Questões de Concurso Sobre ortografia em português

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Ano: 2024 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Salto do Jacuí - RS Provas: FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Procurador Jurídico Municipal | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Auditor Fiscal Tributário | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Contador | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Agente de Controle Interno | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Gestor de Recursos Humanos | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Arquiteto e Urbanista | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Assistente Social - 40 Horas | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Licenciador Ambiental | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Médico da Estratégia da Saúde da Família | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Médico Obstetra - Ginecologista | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Médico Pediatra | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Médico Veterinário | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Odontólogo | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Fonoaudiólogo | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Fisioterapeuta | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Enfermeiro | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Nutricionista - Saúde | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Psicólogo | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Psicopedagogo | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Engenheiro Civil | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Técnico Agropecuário | FUNDATEC - 2024 - Prefeitura de Salto do Jacuí - RS - Farmacêutico |
Q2405892 Português

Deixar o celular de lado pode lhe render alguns anos de vida



                       

                                                                                                                                       Por Catherine Price






                   (Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assim como “ideia”, qual palavra está corretamente grafada sem acento?
Alternativas
Q2405836 Português

PNAD Contínua: taxa de desocupação é de

7,6% e taxa de subutilização é de 17,6% no trimestre encerrado em janeiro



       A taxa de desocupação (7,6%) no trimestre encerrado em janeiro de 2024 ficou estável frente ao trimestre de agosto a outubro de 2023 (7,6%) e caiu 0,7 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (8,4%).

       A população desocupada (8,3 milhões) ficou estável no trimestre e recuou 7,8% (menos 703 mil pessoas) no ano. A população ocupada (100,593 milhões), cresceu 0,4% no trimestre (mais 387 mil pessoas) e 2,0% (mais 1,957 milhão de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,3%, sem variação significativa frente ao trimestre móvel anterior (57,2%) e subindo 0,6 ponto percentual (p.p.) ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (56,7%).


      A taxa composta de subutilização (17,6%) não mostrou variação significativa frente ao trimestre móvel encerrado em outubro (17,5%) e caiu 1,2 p.p. ante o trimestre encerrado em janeiro de 2023 (18,7%). A população subutilizada (20,3 milhões de pessoas) não variou de forma significativa no trimestre e recuou 5,6% (ou menos 1,2 milhão) no ano.


    A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,3 milhões) não mostrou variações significativas em nenhuma das duas comparações, do mesmo modo que a população fora da força de trabalho (66,6 milhões).


      A população desalentada (3,6 milhões) não variou significativamente ante o trimestre móvel anterior e recuou 9,8% (menos 388 mil pessoas) no ano. 


      O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,2%) não teve variação significativa no trimestre e recuou 0,4 p.p. no ano.


      O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 37,950 milhões, com alta de 0,9% (mais 335 mil) no trimestre e de 3,1% (mais 1,1 milhão) no ano. Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,4 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 2,6% (mais 335 mil pessoas) no ano.


      O número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões de pessoas) também ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) e o de empregadores (4,2 milhões de pessoas).


      O número de empregados no setor público (12,1 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 2,7% (mais 315 mil pessoas) no ano. A taxa de informalidade foi de 39,0 % da população ocupada (ou 39,2 milhões de trabalhadores informais) contra 39,1 % no trimestre anterior e 39,0 % no mesmo trimestre móvel de 2023.


      O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.078) cresceu 1,6% no trimestre e 3,8% no ano.


      A massa de rendimento real habitual (R$ 305,1 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo 2,1% (mais R$ 6,3 bilhões) frente ao trimestre anterior e subindo 6,0% (mais R$ 17,4 bilhões) na comparação anual.



29/02/2024 09h00 | Atualizado em 29/02/2024 https://ag enciadenotic ias. ibg e. g ov.br/ag enciasala- de-im prensa/2013- ag encia-de-noticias/r eleases/39283- pnad- continua-taxa-dedesocupacao-e-de-7-6-e-taxa-de- subutilizacao-e-de17-6-no-trimestre-encerrado-em-janeiro

[Questão inédita] Marque a alternativa em que o uso do hífen está correto, conforme o Acordo Ortográfico vigente.
Alternativas
Q2405618 Português
Texto


DE VESTIDO DE ONCINHA E PLUMAS


Por Martha Medeiros – Jornal Zero Hora – 27/11/11


        Temos o direito de ficar ressabiados por postarem nossas fotos pré-históricas sem nos consultar?
        Outro dia aconteceu algo que me deixou sem saber direito o que pensar. Um caso corriqueiro, mas novidade pra mim. Quando era publicitária, trabalhei por três meses numa agência. Estamos falando do ano de 1984 – ou seja, 27 anos atrás.
         Pois uma ex-colega da agência postou essa semana, no blog de uma confraria da qual faz parte, uma foto daquela época, onde apareço numa festa à fantasia. Uma homenagem que ela me fez, sem nenhuma intenção difamatória. Nem estou tão medonha na foto, apesar do cabelo estilo Dallas, o vestido de oncinha e a echarpe de plumas negras. Foi a primeira festa à fantasia que fui. E a última.
          Me garantiram que o blog é acessado por pouquíssimas pessoas. As confrades estavam crentes de que eu iria me comover. Mas, nascida com vários defeitos de fabricação, não me comovi. Em vez disso, considerei que a titular do blog poderia ter pedido autorização para publicar uma foto minha de 27 anos atrás. Seria atencioso da parte dela. Mas devo estar variando: quem pede licença antes de postar foto dos outros?
           Lembrei de uma discussão que testemunhei entre duas amigas: uma delas havia ficado chateada por a outra ter postado a foto do seu chá de panela, onde ela aparecia completamente descomposta, mas descomposta de uma maneira que só quem já foi num chá de panela sabe que é possível. Já a outra amiga defendia o seu direito de postar o que quisesse, e de julgar ela mesma o que era descompostura e o que era apenas uma foto engraçada. De fato, era uma foto engraçada. Lembro que pensei: “Quá, quá, quá, que engraçado – ainda bem que não sou eu”.
             Agora sou eu. E se ainda não chegou sua vez, aguarde.
         Tenho plena consciência de que cada vez que tiro foto com um leitor numa sessão de autógrafos, aquela foto estará no Facebook em poucos segundos. Tudo bem. Meu trabalho faz com que me exponha e sei que não há controle sobre a propagação de imagens.
           E mesmo quando não é um evento profissional, tudo bem também: ao viajar com amigos ou ir a um churrasco, sei que serei fotografada junto ao grupo e logo estarei num álbum virtual, para quem quiser espiar. Qualquer pessoa que se deixe fotografar, hoje, sabe que é assim. Se quiser discrição, melhor evaporar na hora do clique.
           Não tive essa prerrogativa em 1984. Naquela época, nem em meus devaneios mais premonitórios poderia supor que o conceito de privacidade em breve estaria condenado à morte e que o “cá entre nós” seria substituído pelo “cá entre todos”.
            Por isso, a dúvida: temos o direito de ficar ressabiados por postarem nossas fotos pré-históricas sem nos consultar ou dá no mesmo se a foto foi tirada 27 anos atrás ou ontem à noite? Suspeito que estou sendo preciosista. Vaidosa. Tá bom: chata. Mas queria compartilhar essa indagação.
           Quanto à ex-colega, sem mágoas. Assimilei. Nenhum problema de eu circular pela internet de oncinha e plumas. Ao menos estou vestida, ufa.


Disponível em https://avaranda.blogspot.com/2011/11/de-vestido-de-oncinha-e-plumas-martha.html.
 “Quando era publicitária¹, trabalhei por três meses numa agência. Estamos falando do ano de 1984 – ou seja, 27 anos atrás².”. Com relação à acentuação gráfica das palavras, assinale a alternativa correta que apresenta os motivos da acentuação das palavras “publicitária” e “atrás”.
Alternativas
Q2405578 Português
Texto

Crônica de Ano  Novo

Luis Fernando Veríssimo



         Existem muitas superstições sobre a melhor maneira de entrar o Ano-Novo. Na nossa casa, por exemplo, nunca falta um prato de lentilha para ser consumido nos primeiros minutos do ano que começa. Dá sorte. Ouvi dizer que na Espanha, ao soar da meia-noite, deve-se comer uma uva para cada badalada do relógio. Este costume chegou à Bulgária mas, por uma falha na tradução, lá se come um melão para cada batida do relógio, e os hospitais ficam cheios no dia 1º. Na Suíça, comem o relógio.
         Algumas crenças persistem através do tempo, desafiando toda lógica. Se o champanhe aberto à meia-noite não estourar e se tiver alguém na família chamado Edgar, é sinal de que a casa será arrasada por uma manada de elefantes e o champanhe está choco. Na Rússia, depois de brindarem o Ano-Novo com vodca, os convidados devem atirar suas taças contra a parede e depois ficar muito brabos porque não há mais copos na casa e atirar o anfitrião contra a parede. De qualquer maneira, a festa termina cedo.
           Na Índia se a primeira criança que nascer no Ano-Novo tiver bigode, fumar de piteira e pedir para falar urgentemente com o Kofi Anan, é mau sinal. Na Polinésia, em certas tribos primitivas, o guerreiro mais audaz deve levar a virgem mais bonita até a boca do vulcão e atirá-la para a morte, como um sacrifício aos deuses. Mas a encosta do vulcão é comprida, os dois param para descansar um pouco e, quando chegam à boca do vulcão, estabelece-se o paradoxo: se o guerreiro era audaz, a moça não é mais virgem, se a moça ainda é virgem, o guerreiro não era audaz, e o sacrifício sempre fica para o ano que vem. Na Austrália, todos se atiram contra a parede.
       Entrar o Ano-Novo de gravata-borboleta pode comprometer seriamente as relações entre o Oriente e o Ocidente. O primeiro animal que você encontrar na rua no Ano-Novo pode significar uma coisa. Cachorro é sorte. Gato é dinheiro. Rato é saúde. Um bando de hienas é azar, corra. Um cavalo roxo dançando o xaxado na calçada significa que você está bêbado. Vá dormir.
           Em certos lugares, é costume derramar champanhe no decote da mulher ao seu lado, o que lhe trará, a longo prazo, bons negócios, e, a curto prazo, um tapa-olho. Se você estiver num réveillon junto com seu patrão, não esqueça de se colocar estrategicamente para ser o primeiro a abraçá-lo à meia-noite. Dance com a mulher dele. Insista para que ele dance com a sua. Proponha vários brindes. Pule em cima da mesa. Proponha mais brindes. Diga que agora você é quem vai dançar com o patrão e não quer nem saber. Acabe lhe dizendo algumas verdades. Proteste que ninguém precisa segurar você, você está sóbrio, entende? Sóbrio! Só não sabe como uma manada de elefantes roxos invadiu o salão, ou será que a mulher do patrão trouxe a família toda? No dia 1º você não se lembrará de nada. No dia 2, você vai procurar outro emprego. Chato.
         Outro costume é fazer previsões na véspera do Ano-Novo. Pode chover. Alguém, em algum lugar do Brasil, está dizendo: “Boas-entradas nada, eu quero saber onde fica a saída…”. E a previsão mais fácil de todas…
                 – Qual é?
                 – Amanhã eu vou estar de ressaca!
           Enfim, o Ano-Novo já está quase aí e, apesar de muita gente no Brasil telefonar para os parentes no Japão, onde o 2013 chegará mais cedo, querendo saber que tal o ano, como quem pergunta como é que está a água, ninguém sabe como ele será. Farei o possível para entrar nele com o pé direito, mas, quando perceber, ele é que terá entrado em mim, não dará para recuar.
             Só sei uma coisa. Assim que o relógio terminar de bater a meia-noite, comerei meu prato de lentilha para dar sorte. Pedirei outro. E derramarei lentilha no colo, destruindo para sempre A) um bom par de calças e B) minha fé em qualquer tipo de superstição.” 


Disponível em https://arararevista.com/cronica-de-ano-novo-luis-fernando-verissimo/. 
Analise o excerto retirado do texto: “Na Suíça, comem o relógio.”. Com relação à acentuação gráfica das palavras, assinale a alternativa que apresenta todos os vocábulos acentuados pelos mesmos motivos de “Suíça” e “relógio”.
Alternativas
Q2405449 Português
Ensinar a alegria


          Muito se tem falado sobre o sofrimento dos professores.

       Eu, que ando sempre na direção oposta, e acredito que a verdade se encontra no avesso das coisas, quero falar sobre o contrário: a alegria de ser professor, pois o sofrimento de se ser um professor é semelhante ao sofrimento das dores de parto: a mãe o aceita e logo dele se esquece, pela alegria de dar à luz um filho.

        Reli, faz poucos dias, o livro de Hermann Hesse, O Jogo das Contas de Vidro. Bem ao final, à guisa de conclusão e resumo da história, está este poeminha de Rückert:

Nossos dias são preciosos
mas com alegria os vemos passando
se no seu lugar encontramos
uma coisa mais preciosa crescendo:
uma planta rara e exótica,
deleite de um coração jardineiro,
uma criança que estamos ensinando,
um livrinho que estamos escrevendo.


      Este poema fala de uma estranha alegria, a alegria que se tem diante da tristeza que é ver os preciosos dias passando... A alegria está no jardim que se planta, na criança que se ensina, no livrinho que se escreve. Senti que eu mesmo poderia ter escrito essas palavras, pois sou jardineiro, sou professor e escrevo livrinhos. Imagino que o poeta jamais pensaria em se aposentar. Pois quem deseja se aposentar daquilo que lhe traz alegria? Da alegria não se aposenta... Algumas páginas antes o herói da história havia declarado que, ao final de sua longa caminhada pelas coisas mais altas do espírito, dentre as quais se destacava a familiaridade com a sublime beleza da música e da literatura, descobrira que ensinar era algo que lhe dava prazer igual, e que o prazer era tanto maior quanto mais jovens e mais livres das deformações da deseducação fossem os estudantes.

        Ao ler o texto de Hesse, tive a impressão de que ele estava simplesmente repetindo um tema que se encontra em Nietzsche. O que é bem provável. Fui procurar e encontrei o lugar onde o filósofo (escrevo esta palavra com um pedido de perdão aos filósofos acadêmicos, que nunca o considerariam como tal, porque ele é poeta demais, “tolo” demais...) diz que “a felicidade mais alta é a felicidade da razão, que encontra sua expressão suprema na  obra do artista. Pois que coisa mais deliciosa haverá que tornar sensível a beleza? Mas “esta felicidade suprema,” ele acrescenta, “é ultrapassada na felicidade de gerar um filho ou de educar uma pessoa.”

         Passei então ao prólogo de Zaratustra.

Quando Zaratustra tinha 30 anos de idade deixou a sua casa e o lago de sua casa e subiu para as montanhas. Ali ele gozou do seu espírito e da sua solidão, e por dez anos não se cansou. Mas, por fim, uma mudança veio ao seu coração e, numa manhã, levantou-se de madrugada, colocou-se diante do sol, e assim lhe falou: Tu, grande estrela, que seria de tua felicidade se não houvesse aqueles para quem brilhas? Por dez anos tu vieste à minha caverna: tu te terias cansado de tua luz e de tua jornada, se eu, minha águia e minha serpente não estivéssemos a tua espera. Mas a cada manhã te esperávamos e tomávamos de ti o teu transbordamento, e te bendizíamos por isso. Eis que estou cansado na minha sabedoria, como uma abelha que ajuntou muito mel; tenho necessidade de mãos estendidas que a recebam. Mas, para isso, eu tenho de descer às profundezas, como tu o fazes na noite e mergulhas no mar... Como tu, eu também devo descer...

         Abençoa, pois, a taça que deseja esvaziar-se de novo...


        Assim se inicia a saga de Zaratustra, com uma meditação sobre a felicidade. A felicidade começa na solidão: uma taça que se deixa encher com a alegria que transborda do sol. Mas vem o tempo quando a taça se enche. Ela não mais pode conter aquilo que recebe. Deseja transbordar. Acontece assim com a abelha que não mais consegue segurar em si o mel que ajuntou; acontece com o seio, turgido de leite, que precisa da boca da criança que o esvazie. A felicidade solitária é dolorosa. Zaratustra percebe então que sua alma passa por uma metamorfose. Chegou a hora de uma alegria maior: a de compartilhar com os homens a felicidade que nele mora. Seus olhos procuram mãos estendidas que possam receber a sua riqueza. Zaratustra, o sábio, se transforma em mestre. Pois ser mestre é isso: ensinar a felicidade.

        “Ah!”, retrucarão os professores, “a felicidade não é a disciplina que ensino. Ensino ciências, ensino literatura, ensino história, ensino matemática...” Mas será que vocês não percebem que essas coisas que se chamam “disciplinas’’, e que vocês devem ensinar, nada mais são que taças multiformes coloridas, que devem estar cheias de alegria?

          Pois o que vocês ensinam não é um deleite para a alma? Se não fosse, vocês não deveriam ensinar. E se é, então é preciso que aqueles que recebem, os seus alunos, sintam prazer igual ao que vocês sentem. Se isso não acontecer, vocês terão fracassado na sua missão, como a cozinheira que queria oferecer prazer, mas a comida saiu salgada e queimada...

             O mestre nasce da exuberância da felicidade. E, por isso mesmo, quando perguntados sobre a sua profissão, os professores deveriam ter coragem para dar a absurda resposta: “Sou um pastor da alegria...” Mas, é claro, somente os seus alunos poderão atestar da verdade da sua declaração...




In: ALVES, Ruben. A arte de ensinar. Indaiatuba: ARS Poética Editora Ltda., 1994. Disponível em: http://www.virtual.ufc.br/CursoUCA/ modulo_3/6994779-Rubem-Alves-A-Alegria-de-Ensinar.pdf. Acesso em 28 dez.2023 Adaptado.
Na última linha do terceiro parágrafo, o autor escreve o nome do poeta Rückert, utilizando um trema. Tendo em vista, o novo sistema ortográfico, em vigor desde 2016, esse sinal
Alternativas
Q2405323 Português
Mudanças climáticas e enchentes no Brasil:
qual é sua relação? 









Disponível em: https://www.florajunior.com/post/mudan%C3%A7 as-clim%C3%A1ticas-e-enchentes-no-brasil-qual-sua- -rela%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 18 jan. 2024. Adaptado. 
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a palavra corretamente acentuada está no seguinte trecho: 
Alternativas
Q2405322 Português
Mudanças climáticas e enchentes no Brasil:
qual é sua relação? 









Disponível em: https://www.florajunior.com/post/mudan%C3%A7 as-clim%C3%A1ticas-e-enchentes-no-brasil-qual-sua- -rela%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 18 jan. 2024. Adaptado. 
De acordo com as convenções da norma-padrão da língua portuguesa, a palavra que está grafada corretamente é
Alternativas
Q2404685 Português

Texto para as questões de 01 a 12.

s

TEXTO 1

s

Atalhos

s

Quanto tempo a gente perde na vida? Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros. Depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, aí mais tarde demora pra entender certas coisas, demora pra dar o braço a torcer. Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. Levamos um século para aceitar o fim de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor, e já adultos demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um amigo, demoramos para tomar uma decisão. Até que um dia a gente faz aniversário. 37 anos. Ou 41. Talvez 48. Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto. E a gente descobre que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado. Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro ou fazer tabelas desnecessárias. Que esbanjamento. Não falta muito pro jogo acabar. É preciso encontrar logo o caminho do gol.

Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso. Tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto. Excetuando-se nos momentos de afeto, pra todo o resto é melhor atalhar. E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.

Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.

Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela.

O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro.

A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.

Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação. Pra enrolação, atalho.

s

MEDEIROS, Martha. Atalhos, 2004.{adaptado)

Assinale a opção em que todas as palavras são acentuadas pelas mesmas regras de cálice, obrigatório e , respectivamente.

Alternativas
Q2403573 Português

Acerca do translineamento de uma palavra composta, quando no final da linha a separação de sílaba coincidir com o hífen da palavra, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q2403263 Português
Texto V


Literatura Infantil: reflexões e práticas


        A Literatura Infantil pode ser vista como uma porta de entrada para o universo maravilhoso da leitura. Para entendermos bem a importância dessa literatura na formação do ser humano, faz-se fundamental olhar para a variedade de textos que a compõem: fábulas, contos de fadas, contos maravilhosos, mitos, lendas, adaptações de grandes clássicos da literatura mundial, parlendas, trava-línguas, adivinhas, além de textos autorais narrativos e poéticos. Temos, assim, um rico material repleto de histórias, memórias, diversidade cultural, fantasia, encantamento e valores humanos.
          A escola, por seu caráter pedagógico, por vezes direciona ou prioriza a função didática dos textos direcionados à infância. Muitas das atividades pós-leitura propostas no espaço escolar ainda visam apenas uma compreensão mais literal do texto literário. Por exemplo, pergunta-se: quem a Chapeuzinho foi visitar? Que animal ela encontrou na floresta? Como ela foi salva? Essa compreensão textual é válida, mas acaba por resultar em respostas únicas, nada imaginativas. Não devemos esquecer que literatura é antes de tudo arte e, como tal, tem a função de exercitar o nosso pensamento poético – relacionado com o imaginar que é uma outra forma de pensar, sentir, perceber e conhecer o mundo e a nós mesmos. A linguagem artística é plurissignificativa, permitindo diversas interpretações, pois faz um apelo à nossa criatividade e sensibilidade. (...)
       O primeiro contato das crianças com essa literatura se dá, em geral, intermediado pela narração de um adulto; mas este, nem sempre, permite o contato físico delas com o livro, sobretudo quando são bebês. Isso acontece mesmo no ambiente escolar; entre os motivos podem estar: não querer que os livros sejam danificados ou julgar que, só a partir dos 2 anos, a criança esteja a apta para usufruir desse contato adequadamente. No entanto, o livro deve ser considerado pelos educadores como um brinquedo a ser oferecido para toda criança. Afinal, ter livros ao alcance das mãos é essencial para incentivar o interesse pela leitura.
          Existem livros especialmente produzidos para essa faixa etária do 0 aos 2 anos. Eles são feitos de material como papel cartonado, plástico ou tecido – mais resistentes à manipulação da criança – e possuem texturas, formas e cores que visam estimular o tato e a visão, alguns apresentam recursos sonoros. A proposta desse tipo de obra é estimular os sentidos e a sensibilidade do bebê que começa a realizar suas próprias leituras: olhando, colocando na boca, apertando, sentindo, cheirando, brincando. Entretanto, vale ressaltar que a criança precisa ser inserida no universo das narrativas. Por exemplo: enquanto a professora dá banho no bebê e ele manipula um livro com desenhos de animais, seria ideal que ela lhe contasse uma história ou cantasse uma cantiga associada àquelas ilustrações, que não apenas se focasse no ensino das palavras e na relação destas com figuras, mas já começasse a mostrar para a criança que o livro é um suporte para a narração e a imaginação. (...)
          O exemplo e o gesto são grandes educadores. Ler para uma criança, de qualquer idade, é fundamental para despertar sua curiosidade pelo objeto livro e pelas narrativas que ele guarda. Ler com elas também é essencial. Lembrem-se: as ilustrações podem ser lidas pelas crianças. Portanto, a leitura pode começar pela capa, quando o professor a mostra para a turma e, juntos, eles a leem e imaginam como será essa narrativa. Vamos supor que nessa capa há a ilustração de dois meninos. O professor pode, então, suscitar as primeiras inferências com questionamentos como quem são, qual a idade deles, são irmãos ou amigos, por que vocês acham que são irmãos... Logo no início da narração, podemos fazer inferências a partir do título da obra e levantar hipóteses sobre o que vai acontecer aos personagens. Podemos também parar a narração no meio e tentar adivinhar o final, para depois verificarmos se conseguimos ou não acertar – ou conversarmos sobre o final imaginado pelos alunos, se este era mais ou menos interessante que aquele dado pelo autor e por quê. Inferência e levantamento de hipóteses são técnicas de compreensão, usadas ao longo da leitura de um livro para que essa atividade seja construída coletivamente, tornando-a dinâmica, envolvente e prazerosa. (...)



Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/aprofundamentos/203-literatura-infantil-reflexoes-epraticas?highlight=WyJmb3JtYVx1MDBlN1x1MDBlM28iLCJkZSIsImxlaXRvciIsImZvcm1hXHUwMGU3XHUwMGUzbyBkZSIsImZvcm1hY2FvIGRlIGxlaXRvciIsImRlIGxl
aXRvciJd
Em relação à acentuação gráfica e à ocorrência da crase nas palavras grifadas em “A escola, por seu caráter pedagógico, por vezes direciona ou prioriza a função didática dos textos direcionados à infância.”, analise os itens abaixo:

I. Em “à infância”, a ocorrência do fenômeno da crase está errada.
II. “infância” recebe acento por ser paroxítona terminada em ditongo crescente.
III. “caráter” e “infância” são paroxítonas acentuadas pela mesma regra de acentuação.
IV. “Didática” e “pedagógico” recebem acento por serem proparoxítonas terminadas em vogal.
V. O sinal grave em “à infância” foi necessário devido à regência da forma nominal “direcionados” que pede a preposição “a”.

Mediante a análise dos itens acima, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q2403206 Português
Quanto mais difícil, melhor 









Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ ruycastro/2023/12/quanto-mais-dificil-melhor.shtml?pwg t=kye73frks3762ppiv3c8ms8agtyutnr6i2zmqyam6pqtcz 5u&utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_ campaign=compwagift. Acesso em: 20 dez. 2023.Adaptado.
O último Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa aboliu o uso do trema, mas o manteve em alguns casos.

A palavra que exemplifica uma exceção à abolição do uso desse sinal e, portanto, deve ser escrita com trema, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, é
Alternativas
Q2403073 Português
Assinale a frase que está de acordo com a norma padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q2401376 Português
Texto 1


Brusque é a quarta melhor cidade de médio porte do Brasil


Brusque é a quarta melhor cidade de médio porte do Brasil e a segunda no território catarinense. É o que aponta o Anuário da Revista ISTOÉ, que baseia a informação em pesquisa feita em todos os 5.565 municípios do país. O levantamento traz uma radiografia nacional, considerando áreas diretamente afetadas por políticas públicas: social, econômica, fiscal e digital.

Na avaliação do nível de desenvolvimento socioeconômico brasileiro, as cidades são divididas em três grupos: grande, médio e pequeno porte. Na categoria das cidades brasileiras de médio porte, Brusque ocupa a quarta colocação.

A liderança coube a outra cidade catarinense, Jaraguá do Sul. Em segundo lugar, aparece São Caetano do Sul e, em terceiro, Valinhos, ambas de São Paulo. E completa o chamado ‘top 5’ do ranking nacional, a cidade paranaense de Toledo. Todas as informações sobre a pesquisa e a íntegra do ranking vão ser conhecidos com a publicação da próxima edição da Revista ISTOÉ.

Para o prefeito Ari Vequi, a cidade de Brusque recebe com grande alegria a informação. “É motivo de muito orgulho, entre mais de cinco mil municípios do Brasil inteiro, estarmos nessa colocação”, comemora. Para ele, este reconhecimento também serve de estímulo para continuar o trabalho que é feito na cidade. “Nos anima muito a continuar fazendo o trabalho do dia a dia, porque o resultado está aí, a prova é que os índices nos elevam também a qualidade de vida da nossa população”.

Para formar o ranking, segundo a publicação, “foram considerados, ao todo, 281 indicadores relacionados às áreas social, econômica, fiscal e digital e permite hierarquizar as cidades com foco na igualdade das oportunidades entre seus habitantes”. E completa que as informações foram extraídas de fontes primárias públicas, como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Datasus, Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), entre outras.


Disponível em: https://www.brusque.sc.gov.br/noticias/brusquee-a-quarta-melhor-cidade-de-medio-porte-do-brasil-e-a-segundaem-santa-catarina-em-levantamento-de-publicacao/. Acesso em: 05 de fev 2024. Adaptado.
Assinale a alternativa em que todas as palavras deixaram de ser acentuadas graficamente com a vigência do novo acordo ortográfico, que passou a ser obrigatório a partir de 2016. 
Alternativas
Q2401375 Português
Texto 1


Brusque é a quarta melhor cidade de médio porte do Brasil


Brusque é a quarta melhor cidade de médio porte do Brasil e a segunda no território catarinense. É o que aponta o Anuário da Revista ISTOÉ, que baseia a informação em pesquisa feita em todos os 5.565 municípios do país. O levantamento traz uma radiografia nacional, considerando áreas diretamente afetadas por políticas públicas: social, econômica, fiscal e digital.

Na avaliação do nível de desenvolvimento socioeconômico brasileiro, as cidades são divididas em três grupos: grande, médio e pequeno porte. Na categoria das cidades brasileiras de médio porte, Brusque ocupa a quarta colocação.

A liderança coube a outra cidade catarinense, Jaraguá do Sul. Em segundo lugar, aparece São Caetano do Sul e, em terceiro, Valinhos, ambas de São Paulo. E completa o chamado ‘top 5’ do ranking nacional, a cidade paranaense de Toledo. Todas as informações sobre a pesquisa e a íntegra do ranking vão ser conhecidos com a publicação da próxima edição da Revista ISTOÉ.

Para o prefeito Ari Vequi, a cidade de Brusque recebe com grande alegria a informação. “É motivo de muito orgulho, entre mais de cinco mil municípios do Brasil inteiro, estarmos nessa colocação”, comemora. Para ele, este reconhecimento também serve de estímulo para continuar o trabalho que é feito na cidade. “Nos anima muito a continuar fazendo o trabalho do dia a dia, porque o resultado está aí, a prova é que os índices nos elevam também a qualidade de vida da nossa população”.

Para formar o ranking, segundo a publicação, “foram considerados, ao todo, 281 indicadores relacionados às áreas social, econômica, fiscal e digital e permite hierarquizar as cidades com foco na igualdade das oportunidades entre seus habitantes”. E completa que as informações foram extraídas de fontes primárias públicas, como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Datasus, Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), entre outras.


Disponível em: https://www.brusque.sc.gov.br/noticias/brusquee-a-quarta-melhor-cidade-de-medio-porte-do-brasil-e-a-segundaem-santa-catarina-em-levantamento-de-publicacao/. Acesso em: 05 de fev 2024. Adaptado.
Assinale a alternativa em que todos os termos sublinhados estão corretos.
Alternativas
Q2401372 Português
Texto 1


Brusque é a quarta melhor cidade de médio porte do Brasil


Brusque é a quarta melhor cidade de médio porte do Brasil e a segunda no território catarinense. É o que aponta o Anuário da Revista ISTOÉ, que baseia a informação em pesquisa feita em todos os 5.565 municípios do país. O levantamento traz uma radiografia nacional, considerando áreas diretamente afetadas por políticas públicas: social, econômica, fiscal e digital.

Na avaliação do nível de desenvolvimento socioeconômico brasileiro, as cidades são divididas em três grupos: grande, médio e pequeno porte. Na categoria das cidades brasileiras de médio porte, Brusque ocupa a quarta colocação.

A liderança coube a outra cidade catarinense, Jaraguá do Sul. Em segundo lugar, aparece São Caetano do Sul e, em terceiro, Valinhos, ambas de São Paulo. E completa o chamado ‘top 5’ do ranking nacional, a cidade paranaense de Toledo. Todas as informações sobre a pesquisa e a íntegra do ranking vão ser conhecidos com a publicação da próxima edição da Revista ISTOÉ.

Para o prefeito Ari Vequi, a cidade de Brusque recebe com grande alegria a informação. “É motivo de muito orgulho, entre mais de cinco mil municípios do Brasil inteiro, estarmos nessa colocação”, comemora. Para ele, este reconhecimento também serve de estímulo para continuar o trabalho que é feito na cidade. “Nos anima muito a continuar fazendo o trabalho do dia a dia, porque o resultado está aí, a prova é que os índices nos elevam também a qualidade de vida da nossa população”.

Para formar o ranking, segundo a publicação, “foram considerados, ao todo, 281 indicadores relacionados às áreas social, econômica, fiscal e digital e permite hierarquizar as cidades com foco na igualdade das oportunidades entre seus habitantes”. E completa que as informações foram extraídas de fontes primárias públicas, como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Datasus, Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), entre outras.


Disponível em: https://www.brusque.sc.gov.br/noticias/brusquee-a-quarta-melhor-cidade-de-medio-porte-do-brasil-e-a-segundaem-santa-catarina-em-levantamento-de-publicacao/. Acesso em: 05 de fev 2024. Adaptado.
Assinale a frase, extraída do texto 1, que está corretamente redigida.
Alternativas
Q2399803 Português

Após a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda às questões propostas.


Assiste à demolição


– Morou mais de vinte anos nesta casa? Então vai sentir “uma coisa” quando ela for demolida.

Começou a demolição. Passando pela rua, ele viu a casa já sem telhado, e operários, na poeira, removendo caibros. Aquele telhado que lhe dera tanto trabalho por causa das goteiras, tapadas aqui, reaparecendo ali. Seu quarto de dormir estava exposto ao céu, no calor da manhã. Ao fundo, no terraço, tinham desaparecido as colunas da pérgula, e a cobertura de ramos de buganvília – dois troncos subindo do pátio lá embaixo e enchendo de florinhas vermelhas o chão de ladrilho, onde gatos da vizinhança amavam fazer sesta e surpreender tico-ticos.

Passou nos dias seguintes e viu o progressivo desfazer-se das paredes, que escancarava a casa de frente e de flancos jogando-a por assim dizer na rua. Os marcos das portas apareciam emoldurando o vazio. O azul e as nuvens circulavam pelos cômodos, em composição surrealista. E o pequeno balcão da fachada, cercado de ar, parecia um mirante espacial, baixado ao nível dos míopes.

A demolição prosseguiu à noite, espontaneamente. Um lanço de parede desabou sozinho, para fora do tapume, quando já cessara na rua o movimento dos lotações. Caiu discreto, sem ferir ninguém, apenas avariando – desculpem – a rede telefônica.

A casa encolhera-se, em processo involutivo. Já agora de um só pavimento, sem teto, aspirava mesmo à desintegração. Chegou a vez da pequena sala de estar, da sala de jantar com seu lambri envernizado a preto, que ele passara meses raspando a poder de gilete, para recuperar a cor da madeira. E a vez do escritório, parte pensante e sentinte de seu mecanismo individual, do eu mais íntimo e simultaneamente mais público, eu de gavetas sigilosas, manuseadas por um profissional da escrita. De todo o tempo que vivera na casa, fora ali que passara o maior número de horas, sentado, meio corcunda, desligado de acontecimentos, ouvindo, sem escutar, rumores que chegavam de outro mundo – cantoria de bêbados, motor de avião, chorinho de bebê, galo na madrugada.

E não sentiu dor vendo esfarinharem-se esses compartimentos de sua história pessoal. Nem sequer a melancolia do desvanecimento das coisas físicas. Elas tinham durado, cumprido a tarefa. Chega o instante em que compreendemos a demolição como um resgate de formas cansadas, sentença de liberdade. Talvez sejamos levados a essa compreensão pelo trabalho similar, mais surdo, que se vai desenvolvendo em nós. E não é preciso imaginar a alegria de formas novas, mais claras, a surgirem constantemente de formas caducas, para aceitar de coração sereno o fim das coisas que se ligaram à nossa vida.

Fitou tranquilo o que tinha sido sua casa e era um amontoado de caliça e tijolo, a ser removido. Em breve restaria o lote, à espera de outra casa maior, sem sinal dele e dos seus, mas destinada a concentrar outras vivências. Uma ordem, um estatuto pairava sobre os destroços, e tudo era como devia ser, sem ilusão de permanência.


Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. 12. ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1979.


Vocabulário


caibro s.m. elemento estrutural de um telhado, geralmente peças de madeira que se dispõem da cumeeira ao frechal, a intervalos regulares e paralelas umas às outras, em que se cruzam e assentam as ripas, frequentemente mais finas e compridas, e sobre as quais se apoiam e se encaixam as telhas

pérgula s. f. espécie de galeria coberta de barrotes espacejados assentados em pilares, geralmente guarnecida de trepadeiras

buganvília s.f. designação comum às plantas do gênero bougainvillea, trepadeira, muito cultivadas como ornamentais

de flanco s. m. pela lateral

marco s. m. parte fixa que guarnece o vão de portas e janelas, e onde as folhas destas se encaixam, prendendo-se por meio de dobradiças

tapume s. m. cerca ou vala guarnecida de sebe que defende uma área; anteparo, geralmente de madeira, com que se veda a entrada numa área, numa construção

lambri s. m. revestimento interno de parede, usado com fim decorativo ou para proteger contra frio, umidade ou barulho; feito de madeira, mármore, estuque, numa só peça ou composto por painéis, que vão até certa altura ou do chão ao teto (mais usado no plural)

caliça s.f. conjunto de resíduos de uma obra de alvenaria demolida ou em desmoronamento, formado por pó ou fragmentos dos materiais diversos do reboco (cal, argamassa ressequida) e de pedras, tijolos desfeitos

lote s. m. porção de terra autônoma que resulta de loteamento ou desmembramento; terreno de pequenas dimensões, urbano ou rural, que se destina a construções ou à pequena agricultura


Fonte: HOUAISS, A. e Villar, M. de S. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Elaborado no Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro. Objetiva, 2009.

A ortoépia ocupa-se da boa pronunciação das palavras. A prosódia é a parte da fonética que tem por objeto a exata acentuação tônica das palavras. Assinale a alternativa correta quanto à pronúncia indicada entre parênteses após cada palavra.

Alternativas
Q2399445 Português

Leia o texto e responda o que se pede no comando das questões.


IDEIAS E LIBERDADE


Dias atrás me chamou a atenção um texto do amigo e filósofo Luiz Felipe Pondé. Sua provocação era: “O capitalismo estaria apodrecendo?”. Estaria chegando ao fim sem nenhuma utopia viável para pôr no lugar? Achei interessante aquilo. Existe agora o “modelo chinês”, desafiando a democracia liberal. Há muita instabilidade política e um debate imenso sobre os males do mercado. Estariamos à beira de algum precipício?

Uma das razões para a decadência seria o impacto das novas tecnologias - como a automação, a internet das coisas e a inteligência artificial - na destruição dos empregos. O raciocinio é intuitivo. Quando chegarem os carros autônomos, o que os motoristas do Uber vão fazer? E o pessoal do telemarketing, quando tudo for automatizado? Foi assim com os cubeiros, lá em Porto Alegre, chamados de “tigres”, que carregavam aqueles cilindros com dejetos humanos, antes das redes sanitárias. E com as telefonistas inglesas, que eram 120.000, em 1970, e hoje não passam de 20.000.

Muitos postos de trabalho desaparecerão e outros serão criados. Estudo da OCDE mostrou que, em vinte anos, o emprego industrial declinou 20% mas cresceu 27% no setor de serviços. E o feijão com arroz da economia de mercado. Schumpeter já havia teorizado sobre isso com sua tese da “destruição criadora”. Ainda recentemente, três pesquisadores da Consultoria Deloitte, lan Stewart, Debapratim De a Alex Cole, apresentaram uma pesquisa com dados do censo inglês desde 1871 e foram taxativos: “A tecnologia criou mais empregos do que destruiu nos últimos 144 anos”.

Outra razão do abismo seria a desigualdade. Se tornou comum dizer que a má distribuição de renda vai corroer o sistema. Falta demonstrar qual o padrão “certo” de distribuição econômica que se deve buscar. Como bem observou John Rawls, tendemos a comparar nossa situação com a de pessoas mais próximas a nós, nas comunidades em que convivemos e em relação às posições a que aspiramos. Não na “grande sociedade”. Ninguém acorda todos os dias enfurecido com a fortuna de Jeff Bezos. Mas, com razão nos indignamos se fomos discriminados, no trabalho ou na vida social.

Nos temas que realmente importam há avanços relevantes em nosso tempo. A drástica redução da pobreza talvez seja o mais crucial deles. Apenas no período da malafamada globalização, a pobreza global caiu de 36% para 10% entre 1990 e 2015. Outro aspecto: a convergência das famílias americanas com alimentação caiu de 4,2 dos padrões básicos de vida. O US Bureau of Labor Statistic mostrou que, entre 1901 e 2002 0 gasto das famílias americanas com alimentação caiu de 42% para 13% de sua renda. Na Inglaterra, o gasto caiu de 35%, em 1050, para pouco mais de 11% em 2014.Não só a renda cresceu, como o custo relativo dos produtos básicos caiu significativamente.

Há um tema muito mais amplo ai que se refere à igualdade de direitos. Lembro quando Obama, no aniversário dos cinquenta anos na Marcha de Selma, provocou a imensa multidão que refazia o projeto de Martin Luther King, na luta pelos direitos civis, dizendo que “se você acha que nada mudou nos últimos cinquenta anos, pergunta a alguém que viveu em Selma ou Chicago nos anos 50. Pergunte à mulher que hoje é CEO, e não mais restrita a ser secretária, se nada mudou. Pergunte ao seu amigo gay se é mais fácil ter orgulho na América hoje do que há 30 anos”. E concluiu: “Negar este progresso é roubar nosso próprio poder de transformar.”

No mundo da economia, poucas pessoas expressam melhor um tipo de otimismo realista do que Deirdre Mc-Closkey, autora da monumental trilogia sobre a igualdade, a dignidade e as virtudes burguesas, Deirdre não gosta da palavra capitalismo. Prefere e ideia do “inovismo”. Seu ponto é que não foi o capital, mas, sim as ideias ou a inovação que fizeram a diferença no surgimento da moderna economia do mercado. Em algum momento entre os séculos XVIl e XIX, o homem comum ganhou dignidade. O padeiro, o comerciante, o inventor de coisas. Primeiro timidamente, mas em um processo continuo a pari passu à afirmação das sociedades de direito. Dai o casamento moderno entre a economia de mercado e a democracia liberal.

Fonte: Veja, ed. 2775. Fernando Schuler é cientista político e professor do Insper.

Sobre homônimos e parônimos é adequado afirmar:

Alternativas
Q2399136 Português

Leia atentamente as seguintes frases:


I.Seu senso de humor é hilário.

II.O censo daquela região é feito anualmente.


Enfatizando as palavras destacadas nas sentenças acima, as mesmas são vocábulos:

Alternativas
Q2398907 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 21 a 30.


É verdade que, sem as abelhas, não existiria mais vida no planeta Terra?


Você gosta de morango? E de abobrinha? E de pepino, maracujá, tomate e kiwi? Esses alimentos parecem aleatórios, mas dividem uma particularidade muito interessante: sem as abelhas, eles não existiriam. Inclusive, sem as abelhas, nem nós estaríamos aqui para contar a história. Isso é, realmente, verdade?

Depende. O planeta Terra talvez continuasse fazendo parte da Via Láctea, mas não seria mais habitado por humanos e por muitos seres vivos. Fred Crema, especialista em vida selvagem do Projeto Araciara, explica que, se as abelhas acabarem, em cerca de dois anos não existirá mais ser humano. Afinal, sem abelhas, não há polinização; sem polinização, não há plantas; sem plantas, não há alimentos; sem alimentos, não há animais; sem alimentos e animais, não há homem.

Existe por volta de 308 mil espécies de plantas no mundo, sendo que 87% delas precisa de um intermediário, ou seja, de um ser vivo para que sua reprodução aconteça. As abelhas são responsáveis por 78% dessa intermediação, sendo que morcegos, borboletas, beija-flores, besouros e outros polinizadores ficam encarregados dos outros 22%.

Sem contar que algumas abelhas são responsáveis por polinizações específicas. Por exemplo, as da espécie Euglossa polinizam as orquídeas. E, caso você não saiba, a baunilha é uma orquídea, logo, sem a Euglossa, não teríamos aquele extrato natural aromático que colocamos em bolos.

Hoje, são três as principais ameaças para as abelhas: os agrotóxicos, o fumacê e as queimadas. Fred explica que os agrotóxicos são jogados nas plantações e, quando as abelhas polinizam as flores, acabam levando a substância consigo para "casa" e matando a colmeia inteira. O mesmo acontece com o fumacê, que mata as abelhas envenenadas. Com relação às queimadas, muitas se instalam em troncos de árvores e têm suas colmeias destruídas pelo fogo.

"Cerca de 350 espécies de abelhas são brasileiras, como aquela popularmente conhecida como 'abelhinha de cabelo'. Aquela abelha amarela e preta, a mais famosa, é euro-africana e chegou ao Brasil por um erro", conta o especialista do Projeto Araciara, que visa a proteção das abelhas nativas do Brasil.

Segundo Fred, há algumas maneiras de combatermos a extinção desse inseto essencial para a vida terrestre. A primeira e mais simples é plantando flores. "Quanto mais flor tiver, melhor, pois significa mais alimento para as abelhas".



(Disponível em: É verdade que, sem as abelhas, não existiria mais vida no planeta Terra?(msn.com). Adaptado.)

'Hoje, são três as principais ameaças para as abelhas: os agrotóxicos, o fumacê e as queimadas.'


Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Q2398898 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 21 a 30.


Frio aumenta casos de infarto, alerta cardiologista


Depois de muitos estranharem os dias tão quentes já no outono, parece que o clima resolveu mudar de vez e uma onda intensa de frio atingiu várias partes do país. Com temperaturas de apenas um dígito e sensação térmica ainda menor, o tempo gelado costuma exigir mais precauções com a saúde.

Além dos cuidados com as doenças respiratórias, outro alerta tem chamado atenção: a maior incidência de infartos durante o frio - doença que lidera a causa de óbitos entre os brasileiros. Logo, não há tempo a perder. É fundamental entender como os poucos graus afetam a saúde do coração e aprender a se prevenir desses eventos.

"A condição se dá porque as temperaturas mais baixas exigem que o organismo regule sua atividade metabólica para produzir mais calor, aumentando a atividade corpórea, enquanto o frio força o espasmo das artérias coronárias, que se contraem. Com maior esforço, o coração pode sofrer com arritmias, passar por uma insuficiência cardíaca e até apresentar um infarto", alerta a cardiologista Priscilla Gianotto Tosello.

Embora todas as pessoas devam fazer check-ups anualmente para observar como anda a saúde do coração e manter hábitos saudáveis e preventivos, a atenção precisa ser redobrada com quem já integra o grupo de risco, visto que são pacientes predispostos a sofrer eventos cardiológicos, ou seja, com maior chance.

"Quem é tabagista, hipertenso, diabético, sedentário, está com sobrepeso ou obesidade, ou apresenta doenças cardíacas deve ficar mais atento a sinais de cansaço, dores e formigamento nos braços, dores no peito, tonturas, náuseas, suor intenso e mal-estar. A qualquer sintoma, é essencial buscar ajuda médica", explica a especialista.

Pensando na importância de cultivar os hábitos certos durante as baixas temperaturas, Priscilla elencou algumas dicas importantes, que devem ser colocadas em prática nos dias gelados para preservar a saúde.


(Disponível em: Frio aumenta casos de infarto, alerta cardiologista (msn.com). Adaptado.)

'Além dos cuidados com as doenças respiratórias, outro alerta tem chamado atenção: a maior incidência de infartos, doença que lidera a causa de óbitos entre os brasileiros.'


Assinale a opção CORRETA.

Alternativas
Respostas
2221: A
2222: D
2223: C
2224: C
2225: A
2226: E
2227: A
2228: D
2229: B
2230: B
2231: E
2232: C
2233: C
2234: B
2235: C
2236: E
2237: A
2238: A
2239: A
2240: D