Questões de Concurso
Sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português
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Fonte: www.ivancabral.com
(Trecho de Frankenstein, de Mary Shelley)
Qual é a interpretação mais precisa do trecho citado do livro "Frankenstein" em relação ao impacto da tristeza excessiva no desenvolvimento pessoal e na contribuição para a sociedade?
Assinale a opção que está integralmente de acordo com a norma culta.
Fonte:
https://www.pensador.com/frases_de_duplo_sentid
o_para_morrer_de_rir/
O que faz o Brasil ter a maior população de
domésticas do mundo
Marina Wentzel
1 Se organizasse um encontro de todos os seus trabalhadores domésticos, o Brasil reuniria uma população maior que a da Dinamarca, composta majoritariamente por mulheres negras, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
2 Segundo dados de 2017, o país emprega cerca de 7 milhões de pessoas no setor − o maior grupo no mundo. São três empregados para cada grupo de 100 habitantes − e a liderança brasileira nesse ranking só é contestada pela informalidade e falta de dados confiáveis de outros países.
3 Com um perfil predominante feminino, afrodescendente e de baixa escolaridade, o trabalho doméstico é alimentado pela desigualdade e pela dinâmica social criada principalmente após a abolição da escravatura no Brasil, afirmam especialistas.
4 “Ainda hoje o trabalho doméstico é uma das principais ocupações entre as mulheres, que são a maioria no setor em todo o mundo, cerca de 80%. No Brasil, permanece sendo a principal fonte de emprego entre as mulheres”, diz Claire Hobden, especialista em Trabalhadores Vulneráveis da OIT. O professor e pesquisador americano David Evan Harris é um dos especialistas que defendem que cenário do trabalho doméstico no Brasil atual é herança do período escravagista.
5 “O Brasil foi um dos últimos países do mundo a acabar com a escravidão. Se olharmos para quem são as empregadas, veremos que elas tendem a ser pessoas de cor”, diz o acadêmico, formado pela Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, e mestre pela USP. [...]
6 Segundo a historiadora e escritora Marília Bueno de Araújo Ariza, mesmo após a abolição, em 1888, mulheres e homens negros continuaram sendo servos ou escravos informais, o que também deixou seu legado no mercado de trabalho. [...]
7 As domésticas de hoje são majoritariamente afrodescendentes porque “justamente eram essas pessoas que ocupavam os postos de trabalho mais aviltados na saída da escravidão e na entrada da liberdade no pós-abolição”, afirmou ela à BBC Brasil.
A ideia de ter um servo na família era muito comum, mesmo entre quem não era rico e vivia nas regiões semiurbanas do século 19, segundo Ariza.
8 “A escravidão brasileira foi diversa, mas foi sobretudo uma escravidão de pequena posse. No Brasil, todo mundo tinha escravos. Quando as pessoas tinham dinheiro, elas compravam escravos com muita frequência.”
9 Ariza acredita que o Brasil do século 21 herdou do passado colonial, imperial e escravista uma “profunda desigualdade na sociedade que não foi resolvida” e “um racismo estrutural”. Essas duas coisas combinadas nos levam a um quadro contemporâneo que usa racionalmente o trabalho doméstico porque ele é mal remunerado e, até recentemente, não tinha quaisquer direitos reconhecidos”, resume. [...]
10 “Apesar dos esforços dos governos recentes em trazer essas empregadas para a formalidade, o que se vê hoje é o aumento da informalidade”, pondera o professor e doutor em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carlos Eduardo Coutinho da Costa. [...]
11 “Já que o trabalho formal é um meio de ascensão, as oportunidades nesse âmbito foram administradas por um viés racial, no qual negros foram encaminhados aos postos inferiores, mais precarizados, para que não evoluíssem economicamente”, diz Coutinho da Costa.
12 Em sua tese de mestrado na USP, o pesquisador americano David Evan Harris comparou a relação da sociedade com os trabalhadores domésticos no Brasil e nos Estados Unidos. Para ele, em ambos os países os empregados são explorados, apesar das diferenças culturais. No Brasil, diz Harris, predomina o discurso da proximidade afetiva, na qual a empregada é tratada “praticamente como se fosse alguém da família”. Já nos EUA, elas costumam ser terceirizadas e recrutadas via empresas de serviços de limpeza. Essa profissionalização daria o distanciamento necessário para que a “culpa” e o “constrangimento moral” das famílias americanas por causa da desigualdade social fossem mitigados.
Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43120953.
Acesso: 16 set. 2023. Com alterações
( ) A partir do momento em que o lixo é jogado nas latas, o problema da sujeira está resolvido.
( ) No início dos tempos, o lixo não era uma problemática, uma vez que se tratava, basicamente, de matéria orgânica, a qual, ao longo do tempo, se decompunha pela ação do tempo.
( ) O tipo de material das fraldas usadas pelos bebês não é uma problemática trazida pelo texto e seu contexto.
( ) Todos os adultos nos Estados Unidos sentem-se solitários.
( ) Caminhar pelo quarteirão acompanhado é benéfico, pois traz vantagens sociais e físicas.
( ) Correr 8 mil passos diminui o risco de doenças cardiovasculares em pelo menos 20%.