Questões de Português - Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas... para Concurso
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Na linha 12, o vocábulo “mas” introduz uma oração coordenada de sentido adversativo.
Texto para o item.
Em relação aos aspectos gramaticais e aos sentidos do texto apresentado, julgue o item.
Se a vírgula empregada no trecho “Sonhos recorrentes,
que acompanham a gente a vida toda” (linhas 17 e 18)
fosse suprimida, o sentido original do texto seria
alterado, pois, nesse caso, a oração adjetiva introduzida
pelo pronome “que” passaria a ter sentido restritivo.
Texto 1
“É importante que a sociedade compreenda a necessidade de investir na saúde mental”
A pandemia acionou os sinais de alerta para a saúde mental e deu-lhe uma visibilidade nunca antes vista. O cansaço pandêmico, a preocupação e o medo de uma doença desconhecida, o isolamento e o esforço visível no rosto dos profissionais de saúde que aguentaram trabalhar, meses a fio, na linha da frente na luta contra a covid-19 trouxeram o tema para a opinião pública. O desafio da saúde mental em Portugal é agora “aproveitar a onda e não deixar que o tema volte a ser menos visível e garantir que as pessoas estejam conscientes e despertas para o problema”, afirma António Leuschner.
O psiquiatra e presidente do Conselho Nacional de Saúde Mental participou em mais um podcast, onde recordou o direito de todos os cidadãos a usufruir de bem-estar mental, acompanhando o bem-estar físico e o bem-estar social. “Estas três componentes são absolutamente indissociáveis”, refere, lembrando que este é um problema que surge muitas vezes associado a doenças físicas graves, em que os doentes sofrem psicologicamente com isso, e que, por isso, é essencial garantir que têm o acompanhamento e o apoio necessários.
Este é um problema que afeta não só os doentes, mas também as famílias. “Não podemos esquecer que por detrás de uma pessoa há sempre um agregado familiar”, aponta Joaquina Castelão, que participou igualmente no podcast sobre saúde mental e que, em conjunto com António Leuschner, desenvolveu a tese que reflete e aponta caminhos sobre o tema.
A presidente da Familiarmente (Federação Portuguesa de Associações de Famílias com Pessoas com Experiências de Doença Mental), que conhece de perto o problema e trabalha junto de outras famílias e das associações que lhes dão voz, alerta para a importância da promoção da saúde e da prevenção, não apenas com a saúde mental, “mas, acima de tudo, no diagnóstico correto, no tratamento adequado e num acompanhamento integrado em termos multidisciplinares, que inclua como recurso – e não apenas como parceiro – a família”. Porque esta, acrescenta, também precisa de ser cuidada, não com a mesma tipologia de doença, mas necessita de apoio e de acompanhamento. “Esta é uma percentagem muito elevada da nossa população e requer uma atenção muito grande por parte dos principais responsáveis pelas políticas de saúde mental, pelos dirigentes dos serviços e da sociedade em si.”
O estigma sobre estas doenças – que ainda perdura em pleno século XXI – tem também, na opinião da presidente da Familiarmente, que ser eliminado. Na sua perspectiva, a sociedade continua a ser a principal responsável pelo estigma que se mantém, provavelmente por falta de informação sobre o assunto, “mas o que é certo é que ainda há muito a fazer nessa área”.
António Leuschner concorda e acrescenta que a saúde mental pode, e deve, ser trabalhada da mesma forma que a restante saúde, ou seja, muito antes de aparecer a doença. E estas ações, defende, devem começar muito cedo na vida das pessoas. A recente constituição de um grupo que fará um estudo sobre a importância da saúde mental no aumento da criminalidade nos jovens abaixo dos 16 anos é, para o psiquiatra, um passo muito importante. “Tendo a noção de que é verdade que muitas das determinantes das descompensações não estão propriamente na entidade biológica por detrás de cada um de nós, mas também estarão em fatores ambientais, sociais, económicos ou familiares, é um trabalho fundamental”, reforça.
Relativamente aos custos, uma componente sempre importante em qualquer temática da saúde, Joaquina Castelão acredita que serão idênticos, ou até menores, que em muitas outras áreas da saúde. “Há custos numa fase inicial, que se transformam em dividendos muito superiores aos custos do que se investe na saúde, devido a toda a repercussão que tem uma pessoa estabilizada poder levar a sua vida com normalidade.”
Muitas vezes estas pessoas deixam os empregos ou os estudos, interrompendo o ciclo de vida normal devido à incapacidade que a doença traz, enquanto progride sem tratamento adequado. O mesmo acontece nas famílias, que frequentemente deixam de trabalhar para fazer um acompanhamento, reduzindo o rendimento do agregado, com todas as implicações económicas e sociais que a situação acarreta. “Temos de ponderar todos estes fatores e não pensar apenas no custo que pode ter para o Estado. Neste momento, o maior custo está sobre a pessoa que sofre, sobre a sua família e sobre a sociedade, porque é uma pessoa que deixa de produzir para o país.”
Fátima Ferrão
Diário de Notícias, 19/6/2022
Texto publicado em Portugal
“Este é um problema que afeta não só os doentes, mas também as famílias” (3º parágrafo).
A relação de sentido entre as partes da frase pode ser definida como:
Texto 1
Juíza de SC nega aborto a menina de 11 anos vítima de estupro; TJ apura caso
(...)
Por envolver menores de idade, o caso segue em segredo de Justiça, mas o jornal O Estado de S. Paulo conseguiu acesso à decisão. As identidades da vítima e da mãe foram preservadas.
No despacho, Joana Ribeiro Zimmer defendeu a continuidade da gestação por parte da criança. Ela citou que o aborto deve ser realizado até 22 semanas de gravidez ou o feto atingir 500 gramas.
(...)
Já em um diálogo direto com a mãe, a juíza afirma que existem cerca de 30 mil casais que “querem o bebê”. “Essa tristeza para a senhora e para a sua filha é a felicidade de um casal”, disse a magistrada. “É uma felicidade porque eles não estão passando pelo o que eu estou passando”, respondeu a mãe da criança.
“Estamos lutando para essa interrupção da gestação. Primeiro, porque a criança é assistida por lei. Ela está no enquadramento do aborto legal, por ser vítima de violência e por correr riscos de morte”, afirmou advogada Daniela Félix, que representa a família da vítima. “A gente tem, no Brasil, três casos de aborto que independe do tempo de gestação. Nesse caso, estamos amparados por dois (risco à saúde da gestante e estupro) – o terceiro caso seria o de anencefalia”, explicou a advogada.
(...)
De acordo com os médicos, os riscos à vida da vítima estão relacionados com a duração da gestação, e também com os procedimentos de parto e pós-parto a que uma criança de 11 anos será submetida. O descolamento de placenta e sangramento provocados pelo trabalho de parto prematuro e atonia uterina (falta de contrações do útero) após o nascimento do bebê foram alguns dos problemas citados pelos médicos.
Estadão Conteúdo
(MEDONÇA, T.)
Texto I
Como professor de Língua Portuguesa só queria deixar uma reflexão. Gênero da palavra não tem nada a ver com sexo. Palavra não tem sexo, assim já afirmou Veríssimo em uma de suas crônicas.
Palavras existem gêneros, sendo estes masculinos e femininos. Mais uma vez, nada a ver com orientação sexual. O idioma da norma culta é para todos. A letra "a" no final da palavra e a letra "o" não definem o gênero. Os que definem são os artigos (definidos e indefinidos). Por exemplo: a palavra "FOTO" termina com "o" e pertence ao gênero feminino, conforme usamos na construção de uma frase (A foto ficou sem foco). Já a palavra "tapa" termina com "a" e pertence ao gênero masculino (O tapa doeu). E tem mais, o artigo é tão preciso na definição de gênero, que a mudança do mesmo, numa palavra, pode mudar completamente o sentido.
Ex: O rádio (aparelho); A rádio (emissora).
Sendo assim, quero reforçar, gênero de palavras não se condizem com sexo, nem definem sua orientação. Não precisamos mudar a "Língua", todavia precisamos usar a língua como instrumento para proferir respeito a quaisquer ser vivo que seja, pois todos somos seres vivos e, principalmente, humanos, e devemos ser amados e acolhidos com amor incondicional, já que esse é o verdadeiro amor (aquele que não olha cor, sexo, raça, orientação e espécie), todavia o próximo, sem distinção. Disso tenho certeza.
(MENDONÇA, T)
E tem mais, o artigo é tão preciso na definição de gênero, que a mudança do mesmo, numa palavra, pode mudar completamente o sentido.
Analisando a oração em negrito, é CORRETO afirmar que a mesma exprime em relação à anterior um(a):