Questões de Concurso Sobre orações subordinadas substantivas: subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas... em português

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Q2406288 Português

Texto I






Fonte: WATTERSON, Bill. Calvin & Haroldo - Tirinha #609 (20 de Julho de 1987)

A fim de evitar o desvio de sintaxe, que foi apresentado na questão anterior, o personagem poderia ter optado pelo uso da preposição (de). Assim, o trecho poderia ser reescrito de forma precisa
“Você não gostaria de que fosse sempre assim?”

Nesse contexto, quanto à classificação sintática da oração secundária:
Alternativas
Q2392164 Português

Julgue o item a seguir.


Em “Nunca se soube como ele morreu”, a primeira oração está na voz passiva, e a segunda é Subordinada Substantiva Subjetiva.

Alternativas
Q2346097 Português
No período: “Os professores desempenham um papel vital nas nossas sociedades, ainda assim a profissão enfrenta uma enorme crise de vocações”, a oração destacada pode ser classificada como: 
Alternativas
Q2345293 Português
No período a seguir, a oração em destaque se classifica como:
Uma coisa lhe posso garantir: que a recompensa valerá a pena
Alternativas
Q2344231 Português
TEXTO I


Ao longo dos anos, venho refletindo sobre uma noção de texto que contemple outras linguagens que ultrapassam a verbal. Após muitas leituras, reflexões e compartilhamentos, conceituo texto como uma manifestação constituída de elementos verbais e / ou não verbais, intencionalmente selecionados e organizados, que ocorre durante uma atividade sociointerativa, de modo a permitir aos agentes da interação duas ações simultâneas: a depreensão e geração de sentido, em decorrência da ativação de processos e estratégias de ordem cognitiva, e a atuação responsiva, em consonância a práticas socioculturais instituídas.

Então, um livro é um texto? Se o livro compreende uma manifestação que reúne linguagens verbais – e, ocasionalmente, linguagens não verbais, como ilustrações, figuras, fotos – selecionadas de modo intencional e organizadas sociointerativamente de maneira a permitir aos leitores tanto a geração de sentido, ao ativarem estruturas cognitivas que levam a determinadas compreensões, quanto a ações em resposta ao que leram, ao pensarem sobre o que foi lido, tomando como base práticas sociais e culturais já instauradas na comunidade, o livro é um texto. Um texto passível de comentários, críticas e manifestações diversas. E como todo texto, um livro provoca reações.

Pensando em provocar reações, organizei este livro que reúne relatos de experiências de professores da rede estadual de Minas Gerais. Essas experiências merecem ser compartilhadas, uma vez que é importante dar voz ao professor que assume, em suas aulas, a missão de transformar seus alunos em pessoas comprometidas com sua participação no mundo e solidárias umas com as outras para promover o bem-estar das comunidades em que vivem.

Assim, este livro, sem qualquer pretensão grandiosa, é instrumento de reflexão para professores, educadores e alunos em formação que acreditam que educar ainda é o melhor meio para a construção de uma sociedade sadia. Ao todo são 16 artigos, que tratam de diversos temas e que têm em comum o interesse em divulgar experiências mineiras de sala de aula que podem ser adotadas em outras turmas em qualquer lugar deste país.


DELL’ISOLA, Regina L. P. Um livro para chamar de seu. In: Práticas de linguagem no Ensino Fundamental. Brasil-Argentina: Editora Cognoscere, 2019. p. 5-9.
Analise sintaticamente os períodos a seguir e assinale a alternativa em que o termo destacado está corretamente classificado nos parênteses.
Alternativas
Q2343828 Português

Considere as seguintes sentenças:


I. Ele disse que estará disponível no sábado.

II. Que bagunça é essa?

III. Eles terão que me ouvir!


Nas sentenças dadas, a palavra “que” atua, respectivamente, como:

Alternativas
Q2335135 Português
Texto 2


Ao componente Língua Portuguesa cabe, então, proporcionar aos estudantes experiências que contribuam para a ampliação dos letramentos, de forma a possibilitar a participação significativa e crítica nas diversas práticas sociais permeadas/ constituídas pela oralidade, pela escrita e por outras linguagens.

As práticas de linguagem contemporâneas não só envolvem novos gêneros e textos cada vez mais multissemióticos e multimidiáticos, como também novas formas de produzir, de configurar, de disponibilizar, de replicar e de interagir. As novas ferramentas de edição de textos, áudios, fotos, vídeos tornam acessíveis a qualquer um a produção e disponibilização de textos multissemióticos nas redes sociais e outros ambientes da Web. Não só é possível acessar conteúdos variados em diferentes mídias, como também produzir e publicar fotos, vídeos diversos, podcasts, infográficos, enciclopédias colaborativas, revistas e livros digitais etc. Depois de ler um livro de literatura ou assistir a um filme, pode-se postar comentários em redes sociais específicas, seguir diretores, autores, escritores, acompanhar de perto seu trabalho; podemos produzir playlists, vlogs, vídeos-minuto, escrever fanfics, produzir e-zines, nos tornar um booktuber, dentre outras muitas possibilidades. Em tese, a Web é democrática: todos podem acessá-la e alimentá-la continuamente. Mas, se esse espaço é livre e bastante familiar para crianças, adolescentes e jovens de hoje, por que a escola teria que, de alguma forma, considerá-lo?

Ser familiarizado e usar não significa necessariamente levar em conta as dimensões ética, estética e política desse uso, nem tampouco lidar de forma crítica com os conteúdos que circulam na Web. A contrapartida do fato de que todos podem postar quase tudo é que os critérios editoriais e seleção do que é adequado, bom, fidedigno não estão “garantidos” de início. Passamos a depender de curadores ou de uma curadoria própria, que supõe o desenvolvimento de diferentes habilidades.

A viralização de conteúdos/publicações fomenta fenômenos como o da pós-verdade, em que as opiniões importam mais do que os fatos em si. Nesse contexto, torna-se menos importante checar/verificar se algo aconteceu do que simplesmente acreditar que aconteceu (já que isso vai ao encontro da própria opinião ou perspectiva). As fronteiras entre o público e o privado estão sendo recolocadas. Não se trata de querer impor a tradição a qualquer custo, mas de refletir sobre as redefinições desses limites e de desenvolver habilidades para esse trato, inclusive refletindo sobre questões envolvendo o excesso de exposição nas redes sociais. Em nome da liberdade de expressão, não se pode dizer qualquer coisa em qualquer situação. Se, potencialmente, a internet seria o lugar para a divergência e o diferente circularem, na prática, a maioria das interações se dá em diferentes bolhas, em que o outro é parecido e pensa de forma semelhante. Assim, compete à escola garantir o trato, cada vez mais necessário, com a diversidade, com a diferença.



Fonte: Base Nacional Comum Curricular (pág. 68). Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
No trecho “Passamos a depender de curadores ou de uma curadoria própria, que supõe o desenvolvimento de diferentes habilidades”, o elemento destacado introduz uma oração subordinada:
Alternativas
Q2333912 Português



(Fonte: https://portalconteudoaberto.com.br/professor/a-tecnologia-pode-ter-efeitos-negativos-na-educacao/ –texto adaptado especialmente para esta prova)

No que tange à construção de períodos, valendo-se de orações coordenadas e subordinadas, avalie as assertivas que seguem a respeito do período “Diante desse cenário, é essencial que o professor saiba acolher e orientar as angústias e dúvidas comuns na adolescência, que podem ser ampliadas pelo uso indevido da tecnologia”, valendo-se do que preconiza Cegalla em relação à construção dos períodos compostos:

I. Identifica-se no período a ocorrência de oração subordinada substantiva subjetiva.
II. A oração assinalada em negrito é classificada como oração subordinada adjetiva explicativa.
III. O período é composto, dada a ocorrência de três tipos de orações: coordenadas, principais e subordinadas.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q2323924 Português



Internet: <www.crtsp.gov.br> (com adaptações).


Considerando a forma e o conteúdo do texto, julgue o item.

O trecho “recorrer a fontes seguras e confiáveis de organizações comprometidas com a causa” (linhas de 33 a 35) deve ser classificado como uma oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. 

Alternativas
Q2322558 Português

Em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.


A oração “é muito fácil encontrar opções de leitura nesse formato” (linhas 4 e 5) deve ser classificada como subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.

Alternativas
Q2320401 Português



Internet: <www.crb15.org.br> (com adaptações).

Com base na leitura do texto e em seus aspectos linguísticos, de forma e de conteúdo, julgue o item a seguir.

A oração “que estiverem em dia com suas anuidades ou honrando parcelamento das mesmas” (linhas 28 e 29) deve ser classificada como subordinada substantiva objetiva direta.
Alternativas
Q2317145 Português

Julgue o item a seguir. 


Ao analisar a oração "Que é demasiada metafísica para um só tenor, não há dúvida.", temos que "Que é demasiada metafísica para um só tenor" é a oração subordinada substantiva objetiva direta e funciona como sujeito da oração principal.

Alternativas
Q2316446 Português
Os vira-latas de Tiradentes



1 Anos atrás não havia problema em não curtir cachorro. Era como não comer jiló ou não jogar gamão. Gosto pessoal. Hoje, sou visto quase como um pária por não achar graça em interagir com quadrúpedes, em ter as costas das mãos babadas ou a blusa tatuada por patas de cães desconhecidos. Creem que seja falta de empatia — e provavelmente acham que, na etimologia de "empatia", esteja a palavra "pata".


2 Numa das últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros. Todos sabemos que as verbas públicas são finitas. Falta dinheiro pra tudo, inclusive pra saúde. Dar dinheiro do SUS pra tratar sarna de um basset significa, portanto, tirar dinheiro de gente. O que estava por trás da proposta — nem tão por trás, na verdade — era que entre uma pessoa e um cachorro, devemos optar pelo cachorro.


3 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que explique o fenômeno, mas acredito que haja uma ligação direta entre o esgarçamento dos laços sociais e a ascensão dos lulus-da-pomerânia. Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar que parte da responsabilidade pelo murundu contemporâneo seja da Cobasi.


4 No meu bairro, onde 20 anos atrás havia duas videolocadoras excelentes, agora há dois pet shops — e ninguém vai me convencer de que trocar Fellini por Royal Canin faz da Terra um lugar melhor. São quase antípodas, o cinema e o totó. O primeiro nos faz refletir sobre o mundo, problematiza a realidade, traz uma questão para o nosso sábado à noite. O segundo é um red-bull do narcisismo, um viés de confirmação para nossa estropiada autoestima.


5 Vira-latas, porém, são outra história. Estou há dois dias em Tiradentes para participar da FLITI, uma feira literária. De longe admiro, trupicando pelo calçamento de pedras, entre os sobrados centenários, velhos ídolos da pena. Nestas últimas 48 horas, porém, tenho idolatrado mesmo é a turma dos cachorros.


6 Um bando de vira-latas está para os bichos de estimação como o bando de Lampião está para uma reunião de condomínio. Tô nem aí pra bicho de estimação. Sou fã dos cachorros de Tiradentes. Ontem à tarde estavam Reinaldo Moraes e Bob Wolfenson no meio da maior discussão sobre o erotismo na fotografia e na literatura, um vira-latas caramelo adentrou o palco na maior malemolência, parou na frente dos dois e passou a lamber suas partes íntimas.


7 Ninguém se incomoda com eles — e por que deveríamos? Sabemos — e eles, mais ainda— que são os donos da cidade. Aquele filho de pastor com fox paulistinha é um barão, você pensa. O salsicha com boxer é visconde. O supracitado caramelo, de raça indefinida, manco, certamente é um conde — se fosse ser humano, usaria uma bengala de ouro e marfim.


8 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que trate do assunto, mas acredito que haja uma ligação direta e inversa entre as redes sociais e os vira-latas. Eles são uma espécie de anti-Instagram. A expressão física do #nofilter. Um aprazível #TBT todos os dias da semana.


9 Ontem de madrugada, chegando de uma festa — sob o mesmo teto em que, há uns 150 anos, provavelmente, Joaquim José da Silva Xavier trocou suas inconfidências — avistei o vira-latas caramelo. A rua estava vazia. Só uma cigarra, distante, quebrava o silêncio. Ao nos cruzarmos eu disse "boa-noite". Ele, sem nem me olhar, abanou o rabo. Dormi o sono dos justos, recém-intitulado grão-duque de São José do Rio das Mortes, capitania de Minas Gerais, reino de Portugal. 


Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2023/10/os-vira-latas-de-tiradentes.shtml
Em “Sabemos — e eles, mais ainda — que são os donos da cidade.” (7º parágrafo), a correta classificação da oração subordinada destacada é: 
Alternativas
Q2306852 Português

Leia o Texto 4 para responder a questão.



Meu filho, você não merece nada



Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.



 BRUM, Eliane. Revista Época. Disponível em:

<http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca>. Acesso em: 07 out. 2023.

No período “Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada.”, a palavra “que” ocorre três vezes, sendo que, na primeira ocorrência, ela é um pronome relativo, introduzindo uma oração subordinada adjetiva
Alternativas
Q2303174 Português
Noruega...


     “...Em maio e junho a área do Dalsnibba é coberta de neve e do alto as pessoas veem as montanhas brancas e se deparam com o famoso inverno Norueguês. Já em agosto e setembro, quando os dias são mais longos, o céu estrelado é uma visão maravilhosa daqui. Muitas pessoas visitam o lugar para observar as estrelas com telescópios.
     A simplicidade do lugar com construções de madeira vermelha e branca emolduradas por grama verde esmeralda convidam o visitante a apreciar a beleza do lugar como a tela de um belo quadro: sem pressa.
       ... Pelo vilarejo, locais e turistas se misturam andando sem pressa, distraidamente pelas ruazinhas. Num charmoso café de cerca branca, com uma floreira carregada de flores cor de rosa, as pessoas conversam animadas enquanto na padaria, um delicioso aroma de pão fresquinho atrai mais e mais fregueses. Noruegueses possuem uma incrível habilidade de fazer pães deliciosos, portanto vá preparado para se esbaldar...”


Trecho retirado de Tuka Pereira. Catraca livre.com.br. Janeiro 2018.
Observe o trecho: “Muitas pessoas visitam o lugar para observar as estrelas...” e analise as afirmativas abaixo em relação à sintaxe.

I. Muitas pessoas: sujeito composto. II. Para observar as estrelas: oração subordinada adverbial final. III. O lugar: objeto direto.

Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2301535 Português
Apenas 3 em cada 10 alunos com deficiência participam efetivamente das aulas



Pesquisa sobre Educação Inclusiva feita pela Nova Escola revela ainda outros obstáculos enfrentados pelos professores das escolas brasileiras.


      Estrutura física limitada, atendimentos educacionais especializados restritos, falta de formação docente e ainda episódios de preconceito. A escola brasileira ainda enfrenta uma série de obstáculos para promover uma educação inclusiva. As conclusões constam na pesquisa “Inclusão na Educação”, realizada pela Nova Escola, que entrevistou 4.745 educadores em todo o Brasil.
       Entre os achados destaca-se que, para metade dos professores ouvidos, a estrutura física do ambiente escolar é inadequada às necessidades de uma educação inclusiva. As respostas coletadas também indicam que mais da metade das unidades de ensino do país não apresentam nenhuma estrutura física inclusiva. Por exemplo, as rampas de acesso estão presentes em apenas 44% das instituições.
          Já em relação ao apoio pedagógico, quatro em cada dez profissionais afirmam não ter recebido orientação especializada para o desenvolvimento das atividades com alunos com deficiência. Os Atendimentos Educacionais Especializados (AEEs) no contraturno das aulas regulares são realidade para apenas quatro em cada dez professores. A adaptação das atividades a serem realizadas pelos alunos – após a definição dos objetivos e conteúdos pelo professor da sala regular – acontece apenas em quatro de cada dez AEEs, segundo a percepção dos entrevistados.
            Quando questionados sobre a participação dos estudantes, a percepção dos professores é a de que apenas três de cada dez alunos com deficiência se envolvem efetivamente com as atividades em aula. E ainda: somente metade dos profissionais acredita na plena integração dos alunos com deficiência com os demais estudantes no ambiente escolar.

A realidade da educação inclusiva na sala de aula.

        Com 17 anos de magistério, a professora Cristina da Silva Brito trabalha em duas escolas municipais, uma na cidade de Cachoerinha (RS) e outra, em Gravataí (RS). Na primeira, leciona geografia para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, na segunda, para o 1º ano com foco na alfabetização. Em ambas as instituições há alunos com algum tipo de deficiência. Ainda que a escola de Gravataí possua AEE estruturado, os obstáculos são grandes. A começar pelo tamanho da turma – são 26 alunos em uma sala que idealmente deveria abrigar 20 estudantes.
              “Os desafios são muitos. Todos eles precisam ser alfabetizados e do meu mesmo olhar. Então, preciso mesclar atividades para todos os alunos, mas sem diferenciar. Mesmo crianças de seis anos querem fazer as mesmas atividades que todo o grupo está fazendo. É buscar essa adaptação curricular, mas adequando de forma que o aluno com deficiência não fique fora do contexto dos demais”, analisa.
              Cristina sente falta de um apoio mais consistente das escolas e das secretarias municipais de ensino voltado para formações continuadas com o objetivo de entender mais profundamente as deficiências e a atuação na prática da educação inclusiva. Esse apoio, acredita, ajudaria na realização dos planejamentos e adaptações pedagógicas e também contribuiria para o entendimento de quais intervenções podem ser aplicadas para contornar problemas com questões comportamentais em sala, por exemplo. “A gente vai buscando uma coisa aqui e ali: uma colega que indica, outra que coloca alguma atividade no grupo, e assim a gente vai trocando figurinhas sobre experimentos. Mas muitas vezes não sabemos como atuar especificamente em alguns casos”, avalia.
              Para a professora Olinda Rosa Mariano da Silva, o desafio diário é conseguir dar a atenção, o suporte e o acolhimento necessários a todos os seus alunos, incluídos aqueles com deficiência, nos 45 minutos de aula. “Nesse tempo, temos que fazer toda a trajetória, todo o percurso da aula: fazer chamada, colocar o conteúdo na Secretaria Digital, porque somos cobrados por isso em tempo real. Então é complicado. A gente tenta dar o melhor de si”, diz. Olinda leciona para uma média de 38 estudantes por turma, considerando as seis salas com as quais trabalha em duas escolas da rede estadual paulista, em Atibaia (SP). Em uma, leciona Biologia para o 1º ano do Ensino Médio; na outra, Ciências para 6º e 7º anos.
           Para os alunos com deficiência, Olinda costuma preparar e imprimir atividades específicas e acompanhar sua execução. Quando há um professor de apoio presente na sala, ela passa os comandos e esse profissional faz o acompanhamento do exercício. “Não dá para simplesmente dar o comando de uma atividade. O aluno com deficiência não se sente estimulado”, avalia. A professora também reforça que é preciso atuação em conjunto entre professor, escola e familiares. “Temos de agir em equipe, senão esse aluno não vai ter desenvolvimento psicossocial, muito menos na aprendizagem.”
              Essa dificuldade de envolver todos na rotina escolar é percebida por Elizângela Santos Mota, professora de AEE. Ela atende toda a rede municipal de Cedro de São João (SE), que possui quatro escolas, e atua na única sala de recursos multifuncionais da cidade, localizada na EM Antônio Carlos Valadares, que hoje atende 52 estudantes laudados.
              “Pronto, lá vem ela dizer que a inclusão dá certo”, disse já ter ouvido de colegas educadores. Elizângela trabalha diariamente nesse processo de convencimento sobre a necessidade da educação inclusiva, tanto de professores quanto de pais e responsáveis que não acreditam em uma escola que atenda todos os estudantes nas suas necessidades específicas. “Quero entrar na cabeça dessas pessoas para que entendam que essas crianças aprendem, que conseguem”. Para ela, o professor regular precisa ser mais observador, fazer avaliações diagnósticas de aprendizagem da turma sem se prender aos laudos médicos dos alunos, além de se atentar melhor para o contexto familiar e social dos estudantes. “Tudo isso ajuda o educador a montar um planejamento bem articulado para os estudantes”, defende.

Um entendimento ainda em evolução.

             Para Maria Teresa Eglér Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Leped/Unicamp), além das questões estruturais que prejudicam a escola, apontadas pelos educadores ouvidos na pesquisa, outro desafio é a necessidade de amadurecer a compreensão sobre o que é educação inclusiva no país.
               “Até agora, no Brasil, a inclusão tem sido interpretada como a inserção de pessoas diferentes na escola comum. E é exatamente o que ela não é”, explica a especialista, que é uma das autoras do livro A escola que queremos para todos(Editora CRV, 2022). Com a Constituição de 1988, o acesso à Educação tornou-se um direito de todos e, portanto, genuinamente inclusivo, explica. “No entanto, isso não é interpretado dessa forma por professores e autoridades educacionais de níveis federal, estadual e municipal.”
           Além disso, desde os anos 1990, diversos marcos legais nacionais e internacionais têm garantido que todos os estudantes, independentemente de sua condição física ou neurológica, tenham direto à Educação escolar e acesso a instituições de ensino comum. Mas,mesmo com esse reconhecimento, os alunos com deficiência ainda são classificados – seja como especiais, excepcionais, com necessidades especiais – de forma a excluí-los, avalia a educadora. “A inclusão não é a inserção dos diferentes na escola. A inclusão é a escola de todos, porque todos são diferentes”, explica Maria Theresa. “O sujeito tem direito à escola não por causa dessa diferença. Ele tem direito à escola porque ele é um ser único, singular, como qualquer outro.”
           Maria Theresa questiona ainda a ideia da integração, comumente usada no contexto da educação inclusiva e tida como uma “inclusão responsável” ou “inclusão possível”. “A inclusão não deveria condicionar de forma alguma o acesso, a permanência e a participação de todos na escola”, explica. A educadora critica o modelo estabelecido pela educação brasileira de impor classificações e parâmetros de aprendizagens, de aproveitamento, de currículo para cada aluno a cada etapa de ensino etc. “A escola parece só aceitar aqueles que possuem as características admitidas pela escola”, pondera.
           Também por isso é contra mudanças ou flexibilizações nos currículos para alunos com deficiência. “O maior crime da educação dita inclusiva é adaptar currículo ou atividades. As adaptações precisam ser de natureza diferente. Por exemplo, uma pessoa cega não vai conseguir fazer uma prova com lápis e papel, mas ela pode fazer com braile ou via computador. O que menos interessa é o meio; o que importa é aquilo que ela vai dizer ou entender sobre o tema da atividade.”
             O desconhecimento sobre o tema, inclusive, pode alimentar uma série de preconceitos. Segundo a pesquisa realizada pela Nova Escola, oito em cada dez profissionais disseram ter percebido discriminação contra estudantes com deficiência. Ainda, segundo o levantamento, os principais agentes do preconceito foram outros alunos (58%) e familiares de estudantes (32%).

Boas práticas inclusivas em sala de aula.

                  Com mais de 25 anos de estudos na área, Maria Theresa acredita que a Educação potente é aquela que aplica práticas diversificadas em sala de aula para atender as necessidades de cada aluno – independentemente se ele tem deficiência ou não. Ela exemplifica que vários formatos e propostas podem ser apresentados e colocados para escolha dos alunos com o intuito de explorar um tema – por exemplo, produção de texto, desenho, música etc. A ideia é deixar o aluno livre para apostar no formato por meio do qual se sente mais confortável para aprender.
                 Trabalhar em grupo também é uma aposta certeira para enturmar e possibilitar trocas em sala e ajuda mútua. “Eu acredito muito no grupo como prática pedagógica, como uma ação que dá resultado”, conta a professora Olinda. Para ela, a metodologia ativa da sala de aula invertida também funciona com grupos diversos, especialmente com suas turmas dos Anos Finais do Fundamental. “Depende muito também do feeling de cada professor e das turmas com as quais está trabalhando na ocasião”, avalia.
                    Para a fase de alfabetização, a professora Cristina já reparou que consegue integrar bem as salas quando propõe atividades envolvendo jogos. “Percebo que é algo que une bastante. Acende aquele desejo de participar e de ganhar”, conta.
                    Em relação às famílias, a professora Olinda costuma alertar os pais e responsáveis para um aspecto importante: “Nas reuniões, lembro que não estou apenas fazendo o filho aprender [para a escola], mas também preparando-o para o mundo. Argumento que esse filho vai crescer e passar para outras fases da escola e da vida. E os pais precisam acompanhá-lo nessa trajetória”. Uma reflexão que também vale para a escola e educadores: como estamos nos preparando para melhor apoiá-los?

(Revista Nova Escola. Por: Rachael Bonino. Acesso em: 03/07/2023. Adaptado.)
Quando questionados sobre a participação dos estudantes, a percepção dos professores é a de que apenas três de cada dez alunos com deficiência se envolvem efetivamente com as atividades em aula.” (4º§) Considerando trecho, analise as afirmativas a seguir.

I. A oração “Quando questionados sobre a participação dos estudantes” é uma oração subordinada adverbial temporal.

II. A oração “a percepção dos professores é” é uma oração coordenada explicativa.

III.a de que apenas três de cada dez alunos com deficiência se envolvem efetivamente com as atividades em aula” é uma oração subordinada substantiva predicativa.

Está correto o que se afirma em 
Alternativas
Q2300079 Português
Texto 1


QUEM É ARSÈNE LUPIN, O LADRÃO DE CASACA QUE INSPIROU ASSANE NA SÉRIE DA NETFLIX


         Difícil terminar os episódios de Lupin e não ficar interessado em saber mais sobre Arsène Lupin. Na série, o ladrão de casaca é uma espécie de modelo para o protagonista vivido por Omar Sy, inspirando todos os seus planos, desde os pseudônimos que usa até os numerosos disfarces. A influência é tanta que o detetive Guedira (Soufiane Guerrab), como bom fã do personagem, reconhece o padrão nas atividades ilícitas de Assane Diop. Isso porque, embora Lupin não seja um nome tão familiar para o público brasileiro, ele é basicamente o Sherlock Holmes dos franceses – quer dizer, isso se o herói de Arthur Conan Doyle não investigasse crimes, mas sim os cometesse.
       Ainda assim, essa comparação está longe de ser infundada. Holmes, de fato, foi uma das inspirações do autor Maurice Leblanc para criar Arsène Lupin no início do século XX, mas não foi a única. Especulase que o personagem seja uma mistura de cinco figuras, entre pessoas reais e ficcionais. Uma delas foi Marius Jacob. Adepto de uma vertente do anarquismo, o ilegalismo, Jacob era um ladrão conhecido pelo seu senso de humor e pela generosidade com suas vítimas, traços bastante reconhecíveis em Lupin – inclusive os valores anarquistas. O nome do ladrão de casaca, por sua vez, parece ser inspirado em Arsène Lopin, um conselheiro municipal de Paris. Além dessas personalidades históricas, estudiosos ainda apontam elementos de personagens criados pelo inglês E. W. Hornung e pelo francês Octave Mirbeau, todos criminosos conhecidos pela elegância.
           A partir dessa amálgama de referências, Leblanc atendeu o pedido do editor da revista Je Sais Tout e escreveu A Detenção de Arsène Lupin em 1905. No texto, o autor apresentou seu sofisticado protagonista que, apesar de sempre usar uma cartola e um monóculo, era irreconhecível. Afinal, esperto como poucos, ele era muito habilidoso e um verdadeiro mestre dos disfarces. Por isso, sempre escapava, por mais improvável que fosse a situação. 
          A história foi um sucesso tão notável que Leblanc continuou produzindo tramas centradas em Lupin por quase 40 anos. No total, foram 38 contos, 15 romances, quatro peças de teatro e três novelas, dentre as quais um embate contra o famoso detetive de Conan Doyle, nela parodiado como Herlock Sholmes.
            Tratando-se de um personagem tão popular na primeira metade do século XX, era inevitável que Arsène Lupin fosse estrelar outras obras além das literárias. Mas se engana quem pensa que ele ficou restrito à Europa. O ladrão de casaca apareceu sim em produções dos cinemas francês, alemão e inglês, mas também marcou presença em Hollywood e na TV argentina.
        Nos anos 1930, percebendo a relevância do personagem, a MGM decidiu lançar sua própria adaptação cinematográfica da obra de Leblanc. Estrelado por John e Lionel Barrymore, o filme acompanhava a história de um detetive encarregado de capturar o misterioso Arsène Lupin, que dava título à obra. No entanto, a produção chamou mais atenção por uma polêmica envolvendo uma cena sensual com a atriz Karen Morley do que pela história. Décadas depois, foi a vez do ator argentino Narciso Ibáñez Menta tentar a sorte com o personagem, mas a produção também acabou dividindo as críticas.
           Ainda que não faltem exemplos no cinema e em séries live-action, talvez as obras mais bem-sucedidas de Arsène Lupin – fora os livros e, agora, a produção da Netflix – sejam o mangá Lupin III e o anime que mais tarde ele originou. Mais uma releitura do que propriamente uma adaptação – como é também Lupin –, ambas as obras acompanham o neto do ladrão de casaca que, seguindo os passos do avô, lidera um grupo de criminosos.
            Além delas, não se pode esquecer que Lupin também foi personagem de jogos, a exemplo de Sherlock Holmes: Némesis, que brincava com a rivalidade entre detetive e ladrão, e Persona 5, em que era um dos protagonistas.
            Fato é que quer você o conheça pelos livros ou pelas numerosas adaptações, Arsène Lupin é um personagem memorável, cujas façanhas sempre deixam seu público com vontade de mais. Por isso, enquanto a Netflix não anuncia a data de estreia da terceira temporada de Lupin, que já foi confirmada por Omar Sy, não faltam opções para seus espectadores matarem as saudades.


Adaptado de:
https://www.omelete.com.br/quadrinhos/arsene-lupin-quem-eadaptacoes. Acesso em: 22/09/2023.
Nos anos 1930, percebendo a relevância do personagem, a MGM decidiu lançar sua própria adaptação cinematográfica da obra de Leblanc.

Assinale a alternativa CORRETA sobre a oração sublinhada no período acima.
Alternativas
Q2298689 Português
O QUE É UM CAFÉ ARÁBICA?
CONHEÇA SUAS CARACTERÍSTICAS E COMO É CLASSIFICADO

        Você que ama tomar aquele cafezinho já sabe que a bebida é feita com os grãos torrados da fruta do cafeeiro, certo? No entanto, também é importante saber que nem toda fruta é igual.

        Assim como existem diferentes espécies de uvas – como pinot noir, malbec e cabernet sauvignon – que dão características distintas aos variados tipos de vinhos, o café também possui variadas espécies de frutas de diferentes aspectos, influenciando diretamente no sabor e na qualidade do café que tomamos.

        No Brasil, as espécies mais usadas para a produção do café são robusta – também conhecido como conilon – e arábica, de que falaremos.

        O café arábica foi catalogado por volta de 1750 e é originário da Etiópia. A espécie corresponde a aproximadamente ¾ dos grãos produzidos em todo o mundo e é tida como a mais nobre da família dos cafés devido à sua complexidade de sabor e aroma.

        O cultivo de seus grãos é feito entre 600 e 2 mil metros de altitude. A escolha de altitude impacta diretamente nas características do café, pois, quanto mais alto, maior a concentração de minerais nos grãos e mais ameno é o clima para o seu desenvolvimento, o que ajuda na acentuação de sabor, acidez e aroma do café.

        Os blends são misturas entre diferentes espécies e variedades de grãos. Devido aos aspectos distintos encontrados no café robusta e no café arábica – e em suas variedades -, é muito comum que os produtores façam blends entre grãos tanto para combinar propriedades quanto para baratear os custos de produção, já que o café arábica tem um custo mais elevado devido aos cuidados que precisa ter no cultivo.

        Um café 100% arábica é produzido unicamente com variedades de grãos da espécie arábica. Esses cafés recebem a classificação de gourmets ou especiais pela ABIC (Associação Brasileira de Indústria do Café), que atesta o nível de pureza e qualidade dos cafés.

(Adaptado de: https://blog.grancoffee.com.br/o-que-e-cafearabica/. Acesso em: 26/07/202


Na sentença “também é importante saber que nem toda fruta é igual”, o vocábulo “que” é:
Alternativas
Q2298610 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 04 e, a seguir, responda à questão, que a ele se refere. 

Texto 04 



Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura do texto. 


I. O termo “se” foi usado no texto como uma conjunção subordinativa e insere nele uma ideia de condição.

II. A locução verbal “pode chamar” poderia ser substituída pela forma “poderá chamar” sem alteração do sentido do texto.

III. O uso da forma verbal “beber” foi motivado pelo valor semântico inserido no texto pelo termo “se”.   

IV. A terminação “r” dos verbos “beber” e “bater” indica que, no texto, eles foram usados no infinitivo não flexionado.

V. A locução verbal “pode chamar” é composta pelo verbo “poder” flexionado no presente do indicativo e pelo verbo “chamar” no infinitivo não flexionado. 


Estão CORRETAS as afirmativas 

Alternativas
Q2298558 Português
A música Sutilmente, composta por Samuel Rosa e José Fernando Gomes Reis, traz, em uma de suas estrofes, o seguinte período:  
(...)
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti
Dentro de ti
(...)  
Sobre a classificação da oração destacada, assinale a correta.  
Alternativas
Respostas
181: D
182: C
183: A
184: D
185: C
186: A
187: B
188: E
189: E
190: C
191: E
192: C
193: E
194: D
195: A
196: C
197: B
198: B
199: E
200: B