Questões de Português - Orações subordinadas reduzidas para Concurso

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Q591608 Português
                    A língua que somos, a língua que podemos ser

                                             (Eliane Brum)

      A alemã Anja Saile é agente literária de autores de língua portuguesa há mais de uma década. Não é um trabalho muito fácil. Com vários brasileiros no catálogo, ela depara-se com frequência com a mesma resposta de editores europeus, variando apenas na forma. O discurso da negativa poderia ser resumido nesta frase: “O livro é bom, mas não é suficientemente brasileiro". O que seria “suficientemente brasileiro"? 

      Anja (pronuncia-se “Ânia") aprendeu a falar a língua durante os anos em que viveu em Portugal (e é impressionante como fala bem e escreve com correção). Quando vem ao Brasil, acaba caminhando demais porque o tamanho de São Paulo sempre a surpreende e ela suspira de saudades da bicicleta que a espera em Berlim. Anja assim interpreta a demanda: “O Brasil é interessante quando corresponde aos clichês europeus. É a Europa que define como a cultura dos outros países deve ser para ser interessante para ela. É muito irritante. As editoras europeias nunca teriam essas exigências em relação aos autores americanos, nunca".

      Anja refere-se ao fato de que os escritores americanos conquistaram o direito de ser universais para a velha Europa e seu ranço colonizador― já dos brasileiros exige-se uma espécie de selo de autenticidade que seria dado pela “temática brasileira". Como se sabe, não estamos sós nessa xaropada. O desabafo de Anja, que nos vê de fora e de dentro, ao mesmo tempo, me remeteu a uma intervenção sobre a língua feita pelo escritor moçambicano Mia Couto, na Conferência Internacional de Literatura, em Estocolmo, na Suécia. Ele disse: 

       — A África tem sido sujeita a sucessivos processos de essencialização e folclorização, e muito daquilo que se proclama como autenticamente africano resulta de invenções feitas fora do continente. Os escritores africanos sofreram durante décadas a chamada prova de autenticidade: pedia-se que seus textos traduzissem aquilo que se entendia como sua verdadeira etnicidade. Os jovens autores africanos estão se libertando da “africanidade". Eles são o que são sem que se necessite de proclamação. Os escritores africanos desejam ser tão universais como qualquer outro escritor do mundo. (...) Há tantas Áfricas quanto escritores, e todos eles estão reinventando continentes dentro de si mesmos.

[...]

       — O mesmo processo que empobreceu o meu continente está, afinal, castrando a nossa condição comum e universal de contadores de histórias. (...) O que fez a espécie humana sobreviver não foi apenas a inteligência, mas a nossa capacidade de produzir diversidade. Essa diversidade está sendo negada nos dias de hoje por um sistema que escolhe apenas por razões de lucro e facilidade de sucesso. Os autores africanos que não escrevem em inglês – e em especial os que escrevem em língua portuguesa – moram na periferia da periferia, lá onde a palavra tem de lutar para não ser silêncio.

[...] 

        Talvez os indígenas sejam a melhor forma de ilustrar essa miopia, forjada às vezes por ignorância, em outras por interesses econômicos localizados em suas terras. Parte da população e, o que é mais chocante, dos governantes, espera que os indígenas – todos eles – se comportem como aquilo que acredita ser um índio. Portanto, com todos os clichês do gênero. Neste caso, para muitos os índios não seriam “suficientemente índios" para merecer um lugar e para serem escutados como alguém que tem algo a dizer.

       Outra parte, que também inclui gente que está no poder em todas as instâncias, do executivo ao judiciário, finge que os indígenas não existem. Finge tanto que quase acredita. Como não conhecem e, pior que isso, nem mesmo percebem que é preciso conhecer, porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção progressiva só confirmaria uma ausência que já construíram dentro de si.

[...] 

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ eliane-brum/noticia/2012/01/lingua-que-somos-lingua-que-podemos-ser.html>
Considere os períodos a seguir e proceda à sua análise sintática.

I. Anja fala alemão e também sabe português.

II. Anja, além de falar alemão, também sabe português. 
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Q590316 Português


Internet:  <www.tjdft.jus.br> (com adaptações).
Tendo como referência os aspectos gramaticais do texto, julgue o próximo item. A oração “usar a iluminação natural" (l.7) exerce a função de complemento do adjetivo “possível" (l.6).
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Q583946 Português
    Leia o texto abaixo para responder à questão.

    Nos últimos dias, fomos bombardeados com estatísticas e reportagens alarmantes sobre pais angustiados por não poder gastar o mesmo que gastaram no ano de 2014 no dia da criança − em letras minúsculas. Não acredito em dia da criança em maiúsculas. Não há celebração da infância (ou da maternidade e paternidade) que careça de compras. Todos sabemos que são datas para movimentar o comércio e nada há de errado em aquecer a atividade econômica. Mas, no caso das crianças, que não compreendem a comercialização do afeto, é triste ver pais se desculpando por não poder comprar algo como se isto represente uma falha em demonstrar dedicação aos filhos. Falar de dinheiro com os filhos parece quase tão difícil quanto falar de sexo.

    Num distante longo feriado, visitando uma família querida na costa oeste americana, me surpreendi com a naturalidade de uma menina de oito anos, quando perguntei: “Qual é o plano para amanhã?". “Compras", foi a resposta. A menina não me disse que precisava de um casaco de inverno ou um livro para a escola. É possível que nada lhe faltasse no momento, mas o programa seria comprar, verbo intransitivo. Minha surpresa era explicada pelo choque de cultura e geração. Crescendo no Rio de Janeiro, o verbo comprar como uma atividade, tal como ir à praia ou ao teatro, não era usado por crianças.

    Um jornalista americano, que foi um dos inventores da cobertura sobre finanças pessoais, lançou, este ano, o livro O Oposto de Mimados: Criando Filhos Generosos, Bem Fundamentados e Inteligentes Sobre Dinheiro. Ron Lieber começou a ser emparedado pela própria filha de três anos com perguntas sobre dinheiro que o faziam engasgar. Ele se deu conta de que uma das maiores ofensas que se pode fazer a mães e pais é descrever seus filhos como mimados. O verbo é passivo. Mimados por quem?

    Assim, não chega a surpreender que pais vejam o impedimento para comprar como um fracasso pessoal.

    (Adaptado de: GUIMARÃES, Lúcia. Comprar, verbo intransitivo. In: Cultura-Estadão, 12/10/2015) 
Ao distender-se a oração reduzida presente no segmento Num distante longo feriado, visitando uma família querida na costa oeste americana, me surpreendi... (2º parágrafo), de acordo com o contexto, deve-se acrescentar a seguinte conjunção: 
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Q580544 Português

            Aumentar idade mínima para compra de cigarro evita vício

                                               em jovens

                                                                                                    UOL, 03/04/2015

      Aumentar a idade mínima permitida para comprar legalmente cigarros pode ter um efeito drástico no uso do tabaco por adolescentes, especialmente de 15 a 17 anos, segundo um estudo da Universidade de Michigan, divulgado pelo Institute of Medicine. O impacto na saúde pública também seria relevante.

      O levantamento aponta que usuários mais jovens são, geralmente, mais suscetíveis a pegar carona nos hábitos dos amigos e conseguir cigarros com eles, sendo que poucos compram cigarros ilegalmente. Apenas quando atingem a idade adulta, por volta dos 25 anos, é que passam a fazer mais escolhas por conta própria.

      “Embora o desenvolvimento de algumas habilidades cognitivas seja atingido aos 16 anos, as partes do cérebro mais responsáveis pela tomada de decisão, controle de impulsos e susceptibilidade dos colegas e conformidade continuam a desenvolver-se até os 25”, explicou o professor Richard Bonnie, responsável pela pesquisa.

      Dos fumantes pesquisados, 90% dizem ter começado a fumar antes dos 19 anos. A maioria dos outros experimentou o primeiro cigarro antes dos 26, o que sugere que dificilmente uma pessoa se tornará fumante após os 25 anos.

      Segundo simulações apresentadas no relatório, se o aumento na idade mínima ocorresse hoje nos Estados Unidos, haveria mudanças significativas na quantidade de jovens fumantes em 2100. Mais precisamente, se a idade mínima passasse para 19 anos, haveria uma diminuição de 3% no total de fumantes. Se passasse para 21, cairia 12%. E, caso fosse para 25 anos, o número de fumantes diminuiria 16%.

      Nos Estados Unidos, onde a pesquisa foi realizada, a maioria dos Estados permite a compra do cigarro a partir dos 18 anos. Alguns (Alabama, Alasca, Nova Jersey e Utah) permitem a partir dos 19, e a cidade de Nova York aumentou a idade mínima para 21 anos.

      Considerando, portanto, que o aumento da idade mínima diminui a taxa de iniciação no vício, os pesquisadores concluem que a medida resultaria em queda nas doenças e mortes relacionadas ao tabaco.

      Se a idade mínima aumentasse para 21 anos nos Estados Unidos, haveria menos 249 mil mortes prematuras entre pessoas nascidas entre 2000 e 2019 e pelo menos 45 mil mortes a menos por câncer de pulmão no período, segundo o relatório.

      “Ao avaliar as implicações na saúde pública pelo aumento da idade mínima para acessar os produtos do tabaco, este relatório tem como objetivo fornecer a orientação científica de que Estados e municípios precisam ao avaliar novas políticas para atingir o objetivo final, que é a redução e a eventual eliminação do uso de tabaco por crianças e pelos jovens “, disse Victor Dzau, presidente do Institute of Medicine.

                                                    Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-

noticias/redacao/2015/04/03/permitir-cigarro-depois-dos-21-anos-evita-vicio-em-

                                                                                 adolescentes-diz-estudo.htm

Em “90% dizem ter começado a fumar antes dos 19 anos", 
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Q576056 Português
Leia com atenção o texto abaixo.

                              Imagem associada para resolução da questão

 No que diz respeito às estruturas linguísticas do texto, assinale a opção correta.


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Q574523 Português

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos, intactos, o desencanto e o mau humor (...) “ (9º §).

A oração que corresponde adequadamente à reduzida de particípio acima destacada é:

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Q573105 Português
Conhecimentos Básicos
Este texto pode ser visto como um pequeno manual de trabalho para ativistas sociais, candidatos, advogados, juizes, promotores, cidadãos e cidadãs em geral.
Ele ____ informações preciosas sobre a breve história da Lei 9.840, que trouxe para o nosso Direito normas que permitem a cassação de candidatos envolvidos em atos de compra de votos e uso eleitoral da máquina administrativa.
Aos eleitores que tenham acesso a este trabalho aconselhamos que formem grupos para seu estudo. Uma dica seria ler cada capitulo coletivamente, cada um lendo um parágrafo, por exemplo, estabelecendo um debate a partir das perguntas contidas ao final de cada parte e de outras formuladas espontaneamente pelos participantes.
Para os candidatos, esse manual pode atuar como fonte de estimulo ____ campanhas desenvolvidas dentro de preceitos éticos e como alerta contra a prática da corrupção eleitoral. Mas também serve para ressaltar a importância de que suas assessorias sejam orientadas para o conhecimento dessa lei que tanto tem provocado cassações, muitas vezes por falta de compreensão do seu conteúdo. Além disso, pode chamar a atenção para a possibilidade de utilização de instrumentos legais aptos para fazer cessar atos de campanha de adversários que optem por infringir____ legislação eleitoral.
Para juizes, promotores e advogados eleitorais este texto pode contribuir para que compreendam um pouco mais a origem e a vocação social, ética e cultural da Lei 9.840. Trata-se do nosso único instrumento legal verdadeiramente gestado “nas ruas”, fruto da inconformidade das amplas massas populares contra essa chaga que ainda acompanha o processo eleitoral: a compra de votos. Mas também indica que a sociedade está atenta e vigilante para que os casos de corrupção eleitoral chegados ____ Justiça não fiquem impunes.
Para a sociedade civil organizada, segue aqui um roteiro de como articular as redes de entidades e movimentos sociais denominadas COMITÊS 9.840, as quais podem influir e muito na construção de eleições cada vez mais limpas.
Se há uma mensagem principal neste trabalho, ela poderia ser resumida no lema do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral: “Voto não tem preço, tem conseqüências” . Aqui se procura fortalecer essa consciência, convocando a todos e todas para que assumamos dentro do limite das nossas atividades tudo que esteja a nosso alcance para que possamos superar formas tão aviltantes de mudança ilegitima do resultado dos pleitos eleitorais.
Cartilha Cidadania e Eleições: para um processo eleitoral limpo e justo. Publicação do Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) - Lei 9.840.
Assinale a alternativa em que não haja uma oração reduzida de infinitivo.
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Q546402 Português

Texto 1 – Alterar o ECA independe da situação carcerária

(O Globo, Opinião, 23/06/2015)


Nas unidades de internação de menores infratores reproduzem-se as mesmas mazelas dos presídios para adultos: superpopulação, maus-tratos, desprezo por ações de educação, leniência com iniciativas que visem à correição, falhas graves nos procedimentos de reinclusão social etc. Um levantamento do Conselho Nacional do Ministério Público mostra que, em 17 estados, o número de internos nos centros para jovens delinquentes supera o total de vagas disponíveis; conservação e higiene são peças de ficção em 39% das unidades e, em 70% delas, não se separam os adolescentes pelo porte físico, porta aberta para a violência sexual.

Assim como os presídios, os centros não regeneram. Muitos são, de fato, e também a exemplo das carceragens para adultos, locais que pavimentam a entrada de réus primários no mundo da criminalidade. Esta é uma questão que precisa ser tratada no âmbito de uma reforma geral da política penitenciária, aí incluída a melhoria das condições das unidades socioeducativas para os menores de idade. Nunca, no entanto, como argumento para combater a adequação da legislação penal a uma realidade em que a violência juvenil se impõe cada vez mais como ameaça à segurança da sociedade. O raciocínio segundo o qual as más condições dos presídios desaconselham a redução da maioridade penal consagra, mais do que uma impropriedade, uma hipocrisia. Parte de um princípio correto – a necessidade de melhorar o sistema penitenciário do país, uma unanimidade – para uma conclusão que dele se dissocia: seria contraproducente enviar jovens delinquentes, supostamente ainda sem formação criminal consolidada, a presídios onde, ali sim, estariam expostos ao assédio das facções.

Falso. A realidade mostra que ações para melhorar as condições de detentos e internos são indistintamente inexistentes. A hipocrisia está em obscurecer que, se o sistema penitenciário tem problemas, a rede de “proteção” ao menor consagrada no Estatuto da Criança e do Adolescente também os tem. E numa dimensão que implica dar anteparo a jovens envolvidos em atos violentos, não raro crimes hediondos, cientes do que estão fazendo e de que, graças a uma legislação paternalista, estão a salvo de serem punidos pelas ações que praticam.

Preservar o paternalismo e a esquizofrenia do ECA equivale a ficar paralisado diante de um falso impasse. As condições dos presídios (bem como dos centros de internação) e a violência de jovens delinquentes são questões distintas, e pedem, cada uma em seu âmbito específico, soluções apropriadas. No caso da criminalidade juvenil, o correto é assegurar a redução do limite da inimputabilidade, sem prejuízo de melhorar o sistema penitenciário e a rede de instituições do ECA. Uma ação não invalida a outra. Na verdade, as duas são necessárias e imprescindíveis.

“...seria contraproducente enviar jovens delinquentes a presídios”; se desenvolvermos a oração reduzida desse segmento do texto 1, a forma adequada seria:
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Q519001 Português

                             

Em "A maioria prefere chorar e contar mentiras.", a oração destacada, em relação a "chorar", classifica-se como:
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Q515062 Português
    Na margem esquerda do rio Amazonas, entre Manaus e Itacoatiara, foram encontrados vestígios de inúmeros sítios indígenas pré-históricos. O que muitos de nós não sabemos é que ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia e um povo, também desconhecido, que teria vivido por aquelas paragens, ainda hoje não totalmente desbravadas.
    Em 1870, o explorador João Barbosa Rodrigues descobriu uma grande necrópole indígena contendo vasta gama de peças em cerâmica de incrível perfeição; teria sido construída por uma civilização até então desconhecida em nosso país. Utilizando a língua dos índios da região, ele denominou o sítio de Miracanguera. A atenção do pesquisador foi atraída primeiramente por uma vasilha de cerâmica, propriedade de um viajante. Este informante disse tê-la adquirido de um mestiço, residente na Vila do Serpa (atual Itacoatiara), que dispunha de diversas peças, as quais teria recolhido na Várzea de Matari. Barbosa Rodrigues suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico de uma cultura totalmente diferente das já identificadas na Amazônia.
      Em seu interior as vasilhas continham ossos calcinados, demonstrando que a maioria dos mortos tinham sido incinerados. De fato, a maior parte dos despojos dos miracangueras era composta de cinzas. Além das vasilhas mortuárias, o pesquisador encontrou diversas tigelas e pratos utilitários, todos de formas elegantes e cobertos por uma fina camada de barro branco, que os arqueólogos denominam de “engobe", tão perfeito que dava ao conjunto a aparência de porcelana. Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho. Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade de formas existentes nos sítios onde escavou, destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica.
     Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição elevada dentro do grupo. A cerâmica do sítio de Miracanguera recebia um banho de tabatinga (tipo de argila com material orgânico) e eventualmente uma pintura com motivos geomé- tricos, além da decoração plástica que destacava detalhes específicos, tais como seres humanos sentados e com as pernas representadas.
     João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju tentou encontrar Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas. Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no Equador, Peru e Guiana Francesa, no final dos anos de 1940. Como não conseguiram achar Miracanguera, “decidiram" que a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma subtradição de agricultores andinos".
     Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para aquela cultura, concluindo que o grupo indígena dos miracangueras não era originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um mistério relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado nas próximas décadas. Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente" para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.


(Adaptado de: Museu Nacional do Rio de Janeiro. Disponível em: https://saemuseunacional.wordpress.com. SILVA, Carlos Augusto da. A dinâmica do uso da terra nos locais onde há sítios arqueológicos: o caso da comunidade Cai N'água, Maniquiri-AM / (Dissertação de Mestrado) - UFAM, 2010)

Este informante disse tê-la adquirido de um mestiço...

Ao desenvolver a oração reduzida presente no segmento acima, tem-se:
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Q508652 Português
                                    Ruivos, uni-vos

            Vítimas de bullying, “cabeças de cenoura” dão a volta por cima.

                                                                                                                        por Marcela Donini

            Duas senhoras morenas flanavam nas imediações da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, numa tarde ensolarada de sábado, quando se depararam com a cena inusitada: um grupo de ruivos sob a sombra de uma árvore. Se já não é usual encontrar um único ruivo pelas ruas da cidade, mais de vinte deles juntos é uma raridade. Intrigadas, perguntaram com ironia se aquilo era alguma manifestação de classe. Obtiveram como resposta que, sim, estava em curso naquele lugar o 2º Encontro de Ruivos da capital gaúcha. [...]
            O encontro de Porto Alegre podia chamar a atenção dos incautos, mas não era exatamente uma novidade. Desde 2005, a cidade de Breda, na Holanda, reúne milhares de ruivos todos os anos, no primeiro fim de semana de setembro, batizado de Roodharigendag (Dia dos Ruivos). [...]
            Os ruivos de Porto Alegre não estavam, pois, sozinhos. Faziam parte de uma pequena legião, cada vez mais organizada. Alguns se divertiam com o livro Redheads, do fotógrafo Uwe Dietz, uma coletânea de retratos repletos de peles branquinhas, olhos claros, rostos sardentos e cabeleiras que variam entre alaranjadas e avermelhadas. [...]
            Num mundo dominado por opressivas cabeleiras pretas, castanhas e loiras, em quase todo lugar não há infância tranquila para quem nasce com o cabelo cor de fogo. Tocha humana, água de salsicha, cabeça de fósforo, crush, lagosta, ferrugem, fofão, foguinho - eis alguns apelidos de que costumam ser vítimas quando crianças. “Na época isso nem se chamava bullying, mas era exatamente o que faziam conosco, os cavalos de fogo, os cabeças de cenoura”, relembrou uma enfermeira que compareceu ao encontro ao lado da irmã gêmea. Um dos rapazes presentes jurou ter catalogado mais de sessenta alcunhas recebidas na infância - mas tratou de esquecê-las após a puberdade.
            Na Idade Média, crianças ruivas eram vistas como fruto do sexo proibido e tinham parte com o diabo. A Inquisição perseguiu as mulheres ruivas, condenando-as, quando pôde, à fogueira. A julgar pelo prefácio do livro de Uwe Dietz que os gaúchos consumiam, seria tudo culpa de Judas Iscariotes, frequentemente retratado como ruivo. Contraexemplos não faltam: Cristóvão Colombo, Galileu Galilei, Van Gogh e muitos outros.

                                                            (http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-65/esquina/ruivos-uni-vos, texto adaptado)
                                                             Obs: O texto apresenta um título e um subtítulo: “Ruivos, uni-vos” e “Vítimas de bullying,
                                                                                                                                     “cabeças de cenoura” dão a volta por cima.


A oração “não é usual encontrar um único ruivo pelas ruas da cidade” é
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Q504025 Português
Para responder a questão, leia o texto abaixo.

                  Apenas Sudeste cumpre a meta de 2,5 médicos por  mil habitantes

      Um problema que o governo tenta resolver com o programa Mais Médicos está detalhado em números na Síntese de Indicadores Sociais, estudo divulgado pelo IBGE,  com base em informações do Conselho Federal de Medicina.
      A relação médicos/habitantes no País está aquém do recomendado pelo Ministério da Saúde. Em 2011, havia 1,95  médicos para cada mil habitantes, quando o recomendado  pelo ministério é 2,5 médicos por mil habitantes.
      Somente no Sudeste essa meta é atingida, com 2,61  médicos por mil habitantes. A região Norte tem a pior  relação médico/habitante, com apenas 0,98. O estudo mostra concentração de profissionais nas grandes cidades. Nas capitais, há 4,2 médicos para cada mil habitantes. O Maranhão tem a menor relação médicos/habitantes do País:  apenas 0,68 médico para cada mil habitantes. A melhor
relação está no Distrito Federal: 4,02 médicos por mil  habitantes.
      Outra carência revelada pelos indicadores sociais é de leitos hospitalares, embora os dados só cheguem até  2009. O País tinha 2,3 leitos em estabelecimentos de saúde  para cada mil habitantes em 2009. É um número que vem  caindo ano a ano: em 1999, eram três leitos por mil  habitantes.

                                                                                                                             (www. estodao. com.br)
Observe o trecho abaixo.

"Um problema que o governo tenta resolver com o programa Mais Médicos está detalhado em números na Síntese de Indicadores Sociais, estudo divulgado pelo IBGE, com base em informações do Conselho Federal de Medicina."

Qual é a classificação da oração em destaque?
Alternativas
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: SSP-AM Prova: FGV - 2015 - SSP-AM - Assistente Operacional |
Q502935 Português
Texto 1

“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas que lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina. O homem fica indignado e, usando o “Você sabe com quem está falando?”, identifica-se como promotor público, prendendo o guarda”. (DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990)

“... identifica-se como promotor público, prendendo o guarda”; a oração reduzida “prendendo o guarda” pode ser reescrita, em forma desenvolvida adequada, do seguinte modo:
Alternativas
Q501555 Português
A oração sublinhada esta em forma reduzida (de infinitivo) em “Apesar de só falar a verdade. não Ihe deram apoio.” Assinale a alternativa em que ela aparece desenvolvida de forma correta.
Alternativas
Q501374 Português
    A Prefeitura de São Paulo vai criar um manual para orientar funcionários de empresas de limpeza urbana sobre como proceder ao se depararem com grafites e pichações em muros públicos.
    Uma lei municipal proíbe inscrições em espaços públicos sem autorização. O problema é que obras autorizadas já foram apagadas por servidores da limpeza.
    Previsto para outubro, o documento tentará esclarecer funcionários da limpeza sobre o que deve ou não ser apagado. Os agentes passarão por um treinamento.
    A limpeza de grafites gerou constrangimento nas últimas duas gestões municipais.

(Davi Ribeiro. Folhapress)

“A Prefeitura de São Paulo vai criar um manual para orientar funcionários de empresas de limpeza urbana sobre como proceder ao se depararem com grafites e pichações em muros públicos.”

Assinale a opção que indica o segmento sublinhado transformado em uma oração desenvolvida.
Alternativas
Q501186 Português
“já aconteceu / de o topo do prédio ser atingido oito vezes”; esse segmento do texto aparece separado em duas orações, sendo que a segunda é uma oração reduzida de infinitivo. Se transformarmos essa segunda oração em uma desenvolvida, sua forma correta será:
Alternativas
Q491762 Português
Texto 1
                              É justo que as mulheres se aposentem mais cedo?


          A questão acerca da aposentadoria das mulheres em  condições mais benéficas que aquelas concedidas aos homens  suscita acalorados debates com posições não somente técnicas,  mas também com muito juízo de valor de cada lado.
         Um fato é certo: as mulheres intensificaram sua participação  no mercado de trabalho desde a segunda metade do século 20.
         Há várias razões para isso. Mudanças culturais e jurídicas  eliminaram restrições sem sentido no mundo contemporâneo:  um dos maiores e mais antigos bancos do Brasil contratou sua  primeira escriturária em 1969 e teve sua primeira gerente em 1984.
         Avanços no planejamento familiar e a disseminação de  métodos contraceptivos permitiram a redução do número de  filhos e liberaram tempo para a mulher se dedicar ao mercado de
trabalho.
         Filhos estudam por mais tempo e se mantêm fora do  mercado de trabalho até o início da vida adulta. Com isso, o custo  de manter a família cresce e cria a necessidade de a mulher ter  fonte de renda para o sustento da casa.
        A tecnologia também colaborou: máquinas de lavar roupa, fornos micro-ondas, casas menores e outras parafernálias da vida  moderna reduziram a necessidade de algumas horas nos afazeres  domésticos e liberaram tempo para o trabalho fora de casa.
        A inserção feminina no mercado de trabalho ocorreu, mas  com limitações. Em relação aos homens, mulheres têm menor  taxa de participação no mercado de trabalho, recebem salários
mais baixos e ainda há a dupla jornada de trabalho. Quando  voltam para a casa, ainda têm que se dedicar à família e ao lar.
        Essas dificuldades levam algumas pessoas a defender formas  de compensação para as mulheres por meio de tratamento  previdenciário diferenciado. Já que as mulheres enfrentam
dificuldades de inserção no mercado de trabalho, há de  compensá-las por meio de uma aposentadoria em idade mais jovem.
         A legislação brasileira incorpora essa ideia. Homens precisam  de 35 anos de contribuição para se aposentar no INSS; mulheres, de 30.
        No serviço público, que exige idade mínima, as mulheres  podem se aposentar com cinco anos a menos de idade e tempo  de contribuição que os homens.

                                                          (Marcelo Abi-Ramia Caetano, Folha de São Paulo, 21/12/2014.)
“Com isso, o custo de manter a família cresce e cria a necessidade de a mulher ter fonte de renda para o sustento da casa.”
O segmento “para o sustento da casa” pode ser adequadamente substituído pela seguinte oração desenvolvida:
Alternativas
Q487848 Português
Um gramático contra a gramática 

Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino (L&PM, 1995, 112 páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de ideias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da gramática em sala de aula.

Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla ­ uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática linguística, a postura prescritiva, purista e alienada ­ tão comum nas "aulas de português".

O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e linguística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos linguistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante.

Essa fundamentação linguística de que lança mão - traduzida de forma simples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser humano; um processo espontâneo, automático, natural, inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata pela linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório, nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu espírito crítico e para falar por si.

Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores ­ vítimas do ensino tradicional ­ e os professores de português ­ teóricos, gramatiqueiros, puristas ­ têm ao se depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve contra a gramática na sala de aula.

Gilberto Scarton

Considere o excerto a seguir: “ Essa fundamentação linguística de que lança mão - ­ traduzida de forma simples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral ­- sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional.”

A oração destacada pode ser classificada CORRETAMENTE como:
Alternativas
Q485941 Português
                        Biomedicamento terá parceria com Coreia

RENATA AGOSTINI


      A Orygen Biotecnologia, uma das "superfarmacêuticas" criadas no ano passado com incentivo do governo para atuar no setor de biomedicamentos, fechou parceria com o laboratorio sul-coreano Alteogen para acelerar o desenvolvimento dos produtos no país.
      Pelo acordo, as companhias irão atuar em conjunto nas pesquisas para a fabricação de 2 dos 7 remédios biológicos que a Orygen se propôs a produzir para o governo no Brasil.
      Os biomedicamentos são remédios avançados feitos a partir de organismos vivos. São usados no tratamento de doenças complexas como câncer, artrite reumatoide e diabetes e têrn custo mais alto que os dos sintéticos, fabricados por síntese química.
      Apesar de representarem apenas 5% da quantidade de medicamentos distribuídos pelo governo, os biológicos respondem por 43% do gasto total, ou R$ 5 bilhões por ano. Todos têrn de ser importados, já que não há produção local dos remédios.
      Essa distorção fez o governo incentivar a criação das superfarmacêuticas, com a promessa de ajuda futura do BNDES no negócio. A tendência é que a fabricação no país barateie os produtos, reduzindo os gastos do Estado.
      A ideia do governo era formar uma grande empresa, a partir da união dos principais laboratórios nacionais.
      Ao final, surgiram duas companhias: a Orygen Biotecnologia, sociedade entre Cristália, Biolab e Eurofarma, e a Bionovis, parceria entre Ache, EMS, Hypermarcas e União Química.
      Juntas, as duas farmacêuticas terão de investir R$ 1 bilhão para fabricar os biomedicamentos nacionais.
      Ambas miram os contratos com o governo, grande comprador de biológicos, e enfrentam o desafio de desenvolver do zero a tecnologia que permitirá a fabricação dos remédios.

            ATALHO

      Na tentativa de abreviar o caminho para a produção, a Orygen buscou os sul-coreanos da Alteogen.
      A parceria foi a alternativa encontrada pela companhia para compensar a saida da americana Roche do negócio.
      As duas empresas negociaram um contrato, pelo qual a multinacional se comprometia a entrar como parceira da Orygen na produção de biomedicamentos no Brasil e a bancar parte do piano de investimento da companhia.

            TRANSFERÊNCIA

      A operação esbarrou, contudo, no Ministério da Saúde. Hoje, o governo exige a transferência total da tecnologia de fabricação dos medicamentos aos laboratórios oficiais para que eles sejam adquiridos. A Roche só aceitava transferir parte da tecnologia.
      Segundo Ogari Pacheco, dono do laboratório Cristália e que participou das negociações, a parceria com a Roche seria um atalho, uma vez que a empresa já tern em seu portifólio os medicamentos biológicos demandados pelo governo. Com isso, a produção local seria iniciada já neste ano.
      "Vai demorar mais um pouco agora. Mas, se a regra do jogo é essa, vamos seguir." A estimativa hoje é que a Orygen vá levar de dois a seis anos para colocar no mercado seu cardápio de biomedicamentos.

                                                                                    (http://wwwl.folha.uol.com.br/mercodo/)
A oração "para acelerar o desenvolvimento dos produtos no pais" pode ser classificada como:
Alternativas
Q466251 Português
Texto 4 - “Será que Jesus Cristo verdadeiramente existiu? Ou têm razão aqueles que o tomam apenas como uma figura lendária, como um símbolo criado para dar sustentação à fé cristã? Esse questionamento ressurge a cada obra literária ou cinematográfica sobre Jesus lançada no mercado, ou a cada descoberta arqueológica divulgada pela comunidade científica e envolvendo o assunto.” (Paul L. Maier, Jesus, verdade ou mito?)

“um símbolo criado para dar sustentação à fé cristã?”; a forma adequada de uma oração desenvolvida correspondente à oração reduzida do fragmento dado é:
Alternativas
Respostas
281: C
282: E
283: D
284: B
285: C
286: E
287: A
288: C
289: C
290: A
291: C
292: D
293: E
294: D
295: D
296: B
297: B
298: B
299: A
300: D