito que a tecnologia surge primeiramente na mente dos visionários. É necessário um fator de motivação para reunir dezenas ou centenas de pessoas diante de um conjunto de problemas para, depois de muito trabalho duro, solucionar uma grande questão. Ora, Elon Musk² quer levar o homem a Marte. Isso por si só vai empurrar a inovação em muitas áreas. Se formos capazes de plantar em Marte, seremos capazes de plantar no deserto do Saara.

Se não houver inovação não haverá progresso. O futuro exige que novas companhias, cientistas e muitos outros profissionais surjam explorando os limites da ciência. 

Talvez em 2022 possamos despertar nossas consciências sobre a necessidade de abraçarmos o impossível para que tenhamos um futuro melhor.

Observações:

1. Nikola Tesla: foi um inventor, engenheiro eletrotécnico e engenheiro mecânico sérvio, mais conhecido por suas contribuições ao projeto do moderno sistema de fornecimento de eletricidade em corrente alternada.

2. Elon Musk: é um bilionário fundador de diversas empresas de alta tecnologia que atuam em diversos ramos, desde automóveis até viagens espaciais.
Leia o texto 'O impossível' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. Ao optar por utilizar um formato de texto injuntivo, a autora lançou mão de recursos valiosos, como a expressão da própria opinião – algo recorrente no texto – e as citações ou referências a outros textos e informações externas, como um artigo escrito por um físico.

II. No texto, a autora procura deixar claro que alguns fatores podem funcionar como impulsionadores da ciência. Entre esses fatores, ela inclui os esforços em pesquisa, os investimentos e a “ousadia” por parte dos cientistas. Ao longo do texto, fica claro o interesse da autora em explorar especificamente a importância de se ter “ousadia” na ciência.

III. No trecho “É necessário um fator de motivação para reunir dezenas ou centenas de pessoas diante de um conjunto de problemas”, a autora utiliza um verbo no infinitivo para exprimir a ideia de elementos que são separados, postos em oposição ou cerceados de alguma forma.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1888335 Português

Brasil dividido em dois

Por Mirian Endo, em 17 de Dezembro de 2021.

De um lado, verde-amarelo, do outro, vermelho. Ou isso ou aquilo. Não há espaço “em cima do muro” ou para a ponderação entre argumentos. O cenário político se reduziu a uma dualidade de opiniões.

Há algum tempo, um comentário em uma postagem sobre política em um perfil em uma rede social na Internet me levou ao fim de uma amizade de longa data. Uma amiga discutiu intensamente comigo por não concordar com a minha opinião. Eu fiquei triste e lamentei a situação, pois sei que não se trata de um caso isolado.

Este acirramento de ânimo presente no dia a dia dos brasileiros só mostra o quão profunda é a autocrítica que cada uma das partes envolvidas tem para fazer. Parte desse problema vem da dificuldade em reconhecer o outro. Para muitas pessoas, o outro existe desde que se subordine ao nosso padrão.

Por que vivenciamos o atual clima de tensão na política, nas redes sociais e em outros meios? Certamente não tenho uma resposta final para essa questão. Me parece, no entanto, que dois fatores contribuem em alguma medida para esse cenário.

Primeiramente, é evidente que as pessoas têm acesso a mais informações de forma quase instantânea. Existem câmeras e smartfones em todos os lugares, prontos para registrar o exato momento em que qualquer pessoa faz algo errado. Esse ambiente de constante vigília que deixaria George Orwell impressionado parece ter criado nas pessoas uma ideia de que todos fazem algo errado em algum momento. Ou, se preferir, todos são suspeitos.

Sim! Todos são suspeitos em um mundo repleto de câmeras. Isso certamente cria em nós uma crise de identidade e reduz o nosso interesse por manter debates amigáveis e construtivos.

O segundo fator está relacionado às redes sociais. O acesso às redes sociais é um aspecto de empoderamento, pois nos permite falar para um público e, eventualmente, sermos louvados por isso. Com um celular em mãos, podemos opinar, criticar, apontar defeitos, divulgar notícias – até mesmo falsas notícias – levantar bandeiras e defender pontos de vista.

O que aconteceria se todos tivessem acesso a esse grande poder de comunicação? Bem, basta pegar seu aparelho celular e conferir as inúmeras opiniões rudes, pouco sensatas, imorais ou apresentadas sem qualquer respeito ao próximo que inundam a Internet diariamente.

Ao término dessa breve reflexão, uma pergunta é inevitável: podemos ter esperanças de que tempos melhores virão? 



Leia o texto 'Brasil dividido em dois' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. No texto, a autora estabelece uma relação de causalidade entre o ambiente de constante vigília em que vivemos e a ideia de que todos são suspeitos.
II. No trecho “Isso certamente cria em nós uma crise de identidade e reduz o nosso interesse por manter debates amigáveis e construtivos”, a autora utiliza dois adjetivos masculinos para caracterizar a forma com que, na perspectiva dela, os debates devem ser conduzidos.
III. No trecho “Existem câmeras e smartfones em todos os lugares”, a autora faz uma constatação para, em seguida, sustentar a ideia de que qualquer pessoa está sujeita a ter seus erros registrados e expostos à sociedade. 

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1888288 Português

O impossível

 

Por Cristiana Albuquerque, em 03/01/2022.

 

 

Existem áreas da ciência que são muito avançadas, enquanto outras progridem em um ritmo mais lento, sem que muitas pessoas se deem conta do potencial que poderiam ter se houvesse mais investimentos, pesquisas e, claro, mais “ousadia” por parte de muitos cientistas.

 

Recentemente, li um artigo no qual um físico afirma que, dentro de algum tempo, com os investimentos corretos, já será possível controlar o clima. Isso mesmo: pelo nível tecnológico de muitas áreas, em breve podemos estar controlando chuvas.

 

Imagine as possibilidades: acabaríamos com a escassez de água em muitas cidades no Brasil e, ao mesmo tempo, evitaríamos enchentes como as que ocorreram na Bahia. Não teríamos os níveis dos reservatórios tão baixos a ponto de afetar a geração de energia e nem problemas agrícolas.

 

Acredito que essa “ousadia” em imaginar novas tecnologias, algo efetivamente disruptivo para solucionar grandes problemas da humanidade, é algo que está sendo cada vez menos comum entre nós. há alguns anos, enquanto lia uma bibliografia do grande gênio Nikola Tesla¹, conheci alguns dos seus projetos como um sistema de transmissão de energia sem fio e também uma espécie de espaçonave que não precisaria de foguetes.

 

Possivelmente, alguns desses projetos de Tesla podem ter sido apenas sonhos. Mas precisamos de cientistas, engenheiros e empreendedores com a mesma capacidade de sonhar, de desbravar o que hoje parece impossível.

 

Eu acredito que a tecnologia surge primeiramente na mente dos visionários. É necessário um fator de motivação para reunir dezenas ou centenas de pessoas diante de um conjunto de problemas para, depois de muito trabalho duro, solucionar uma grande questão. Ora, Elon Musk² quer levar o homem a Marte. Isso por si só vai empurrar a inovação em muitas áreas. Se formos capazes de plantar em Marte, seremos capazes de plantar no deserto do Saara.

 

Se não houver inovação não haverá progresso. O futuro exige que novas companhias, cientistas e muitos outros profissionais surjam explorando os limites da ciência.

 

Talvez em 2022 possamos despertar nossas consciências sobre a necessidade de abraçarmos o impossível para que tenhamos um futuro melhor.

 

Observações:

 

1. Nikola Tesla: foi um inventor, engenheiro eletrotécnico e engenheiro mecânico sérvio, mais conhecido por suas contribuições ao projeto do moderno sistema de fornecimento de eletricidade em corrente alternada.

 

2. Elon Musk: é um bilionário fundador de diversas empresas de alta tecnologia que atuam em diversos ramos, desde automóveis até viagens espaciais.

Leia o texto 'O impossível' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

 

 

I. No texto, o trecho “Eu acredito que a tecnologia surge primeiramente na mente dos visionários”, os vocábulos “tecnologia” e “visionários” são exemplos de substantivos comuns, sendo o primeiro feminino e o segundo, masculino.

 

II. A autora faz referência a uma afirmação de um cientista para indicar ao leitor que os esforços, os investimentos e a “ousadia” na ciência podem permitir à humanidade alcançar elevados patamares de desenvolvimento tecnológico e domínio sobre a natureza.

 

III. A autora não limita a responsabilidade pelo progresso e inovação apenas aos cientistas. Para ela, as companhias e muitos outros profissionais podem atuar na exploração dos limites da ciência.

 

 

Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Q1887611 Português
A educação de surdos

Por Carine et al., 2016. Trecho adaptado.


A pessoa que não ouve possui um desenvolvimento marcado por características singulares, decorrentes de sua condição linguística e cultural. Pela condição biológica que a impede de acessar facilmente os discursos orais, a pessoa surda depende de um canal diferente dos ouvintes para se expressar. Tal canal se realiza nas mãos, prioritariamente, e se pauta nas experiências visuais e gestuais (Kelman, Silva, Amorim, Monteiro, & Azevedo, 2011).

É por meio das mãos e de uma complexa expressão corporal captada pelos olhos, principalmente, que os surdos se comunicam e se constituem linguisticamente; sua língua, a Língua de Sinais, é sinalizada e se configura de modo diferente das línguas orais.

A Língua de Sinais é pautada na dimensão espacial, com estruturas semântica, sintática e gramatical completas, apesar de essencialmente distintas das línguas escritas e faladas (Sacks, 2010). As características dessa língua, especialmente no tocante à ausência de sonoridade, constituem de forma singular os processos de significação dos indivíduos que a utilizam.

Para Dizeu e Caporalli (2005), o diferencial dessa língua na vida dos surdos é função de minimizar as dificuldades de aprendizagem que é comum nas situações em que a eles é imposta a língua oral, pois a língua de sinais é adquirida sem necessidade de treinamentos árduos e repetitivos. Nesse sentido, a Língua de Sinais é a língua dos surdos, sendo fundamental para o seu desenvolvimento em todas as esferas (sociolinguística, educacional, cultural, entre outras).

Pesquisadores da área da surdez (Góes, 2002; Lacerda, Albres, & Drago, 2013; Lodi, 2013; Skliar, 1997; Slomski, 2010), cientes da essencialidade da Língua de Sinais, apontam os conflitos vivenciados pelos surdos nas situações de inclusão escolar, dadas as razões concernentes à forma peculiar de comunicação e de compreensão do mundo. Eles alertam que a surdez traz implicações referentes à construção identitária, pois os surdos são bilíngues. Nesse sentido, um dos maiores desafios impostos a esse alunado, diante de uma escola pensada e programada para os ouvintes, diz respeito a sua escolaridade. Enfim, como aprender?

Para Santana e Bergamo (2005), o uso da Língua de Sinais é o fator que distingue o indivíduo surdo do ouvinte, aparecendo como elemento central para o desenvolvimento (também acadêmico) daquele. Entretanto, essa mesma língua se constitui, contraditoriamente, como fator de discriminação do surdo na sociedade majoritária. Desse modo, não raras vezes, o surdo vivencia situações de fracasso dentro da escola, resultante das relações estabelecidas com a maioria ouvinte e dos embates desdobrados das questões linguísticas (Lacerda, 2006a).
Leia o texto 'A educação de surdos' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. A Língua de Sinais possui características que a distinguem das línguas escritas e faladas, como fica claro após a leitura do texto.
II. De acordo com o texto, os pesquisadores da área da surdez apontam a ausência de conflitos entre os surdos nas situações de inclusão escolar, dado que esse público tem maior facilidade de compreender mensagens faladas.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1887579 Português
O impossível

Por Cristiana Albuquerque, em 03/01/2022.


Existem áreas da ciência que são muito avançadas, enquanto outras progridem em um ritmo mais lento, sem que muitas pessoas se deem conta do potencial que poderiam ter se houvesse mais investimentos, pesquisas e, claro, mais “ousadia” por parte de muitos cientistas.

Recentemente, li um artigo no qual um físico afirma que, dentro de algum tempo, com os investimentos corretos, já será possível controlar o clima. Isso mesmo: pelo nível tecnológico de muitas áreas, em breve podemos estar controlando chuvas.

Imagine as possibilidades: acabaríamos com a escassez de água em muitas cidades no Brasil e, ao mesmo tempo, evitaríamos enchentes como as que ocorreram na Bahia. Não teríamos os níveis dos reservatórios tão baixos a ponto de afetar a geração de energia e nem problemas agrícolas.

Acredito que essa “ousadia” em imaginar novas tecnologias, algo efetivamente disruptivo para solucionar grandes problemas da humanidade, é algo que está sendo cada vez menos comum entre nós. há alguns anos, enquanto lia uma bibliografia do grande gênio Nikola Tesla¹, conheci alguns dos seus projetos como um sistema de transmissão de energia sem fio e também uma espécie de espaçonave que não precisaria de foguetes.

Possivelmente, alguns desses projetos de Tesla podem ter sido apenas sonhos. Mas precisamos de cientistas, engenheiros e empreendedores com a mesma capacidade de sonhar, de desbravar o que hoje parece impossível.

Eu acredito que a tecnologia surge primeiramente na mente dos visionários. É necessário um fator de motivação para reunir dezenas ou centenas de pessoas diante de um conjunto de problemas para, depois de muito trabalho duro, solucionar uma grande questão. Ora, Elon Musk² quer levar o homem a Marte. Isso por si só vai empurrar a inovação em muitas áreas. Se formos capazes de plantar em Marte, seremos capazes de plantar no deserto do Saara.

Se não houver inovação não haverá progresso. O futuro exige que novas companhias, cientistas e muitos outros profissionais surjam explorando os limites da ciência.

Talvez em 2022 possamos despertar nossas consciências sobre a necessidade de abraçarmos o impossível para que tenhamos um futuro melhor.

Observações:

1. Nikola Tesla: foi um inventor, engenheiro eletrotécnico e engenheiro mecânico sérvio, mais conhecido por suas contribuições ao projeto do moderno sistema de fornecimento de eletricidade em corrente alternada.

2. Elon Musk: é um bilionário fundador de diversas empresas de alta tecnologia que atuam em diversos ramos, desde automóveis até viagens espaciais.

Leia o texto 'O impossível' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:



I. Ao longo de toda a sua argumentação, a autora adota uma postura clara em defesa da ciência e dos cientistas, principalmente quando ela prevê que, em breve, as inovações científicas vão garantir a extrapolação dos níveis dos reservatórios nacionais e, consequentemente, viabilizar a universalização do acesso à energia gratuita.


II. A menção à bibliografia de Nikola Tesla, no texto, é um recurso utilizado pela autora para defender a importância de se adotar uma postura “ousada” na ciência. Para ela, a ousadia nos projetos e iniciativas científicas pode trazer benefícios para a sociedade e, portanto, é algo que deve ser estimulado.


III. No texto, o trecho “Mas precisamos de cientistas, engenheiros e empreendedores com a mesma capacidade de sonhar, de desbravar o que hoje parece impossível” traz o vocábulo “Mas” que é classificado morfologicamente como advérbio de intensidade, sendo usado para intensificar algo.



Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Q1886798 Português

Texto CG1A1-II



      Há quem veja a literatura como o refúgio da beleza e da paz. Num mundo amargo, triste e violento, os livros oferecem a rota de fuga. Não é a vida como ela é, mas a vida como deveria ser. Títulos agressivos devem ser evitados. Essa convicção é equivocada?


     Não é o caso de dizer que é equivocada. Os gostos são múltiplos e devem ser respeitados. O problema é acreditar que a literatura, para funcionar bem, deva ser o paraíso na terra. Há livros que funcionam assim, mas não são muitos. Para falar a verdade, as grandes obras literárias, com intensidade diferente, são marcadas pela ganância, pela traição, pela violência, pela catástrofe. 


      Assim, vale a pena respirar fundo e encarar as nossas imperfeições nas páginas dos grandes livros. O mergulho nas trevas forja o caráter da gente. Não é das coisas mais agradáveis, mas intensifica nossa humanidade. Ser humano em sua plenitude é conhecer a variedade de nossas emoções e ações. As boas e as ruins. As dignas e as indignas. As que comovem e as que perturbam. 


      Um belo treino é a leitura do monumental A canção do carrasco, de Norman Mailer. O centro de tudo é a execução de Gary Gilmore em 1977, nos Estados Unidos da América, pelos crimes que cometeu. Quase tudo nas mil páginas de Mailer é real. O material foi obtido a partir de entrevistas, leitura de processos judiciais e da cobertura da imprensa. Trata-se de uma aula de como a realidade é operada por diversas alavancas.


Nelson Fonseca Neto. O mundo do crime na literatura.

Internet: <g1.globo.com> (com adaptações).

No trecho “As boas e as ruins. As dignas e as indignas. As que comovem e as que perturbam.”, do texto CG1A1-II,
Alternativas
Q1886796 Português

Texto CG1A1-I



      Um problema no estudo da violência é sua relação com a racionalidade. Os atos violentos mais graves, praticados com requintes de crueldade, são vistos pela mídia e pela opinião pública como atos irracionais. Ora, se a violência é irracional, não é por ser obra de um ser desprovido de razão, mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma razão perigosamente racional. É o que ocorre quando certos mecanismos racionais, como a simplificação, que reduz tudo a um único princípio explicativo, e a polarização, que vê a realidade como feita unicamente de elementos antagônicos e irreconciliáveis, deixam o indivíduo sem alternativas. Esses mecanismos traduzem a racionalidade de uma razão incapaz de lidar com os antagonismos, as diferenças e a diversidade.


      Portanto, o problema que levanta a violência é muito menos o da irracionalidade do que o de uma racionalidade repleta de “razões” para não se deter diante de limites estabelecidos pela própria razão humana. É a razão que, amplificando os conflitos, reduzindo as alternativas ao impasse e superdimensionando os defeitos dos outros, cria os cenários em que florescem as ideologias legitimadoras da violência. Em outras palavras, o problema da violência está intimamente ligado ao problema das relações sociais, em que a existência do outro aparece como ameaça real ou imaginária. O que mais espanta na violência, quando ela é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro. É, pois, o caráter aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência o status de irracionalidade. No entanto, as razões dessa irracionalidade raramente são explicitadas e, frequentemente, deixam de existir quando o recipiente de atos violentos é o “inimigo”.


Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In: Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).

Em cada uma das opções a seguir, é apresentada uma proposta de reescrita do trecho “Ora, se a violência é irracional, não é por ser obra de um ser desprovido de razão, mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma razão perigosamente racional.”, do texto CG1A1-I. Assinale a opção em que a proposta apresentada mantém a correção gramatical e a coerência do texto. 
Alternativas
Respostas
3481: E
3482: C
3483: C
3484: E
3485: C
3486: E
3487: E
3488: E
3489: E
3490: E
3491: C
3492: C
3493: E
3494: B
3495: C
3496: D
3497: B
3498: B
3499: A
3500: E