Questões de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto para Concurso
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-Preocupado com o “Bolsa”?
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(https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/nova/161036817302
2699-charges-setembro-2018#foto-1611365192608381) Acesso
em: 17/12/2018.
Em relação à charge, marque o item CORRETO:
Leia atentamente o texto abaixo e responda às questões.
Clique Ciência: Chaves são sempre diferentes?
Quando você manda fazer uma chave para a fechadura da sua casa, será que ela é exclusiva? Ou existe a chance de outra pessoa ter uma idêntica à sua, como se tivesse sido duplicada?
Não dá para afirmar que elas sejam únicas. Mas a chance de encontrar duas com a mesma combinação é baixíssima, segundo explica o professor Luiz Antonio Gonçalves Neto, da Escola Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) Luís Eulálio de Bueno Vidigal Filho, em Suzano (SP).
Simplificando a questão, cada chave se diferencia de outra por causa de seus "dentes" e cada combinação de dentes corresponde a um segredo de fechadura.
Fabricantes planejam o processo de produção em ciclos, cada um com um grande número de combinações diferentes.
O problema é que, ao fim da etapa, começa um ciclo novo que repete as mesmas combinações. "Isso causa uma duplicidade de combinações, mas a probabilidade destas fechaduras e chaves se encontrarem é quase como ganhar na loteria", compara Gonçalves. As produtoras também distribuem chaves iguais em regiões diferentes para diminuir as chances de coincidência. Há um caso, entretanto, em que se quer que mais fechaduras compartilhem a mesma combinação. É um processo chamado de unificação, utilizado para o proprietário ter de usar menos chaves.
Quantas chaves existem?
Infelizmente, não é possível dar uma resposta precisa porque não há um modelo único de fabricação. Cada configuração faz com que o número de combinações possíveis seja diferente, tornando o número impossível de calcular.
O tipo mais conhecido de chave é a plana comum
ou yale, que costumamos usar em cadeados em
portas. Há ainda gorjes (usadas em fechaduras mais
antigas), planas duplas (para automóveis mais
antigos), planas tetras, multiponto (por exemplo a
mul-t-lock) e pantográficas (para carros novos).
O artigo "Quantas Chaves Diferentes?",
publicado pela Associação Britânica de Matemática
na década de 1960, propôs um modelo matemático
complexo para calcular o número total de chaves
planas baseado no número, tamanho e disposição dos
dentes.
O texto conclui que chaves com dez dentes têm 78 mil combinações possíveis, mas ressalva que há muitos outros fatores em jogo, então esse número não é preciso.
O professor Luiz Antonio Gonçalves Neto diz ainda que a qualidade da chave e da fechadura são muito importantes na fabricação. Ele avalia que a produção em grande escala trouxe consequências danosas. "As fechaduras mais antigas eram fabricadas com materiais mais nobres e duráveis e havia uma grande preocupação com a segurança, independentemente do custo. Hoje vemos produtos com materiais de má qualidade só para baixar o preço", diz. Cadeados muito baratos acabam apresentando mecanismo frouxo e pouco seguro.
(https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimasnoticias/redacao/2018/12/17.Acesso em: 16/12/2018).
I. “Mas a chance de encontrar duas COM a mesma combinação é baixíssima.” II. “As fechaduras mais antigas eram fabricadas COM materiais mais nobres e duráveis.” III. “Quando você manda fazer uma chave PARA a fechadura da sua casa, será que ela é exclusiva?”
MONTADA NA SELA DO IMPOSSÍVEL
Helena Macedo em depoimento para Maryane
Martins
Comecei trabalhando desde os 15 anos. Aos 13, aprendi a costurar. A minha mãe é costureira, e eu com essa idade já ajudava a fazer roupas. Assim começou. Na maioria dos meses, não tinha tanto serviço. Eu queria ganhar dinheiro, comprar minhas coisas, ajudar em casa. Eu e meus irmãos sempre trabalhamos, desde cedo. Eles carregavam frete. Rogério, com 11 anos, trabalhava com aço, fazendo espora. Faz 21 anos que ele foi assassinado. Hoje, só tenho 6 irmãos vivos.
Um dia, conversando com Ritinha, minha vizinha, disse que queria um emprego pra ganhar dinheiro e trabalhar o tempo todo. E ela, vendo aquela menina, disse: “Vamos pra tenda que eu arrumo um emprego pra você.” Lá eram ela, outra mulher e vários homens. Não tinha nenhuma criança, só adultos. Eu trabalhava à tarde, às vezes à noite. Estudava de manhã. Nunca parei os estudos.
Primeiro, fui ajudante. Fazia mandado, comprava mercadoria, varria a tenda, essas coisas simples. Depois, ainda com 15 anos, me tornei artesã. Tive a oportunidade de aprender. Ritinha é uma pessoa que eu considero muito, a seleira pioneira de Cachoeirinha e que ensinou a tantos, e também foi minha professora. Agradeço pela oportunidade que ela me deu. Trabalhei com ela por uns 3 ou 4 meses. Depois, com o tempo, fui trabalhar com um irmão meu. E meu pai criou uma tenda. Fazia mais de um ano que eu estava trabalhando com couro, mas ainda não fazia sela.
Fazia as peças, e meu irmão montava a sela, até que um dia ele levou uma queda de cavalo. Meu pai falou que eu teria que dar um jeito pra terminar o trabalho do meu irmão. Eu disse que não sabia, e ele mandou eu me virar. Ele sempre foi um homem muito rude, bruto. Falou que eu tinha que fazer, que montar. Eu aprendi quase na marra. E assim comecei a fazer selas.
Meu pai sempre olhava todas as selas que eu montava e ficava tentando arrancar as coisas, pra ver se tava boa ou se tava ruim. Hoje eu entendo que foi uma maneira de ele me ensinar. Mas tem formas mais fáceis de fazer isso. Os homens trabalhavam para ele e faziam a sela por 100 reais. A minha só era 50, metade do preço. Era porque eu era mulher, filha dele e ainda morava em casa. Ser mulher é sofrer preconceito o tempo todo, não só na minha profissão.
O negócio ficou tão difícil que um dia eu e meu pai brigamos e vim trabalhar no quartinho no fundo da casa da minha mãe. Não queria trabalhar na tenda porque tinha muito homem e isso me incomodava. Em casa, poderia fazer sela pra quem eu quisesse. Meu pai quando me viu trabalhando em casa falou que eu tinha que fazer sela pra ele. Bati o pé e falei que não fazia nem queria o serviço mais barato. Meu pai disse: “Já que você não quer fazer sela pra mim, ou você sobe ou desce, mas na minha casa você não mora mais.” Nessa discussão, minha mãe entrou no meio e disse que eu nem subia nem descia, que eu iria ficar em casa. Nem saí de casa nem fiz mais sela pra ele. Agradeço até hoje por minha mãe ter me defendido.
Montava a sela durante a semana e às quintas levava pra feira. Às vezes vendia, outras não. Era um sofrimento que se fosse pra escrever dava um livro. Deixei de ser humilhada pelo meu pai, mas quando chegava na feira, cansada depois de trabalhar a noite toda, os homens ficavam perguntando quanto era a sela, pedindo desconto. Diziam: “Ali tem uma do mesmo jeito só que mais barata.” Aí eu dizia: “Compre, vá comprar. Eu levo de volta pra casa.” Desde pequena eu aprendi a me defender, aprendi que a vida é difícil. O mundo é difícil, e você tem que lutar pelo que você quer. Já trabalhei para selarias em que precisava trabalhar 20 horas por dia. Acordava às cinco da manhã e ia até meia-noite trabalhando. Não conseguia dividir meu tempo, trabalhava muito.
Hoje, eu faço o que eu gosto e para quem me valoriza. Trabalho para duas lojas, uma em Cachoeirinha-PE e outra em Santa Luzia-PB. Uma sela minha custa 1000 reais. Meus clientes brigam pelas minhas selas. Digo que se você achar o encontro das costuras em uma delas, eu lhe dou uma de volta. Ninguém encontra. Sou muito perfeccionista. Porque se eu vir qualquer probleminha, desmancho e faço tudo de novo. Só consigo fazer duas selas por semana. Quando mando para as selarias, vai do Brasil e pro mundo. O céu é o limite.
Minha tenda fica no primeiro andar da minha casa, que divido com uma amiga. Prefiro chamar amiga porque é fofo, mas ela é minha companheira. Eu a conheci em 1999. Se você perguntasse para mim se eu faria tudo de novo, eu diria que sim. Encontraria ela do mesmo jeito, passaria os mesmos perrengues. Foi difícil, mas eu não desisto do que eu quero.
Se eu ganhasse na Mega-Sena e ficasse milionária, eu ainda falaria de onde eu saí. Toda cidade tem alguma coisa, Cachoeirinha tem o couro e o aço. Tudo que eu tenho, todos sonhos que eu já realizei e os que eu vou realizar, são só por conta da minha arte. Eu poderia até fazer outra coisa, mas eu amo o que faço. A vida toda trabalhei. Nunca tive férias. Tenho 47 anos. Daqui pra frente o que ganhar é lucro. Quero comprar um carro, viajar, conhecer Foz do Iguaçu, Fernando de Noronha, a Europa. O que a gente não pode é deixar de sonhar. Sonhar e trabalhar para realizar.
Meu nome é Helena Macêdo. Sou fabricante de sela de vaquejada e tenho essa profissão há 32 anos. É uma coisa que eu gosto, que eu amo de paixão. Não trabalho só pelo dinheiro. Gosto das coisas impossíveis.
Adaptado de: https://piaui.folha.uol.com.br/montada-nasela-do-impossivel/
Acessado em: 20/09/2022.
Leia a tirinha a seguir:
É possível afirmar que a reflexão proposta pela
tirinha de Armandinho dialoga com o seguinte
fragmento de texto:
I. De acordo com o texto, o SUS apresenta problemas na sua gestão. II. No trecho "cabendo ao Governo" o termo "Governo" é um substantivo.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto para o item.
Luis Fernando Veríssimo. Aprenda a chamar a polícia.
Internet: <www.refletirpararefletir.com.bb> (com adaptações).
Julgue o item, que consiste em propostas de reescrita para períodos destacados do texto, quanto à correção gramatical e à coerência textual.
“Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava
olhando tudo com cara de assombrado” (linhas 29 e 30):
Eles prenderam o ladrão que ficava olhando tudo com
cara de assombrado em flagrante
Texto para o item.
Luis Fernando Veríssimo. Aprenda a chamar a polícia.
Internet: <www.refletirpararefletir.com.bb> (com adaptações).
Julgue o item, que consiste em propostas de reescrita para períodos destacados do texto, quanto à correção gramatical e à coerência textual.
“Não precisa mais ter pressa” (linha 20): Não precisa
mas ter pressa
Texto para o item.
Luis Fernando Veríssimo. Aprenda a chamar a polícia.
Internet: <www.refletirpararefletir.com.bb> (com adaptações).
Julgue o item, que consiste em propostas de reescrita para períodos destacados do texto, quanto à correção gramatical e à coerência textual.
“liguei há pouco porque tinha alguém no meu
quintal” (linhas 19 e 20): liguei há pouco embora
houvesse alguém no meu quintal
Texto para o item.
Luis Fernando Veríssimo. Aprenda a chamar a polícia.
Internet: <www.refletirpararefletir.com.bb> (com adaptações).
Julgue o item, que consiste em propostas de reescrita para períodos destacados do texto, quanto à correção gramatical e à coerência textual.
“Um minuto depois, liguei de novo e disse com a voz
calma” (linhas 17 e 18): Liguei de novo e disse com uma
voz suave um minuto depois
Texto para o item.
Luis Fernando Veríssimo. Aprenda a chamar a polícia.
Internet: <www.refletirpararefletir.com.bb> (com adaptações).
“Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa” (linhas 12 e 13): Me perguntaram se o ladrão armado esteve na casa
Texto para o item.
Luis Fernando Veríssimo. Aprenda a chamar a polícia.
Internet: <www.refletirpararefletir.com.bb> (com adaptações).
Com base no texto apresentado, julgue o item.
É correto afirmar que, na fala “— Pensei que tivesse dito
que não havia ninguém disponível” (linhas 37 e 38), o
narrador está sendo irônico.
Texto para o item.
Luis Fernando Veríssimo. Aprenda a chamar a polícia.
Internet: <www.refletirpararefletir.com.bb> (com adaptações).
Com base no texto apresentado, julgue o item.
O termo “cara” (linha 23) está empregado em referência
a “o ladrão” (linhas 20 e 21).
Texto para o item.
Luis Fernando Veríssimo. Aprenda a chamar a polícia.
Internet: <www.refletirpararefletir.com.bb> (com adaptações).
Com base no texto apresentado, julgue o item.
Nesse texto, tem-se um narrador-observador.
Texto para o item.
Internet: <callegariemarques.com.br> (com adaptações).
Julgue o item, que consistem em propostas de reescrita para períodos destacados do texto, quanto à correção gramatical e à coerência textual.
“Para saber se é melhor usar facetas de porcelana ou
lentes de contato dental o melhor é conversar com seu
dentista” (linha 21) por Para saber se é melhor usar
facetas de porcelana ou lentes de contato dental, a
melhor opção é conversar com o seu dentista
Sobre a tirinha abaixo, é correto afirmar que:
Baseando-se na tirinha, o personagem Cascão exclama: "Ganhei!" pois:
TEXTO 3
As expressões que contribuem para deixar o TEXTO 3 vago e, por isso, impreciso são
Texto 1
"No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra."
Carlos Drummond de Andrade
Os textos abordam temas que são:
No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
No primeiro período do último parágrafo, estariam
prejudicadas a correção gramatical e a coerência textual caso
a expressão “se devem efetivar” fosse reescrita como
deve-se efetivarem.
No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
No quarto parágrafo do texto, o período “A governabilidade,
então, significa que o governo deve tomar decisões
amparadas em um processo que inclua a participação dos
diversos setores da sociedade” poderia ser reescrito da
seguinte forma, o que manteria a correção gramatical e os
sentidos textuais: A governabilidade, assim, significa que o
governo tomará decisões respaldadas em um processo
que prescinda da participação dos diversos setores da
sociedade.