Questões de Português - Orações subordinadas reduzidas para Concurso
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Do ponto de vista sintático, é correto afirmar:
Texto 02
Piada
Não faltam piadas sobre hipotéticos extraterrenos e suas reações às esquisitices humanas. Tipo “o que não diria um marciano, se chegasse aqui e...” Como já se sabe que Marte é um imenso terreno baldio onde não cresce nada, o proverbial homenzinho verde teria que vir de mais longe, mas sua estranheza com a Terra não seria menor. Imagine, por exemplo, um visitante do espaço olhando um mapa do Brasil e, depois, sendo informado de que um dos principais problemas do país é a falta de terras. Nosso homenzinho teria toda razão para rolar pelo chão e dar gargalhadas por todas as bocas.
VERÍSSIMO, Luís F. Novas comédias da vida pública: a versão dos afogados. Porto Alegre: L&PM,
1997. p. 115. (Adaptado)
“Nosso homenzinho teria toda razão para rolar pelo chão e dar gargalhadas por todas as bocas.
Sobre a articulação das orações do período acima, é CORRETO afirmar:
Bruna Godoy. Desperta a dor. Internet: <https://www.psicologobh.com.br/desperta-dor> (com adaptações).
Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item.
Na linha 20, o conectivo “portanto” introduz uma oração
que indica a causa da declaração feita em “Se dói, é
porque tem alguma função”.
Em todas as opções abaixo há uma oração reduzida de infinitivo, que foi modificada, respectivamente, para uma oração desenvolvida e, a seguir, para uma estrutura nominal.
Assinale a opção em que houve erro numa dessas modificações.
TEXTO 1
Estava conversando com uma amiga, dia desses. Ela comentava sobre uma terceira pessoa, que eu não conhecia. Descreveu-a como sendo boa gente, esforçada, ótimo caráter. “Só tem um probleminha: não é habitada.” Rimos. É uma expressão coloquial na França – habité – mas nunca tinha escutado por estas paragens e com este sentido. Lembrei-me de uma outra amiga que, de forma parecida, também costuma dizer “aquela ali tem gente em casa” quando se refere a pessoas que fazem diferença.
Uma pessoa habitada é uma pessoa possuída, não necessariamente pelo demo, ainda que satanás esteja longe de ser má referência. Clarice Lispector certa vez escreveu uma carta a Fernando Sabino dizendo que faltava demônio em Berna, onde morava na ocasião. A Suíça, de fato, é um país de contos de fada onde tudo funciona, onde todos são belos, onde a vida parece uma pintura, um rótulo de chocolate. Mas falta uma ebulição que a salve do marasmo. Retornando ao assunto: pessoas habitadas são aquelas possuídas por si mesmas, em diversas versões. Os habitados estão preenchidos de indagações, angústias, incertezas, mas não são menos felizes por causa disso. Não transformam suas “inadequações” em doença, mas em força e curiosidade. Não recuam diante de encruzilhadas, não se amedrontam com transgressões, não adotam as opiniões dos outros para facilitar o diálogo. São pessoas que surpreendem com um gesto ou uma fala fora do script, sem nenhuma disposição para serem bonecos de ventríloquos. Ao contrário, encantam pela verdade pessoal que defendem. Além disso, mantêm com a solidão uma relação mais do que cordial. (Pessoas habitadas – Martha Medeiros).