Questões de Concurso
Sobre orações subordinadas substantivas: subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas... em português
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TEXTO I
Eu adoraria
Os brasileiros, creio que preferimos sempre o futuro do pretérito. “Eu gostaria”, “eu faria”, “eu suportaria”... Os donos originais da língua de Camões elegem o pretérito imperfeito: “eu gostava”. Nosso condicional, talvez, seja uma possibilidade de adiar o fato ou a decisão, pois quase sempre é seguido de elementos adversativos ou condições: “eu faria, se...” “Eu tentaria, mas...” A comunicação tupiniquim tem o traço da omissão do eu objetivo que promete fazer uma tarefa específica e com data marcada. Isso explica tantos condicionais e nosso clássico gerundismo. “-Ia” e “-endo” são terminações que possibilitam adiar minha ação até a segunda vinda do Messias (se você for cristão) ou a primeira (se você seguir o judaísmo).
Sou brasileiro nato e não escapo do miasma do futuro do pretérito que emana das “praias do Brasil ensolaradas”. O mais grave é enfrentar o choque entre o meu desejo condicional de melhora e a realidade concreta do presente do indicativo. Explico-me.
Em uma quente sexta-feira na hora do almoço, fiz algo raríssimo, felizmente: fui a uma agência bancária. Eu tinha poucos minutos para resolver o problema e partir para o restante da jornada. Ao entrar no recinto, um fã pegou-me pelo braço. Era um senhor simpático de extração septuagenária, que desejava manifestar que acompanhava meu trabalho. Detalhe que só percebi minutos após: ele era gago. O que pode existir de pior para alguém que tem poucos minutos pela frente? Um fã gago. Minha pressa me empurrava e meu dever humano me segurava. Eu gostaria de ser menos impaciente com o olhar (aí entra o futuro do pretérito), eu desejaria ter escalonado minhas prioridades do dia (agenda é menos importante do que um ser humano) e eu “ia iria indo”, porém... não fui. Fui seco e disparei chispas visuais que minha falecida mãe classificava como “olhos de fogo”.
Costumo dizer que sou um sábio do minuto seguinte, um virtuoso sem timing. Segundos após ter sido grosseiro, insensível, agressivo na voz ou arrogante, eu caio em plena consciência como o rei Cláudio, de Hamlet, rezando e tomado de remorso. Surge com clareza na minha mente o que eu deveria ter feito, como seria melhor se minha atitude fosse outra. Por que não consigo ter essa acuidade antes ou durante o ato? Sou um homem do futuro do pretérito.
Trabalho em terapia um fato que me segue desde a infância. O que for preparado, previsto, estipulado e agendado é perfeito e sereno como um lago suíço. Lancei uma obra com a monja Coen (O inferno somos nós: do ódio à cultura de paz). Sabia, com semanas de antecedência, que seria um evento com muitas pessoas. Preparei-me para isso. A fila serpenteava pela rua e a livraria regurgitava, tomada de fãs ansiosos para ouvirem a monja e a mim. Depois de uma fala inicial, seguimos para o terceiro andar e iniciamos o rito: autógrafo, fotografia (o mais importante), uma pequena palavra com cada um. Posso estar enganado, porém imagino que, das 19h até o início da madrugada do dia seguinte, quando o ordálio cessou, fui simpático, sorridente, solícito com todas e todos. Eu estava lá para aquilo, era minha missão e eu me apresentava genuinamente feliz ao lado da budista e de tantas pessoas que tinham parado seus compromissos pessoais e profissionais para acompanhar a fala. Aquilo era o melhor de mim: o Leandro preparado para o momento. O pior de mim acontece em coisas fora do previsto, ou com muita fome, muita pressa ou focado em outro alvo. Esse é o momento do futuro do pretérito.
Quem gosta muito de mim falará: “Leandro, você é humano, tem seus altos e baixos, tem irritações, é sobrecarregado e tem uma agenda exaustiva”. Adoro meus amigos e amo essas atenuantes diante do implacável juiz da minha consciência. Porém, eles estão errados a não ser pelo fato de me reconhecerem humano. Quero ser o que foi bom, não o que poderia ter sido. Sou uma pessoa com certa consciência e, como todo ser humano, dotado de livre-arbítrio. Sou perfectível, e não perfeito. A meta seria aproximar o condicional do pretérito perfeito. Não mais o que eu deveria ter feito, mas o que eu fiz. Nas diferenças de tempos está o detalhe da sabedoria. Ser sábio é moldar-se constantemente e superar o lado impulsivo e agressivo. Estar calmo quando se está bem é quase infantil. Falar com equilíbrio e amar o próximo quando o próximo e eu estamos em condições normais de temperatura e pressão é desafio insignificante. Imagine-se, cara leitora e estimado leitor, você sentada(o) em uma poltrona confortabilíssima, sem nenhum mal lhe afligindo, a temperatura ambiente está ideal e do seu lado a sua bebida preferida ao alcance da mão. Sua música preferida roda no volume ideal. Na cena idílica descrita, é raro o ser humano que esteja agressivo ou irritadiço. Se entra alguém, você responde com a voz calma e equilibrada de um lama do Himalaia. O mundo flui e você se deixa levar pelo átimo de felicidade do instante. Ser equilibrado assim está ao alcance de todas as pessoas. Comece a retirar as benesses, acrescente as adversidades, aumente a temperatura de forma desagradável e dê uma agenda extensa: o sábio vai dar lugar ao homem das cavernas.
Minha meta é aproximar os tempos verbais. Meu propósito de sabedoria é compreender que há momentos em que manter a paz é fácil. Em outras ocasiões, muito complicado. Na tensão está o desafio a atingir. Superar o mundo ciclotímico ao meu redor e o meu. Ser verdadeiro e plenamente presente sempre ou na maioria das vezes. É o meu desafio. É o Leandro que eu desejaria e que desejo ver. Qual a sua meta?
KARNAL, Leandro. O coração das coisas. São Paulo: Contexto, 2019.
A questão refere-se ao texto abaixo.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

“Chamo de hipertecnologias a inteligência artificial, a robótica e a biotecnologia. Estima-se que, em um futuro próximo, essas três modalidades de tecnologia convergirão e, com isso, haverá um grande salto tecnológico, algo jamais visto na história. [...]”
Fonte: (Revista Filosofia – Ano III, no 150 – (www.portalespaçodosaber.com.br).
Leia com atenção o texto abaixo para responder à questão.
A falência da globalização (João Fernandes Teixeira).
A indústria 4.0 está chegando, um fato celebrado pelos entusiastas das novas tecnologias. Grandes mudanças estão previstas, sobretudo pelo emprego de inteligência artificial na produção industrial que levará, também, a uma grande reconfiguração tecnológica do trabalho. Mas, deixando de lado o discurso entusiasmado, o que está realmente acontecendo?
Com a indústria 4.0 haverá uma grande racionalização e otimização da produção para que os desperdícios de material e de mão de obra se tornem mínimos. A produção e o consumo precisam ser rigorosamente ajustados e, para isso, contamos agora técnicas de Big Data. Estamos em outros tempos, nos quais temos a percepção da escassez de recursos naturais e da necessidade premente de reciclar tudo o que for possível. Se quisermos que a economia continue funcionando, não podemos mais esbanjar. A economia se desenvolve na contramão da natureza.
A lição que estamos aprendendo é que gerar energia limpa e conter as emissões de dióxido de carbono não são apenas obrigações ecológicas e morais em relação ao nosso planeta, mas um imperativo econômico, que exige que a indústria se coloque em novo patamar de produtividade para sobreviver. A indústria 4.0 não levará à expansão da economia, mas apenas evitará que ela encolha. Não podemos mais manter os mesmos padrões de consumo, que estão danificando de forma irreversível o nosso planeta.
Esses danos não se restringem apenas ao aquecimento global, que passou a ser chamado de mudança climática. [...]
Desde que se estabeleceu uma correlação entre o aumento das temperaturas médias no planeta e a industrialização, iniciada no século XVIII, o aquecimento global passou a ser o vilão da história da humanidade. Diminuir o uso de combustíveis passou a ser a grande bandeira dos ecologistas.[...]
Contudo, o aquecimento global não é o único desafio. Mesmo que sua origem possa ser contestada, desvinculando-a da queima de combustíveis fósseis, nossa indústria agride o planeta de forma irreparável.
Como não podemos reverter a economia do petróleo no curto prazo, a única solução está sendo desacelerar a economia. Essa desaceleração, na contramão do aumento da produção planetária, está tendo custos sociais dolorosos. Combinada com a automação, grande projeto da indústria 4.0, ela gera um desemprego crescente, para o qual não se vislumbra uma solução nas próximas décadas.
Mas há algo ainda mais importante que está surgindo dessa desaceleração: a percepção de que a globalização se tornou um projeto inviável. Não será mais possível estender os padrões de produção e consumo para todos os países do planeta, pois isso aceleraria sua destruição de forma drástica. O globalismo ocidental está refluindo e, como consequência, voltam a surgir os nacionalismos exacerbados.
[...] Fonte: (Revista Filosofia – Ano III, no 150 – www.portalespaçodosaber.com.br).
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.
Higiene bucal
A higiene bucal é um componente fundamental da higiene corporal das pessoas. Talvez você não saiba, mas os seus hábitos e estilo de vida impactam diretamente a saúde dos seus dentes.
A obesidade, por exemplo, pode aumentar o risco de doença periodontal. Outro fator é o cigarro. Estudos revelam que os fumantes são mais propensos a sofrerem com doenças periodontais avançadas do que quem não fuma. Além de aumentar as chances de desenvolver uma doença gengival, fumar também torna o tratamento muito mais demorado e complicado por dificultar o processo de recuperação.
Infecções bucais são comuns, mas elas também podem contribuir para dentes quebrados ou lascados. O uso de piercing na região bucal também pode causar uma retração da gengiva, que pode levar os dentes a amolecerem e caírem. Apesar desses dados, o grande vilão dos dentes é o açúcar, por promover o desenvolvimento de placas nos dentes. Essas placas causam acúmulo de ácido, que desmineraliza o esmalte do dente, causando cárie. Sem tratamento, a cárie pode penetrar fundo no dente provocando dor ou, em casos mais graves, a perda do dente.
(www.unimed.com.br)
No trecho “Estudos revelam que os fumantes são mais propensos a sofrerem com doenças...” o termo grifado introduz uma oração:
Leia o texto abaixo e responda a questão proposta.
O verbo matar
Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece, faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.
O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio. Não importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive matando.
A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo. Sua linguagem o trai. Por que não diz, nas horas de ócio e recreação ingênua, que está vivendo o tempo? Prefere matá-lo.
Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. Não é preciso lembrar como um número infinito de pessoas perpetra essa morte: através da morte efetiva de rebanhos inteiros, praticada tecnicamente em lugar de horror industrial, denominado matadouro. Aí, matar já não é expressão metafórica: é matar mesmo.
O estudante que falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e, consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.
Beber um gole no botequim, ato de aparência gratuita, confortador e pacificante, envolve sinistra conotação. É o mata-bicho, indiscriminado. E quantos bichos se matam, em pensamento, a cada instante! Até para definir as coisas naturais adotamos ponto de vista de morte violenta. Essa planta convolvulácea é apresentada
por sua propriedade maléfica: mata-cabras. Nasceu para isso, para dizimar determinada espécie de mamíferos? Não. Assim a batizamos. Outra é mata-cachorro. Uma terceira, mata-cavalo, e o dicionarista acrescenta o requinte: "goza da fama de produzir frutos venenosos". Certo peixe fluvial atende (ou devia atender) por mata-gato, como se pulasse d'água para caçar felinos por aí, ou se estes mergulhassem com intenção de ajustar contas com ele. Em Santa Catarina, o vento de inverno que sopra lá dos Andes é recebido com a exclamação: "Chegou o mata-baiano".
Já não se usa, mas usou-se muito um processo de secar a tinta em cartas e documentos quaisquer: botar por cima um papel grosso, chupão, que se chamava mata-borrão e matava mesmo, sugando o sangue azul da vítima, qual vampiro de escritório.
A carreta necessita de correia de couro, que una seu eixo ao leito. O nome que se arranjou para identificá-lo, com sadismo, é mata-boi. Mata-cachorro não é só planta flacurtiácea, que acumula o título de mata-calado. É também alcunha de soldado de polícia estadual, e do pobre-diabo que, no circo, estende o tapete e prepara o picadeiro para a função.
Matar charadas constitui motivo de orgulho intelectual para o matador. Há um matador profissional, remunerado pelos cofres públicos: o mata-mosquito, que pouca gente conhece como guarda sanitário. Mata-junta? É a fasquia usada para vedar juntas entre tábuas. O sujeito vulgarmente conhecido como chato, ao repetir a mesma cantilena, "mata o bicho do ouvido". Certa espécie de algodoeiro é mata-mineiro, certa árvore é mata-mata, ninguém no interior ignora o que seja mata-burro, mata-cobra tanto é marimbondo como porrete e formiga. Ferida em lombo de animal, chama-se matadura. Nosso admirável dedo polegar, só lhe reconhecem uma prestança: a de mata-piolhos.
Mandioca mata-negro. Peixe matante. Vegetal mata-olho. Mata-pulga, planta de que se fazem vassouras, Mata-rato, cigarro ordinário. Enfeites e atavios, meios especiais para atingir certos fins, são matadores. "Ela veio com todos os matadores" provoca admiração e êxtase. "Eunice com seus olhos matadores", decassílabo de vítima jubilosa.
Se a linguagem espelha o homem, e se o homem adorna a linguagem com tais sub-pensamentos de matar, não admira que atos de banditismo, a explosão intencional de aviões, o fuzilamento de reféns, o bombardeio aéreo de alvos residenciais, os pogroms, napalm, as bombas A e H, a variada tragédia dos dias modernos se revele como afirmação cotidiana do lado perverso do ser humano. Admira é que existam a pesquisa de antibióticos, Cruz Vermelha Internacional, Mozart, o amor.
(ANDRADE, C. Drummond de. De notícias & não notícias faz-se a
crônica. In “Poesia e prosa”. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p.
1415-1417.)
“A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo” (3º §)
“No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o competidor” (5º §)
“Não admira que, nas discussões, o argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça” (5º §)
Considerando-se as muitas funções conectivas da palavra “que”, está correta a classificação dos conectivos acima sublinhados, respectivamente, na opção:

A gratidão tem o poder de salvar vidas (ou por que você deveria escrever aquela nota de agradecimento)
Richard Gunderman. Tradução: Camilo Rocha
A gratidão pode ser mais benéfica do que costumamos supor. Um estudo recente pediu que pessoas escrevessem uma nota de agradecimento para alguém e depois estimassem o quão surpreso e feliz o recebedor ficaria. Invariavelmente, o impacto foi subestimado. Outro estudo avaliou os benefícios para a saúde de se escrever bilhetes de obrigado. Os pesquisadores descobriram que escrever apenas três notas de obrigado ao longo de três semanas melhorava a satisfação com a vida, aumentava sentimentos de felicidade e reduziria sintomas de depressão.
Existem múltiplas explicações para os benefícios da gratidão. Uma é o fato de que expressar gratidão encoraja os outros a continuarem sendo generosos, promovendo, assim, um ciclo virtuoso de bondade em relacionamentos. Da mesma maneira, pessoas agradecidas talvez fiquem mais propensas a retribuir com seus próprios atos de bondade. Falando de modo mais amplo, uma comunidade em que as pessoas se sentem agradecidas umas com as outras tem mais chance de ser um lugar agradável para se viver do que uma caracterizada por suspeição e ressentimento mútuos.
Os efeitos benéficos da gratidão podem ir ainda mais longe. Por exemplo, quando muitas pessoas se sentem bem sobre o que outra pessoa fez por elas, elas sentem um senso de elevação, com um consequente reforço da sua consideração pela humanidade. Alguns se inspiram a tentar se tornar também pessoas melhores, fazendo mais para ajudar a trazer o melhor nos outros e trazendo mais bondade para o mundo à sua volta.
É claro, atos de bondade também podem fomentar desconforto. Por exemplo, se pessoas sentem que não são merecedoras de bondade ou suspeitam que há algum motivo por trás da bondade, os benefícios da gratidão não se realizarão. Do mesmo modo, receber bondade pode fazer surgir um senso de dívida, deixando nos beneficiários uma sensação de que precisam pagar de volta a bondade recebida. A gratidão pode florescer apenas se as pessoas têm confiança o suficiente em si mesmas e nos outros para permitir que isso aconteça.
Outro obstáculo para a gratidão é frequentemente chamado de senso de merecimento. Em vez de sentir um benefício como uma virada boa, as pessoas às vezes o veem como um mero pagamento do que lhes é devido, pelo qual ninguém merece nenhum crédito moral. Ainda que seja importante ver que a justiça está sendo feita, deixar de lado oportunidades por sentimentos genuínos e expressões de generosidade também podem produzir uma comunidade mais impessoal e fragmentada.
Quando Defoe retratou a personagem Robinson Crusoe fazendo da ação de graças uma parte diária de sua vida na ilha, ele estava antecipando descobertas nas ciências sociais e medicina que não apareceriam por centenas de anos. Ele também estava refletindo a sabedoria de tradições religiosas e filosóficas que têm início há milhares de anos. A gratidão é um dos estados mentais mais saudáveis e edificantes, e aqueles que a adotam como hábito estão enriquecendo não apenas suas próprias vidas mas também as vidas daqueles à sua volta.
Adaptado de: https://www.nexojornal.com.br/externo/2018/08/11/Agratid%C3%A3o-tem-o-poder-de-salvar-vidas-ou-por-quevoc%C3%AA-deveria-escrever-aquela-nota-de-agradecimento Acesso em: 04 fev. 2020.
Por que todo mundo usava peruca na Europa dos séculos 17 e 18?
Não era todo mundo, apenas os aristocratas. A moda começou com Luís 14 (1638-1715), rei da França. Durante seu governo, o monarca adotou a peruca pelo mesmo motivo que muita gente usa o acessório ainda hoje: esconder a calvície. O resto da nobreza gostou da ideia e o costume pegou. A peruca passou a indicar, então, as diferenças sociais entre as classes, tornando-se sinal de status e prestígio.
Também era comum espalhar talco ou farinha de trigo sobre as cabeleiras falsas para imitar o cabelo branco dos idosos. Mas, por mais elegante que parecesse ao pessoal da época, a moda das perucas também era nojenta. “Proliferava todo tipo de bicho, de baratas a camundongos, nesses cabelos postiços”, afirma o estilista João Braga, professor de História da Moda das Faculdades Senac, em São Paulo.
Em 1789, com a Revolução Francesa, veio a guilhotina, que extirpou a maioria das cabeças com perucas. Símbolo de uma nobreza que se desejava exterminar, elas logo caíram em desuso. Sua origem, porém, era muito mais velha do que a monarquia francesa. No Egito antigo, homens e mulheres de todas as classes sociais já exibiam adornos de fibra de papiro – na verdade, disfarce para as cabeças raspadas por causa de uma epidemia de piolhos. Hoje, as perucas de cachos brancos, típicas da nobreza europeia, sobrevivem apenas nos tribunais ingleses, onde compõem a indumentária oficial dos juízes.
Disponível em:<www.super.abril.com.br/mundo-estranho>
Releia o seguinte trecho.
“Durante seu governo, o monarca adotou a peruca pelo mesmo motivo que muita gente usa o acessório ainda hoje: esconder a calvície”.
A expressão destacada exerce a função sintática de
I. Existem no referido parágrafo tanto orações coordenadas quanto subordinadas. II. “para que”, locução conjuntiva pode ser substituída corretamente por afim de que. III. “uma área” possui função de predicativo do sujeito.
Está(ão) correta(s) apenas:
I. Duas orações existem no período, sendo uma delas subordinada adjetiva. II. O período exposto possui dois sujeitos: um é desinencial ou oculto e o outro é representado pelo pronome relativo. III. A forma verbal “vejam” se encontra em um modo que indica ordem ou pedido.
Está (ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
(CUNHA, Celso; CINTRA, Luis F. Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 7 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008, p. 610.)
Considere esse princípio apontado pelos dois gramáticos e leia a tirinha.

Considerando o que diz respeito ao período composto por subordinação, está correto afirmar que, no terceiro quadrinho, a segunda oração se classifica como
Utilize o texto abaixo para responder a próxima questão: