Questões de Português - Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional... para Concurso
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O papel tem futuro
Para o escritor Nicholas Basbanes, que pesquisou a história dos meios de conservar a escrita, ele continuará a ser importante, porque jamais será substituído
AMANDA POLATO
A sociedade sem papel está se aproximando, queiramos ou não. Não podemos enterrar a cabeça na areia. Podemos escolher ignorar o mundo eletrônico, mas isso não fará diferença”, escreveu o cientista da informação Frederick Wilfrid Lancaster em... 1978. Ao lado de outros entusiastas do futuro digital, ele previa um mundo maravilhoso com grande variedade de obras à disposição dos estudantes, menos impressões e redução de custos. Bibliotecas inteiras caberiam numa mesa. Quem não se adaptasse a tempo e abandonasse o papel viveria uma transição caótica. Trinta e cinco anos depois, muito do futuro imaginado por ele se concretizou. Mas o papel ainda persiste.
As bibliotecas continuam abarrotadas. Os livros impressos convivem com a popularização dos e-readers e tablets. “Usar um não significa descartar o outro”, afirma o escritor Nicholas Basbanes, autor do livro recém-lançado On paper (No papel), sem edição no Brasil. Num momento em que se discute o futuro do papel e até sua eventual extinção, o livro de Basbanes tenta explicar sua importância e a maneira como ele influenciou o curso da história. Bibliófilo, ele investigou a origem do papel e seus diferentes usos. Conversou com pesquisadores, donos de indústrias, bibliotecários e até pessoas que ainda fazem papel à mão, como há 2 mil anos. A longa jornada pela história do papel convenceu Basbanes de que a supremacia do papel tem raízes profundas – e será impossível substituí-lo.
Basbanes diz que os livros não se tornarão obsoletos tão cedo, porque são os mais simples e confiáveis meios de preservação. Dispositivos eletrônicos e softwares estão em constante mudança. Aquilo que foi registrado num formato específico hoje pode não ser lido amanhã. “Já segurei nas mãos um livro com mais de 500 anos. Você pode dizer, com segurança, que o mesmo acontecerá com uma obra criada digitalmente?”, diz Basbanes.
Grandes acervos históricos não abrem mão do papel. Nos Estados Unidos, o Arquivo Nacional encomendou folhas super-resistentes para ajudar a preservar documentos originais, como a Declaração da Independência, a Constituição e a Carta dos Direitos. O responsável pelo trabalho foi Timothy Barrett, do Centro do Livro da Universidade de Iowa, que registra e resgata técnicas milenares de fabricação de papel à mão. “Estamos nos movendo em direção a um mundo digital holográfico maravilhosamente fascinante, mas, ironicamente, nesse ambiente, os documentos em papel em certos casos se tornarão mais importantes, e não menos importantes”, diz. É inegável que a tecnologia altera hábitos, mas as características únicas do livro tradicional dão a ele muitos anos a mais de vida. A tecnologia não conseguiu substituir algumas das vantagens do papel. Ele pode estar sempre à disposição nas estantes e ser exibido em reuniões sociais. Nos livros, há o contato com textura mais macia. É possível manipular as páginas, sobrepô-las ou dobrar as pontas para se concentrar em outras partes. As palavras não competem com alertas de aplicativos, mensagens que sempre pulam nas telas ou com o link para o filme sobre a obra no YouTube, como acontece nos tablets e smartphones.
A demanda por papel tem caído em algumas regiões, como América do Norte e Europa. As grandes indústrias atribuem isso à estagnação econômica e ao avanço da tecnologia. As preocupações com o meio ambiente também resultam no menor uso de papel. Mas não é possível dizer que o setor viva um retrocesso. Foram produzidos 400 milhões de toneladas de papel em 2012, em comparação com os 399 milhões no ano anterior.
Esses milhões de toneladas têm os mais variados destinos. A Associação Britânica de Historiadores do Papel registra mais de 20 mil usos atualmente. Há empresas que investem em papéis especiais, selos, cartões-postais, jogos de cartas e outros nichos de mercado. Há usos tradicionais que perduram. Em qualquer parte do mundo, ninguém consegue se identificar oficialmente sem usá-lo. É uma tradição que começou nos tempos medievais. As pesquisas de Basbanes revelam que o papel, tão barato, abundante e portátil, tornou a burocracia possível e contribuiu para a expansão dos árabes pelo Oriente Médio, pelo Norte da África e parte da Europa. A papelada cresceu ainda mais com a Revolução Francesa, em 1789, quando o poder deixou de ficar concentrado no rei e foi distribuído aos funcionários públicos, que deviam dar provas escritas dos serviços feitos.
Ainda hoje, os governos exercem seu poder de controle por meio de uma série de regras, cumpridas apenas com a apresentação de documentos, protocolos e termos impressos. A burocracia criou duas classes de pessoas: as que têm papéis e as que não têm. Na França, os imigrantes ilegais são justamente conhecidos como sans papiers (sem papéis). Os Estados também não conseguiram reduzir o uso do papel em suas atividades diárias. Em mais de dois séculos de atividade, o Arquivo Nacional americano acumula 80 bilhões de papéis oficiais – e apenas 5% de todo o volume produzido no último ano foi para as prateleiras.
Nas empresas, o inconfundível barulho das impressoras não deixa dúvidas de que o amplo uso de computadores e e-mails não livrou os profissionais das folhas. No início dos anos 2000, os pesquisadores Abigail J. Sellen e Richard H.R. Harper publicaram o livro The myth of the paperless office (O mito do escritório sem papel). Diziam que a internet aumentou as impressões em 40%. Para quem previa que a tecnologia acabaria com o papel, é um dado embaraçoso.
Previsões sobre o mundo digital também já mostraram que nossas carteiras ficariam sem notas. É verdade que o papel-moeda perdeu importância. Dá para notar no dia a dia que é possível comprar praticamente tudo com transferências bancárias e cartões de débito e crédito. Num futuro próximo, os celulares cumprirão boa parte dessa função. No entanto, números de Bancos Centrais mostram que a fabricação de notas e moedas não começou a cair. Na Zona do Euro, elas representam 9% das transações, mas o total em circulação sobe ano após ano. Em 2012, havia E 876,8 bilhões fora dos bancos, cerca de 2% a mais que em 2011, segundo o Banco Internacional de Compensações. Em alguns países, como a Suécia, há esforços para acabar com as notas. Alguns estabelecimentos não aceitam notas, como pubs e pequenos negócios. A solução, aparentemente moderna, prejudica moradores de zonas rurais, que não têm cartões. O mesmo vale para os Estados Unidos. Segundo o empresário Douglas Crane, que fornece papel para as notas de dólares, 20% dos americanos não têm conta bancária. O papel-moeda também é fundamental para imigrantes. Mesmo com grandes inovações relacionadas à carteira eletrônica, é difícil imaginar algo tão simples e anônimo quanto um pedaço de papel, que permite operações fora do sistema bancário. As altas taxas cobradas pelos bancos também desestimulam o uso do crédito e débito para compras pequenas. O avanço das moedas eletrônicas esbarra ainda na segurança. A quebra de um código poderia significar a reprodução de dinheiro indefinidamente. Até agora, não foi inventado nenhum sistema infalível. Mesmo que um novo sistema surja e convença todos (inclusive os excluídos) a trocar as carteiras por celulares, isso acabaria com apenas uma utilidade do papel. Restariam ainda 19.999.
http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2013/12/o-papelb-tem-futurob.html. Acesso: 08/03/2014
Número de casos de HIV entre adolescentes no
DF sobe de 6 para 40 em 5 anos
Boletim aponta aumento de 700% nos casos entre jovens de 15 a 19 anos. Dado mais recente é de 2014; Capital tem 10 mil pessoas em tratamento.
O número de jovens entre 15 e 19 anos com o vírus HIV no Distrito Federal passou de 6 para 40 entre 2009 e 2014, aponta o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde divulgado nesta sexta-feira (5). Segundo a pasta, os dados fazem com que a preocupação com a prevenção faça parte da lista de prioridades do governo, não apenas no Carnaval, mas durante todo o ano.
Segundo o gerente de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids da Secretaria de Saúde, Sérgio D'Ávila, há 10 mil pessoas com HIV/Aids em tratamento no DF. Ele diz que houve aumento na detecção precoce, por meio de ações de testagem, o que contribuiu para a inclusão de 800 novos pacientes em tratamento.
A secretaria disse que recebe anualmente do Ministério da Saúde 15 milhões de preservativos masculinos, 400 mil preservativos femininos e gel lubrificante, para oferecer à população.
Neste ano, a campanha de conscientização trabalha com o conceito “Não importa qual sua fantasia, use sempre camisinha”.
“Enfatizamos o uso da camisinha como prevenção primária, no entanto, estimulamos as pessoas que busquem a testagem e, caso necessitem, depois de uma situação de risco, busquem orientação numa unidade de saúde para avaliar a necessidade de realizar o PEP”, afirmou D'Ávila.
O profissional aconselha que pacientes que passem por situação de risco devem buscar orientação em uma unidade de saúde para fazer o teste. No mesmo local, um especialista avalia a necessidade da profilaxia pós-exposição – tratamento com antirretroviral por 30 dias (mais acompanhamento por 3 meses).
É importante verificar se a última situação de risco para infecção ocorreu há pelo menos 30 dias, para não haver chance de o resultado ser um falso negativo, já que ainda não existem anticorpos no sangue para detecção.
Todos os usuários do SUS têm direito a fazer o teste. Há exames cujo resultado pode sair em alguns dias, ou o paciente pode recorrer à testagem rápida, que sai em 30 minutos. Em caso positivo para HIV, a pessoa é encaminhada para um dos serviços de referência para início de tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde.
http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/02/n-de-casosde-hiv-entre-adolescentes-no-df-sobe-de-6-para-40-em-5-anos.html.
Acesso em 21/03/2016
Analise os períodos a seguir e avalie as afirmações feitas.
"Ele diz que houve aumento na detecção precoce, por meio de ações de testagem, o que contribuiu para a inclusão de 800 novos pacientes em tratamento."
"É importante verificar se a última situação de risco para infecção ocorreu há pelo menos 30 dias, para não haver chance de o resultado ser um falso negativo, já que ainda não existem anticorpos no sangue para detecção."
I. Dois dos três vocábulos destacados pertencem à mesma classe gramatical.
II. O "se" em destaque inicia uma oração subordinada adverbial condicional.
III. O "que" em destaque é um pronome relativo e inicia uma oração subordinada adjetiva explicativa.
IV. O "para" em destaque é uma forma verbal cujo acento foi retirado em virtude do novo acordo ortográfico.
Pode-se afirmar que:
Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.
Ecosofia é um curioso neologismo que ganha vida a partir do fim da década de 60 do século XX. Ainda que não seja possível identificar com certeza o inventor do termo, investigações em livros e artigos dão algumas pistas sobre o contexto de seu surgimento. O uso da palavra ecosofia era amplo entre ativistas da questão ecológica, mesmo em uma época na qual temas ambientais ainda não haviam se convertido em prioridade. Por se tratar de um termo recente, não há um claro consenso de seu significado, sendo possível encontrar as mais diferentes definições. Mas, ao menos em um ponto, a maioria dos autores parece concordar: Ecosofia não é apenas uma “filosofia da ecologia”, e sim uma postura ativista e política que objetiva agir no mundo, mais do que simplesmente pensá-lo.
"A Filosofia sempre chega tarde demais”, disse certa vez o filósofo alemão Georg Friedrich Hegel (1770-1831), usando a coruja e seu voo crepuscular como alegoria. Mas não interessa aos ecosofistas a imagem da coruja de Atenas, a alçar voo apenas quando o dia se findou. Há no mínimo duas maneiras de encarar essa associação: na melhor das hipóteses, a Filosofia teria – assim como a coruja – a capacidade de enxergar na escuridão, de ver o que ninguém mais vê e ouvir o que ninguém mais ouve. Mas há o aspecto triste de tudo isso: haveria pouco, muito pouco que a Filosofia poderia fazer pelo mundo, com sua compreensão tardia, com seu voo que ocorre somente quando o dia já morreu. Limitar-se a explicar o que se passou, decolando apenas no ocaso da vida, não é algo que atraia os ecosofistas. Nesse sentido, eles parecem se aproximar mais da perspectiva marxista da Filosofia. Para Karl Marx (1818-1883), os filósofos não deveriam mais se contentar em interpretar o mundo, mas teriam a obrigação ética de agir sobre ele.
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Na Ecosofia, não somos “amigos da sabedoria do ambiente”. A exemplo dos antigos gimnosofistas hindus, a sabedoria é buscada no corpo, nos sentidos, em uma relação fisiológica com a natureza, não exigindo, portanto, grande erudição, mas sim atenção ao ambiente. E prioriza, sobretudo, uma existência focalizada no necessário, combatendo os supérfluos. Quando um índio, por exemplo, extrai do amapazeiro o leite suficiente para a nutrição de sua família, não se preocupando em retirá-lo para vendê-lo e acumular lucro, está assumindo uma postura ecosofista, mesmo que seja de modo involuntário, pois compreende a importância de retirar apenas o necessário à sua sobrevivência. Uma das bases fundamentais da Ecosofia, de acordo com diferentes autores, é a rejeição a tudo o que é excedente. “Sabedoria do ambiente” seria mais do que ecofilosofia, pois envolve uma abordagem bem mais orgânica e ativista do que mental.
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Um dos primeiros textos a utilizar o termo Ecosofia mais amplamente é de 1971 e critica duramente a militância ambiental. Trata-se do livro In Defense of People: Ecology and Seduction of Radicalism , escrito pelo religioso Richard Neuhaus (1936-2009). Neuhaus, ministro luterano depois convertido ao catolicismo e tornado padre, foi conselheiro do presidente Georg Bush em questões ambientais. Alinhado com o paradigma antropocêntrico religioso, que dispõe o homem como centro do mundo e a natureza como sua serva, Neuhaus criticava o que chamava de “catastrofismo” das militâncias ecológicas e acusava os militantes de tentarem impedir o caminho do progresso. Vale lembrar que a própria Bíblia – livro fundamental para compreendermos o pensamento de Neuhaus – explicita a soberania do homem sobre a natureza em Genesis: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança: domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra. Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”.
DODSWORTH-MAGNAVITA, Alexey. Rev. Filosofia: julho de
2012, p. 1
TEXTO
VIAGEM AO FOCO DA FEBRE AMARELA
Semanas antes do anúncio dos primeiros casos de febre amarela silvestre, em janeiro, a doença já assustava no Leste de Minas Gerais. Famílias de pequenos municípios choravam seus mortos e doentes em dezembro sem saber de que mal se tratava. Nunca tinham ouvido falar da doença na região. Macacos começaram a morrer meses antes. Após a zika, em 2015, e a chicungunha, em 2016, é o terceiro ano consecutivo sob o jugo de doenças transmitidas por mosquitos. Especialistas dizem que houve falha de vigilância sanitária e defendem vacinar a população de grandes cidades do Sudeste, principalmente Rio, Vitória e Belo Horizonte, para conter a propagação da doença.(O Globo, 05/02/2017)
Na frase dita pela personagem, a segunda oração “e ela começou a rir...” apresenta, em relação à primeira oração, ideia de
Comida: não deixe estragar
1 Para evitar o desperdício de alimentos ou uma possível contaminação que afetaria a sua saúde, é preciso colocar em prática atitudes que começam na hora da compra e se estendem à forma como você armazena e prepara em casa. Aprenda!
2 Restos de comida no lixo prejudicam o bolso e o meio ambiente. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são jogados fora por ano. No Brasil, cada habitante produz 1 kg de lixo por dia, sendo 58% deste orgânico.
3 Para acabar com o desperdício, é preciso adotar certas medidas. Entre elas, planejar as compras com listas adequadas ao número de moradores da casa, cozinhar a quantidade certa e guardar as sobras na geladeira ou no freezer - organizando tudo de maneira correta, a fim de aumentar a conservação e a durabilidade dos produtos, além de prevenir doenças devido ao consumo de comidas estragadas.
4 O bom senso é excelente conselheiro para saber se os alimentos se apresentam em bom estado: olhe, cheire e prove. Mas cuidado: algumas alterações estão fora do alcance dos sentidos. A contaminação microbiana é a mais conhecida e perigosa. Muitas vezes invisível, não tem cheiro, nem sabor. É causada por bactérias, bolores e outros microrganismos que se desenvolvem nos alimentos e podem originar doenças. Os principais culpados são Salmonella, Listeria e Campylobacter. Todos afetam o funcionamento do aparelho digestivo e podem provocar vômitos e diarreias, entre outros sintomas.
5 Quando os microrganismos, como o Clostridium botulinum e o estafilococos, produzem toxinas, podem surgir intoxicações alimentares com consequências mais graves: morte dos tecidos atingidos e paralisia dos músculos são exemplos. Porém vale destacar que nem sempre uma comida contaminada causa doenças: depende da quantidade de germes e da resistência da pessoa que está comendo.
6 Saiba, ainda, que as alterações físicas e químicas reduzem a qualidade do alimento: afetam o aspecto, a textura, o paladar e, às vezes, o valor nutritivo. Mas, em geral, não desencadeiam problemas de saúde. Essas alterações são provocadas, por exemplo, pela temperatura, pelo ar ou por enzimas, deixando, por exemplo, o mel cristalizado, a alface murcha ou a manteiga rançosa.
7 O bom é que essa degradação dos alimentos pode ser abreviada com boas práticas e temperaturas de conservação adequadas. Na cozinha, siga à risca as regras de higiene. Manipule os alimentos com as mãos e os utensílios limpos e não corte, por exemplo, o frango e os legumes sem lavar a faca, para evitar contaminação cruzada.
8 Cozinhe bem todos os pratos, para eliminar os microrganismos. As toxinas produzidas por alguns deles resistem ao calor e não há como eliminá-las. Caso a comida preparada sobre, espere esfriar e guarde na geladeira. Saiba que a temperatura sempre sobe quando colocamos novos alimentos dentro dela, mesmo que estejam à temperatura ambiente. Porém com comida quente a elevação é maior. Assim, além de pôr em risco a conservação do alimento, pode danificar o aparelho.
9 Na geladeira ou na despensa, uma boa dica é colocar os produtos com validade mais próxima na parte da frente. Dessa maneira, serão os primeiros a serem pegos na hora em que você quiser consumilos. Já o período de conservação depende do tipo de alimento. Em geral, os mais ácidos e secos resistem mais e, em muitos casos, não precisam de refrigeração. Os perecíveis - como carne, peixe, frutos do mar e bolos com recheio - devem ser guardados na geladeira e consumidos entre um e três dias. As sobras de refeições aguentam alguns dias, se forem bem cozidas e guardadas, no máximo a 4ºC.
Texto adaptado de Revista Proteste Saúde, número 61, março
2017, p. 10-12.
Considere os períodos:
Tais dispositivos mostram que o modelo representativo de democracia é insuficiente para realizar o projeto constitucional. Para atender (1) a essa missão, é urgente engajar (2) a sociedade civil, por meio de mecanismos de participação e controle social.
Os verbos destacados constituem núcleos de orações as quais apresentam valor de
Uma estranha descoberta
Lá dentro viu dependurados compridos casacos de peles. Lúcia gostava muito do cheiro e do contato das peles. Pulou para dentro e se meteu entre os casacos, deixando que eles lhe afagassem o rosto. Não fechou a porta, naturalmente: sabia muito bem que seria uma tolice fechar-se dentro de um guarda roupa. Foi avançando cada vez mais e descobriu que havia uma segunda fila de casacos pendurada atrás da primeira. Ali já estava meio escuro, e ela estendia os braços, para não bater com a cara no fundo do móvel. Deu mais uns passos, esperando sempre tocar no fundo com as pontas dos dedos. Mas nada encontrava.
“Deve ser um guarda-roupa colossal!”, pensou Lúcia, avançando ainda mais. De repente notou que estava pisando qualquer coisa que se desfazia debaixo de seus pés. Seriam outras bolinhas de naftalina? Abaixou-se para examinar com as mãos. Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda roupa, encontrou uma coisa macia e fria, que se esfarelava nos dedos. “É muito estranho”, pensou, e deu mais um ou dois passos.
O que agora lhe roçava o rosto e as mãos não eram mais as peles macias, mas algo duro, áspero e que espetava.
– Ora essa! Parecem ramos de árvores!
Só então viu que havia uma luz em frente, não a dois palmos do nariz, onde deveria estar o fundo do guarda-roupa, mas lá longe. Caía-lhe em cima uma coisa leve e macia. Um minuto depois, percebeu que estava num bosque, à noite, e que havia neve sob os seus pés, enquanto outros flocos tombavam do ar. Sentiu-se um pouco assustada, mas, ao mesmo tempo, excitada e cheia de curiosidade. Olhando para trás, lá no fundo, por entre os troncos sombrios das árvores, viu ainda a porta aberta do guarda-roupa e também distinguiu a sala vazia de onde havia saído. Naturalmente, deixara a porta aberta, porque bem sabia que é uma estupidez uma pessoa fechar-se num guarda-roupa. Lá longe ainda parecia divisar a luz do dia.
- Se alguma coisa não correr bem, posso perfeitamente voltar.
E ela começou a avançar devagar sobre a neve, na direção da luz distante.
Dez minutos depois, chegou lá e viu que se tratava de um lampião. O que estaria fazendo um lampião no meio de um bosque? Lúcia pensava no que deveria fazer, quando ouviu uns pulinhos ligeiros e leves que vinham na sua direção. De repente, à luz do lampião, surgiu um tipo muito estranho.
Era um pouquinho mais alto do que Lúcia e levava uma sombrinha branca. Da cintura para cima parecia um homem, mas as pernas eram de bode (com pelos pretos e acetinados) e, em vez de pés, tinha cascos de bode. Tinha também cauda, mas a princípio Lúcia não notou, pois ela descansava elegantemente sobre o braço que segurava a sombrinha, para não se arrastar pela neve.
Trazia um cachecol vermelho de lã enrolado no pescoço. Sua pele também era meio avermelhada. A cara era estranha, mas simpática, com uma barbicha pontuda e cabelos frisados, de onde lhe saíam dois chifres, um de cada lado da testa. Na outra mão carregava vários embrulhos de papel pardo. Com todos aqueles pacotes e coberto de neve, parecia que acabava de fazer suas compras de Natal.
Era um fauno. Quando viu Lúcia, ficou tão espantado que deixou cair os embrulhos.
– Ora bolas! - exclamou o fauno.
[...]
LEWIS, C.S.Uma estranha descoberta.In: As Crônicas de
Nárnia.Tradução de Paulo Mendes Campos. São Paulo: Martins
Fontes, 2005. p.105-6. Volume único.
Fitoterapia
O uso das plantas para o tratamento de doenças, incluindo a ansiedade, é uma prática antiga – mais do que os chás que as avós adoram sugerir para curar qualquer coisa. E, com a evolução dos estudos sobre o tema, novos conceitos sobre essa terapia surgiram, como explica Patrícia Cândido, uma das desenvolvedoras da Fitoenergética, sistema natural de cura por meio da energia das plantas: “elas possuem um caráter energético capaz de repor a energia que perdemos em momentos de tensão, estresse e ansiedade, mantendo o nosso equilíbrio de forma geral”.
Patrícia considera que o benefício da fitoterapia abrange o tratamento de quatro tipos de ansiedade: física (excesso de energia física), emocional (acúmulo de emoções nocivas), espiritual (falta de integração entre o “eu” físico e o espiritual) e mental (concentração excessiva de ideias na mente).
Para combater esses tipos de ansiedade, como sugere a especialista, “as plantas mais indicadas no caso da ansiedade são a camomila, cavalinha, marcela, valeriana, boldo do Chile e arruda”. Lembrando que a infusão em água quente não é o único meio de consumo, Patrícia também sugere a absorção das propriedades por meio de banhos, incensos, compressas, essências e sprays.
REVISTA Segredos da Mente – Cérebro e Ansiedade – Ano 2, n. 3, 2017.
Dadas as afirmativas quanto aos aspectos linguísticos dos fragmentos textuais,
I. A locução adjetiva destacada das plantas exerce função sintática de adjunto adnominal.
II. No fragmento como explica Patrícia Cândido, uma das desenvolvedoras da Fitoenergética, sistema natural de cura por meio da energia das plantas estão presentes dois apostos explicativos.
III. O elemento articulador destacado que introduz uma oração subordinada adverbial consecutiva.
IV. O pronome destacado esses exerce importante recurso de coesão referencial catafórica.
verifica-se que está(ão) correta(s)
BOLO DE LIQUIDIFICADOR
Ingredientes
• 3 ovos grandes
• 1 xícara (chá) de açúcar
• 2 xícaras (chá) farinha de trigo
• 1 xícara (chá) de chocolate em pó ou achocolatado
• 1/2 xícara (chá) de óleo
• 1 colher (sopa) de fermento em pó cheia
• 1 colher (chá) de bicarbonato
• 1 pitada de sal
• 2 xícara (chá) de água quente
Cobertura
• 1 lata de leite condensado
• 3 colheres de Nescau
• 1/2 caixinha de creme de leite
• Coco ralado ou chocolate granulado
Como fazer
No liquidificador, coloque os ovos, açúcar e óleo.
Bata um pouco, acrescente a água aos poucos até ficar bem clarinho, uns 2 minutos.
À parte, coloque em uma vasilha a farinha, o chocolate em pó e o sal, misture bem e reserve.
De volta ao liquidificador, depois que ficou branquinho, coloque aos poucos a mistura da farinha e chocolate, bata bem.
Depois de bem batido, coloque a colher de fermento em pó e a colher de bicarbonato, bata o mínimo no liquidificador, só para misturar.
Desligue e coloque essa mistura numa forma média untada com margarina e polvilhada com farinha de trigo.
Coloque o bolo para assar em temperatura de 180°, por mais ou menos 40 minutos, dependendo de cada forno.
Esse bolo cresce e não murcha, quando sentir o cheirinho de bolo assado está quase pronto, espete um garfo, se sair limpo, está assado.
Esse bolo fica super macio e bem cozido por dentro.
Cobertura
Coloque o leite condensado em uma panela, junte o achocolatado, mexa bem até dar o ponto de brigadeiro, depois coloque o creme de leite, vai ficar bem líquido.
Continue mexendo até o ponto de brigadeiro de novo.
Depois de pronto, jogue em cima do bolo.
Polvilhe o coco hidratado por cima (opcional).
Adaptado de http://tvg.globo.com/receitas/bolo-de-liquidificador
Instrução: A questão estão relacionadas ao texto abaixo.
1. A informação do período introduzido por "entretanto" contrasta com a informação do período precedente.
2. O segmento "cortada a cebola" é uma oração subordinada adverbial temporal reduzida de particípio.
3. As formas verbais "fizera" e "havia visto" correspondem ao tempo verbal pretérito mais-que- -perfeito, podendo ser reescritas como "tinha feito" e "vira', respectivamente, mantendo-se o mesmo valor temporal.
4. A expressão "o mesmo" é uma retomada por encapsulamento, cujo escopo é o trecho "Percebi que [...] para ser vista!".
5. "Agora" está funcionando como operador argumentativo que introduz uma conclusão relativamente a argumentos apresentadas nos enunciados anteriores.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A questão refere-se ao trecho a seguir.
Nos últimos meses, os perigos da I.A. vêm sendo discutidos mais seriamente por gente brilhante como o astrofísico Stephen Hawking e o empresário Elon Musk, atuante nos setores de carros elétricos e exploração espacial. Porém, poucos atentaram à ideia central do pensador que desencadeou a discussão. O filósofo sueco Nick Bostrom não teme que as I.A’s. detestem pessoas ou que tentem machucá-las e afirma que essas máquinas serão indiferentes a nós.
A segunda palavra destacada no trecho funciona como