Questões de Concurso Comentadas sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português

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Q2228064 Português
Texto CG1A1-I

           O Estado moderno exerce um papel importante na moldagem da distribuição de renda e do bem-estar entre seus cidadãos, moderando as desigualdades geradas pela economia de mercado. Ele busca esses objetivos por intermédio de várias políticas públicas, como o estabelecimento do arcabouço legal do ambiente de negócios, a regulação da concorrência econômica, a provisão de bens e serviços públicos, a promoção de transferências monetárias às famílias de baixa renda e a arrecadação dos tributos necessários a seu financiamento.
      Entre as principais funções do Estado, sob a ótica das finanças públicas, está a função redistributiva. Essa função está basicamente associada a ajustamentos no perfil da distribuição de renda, uma vez que as alocações de mercado podem levar a uma situação de desigualdade não apoiada pelos anseios gerais da população. Nesse caso, o equilíbrio de mercado pode passar a gerar conflitos e a interferir no funcionamento da própria sociedade.
       Um importante instrumento à disposição do Estado para exercer sua função distributiva é, naturalmente, o sistema tributário. Por meio dele, o governo pode ajustar a renda dos cidadãos, taxando mais algumas rendas e menos outras, de forma a atingir uma distribuição final mais equitativa. Um sistema tributário progressivo é aquele no qual os impostos aumentam mais que proporcionalmente com o aumento da renda dos contribuintes. O sistema regressivo ocorre quando o pagamento dos impostos aumenta menos que proporcionalmente com a renda dos contribuintes e proporcional (ou neutro) quando os impostos aumentam proporcionalmente com a renda.
             O sistema de impostos progressivo tende a reduzir a desigualdade de renda entre os cidadãos. No contexto do sistema tributário de qualquer país, o tributo que melhor possibilita a aplicação do princípio da progressividade é o imposto de renda da pessoa física (IRPF). O IRPF brasileiro apresenta elevada progressividade em termos de desvio da proporcionalidade e moderada capacidade redistributiva, em função da baixa representatividade da arrecadação frente à renda bruta total do país. A progressividade do tributo brasileiro advém essencialmente da estrutura de alíquotas, sendo que a estrutura das deduções do rendimento bruto é proporcional e, portanto, neutra em termos de progressividade.

Internet: <https://www.scielo.br/>(com adaptações).

Considerando os sentidos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.


Entende-se da leitura do texto que o sistema tributário progressivo contribui para o Estado exercer a sua função redistributiva.


Alternativas
Q2227270 Português

TEXTO


Bioeconomia e reindustrialização no Brasil


Maurício Antônio Lopes


         A baixa performance da indústria no Brasil é um problema que vem se arrastando há anos, e os números comprovam isso. Enquanto o país registrou um crescimento de 2,9% em 2022, a indústria de transformação teve uma queda de 0,3%, repetindo o mesmo resultado negativo pela sexta vez em uma década. É preciso reverter essa situação urgentemente, pois, sem uma indústria forte e competitiva, dificilmente conseguiremos estimular a produtividade e o desenvolvimento sustentável de longo prazo no país.

        A reindustrialização do Brasil, tema tão discutido atualmente, é uma empreitada complexa, de acordo com análise recente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Não basta apenas investir em modernização e avanço tecnológico da indústria. É preciso também eduzir custos sistêmicos, melhorar o ambiente de negócios, buscar uma integração mais efetiva com o mercado global e adotar estratégias industriais sustentáveis e atualizadas, algo que é uma realidade em outros países.

       A reinvenção da indústria nacional não pode, portanto, ser um objetivo isolado, mas parte de uma rede complexa de ações, que precisam ser cuidadosamente planejadas e executadas. Se o Brasil realmente deseja se tornar uma potência industrial, é necessário um esforço conjunto, envolvendo governo, empresas e sociedade civil, para atingir esses objetivos e colocar o país na rota da competitividade e do desenvolvimento sustentável.

       As principais economias globais estão enxergando a necessidade de repensar a abordagem industrial tradicional, para não apenas alcançar o crescimento econômico, mas também garantir um desenvolvimento sustentável e uma qualidade de vida mais equilibrada para as gerações presentes e futuras. É hora de o Brasil seguir esse exemplo e incorporar essas práticas em sua economia, levando em consideração o impacto social e ambiental de sua base industrial.

      Mais de 50 países estão trabalhando para substituir gradualmente matérias-primas de origem fóssil por matérias-primas de origem biológica, com o objetivo de fazer a transição para uma economia mais limpa e renovável, que se convencionou chamar bioeconomia. Diferente de transições anteriores, em que a madeira foi substituída pelo carvão e, depois, pelo petróleo, a bioeconomia é uma resposta a desafios complexos, de natureza ambiental e social, que exigem reinvenção dos conceitos de produtividade, crescimento e competitividade.

       É importante destacar que essa transição vai muito além da questão ambiental, sendo também uma oportunidade para a inovação e a criação de novos modelos de negócios. A bioeconomia pode ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, diminuir a dependência de recursos finitos e gerar novos empregos e oportunidades econômicas. É importante que o Brasil, como um dos países mais biodiversos do mundo, se engaje nessa transição e aproveite todo o potencial da bioeconomia para enfrentar os desafios do século 21, promovendo um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo para todos.

       Já é consenso que a dependência extrema de recursos fósseis é uma ameaça para o meio ambiente e a saúde pública. Fontes como o vento, o sol e a biomassa estão disponíveis em praticamente todo o planeta, o que torna possível um modelo industrial oposto ao da economia fóssil, baseado em recursos concentrados e controlados por poucos. No entanto, essa transição não é simples nem automática. A adoção de uma economia de base biológica, limpa e renovável requer investimentos em infraestrutura, tecnologia e conhecimento, além de mudanças culturais e políticas.

       O potencial brasileiro é, no entanto, inequívoco e expressivo. Um estudo recente desenvolvido pela Associação Brasileira de Bioinovação (Abbi), em parceria com a Embrapa Agroenergia, Senai, Cetiqt, CNPEM/MCTI e Laboratório Cenergia da UFRJ, revelou que a bioeconomia pode gerar um aumento de quase US$ 290 bilhões ao PIB brasileiro, além de reduzir as emissões de carbono em cerca de 550 milhões de toneladas nos próximos 27 anos. O potencial econômico e ambiental da bioeconomia no Brasil é tão grande que o estudo está sendo aprofundado, com a inclusão de tecnologias emergentes, o que poderá indicar benefícios ainda maiores nos horizontes de 2030 e 2050.

     Outra boa notícia é que o governo brasileiro está criando secretarias e instâncias em vários ministérios, com o objetivo de transversalizar e fortalecer o desenvolvimento da bioeconomia no país. Destaca-se a criação da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, no Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), com a missão de viabilizar uma reindustrialização de baixo carbono, ajudando a projetar o Brasil como líder na produção e exportação de materiais e insumos biológicos estratégicos para a economia do futuro.

     Finalmente, é preciso que líderes e formuladores de políticas não se contentem com a visão equivocada de que a transição para uma economia mais sustentável ocorrerá naturalmente no tempo. As crises econômicas, ambientais e sociais que enfrentamos atualmente são um sinal claro de que precisamos agir com mais urgência e esforços em inteligência estratégica, planejamento e gestão. Essa transição não pode mais ser deixada ao acaso. Precisamos agir agora para que o país possa modernizar seu setor industrial, ganhando capacidade de competir e prosperar em um mundo cada vez mais exigente em responsabilidade socioambiental.


Texto disponível em: <https://www.correiobraziliense.com.br> Acesso em jun. de 2023

Considerando o texto em sua totalidade, o autor apresenta-se
Alternativas
Q2226629 Português

O Sotaque do Coração

Por Fabrício Carpinejar





(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2023/06/o-sotaque-docoracao.html – texto adaptado especialmente para esta prova).

Analise a charge e as asserções abaixo a respeito de sua relação com o texto de Fabrício Carpinejar.  Imagem associada para resolução da questão

I. A charge ilustra o assunto principal do texto, POIS
II. Ambos retratam uma relação afetiva com a terra natal mediada pelo telefone.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2226452 Português
Texto CB1A1-II

    Em 1898, Nikola Tesla impressionou quem assistiu à sua apresentação na Feira Electrical Exhibition, que aconteceu no (então recém-inaugurado) Madison Square Garden, em Nova York.
      Em uma piscina, o cientista colocou um barco em miniatura — que, de repente, começou a se mover sozinho. A plateia, boquiaberta, logo o indagou sobre o feito. Tesla disse que havia equipado o barco com um “sistema inteligente”, capaz de responder, inclusive, a comandos de direção.
         As pessoas, então, gritaram para que a miniatura navegasse para frente, para o lado, para trás… E o barquinho obedeceu, como se estivesse “ouvindo” as ordens. Mentira. Tesla estava comandando tudo à distância. Cortesia de sua invenção: o primeiro sistema de controle remoto via ondas de rádio.
       Hoje, claro, ninguém cairia no truque do barquinho. Mas, naquela época, quase ninguém conhecia as propriedades da radiotransmissão — a primeira transmissão transatlântica, feita pelo italiano Guglielmo Marconi, havia acontecido apenas um ano antes, em 1897. Tesla, assim como Marconi, foi um dos precursores desse campo de estudo, que revolucionou o modo como nos comunicamos.

Rafael Battaglia. Internet:<https://super.abril.com.br/cultura>  (com adaptações).

Julgue o item que se segue, em relação a estruturas linguísticas do texto CB1A1-II.


O segmento “o cientista” (primeiro período do segundo parágrafo) retoma, por coesão, o termo “Nikola Tesla” (primeiro período do primeiro parágrafo).

Alternativas
Q2226451 Português
Texto CB1A1-II

    Em 1898, Nikola Tesla impressionou quem assistiu à sua apresentação na Feira Electrical Exhibition, que aconteceu no (então recém-inaugurado) Madison Square Garden, em Nova York.
      Em uma piscina, o cientista colocou um barco em miniatura — que, de repente, começou a se mover sozinho. A plateia, boquiaberta, logo o indagou sobre o feito. Tesla disse que havia equipado o barco com um “sistema inteligente”, capaz de responder, inclusive, a comandos de direção.
         As pessoas, então, gritaram para que a miniatura navegasse para frente, para o lado, para trás… E o barquinho obedeceu, como se estivesse “ouvindo” as ordens. Mentira. Tesla estava comandando tudo à distância. Cortesia de sua invenção: o primeiro sistema de controle remoto via ondas de rádio.
       Hoje, claro, ninguém cairia no truque do barquinho. Mas, naquela época, quase ninguém conhecia as propriedades da radiotransmissão — a primeira transmissão transatlântica, feita pelo italiano Guglielmo Marconi, havia acontecido apenas um ano antes, em 1897. Tesla, assim como Marconi, foi um dos precursores desse campo de estudo, que revolucionou o modo como nos comunicamos.

Rafael Battaglia. Internet:<https://super.abril.com.br/cultura>  (com adaptações).

Com base nas ideias do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.


Depreende-se dos sentidos do texto que Tesla já havia feito a primeira transmissão transatlântica via ondas de rádio em 1897, ou seja, um ano antes de sua apresentação no Madison Square Garden.


Alternativas
Q2226450 Português
Texto CB1A1-II

    Em 1898, Nikola Tesla impressionou quem assistiu à sua apresentação na Feira Electrical Exhibition, que aconteceu no (então recém-inaugurado) Madison Square Garden, em Nova York.
      Em uma piscina, o cientista colocou um barco em miniatura — que, de repente, começou a se mover sozinho. A plateia, boquiaberta, logo o indagou sobre o feito. Tesla disse que havia equipado o barco com um “sistema inteligente”, capaz de responder, inclusive, a comandos de direção.
         As pessoas, então, gritaram para que a miniatura navegasse para frente, para o lado, para trás… E o barquinho obedeceu, como se estivesse “ouvindo” as ordens. Mentira. Tesla estava comandando tudo à distância. Cortesia de sua invenção: o primeiro sistema de controle remoto via ondas de rádio.
       Hoje, claro, ninguém cairia no truque do barquinho. Mas, naquela época, quase ninguém conhecia as propriedades da radiotransmissão — a primeira transmissão transatlântica, feita pelo italiano Guglielmo Marconi, havia acontecido apenas um ano antes, em 1897. Tesla, assim como Marconi, foi um dos precursores desse campo de estudo, que revolucionou o modo como nos comunicamos.

Rafael Battaglia. Internet:<https://super.abril.com.br/cultura>  (com adaptações).

Com base nas ideias do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.


De acordo com as informações do texto, a plateia que assistia à apresentação de Tesla ficou impressionada com o movimento do barco em miniatura na piscina por acreditar que ele obedecia ao comando de vozes.


Alternativas
Q2226449 Português
Texto CB1A1-II

    Em 1898, Nikola Tesla impressionou quem assistiu à sua apresentação na Feira Electrical Exhibition, que aconteceu no (então recém-inaugurado) Madison Square Garden, em Nova York.
      Em uma piscina, o cientista colocou um barco em miniatura — que, de repente, começou a se mover sozinho. A plateia, boquiaberta, logo o indagou sobre o feito. Tesla disse que havia equipado o barco com um “sistema inteligente”, capaz de responder, inclusive, a comandos de direção.
         As pessoas, então, gritaram para que a miniatura navegasse para frente, para o lado, para trás… E o barquinho obedeceu, como se estivesse “ouvindo” as ordens. Mentira. Tesla estava comandando tudo à distância. Cortesia de sua invenção: o primeiro sistema de controle remoto via ondas de rádio.
       Hoje, claro, ninguém cairia no truque do barquinho. Mas, naquela época, quase ninguém conhecia as propriedades da radiotransmissão — a primeira transmissão transatlântica, feita pelo italiano Guglielmo Marconi, havia acontecido apenas um ano antes, em 1897. Tesla, assim como Marconi, foi um dos precursores desse campo de estudo, que revolucionou o modo como nos comunicamos.

Rafael Battaglia. Internet:<https://super.abril.com.br/cultura>  (com adaptações).

Com base nas ideias do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.


Entende-se da leitura do texto que o ‘sistema inteligente’ ao qual Tesla se referiu, durante sua apresentação na Feira Electrical Exhibition, era o sistema de controle remoto via ondas de rádio.


Alternativas
Q2226441 Português
Texto CB1A1-I

      Os pais pediram que o menino fosse dormir cedo para que pudesse acordar à hora da passagem do ano. A julgar pela insistência da recomendação, o ano não passaria se ele não se deitasse. O que seria, francamente, um problemão — e para o mundo todo. Se o ano não virasse, tudo o que estava para acontecer a partir da meia-noite bruscamente ficaria retido nas malas, nos pacotes, na escuridão. Por respeito à humanidade, o garoto acatou. Quer dizer, mais ou menos — ficaria na cama de olhos fechados, igual quando brincava de morto, mas dormir mesmo não dormiria. Só estando acordado seria possível devassar de vez o mistério da passagem do ano.
      Os adultos mentem muito, sabia. Até mesmo sua mãe, que lhe pede não mentir nunca, inventava histórias quando ele perguntava “como era a cara do ano velho e do ano novo”. Sempre lhe respondiam, com sorrisos enigmáticos que não esclarecem nada, que tudo dependia da sua maneira de olhar. Mas olhar o quê? O ano velho indo embora tal qual um balão, “subindo, perdendo gás, perdendo gás, até acabar muito chocho”? Ou a chegada do novo, que descia de paraquedas na praça General Osório, trazendo uma mochila munida de “talco, escova de dentes e pombas”, para soltar em sinal de paz e alegria? Pouca coisa fazia sentido naquela cabeça de menino.
      Confinado em seu quarto, correu para a janela depois do beijo materno de boa noite e ali ficou, vigia do réveillon. Era preciso guardar o céu, pois com certeza “o ano passa no ar”. Mas o que faria, então, tanta gente na rua, tanto carro buzinando, sem ninguém olhando para cima? Já estavam, decerto, acostumados. “É ruim, ficar acostumado: não se vê mais nada, as coisas vão se apagando”, concluiu a criança da crônica de Drummond. Ninguém ia perceber a passagem do ano.
        Desiludido, o menino pegou no sono e acordou no chão, apavorado com o estrondo da virada. Foi correndo para a sala, onde os adultos, falando um pouco arrastado, tinham perdido o jeito comum, o jeito diurno. “Ele passou?”, quis saber. Carinhosa, a mãe levou-o de volta para o quarto, encostou o rosto em seu rosto e rogou-lhe que dormisse outra vez. O ano passara sem que ele o visse. Bem que sua mãe tinha alertado: só dependia da maneira de olhar... e ele não acertara com a maneira.

Guilherme Tauil. Para o ano que chega. Internet: < https://cronicabrasileira.org.br> (com adaptações).  

Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto CB1A1-I.


Os sentidos do texto e a sua correção gramatical seriam preservados caso o primeiro período do terceiro parágrafo fosse reescrito da seguinte forma: Confinado em seu quarto, correu para a janela depois do beijo de boa noite de sua mãe e ali, vigia do réveillon, ficou. 


Alternativas
Q2226437 Português
Texto CB1A1-I

      Os pais pediram que o menino fosse dormir cedo para que pudesse acordar à hora da passagem do ano. A julgar pela insistência da recomendação, o ano não passaria se ele não se deitasse. O que seria, francamente, um problemão — e para o mundo todo. Se o ano não virasse, tudo o que estava para acontecer a partir da meia-noite bruscamente ficaria retido nas malas, nos pacotes, na escuridão. Por respeito à humanidade, o garoto acatou. Quer dizer, mais ou menos — ficaria na cama de olhos fechados, igual quando brincava de morto, mas dormir mesmo não dormiria. Só estando acordado seria possível devassar de vez o mistério da passagem do ano.
      Os adultos mentem muito, sabia. Até mesmo sua mãe, que lhe pede não mentir nunca, inventava histórias quando ele perguntava “como era a cara do ano velho e do ano novo”. Sempre lhe respondiam, com sorrisos enigmáticos que não esclarecem nada, que tudo dependia da sua maneira de olhar. Mas olhar o quê? O ano velho indo embora tal qual um balão, “subindo, perdendo gás, perdendo gás, até acabar muito chocho”? Ou a chegada do novo, que descia de paraquedas na praça General Osório, trazendo uma mochila munida de “talco, escova de dentes e pombas”, para soltar em sinal de paz e alegria? Pouca coisa fazia sentido naquela cabeça de menino.
      Confinado em seu quarto, correu para a janela depois do beijo materno de boa noite e ali ficou, vigia do réveillon. Era preciso guardar o céu, pois com certeza “o ano passa no ar”. Mas o que faria, então, tanta gente na rua, tanto carro buzinando, sem ninguém olhando para cima? Já estavam, decerto, acostumados. “É ruim, ficar acostumado: não se vê mais nada, as coisas vão se apagando”, concluiu a criança da crônica de Drummond. Ninguém ia perceber a passagem do ano.
        Desiludido, o menino pegou no sono e acordou no chão, apavorado com o estrondo da virada. Foi correndo para a sala, onde os adultos, falando um pouco arrastado, tinham perdido o jeito comum, o jeito diurno. “Ele passou?”, quis saber. Carinhosa, a mãe levou-o de volta para o quarto, encostou o rosto em seu rosto e rogou-lhe que dormisse outra vez. O ano passara sem que ele o visse. Bem que sua mãe tinha alertado: só dependia da maneira de olhar... e ele não acertara com a maneira.

Guilherme Tauil. Para o ano que chega. Internet: < https://cronicabrasileira.org.br> (com adaptações).  

Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto CB1A1-I.


Entende-se do texto que “o menino” queria ver a passagem do ano, mas acabou dormindo e só acordou com os estrondos dos fogos.

Alternativas
Q2225979 Português
O QUE VIVI AO FICAR PRESO NO ELEVADOR
Por Ton Paulo – 20 novembro 2019

          As portas do elevador estacionado no térreo já se fechavam quando, numa corrida rápida, coloco o braço no rumo do sensor a tempo de fazê-las reabrirem. Entro ainda ofegante no cubículo vazio, não sem antes soltar um “que sorte!” em voz baixa.

          Sou apaixonado por elevadores vazios. O intervalo do térreo até o andar escolhido é sempre o momento oportuno do dia para dar uma ajeitada no cabelo no espelho, olhar as mensagens ainda não visualizadas e respirar. Mas não hoje.

          O elevador parou no meu andar, o 25º, mas as portas não se abriram. Espero, estranhando o delay, e nada. Alguns instantes depois, o ventilador de teto para. Era isso: eu estava preso em um elevador enguiçado.

          Desato a tocar o interfone, mas, no lugar de uma voz humana, só recebo uma luzinha que pisca insistentemente. Do nada, me vem a palavra “claustrofobia” – do latim, claustro phobos: medo de lugares fechados. Eu não tinha aquilo, mas sentia que meus pulmões já puxavam o ar de maneira irregular.

          Sento, levanto, sento novamente, dou voltas só de meias dentro do cubículo de metal. Exatos uma hora e cinquenta minutos se passam até que um funcionário abre a porta, com o elevador já no térreo e me encontra no chão abraçado às minhas pernas. Ainda um pouco trêmulo e puxando o ar com força, caminho até a recepcionista: “Onde ficam as escadas mesmo?”


Disponível em: https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/oque-vivi-ao-ficar-preso-no-elevador-221327/. Acesso em: 20 maio 2023. 
A partir da leitura do texto, é correto afirmar que o autor
Alternativas
Q2225819 Português
Texto 1

Departamentos essenciais em uma administração

Um dos pontos fortes da equipe e que mostra a saúde da empresa, inclusive, é a contabilidade. Essa parte do departamento administrativo, muitas vezes ignorada, é de vital importância para o bom andamento e crescimento da companhia. Para atuar nessa frente, é necessário cautela e perfil analítico para a melhor tomada de decisão. Afinal, as oportunidades de crescimento são verificadas através dos dados gerados por essa atividade.

Se a empresa não dispor de estrutura para abrigar a contabilidade ou não contar com profissionais capacitados, uma opção é terceirizar este serviço. Já ao setor financeiro cabem as decisões sobre investimentos. Entre elas, destacam-se aquisição de maquinário, contratação e gerenciamento de empréstimos, entre outras funções correlatas. Geralmente, essas atividades são assumidas pelo dono do negócio, investidores ou executivos principais.

Inclusos no departamento administrativo estão também os profissionais de comunicação. É nas ações de marketing que clientes em potencial são alcançados, tal como os clientes efetivos são mantidos. Ou seja, com um trabalho eficaz, é possível ampliar consideravelmente os lucros e o domínio de mercado. Isso além de consolidar o relacionamento com clientes e estreitar mais os laços e parcerias.

(…)Com isso, caso a empresa deseje receber um retorno sobre o índice de satisfação das pessoas e a qualidade do serviço que oferece, é preciso pensar num canal de serviços de atendimento ao cliente. O encarregado precisa operar de forma eficaz as licitações, no caso de empresas públicas, realizar as atividades de controle patrimonial e lidar com os trâmites financeiros, juntamente ao almoxarifado, formando uma equipe de trabalho conjunto. Ou seja, essa função mistura-se às competências do responsável pelo controle financeiro, que movimenta o dinheiro da empresa diretamente. Por conta disso, o departamento administrativo acaba englobando tantas áreas.

Outra função essencial de um corpo gestor corporativo é a coordenação de pessoas, comumente realizada pelos profissionais de recursos humanos. Eles não são responsáveis apenas por recrutar e desligar pessoas, mas sim por alocar o indivíduo certo em cada função. Para isso, eles precisam conhecer não apenas as atividades e rotinas operacionais da empresa, mas também sua força de trabalho. Um profissional de RH atento é capaz de identificar potenciais mudanças de função entre colaboradores e avaliar seus rendimentos.

Por exemplo, se determinado funcionário do setor de logística realiza um curso de oratória e vendas, é trabalho do RH identificar esse talento e sugerir a realocação dessa pessoa para uma área na qual seus conhecimentos serão melhor aproveitados. Dessa forma, o departamento não só estará ajudando a empresa ao aproveitar talentos internamente, mas estará também incentivando os demais funcionários a investirem em si mesmos.

Juliana Gaidargi (adaptado)

www.infonova.com.br acesso em 15/08/2019
“Um dos pontos fortes da equipe e que mostra a saúde da empresa, inclusive, é a contabilidade. Essa parte do departamento administrativo, muitas vezes ignorada, é de vital importância para o bom andamento e crescimento da companhia. Para atuar nessa frente, é necessário cautela e perfil analítico para a melhor tomada de decisão. Afinal, as oportunidades de crescimento são verificadas através dos dados gerados por essa atividade.” (§1)
Todas as afirmativas sobre este parágrafo em relação à sintaxe e à semântica se encontram com erro à exceção de uma, identifique-a. 
Alternativas
Q2225419 Português
Texto 1


Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades brasileiras (adaptado)
Por Marcela Donini e Tiago Medina

Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori mudou de estilo a partir de 2021. Acompanhada do marido e da filha, então com menos de 3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da família, tão necessário para deslocamentos na capital gaúcha, ficou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento presente no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.

“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não percebemos o ambiente tóxico que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a filha é, agora, mais tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, enfim tu consegues prever o que vai acontecer.”

Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo espanhol em maio de 2021. Desde então, os limites na maioria das vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até 30 km/h [...].

Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades de todo o país. A União de Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no Código de Trânsito Brasileiro que fixaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.

[...]

O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e estrangeiras nas quais a redução das velocidades levou a maior segurança no trânsito. São Paulo, por exemplo, fez alterações significativas nesse sentido desde 2011. Em 2015, foram reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros [...]. O sucesso da operação, destaca o relatório da UCB, foi verificado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de 52% no número de mortes nas duas marginais.

Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram alto o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de velocidade mais baixos, metade concorda que isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos limites como fator importante para essa queda.

[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o trânsito flui melhor”, diz, citando o exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 110km/h para 80km/h e houve melhoria na fluidez. “Por isso, estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica.

Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática aprendida com a engenheira de transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo pequeno. Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente, mas constantemente”, exemplifica. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está provado que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos. Acelerar significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo”, completa.

[...]

Status do carro
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são pedestres, ciclistas e motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são pessoas negras, destaca Carboni.

Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a questão geracional é chave na mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade. “Ainda habita em nós uma questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito Brasileiro. Para as pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como considerar que quem anda de bicicleta não teve sucesso”, diz.

Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, costuma contar a história de suas idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não tenho carro. Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”.

Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo Matinal são otimistas. Bohn lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI faz questão de ressaltar que as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro.

Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que o novo estilo de vida irá mudar a perspectiva da filha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as coisas de bicicleta. Os ciclistas enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também ficou para trás o hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos momentos de trânsito parado.

Disponível em: https://www.matinaljornalismo.com.br/matinal/reportagemmatinal/reduzir-velocidade-nas-cidades-brasileiras/
Do ponto de vista da organização estrutural, observa-se no texto 1 uma oposição entre, de um lado, o bloco introdução/conclusão (parágrafos 1, 2 e 13) e, de outro, o bloco do desenvolvimento (parágrafos 3 a 12). Essa oposição decorre da predominância, em cada um desses blocos, de estratégias composicionais distintas.
A alternativa que captura corretamente a oposição entre as estratégias composicionais predominantes em cada um desses blocos, respectivamente, é: 
Alternativas
Q2225418 Português
Texto 1


Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades brasileiras (adaptado)
Por Marcela Donini e Tiago Medina

Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori mudou de estilo a partir de 2021. Acompanhada do marido e da filha, então com menos de 3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da família, tão necessário para deslocamentos na capital gaúcha, ficou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento presente no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.

“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não percebemos o ambiente tóxico que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a filha é, agora, mais tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, enfim tu consegues prever o que vai acontecer.”

Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo espanhol em maio de 2021. Desde então, os limites na maioria das vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até 30 km/h [...].

Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades de todo o país. A União de Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no Código de Trânsito Brasileiro que fixaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.

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O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e estrangeiras nas quais a redução das velocidades levou a maior segurança no trânsito. São Paulo, por exemplo, fez alterações significativas nesse sentido desde 2011. Em 2015, foram reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros [...]. O sucesso da operação, destaca o relatório da UCB, foi verificado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de 52% no número de mortes nas duas marginais.

Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram alto o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de velocidade mais baixos, metade concorda que isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos limites como fator importante para essa queda.

[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o trânsito flui melhor”, diz, citando o exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 110km/h para 80km/h e houve melhoria na fluidez. “Por isso, estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica.

Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática aprendida com a engenheira de transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo pequeno. Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente, mas constantemente”, exemplifica. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está provado que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos. Acelerar significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo”, completa.

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Status do carro
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são pedestres, ciclistas e motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são pessoas negras, destaca Carboni.

Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a questão geracional é chave na mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade. “Ainda habita em nós uma questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito Brasileiro. Para as pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como considerar que quem anda de bicicleta não teve sucesso”, diz.

Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, costuma contar a história de suas idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não tenho carro. Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”.

Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo Matinal são otimistas. Bohn lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI faz questão de ressaltar que as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro.

Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que o novo estilo de vida irá mudar a perspectiva da filha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as coisas de bicicleta. Os ciclistas enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também ficou para trás o hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos momentos de trânsito parado.

Disponível em: https://www.matinaljornalismo.com.br/matinal/reportagemmatinal/reduzir-velocidade-nas-cidades-brasileiras/
“Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda falta comunicar efetivamente esses dados à população.” O trecho do texto 1 destacado na passagem acima corresponde a uma tese. A alternativa em que um dado estatístico é apresentado como argumento em favor dessa tese é:
Alternativas
Q2224951 Português
Como já dito por Rem Koolhaas, no ano de 2016: “O atual desafio da arquitetura é entender o mundo rural”, uma área normalmente ignorada pelos arquitetos que há décadas concentram grande parte de sua energia nas cidades, sendo que estas representam apenas 2% da superfície do planeta.

Koolhaas faz um chamado para mudar essa perspectiva e entender que o futuro consiste em intervir em “espaços nus, semiabandonados, pouco povoados, às vezes mal conectados”, uma vez que é onde se está observando acelerados processos de mudanças dos quais, como arquitetos, devemos assumir o controle.
Assinale a opção que mostra a crítica feita indiretamente no texto.
Alternativas
Q2224946 Português
“Foi o rei Arthur e seus cavaleiros que resolveram uma das piores aflições dos encarregados de qualquer cerimonial: em reuniões, com pessoas ilustres, todas sentadas a uma mesa, quem deve ocupar o lugar de maior destaque, a cabeceira? Alguém descobriu o óbvio, e descobrir o óbvio não percebido é sinal de genialidade. O geniozinho da corte do rei Arthur simplesmente criou a mesa redonda. Nela todos, democraticamente, se colocam em posição de igualdade, adeus problemas de etiqueta!”

Márcio Cotrim. O Pulo-do-Gato 2. Geração Editorial. São Paulo. 2007
Assinale a opção que apresenta o segmento que mostra por inteiro uma opinião do autor do texto.
Alternativas
Q2224944 Português
“A Arquitetura refere-se a toda construção e modelagem artificial do ambiente físico, incluindo seu processo de projeto e o produto deste, sendo a palavra também usada para definir os estilos e métodos de projeto das construções de uma época. Em outras áreas, como, por exemplo, na ciência da computação, o termo arquitetura se refere à estrutura geral de um sistema, sendo como um sinônimo de algo projetado ou a forma como funciona.” 
Já que a arquitetura se refere à modelagem artificial do ambiente físico, entre as obras desse tipo não está incluído(a)
Alternativas
Q2224941 Português
“Um erro de cálculo pode explicar o desabamento de um edifício. Mas por que não pensar também na rebelião das paredes contra o que se passa entre elas?”
Aníbal Machado
Sobre o que é expresso nesse pensamento, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q2224940 Português
“As casas foram construídas para serem habitadas, e não para serem contempladas.”
Francis Bacon
Assinale a opção que apresenta corretamente o pensamento contido nessa frase.
Alternativas
Q2224763 Português

“É mais fácil a mãe alimentar sete filhos do que sete filhos alimentarem a mãe.”

Assinale a opção que marca, respectivamente, a ação da mãe e a dos filhos.

Alternativas
Q2224761 Português
“Crianças e loucos dizem a verdade.”
Esse provérbio critica a
Alternativas
Respostas
1221: C
1222: B
1223: A
1224: C
1225: E
1226: C
1227: C
1228: C
1229: C
1230: E
1231: A
1232: E
1233: D
1234: C
1235: C
1236: E
1237: D
1238: A
1239: C
1240: B