Questões de Concurso Sobre ortografia em português

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Q2272215 Português
Assinale o pensamento abaixo que apresenta traço de linguagem informal.
Alternativas
Q2272206 Português
Assinale a opção em que ambos os vocábulos devem ser acentuados graficamente.
Alternativas
Q2272086 Português
Texto para responder à questão.

História estranha

   Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e...
   O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás. [...]
(Luis Fernando Veríssimo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.)
Os vocábulos “lembrança” e “aproximou-se” possuem letras diferentes, “ç” e “x”, que expressam o mesmo som. Assinale o par em que ocorre a mesma situação com as letras em destaque.  
Alternativas
Q2272081 Português
Texto para responder à questão.

Pequenas ações mudam o mundo

Com atos simples, adotados no dia a dia, todos podem contribuir para evitar o desperdício, tirando proveito do meio ambiente de forma sustentável.

    Há uma semana, pessoas do mundo inteiro apagaram suas luzes voluntariamente na Hora do Planeta, um evento que contou com a participação de 125 países. Medidas como esta, de economizar energia elétrica, além de conscientizar a população sobre as questões ambientais, contribuem para a preservação do meio ambiente.
    Adotar práticas sustentáveis tais como dar preferência a produtos ecologicamente corretos, reciclar, evitar desperdícios, não jogar lixo nas ruas e plantar mais árvores são outras medidas sugeridas pelo professor de Direito Ambiental, membro da comissão de Meio Ambiente da OAB, o advogado e biólogo Victo Sarmento.
    Mais do que diminuir a conta no final do mês, economizar energia elétrica reduz o consumo de água nas usinas hidrelétricas. “Demorar menos no banho, desligar o chuveiro na hora que estiver se ensaboando, verificar se as torneiras estão bem fechadas e não lavar calçadas também são procedimentos importantes”, lembrou.
    [...]
    Outra medida bastante simples é economizar e reciclar papel. Algumas empresas imprimem documentos que serão utilizados de forma temporária. Recomenda-se que todos utilizem os dois lados do papel, fazendo borrões desses documentos.
    Com os alimentos não é diferente. É possível reduzir a produção de lixo. “A comida que se transformaria em lixo pode ser direcionada para outras pessoas”, disse. “Cascas de frutas podem funcionar como adubo para jardins, pomares e plantas ornamentais”.
(Isabela Santos. Disponível em: http://www.nominuto.com. Adaptado.)
Quanto à acentuação gráfica das palavras, identifique o grupo em que a justificativa é a mesma para todos os vocábulos.  
Alternativas
Ano: 2023 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Tapejara - RS Provas: FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Administrador | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Professor de Atendimento Educacional Especializado | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Fonoaudiólogo | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Instrutor de Informática | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Arquiteto | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Assistente Social 20H | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Biólogo | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Contador | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Enfermeiro | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Engenheiro Agrônomo | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Engenheiro Civil | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Farmacêutico | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Fiscal Ambiental | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Fiscal Tributário | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Fisioterapeuta | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Médico Clínico Geral | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Médico Pediatra | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Médico Veterinário 40H | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Nutricionista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Psicólogo | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Psicopedagogo Institucional | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Professor Municipal de Educação Física | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Professor Municipal de Ciências | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Professor Municipal de Artes | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Professor Municipal de Matemática | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Professor Municipal de Língua Inglesa | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Professor Municipal de Geografia | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Professor Municipal de História | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Tapejara - RS - Professor Municipal de Português |
Q2272044 Português

Último capítulo






(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/cristina-bonorino/noticia/2023/08/ultimo-capitulo-cllqez6mz0005015k1hdk8tzc.html – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 13 e 20. 
Alternativas
Q2271800 Português
Assinale a opção em que todas as palavras devem ser acentuadas graficamente. 
Alternativas
Q2270658 Português

A utilização da inteligência artificial nos contratos de

consumo: há muito o que discutir!



    As mudanças tecnológicas agem como um relevante vetor de alteração da dinâmica social e que, junto a outros fatores, posicionam as sociedades contemporâneas em uma outra fase. Assim sendo, não se pode deixar de considerar o impacto que a tecnologia tem causado nas mais diversas áreas. A propagação no uso das tecnologias de comunicação e informação tem aferido mudanças nas relações sociais, nos processos comerciais e organizacionais, nos sistemas de gestão, na educação, e não seria diferente com a área jurídica, notadamente, as relações negociais.


    No contexto atual, são inúmeros os contratos utilizados para aquisição de produtos e serviços que podem ser realizados por meio de diversas ferramentas tecnológicas. Vivencia- -se a denominada Quarta Revolução Industrial, sendo inegáveis as transformações, quase que instantâneas, trazidas pela utilização da tecnologia. Expressões como “Tecnologia 4.0”, “Indústria 4.0”, “Direito 4.0” e “Artificial General Intelligence – AGI” são utilizadas para caracterizar essa nova fase. Assim, os dispositivos tecnológicos estão sendo desenvolvidos para se tornarem capazes de operar utilizando uma lógica semelhante ao raciocínio humano, conferindo-lhes certa aptidão para analisar dados, entender e solucionar problemas e, em alguns casos, direcionar a tomada de decisão.


    Na década de 1950, o conceito de inteligência artificial foi criado por John McCarthy, cientista da computação, que a definiu como sendo a projeção de uma rede computacional desenvolvida para executar um conjunto definido de ações. Nessa mesma década, Alan Turing apresentou produções científicas individuais que indicavam poder ser a máquina programada para aprender por meio da imitação da inteligência humana.


    Assim, a inteligência artificial é um termo amplo que abrange tecnologias desenvolvidas para que as máquinas (ou algoritmos) possam, partindo de dados obtidos, construir raciocínios mais assertivos e rápidos, levando a predições que subsidiam a tomada de decisão. Em algumas situações, observa- -se que o nível de sofisticação da tecnologia permite inclusive que a máquina “analise” uma situação e conduza a uma “solução”, mais célere e assertiva, a partir do cruzamento de dados.

   


 A evolução tecnológica disponibiliza dispositivos dotados de sistematização de informações que se assemelham a atividades humanas como “pensar”, “interpretar”, “raciocinar”. Com as informações recebidas, os sistemas que integram a IA podem, fazendo um caminho semelhante ao utilizado pelo cérebro humano, através de uma rede neural formada por “neurônios artificiais”, escrever um texto científico, redigir um contrato, influenciar pessoas para realizarem compras de um determinado produto ou contratarem um serviço.



    Em paralelo, discute-se sobre a proteção de dados pessoais e como é necessária a regulamentação quanto ao uso da IA. A tecnologia vem sendo utilizada, por exemplo, para avaliar, a partir de dados coletados em diversas bases, a vida financeira de um indivíduo. A partir dessa avaliação, decide-se se determinado indivíduo deve receber um empréstimo de instituição financeira ou não, inclusive com taxas de juros personalizadas. Ou seja, a avaliação de risco de inadimplência deixa de ser de um ser humano, no caso, o gerente da instituição, e passa a ser de um sistema.



    As transformações trazidas pela IA exigem que seja realizada uma análise apurada por parte do direito contratual, do direito consumerista e da responsabilidade civil. As suas consequências ainda estão sendo observadas e não podem ser previstas com precisão, apesar de haver normas jurídicas que podem ser utilizadas na proteção do consumidor vulnerável.



    A modernização traz consigo o risco da ocorrência de danos pouco conhecidos ou totalmente desconhecidos. De acordo com Miragem (2019, p. 15), “é comum às atividades associadas à tecnologia da informação e sua multifacetada e crescente utilização para uma série de finalidades, a identificação de novos riscos”.



    O direito civil constitucional possui uma substancial base principiológica, utilizando-se dos valores e princípios constitucionais, como os da liberdade, igualdade, boa-fé, informação, precaução, reparação integral dos danos, entre outros, para orientar as relações no âmbito privado. A importância da constitucionalização do direito civil dá-se pela implementação da denominada sociedade de risco.



    O contrato eletrônico de consumo é um tipo de contrato elaborado e executado por um sistema de software. A inteligência artificial faz uso de técnicas de reconhecimento de padrões e correlações significativas para alavancar o comércio. Afirma Lee (2019, p. 251) que “quando a força criativa e destruidora da IA está sendo sentida ao mesmo tempo no mundo todo, precisamos olhar uns para os outros em busca de apoio e inspiração”. Ou seja, todos precisam aprender como lidar com essa nova realidade e as suas consequências, o que inclui a existência de danos.



    No direito consumerista há princípios que garantem a proteção do consumidor e, eventualmente, de terceiros que não estejam diretamente envolvidos na relação contratual contra os riscos que porventura possam existir. As relações negociais podem e devem se valer dos princípios e regras contidos no Código Civil quando assim for necessário.



    Portanto, os princípios comuns a ambos os regimes, em razão da vocação normativa que cada um ostenta, sofrem a calibração das exigências valorativas, cujo resultado é a variação de intensidade de sua aplicação e nas regras que criam à hipótese fática.



    O consumidor, parte vulnerável da relação, não tem a exata compreensão dos riscos advindos desta era digital, que transformou a forma como os contratos são realizados. Esta modificação acarreta a necessidade de uma interpretação das normas jurídicas já existentes, como o Código de Defesa do Consumidor, adequando a realidade transacional tecnológica. 



    Da amplitude e da efetividade das garantias asseguradas pelo CDC aos vulneráveis, a possibilidade de que a sociedade da informação se desenvolva para com os entes inteligentes artificialmente é uma tarefa a ser pautada e evidenciada pelos juristas. Nesse momento, deve-se recorrer ao exame das principais atribuições que envolvem os ganhos e riscos para a utilização dessas tecnologias. Deve-se refletir, conscientemente, sobre os interesses e verificar em quais casos poderá o CDC atuar para a defesa dos direitos lesados.



    Várias relações contratuais são realizadas entre o homem e a máquina. Mas será que o consumidor possui conhecimento de que está negociando com uma inteligência artificial programada para dar lucro, baseada em dados antes extraídos? Não se pode partir do pressuposto de que todo e qualquer consumidor sabe que há a utilização de uma tecnologia programada a favor do fornecedor. Um dos deveres previstos no CDC é o da informação clara e precisa.



    As instituições bancárias, por exemplo, estão substituindo as agências físicas por aplicativos e por “chatsbots”, ou seja, por um programa que leva as pessoas a terem a sensação de que estão interagindo com outra pessoa e não com uma ferramenta tecnológica. Os chatbots tentam simular a conversação como se esta estivesse acontecendo como outro ser humano e não com uma máquina.



    A depender, por exemplo, do grau de escolaridade ou do grau de compreensão do consumidor, poderá haver inexatidão nas informações fornecidas por este à máquina; e, até mesmo, a incompreensão dos termos utilizados pela inteligência artificial, o que pode acarretar imprecisões na tomada de decisão. Divino (2021) considera ser a dificuldade na compreensão semântica de termos uma das causas de possíveis danos decorrentes de um pedido incorreto ou de um aconselhamento desfavorável ao consumidor.



    A inteligência artificial utiliza-se das informações e do cruzamento destas para influenciar e induzir o consumidor. Assim, é dever do fornecedor, que utiliza a inteligência artificial e a obtenção e cruzamento de dados, arcar com os riscos da sua atividade, sendo este um risco inerente. Desta forma, a responsabilidade pelos danos conhecidos ou que ainda virão a ser observados é objetiva.



    Princípios como o da boa-fé, o da precaução e da prevenção devem ser entendidos como pilares da responsabilização objetiva do fornecedor pelo uso da inteligência artificial nas relações de consumo. Nem sempre o Direito, como ciência e como agente regulador das relações, conseguirá prever ou evitar os danos causados pela modernização e transformação da sociedade.



    A modernização da sociedade por meio da tecnologia traz embutido o risco. De acordo com Rosenvald (2017, p. 22), “o risco é uma característica definidora de nossa era. Tudo se processa ‘reflexivamente’ em uma civilização que ameaça a si própria”. As ações do homem, no campo da inteligência artificial, trazem consequências imprevisíveis. As escolhas realizadas podem gerar danos não almejados. E quem responderá por estes? No caso da relação consumerista, o fornecedor, logicamente.



    A IA é empregada para gerar ganhos de produtividade, o que necessariamente leva a ganhos financeiros para os fornecedores. No entanto, os benefícios financeiros, como por meio do aumento na contratação de um determinado serviço, pela utilização de algoritmos ou outros sistemas, deve observar as regras contratuais como a do dever de informação, a da boa-fé objetiva e da segurança. 



    Há limites jurídicos que devem ser observados quando da contratação por meio da inteligência artificial, sendo estes os mesmos aplicados para os contratos que não as utilizam, devendo haver um cuidado maior na observação das regras de direito contratual e consumerista quando se está diante da tecnologia. O fornecedor, pessoa natural ou jurídica, responde em face do consumidor pelo dano que lhe for causado.

    


    O que se pretende entender é se o uso desses algoritmos ou dispositivos são efetivamente benéficos para o consumidor. Ou, se são projetados para que o fornecedor sempre obtenha vantagem, causando danos. São muitas as indagações para as quais ainda não se tem a resposta de forma consolidada. E o Poder Judiciário brasileiro precisa se preparar para as demandas e questionamentos que virão, bem como para o reconhecimento de outros danos que podem surgir além dos já reconhecidos.



    O Poder Judiciário deve ficar atento para não indeferir demandas que venham a trazer indagações sobre uma decisão tomada pelo consumidor quando da aplicação de sistemas automatizados, baseando-se na autonomia da vontade, favorecendo, assim, o fornecedor causador do dano. A vulnerabilidade do consumidor fica mais evidente quando se está diante de contratações por meio de inteligência artificial.



    A legislação brasileira já possui regras de proteção ao consumidor que podem ser aplicadas em casos de danos causados pela utilização da inteligência artificial. Ao direito cabe a regulamentação e o equilíbrio das relações sociais através da adequação às mudanças advindas da modernização, em especial quando se tem a contratação por meio da utilização de inteligência artificial. Se o Poder Judiciário se abster de aplicar os princípios e regras jurídicas já existentes que protegem o consumidor, estará contribuindo para o aumento dos danos, inclusive, através da violação de direitos da personalidade do consumidor, além dos danos materiais efetivos. A segurança jurídica precisa ser garantida!


(Disponível em: https://www.migalhas.com.br/coluna/migalhas-contratuais/391128/a-utilizacao-da-inteligencia-artificial-nos-contratos-de-consumo. Acesso em: 10/08/2023.)


A acentuação, indicada por sinais gráficos por cima das vogais, determina a pronúncia e a escrita correta das palavras. Assinale a alternativa cujo par de palavras é acentuado pelo mesmo motivo.
Alternativas
Q2270142 Português
Texto I 

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi
criado na década de 1930 como uma organização estatal para
auxiliar no planejamento de políticas públicas


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão estatal brasileiro responsável pelo levantamento de dados do país. Esse instituto, fundado com o intuito de reunir informações geográficas e estatísticas brasileiras, possui grande importância em termos governamentais. Ele é responsável, entre outras funções, pela realização do censo demográfico. Tradicionalmente, o IBGE realiza censos em períodos decenais cíclicos, fornecendo informações socioeconômicas importantes para o país.


O que é IBGE?


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é um órgão estatal brasileiro responsável por realizar levantamentos de dados quantitativos e qualitativos sobre diferentes setores da economia, da sociedade e da demografia do Brasil. Esse órgão é o responsável, entre outras funções, pela realização do censo demográfico brasileiro. O IBGE possui grande importância no fornecimento de dados às instituições públicas e privadas do país.



Qual a história do IBGE?


A história oficial do IBGE iniciou-se na data de 29 de maio de 1936, por meio da implementação do chamado Instituto Nacional de Estatística (INE). Essa instituição pública foi a antecessora histórica do IBGE, conjugando funções relacionadas às informações estatísticas e geográficas brasileiras, visto que também contava com o chamado Conselho Brasileiro de Geografia (CBG).

Em 1938, surgiu o formato atual do IBGE, sigla que designa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Já a sua designação como fundação pública e sua subordinação ao Ministério da Economia do Brasil ocorreu somente em 1967, sendo todas essas mudanças fruto de decretos governamentais.

Atualmente, o IBGE é um dos principais órgãos pelo levantamento de dados e estudos técnicos dentro da organização do governo brasileiro, como, por exemplo, o censo demográfico da população do país. Ele está presente nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. A sede atual do IBGE está situada na cidade do Rio de Janeiro.



Função do IBGE


O IBGE é considerado o principal órgão de levantamento de dados geográficos e estatísticos do Brasil. A sua produção atende diversos órgãos públicos e privados, e ainda auxilia na implementação de diferentes políticas públicas. O IBGE, conforme disponibilizado no seu site oficial, tem as seguintes funções:


• produção e análise de informações estatísticas;

• coordenação e consolidação das informações estatísticas;

• produção e análise de informações geográficas;

• coordenação e consolidação das informações geográficas;

• estruturação e implantação de um sistema de informações ambientais;

• documentação e disseminação das informações;

• coordenação dos sistemas estatístico e cartográfico nacionais.


Por que o IBGE é importante?

O IBGE é um órgão de grande importância para o levantamento de dados relacionados ao cenário geográfico, demográfico e social do Brasil. Os estudos realizados por essa instituição, com destaque para o censo demográfico, são cruciais para a fundamentação de diversas políticas públicas. Portanto, o IBGE fornece subsídios importantes para o desenvolvimento do país, contribuindo para traçar um panorama adequado da sociedade brasileira por meio de dados estatísticos.


Não responder a pesquisa do IBGE é crime?

A participação nas pesquisas é um dever cívico de todo cidadão brasileiro. A recusa na participação das pesquisas realizadas pelo órgão é, inclusive, passível de multa, por meio da Lei no 5.534, de 14 de novembro de 1968. Essa legislação aponta os valores aplicados à não participação nos questionários do censo e garante o sigilo dos dados coletados pelos entrevistadores.



Fonte: Mundo Educação. Disponível em: http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/ibge.htm

Acesso em 25 jul. 2023 (adaptado)
Na frase “Essa legislação aponta os valores aplicados à não participação nos questionários do censo e garante o sigilo dos dados coletados pelos entrevistadores”, pode-se afirmar que a grafia da expressão destacada está:
Alternativas
Q2269997 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Por que tantos adultos tomam remédio para tratar TDAH?


Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

Ao contrário da depressão ou ansiedade, diagnosticar o TDAH em fase adulta é uma tarefa complexa. O processo de diagnóstico, seja em crianças ou não, requer, em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH. Esses traços precisam ser graves e persistentes o suficiente para impactar negativamente a capacidade de a pessoa ter uma vida saudável e funcional.

Um indivíduo comum pode apresentar alguns sintomas que lembram o TDAH, o que torna desafiador distinguir entre características semelhantes ao TDAH - como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas - e um transtorno médico que requer diagnóstico.

Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informações de familiares por meio de escalas de avaliação e analisam registros clínicos para chegar a um diagnóstico preciso.

Os desafios no diagnóstico também são notados por profissionais de saúde mental, incluindo psiquiatras, devido às semelhanças do TDAH com outras condições. Curiosamente, a dificuldade de concentração é o segundo sintoma mais comum em todos os distúrbios psiquiátricos.

A complexidade é ainda maior porque o TDAH é um fator de risco para várias condições com as quais compartilha características. Por exemplo, a constante exposição a feedbacks negativos pode levar adultos com TDAH a desenvolverem sintomas secundários de depressão e ansiedade.

O diagnóstico preciso exige um profissional de saúde habilidoso e bem treinado, disposto a investir o tempo necessário para coletar minuciosamente o histórico do paciente. Considerando as circunstâncias da pandemia, embora haja alguns fatores evidentes, ainda não está claro o quanto eles têm contribuído para o aumento nas prescrições de estimulantes.

No ano de 2021, os EUA ainda estavam no ápice da pandemia. As pessoas enfrentavam perdas de emprego, desafios financeiros e as complexidades do trabalho remoto, enquanto equilibravam responsabilidades como a educação online de seus filhos. Insegurança e incerteza eram sentimentos generalizados, com muitas famílias lamentando a perda de entes queridos.

A pandemia impactou a todos, mas as evidências sugerem que as mulheres foram afetadas de maneira mais intensa. Isso possivelmente levou a um aumento proporcional na busca por tratamentos estimulantes para auxiliar na adaptação às exigências do cotidiano.

Adicionalmente, com restrições em espaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais. Em 2021, o conceito de "neurodiversidade" ganhou força nas discussões online sobre justiça social. Esse termo, que não possui conotação médica, aborda a vasta gama de processos cerebrais que diferem do padrão convencional.

Na mesma época, a hashtag #ADHD se tornou uma tendência relevante no TikTok, com relatos divertidos sobre perdas de objetos, procrastinação e características do TDAH. Entretanto, mesmo com a proliferação de conteúdo online relacionado ao TDAH, uma pesquisa conduzida no Canadá classificou os vídeos do TikTok com a hashtag #ADHD em categorias baseadas em precisão e utilidade. O achado foi notável: a maioria dos vídeos era imprecisa. Somente 21% das postagens ofereciam informações corretas e úteis.

Dessa forma, em meio à comunidade online em crescimento, muitas pessoas recentemente diagnosticadas com TDAH não estão, de fato, sofrendo desta condição. Pesquisas mostram que outros confundiram TDAH com transtornos surpreendentemente comuns, como leves problemas de atenção que não atingem o nível de gravidade para serem considerados TDAH.



https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g8d5pj08go. Adaptado.
Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

De acordo com as regras de acentuação gráfica, é CORRETO afirmar que: 
Alternativas
Q2269240 Português
Por que tantos adultos tomam remédio para tratar TDAH?


Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

Ao contrário da depressão ou ansiedade, diagnosticar o TDAH em fase adulta é uma tarefa complexa. O processo de diagnóstico, seja em crianças ou não, requer, em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH. Esses traços precisam ser graves e persistentes o suficiente para impactar negativamente a capacidade de a pessoa ter uma vida saudável e funcional.

Um indivíduo comum pode apresentar alguns sintomas que lembram o TDAH, o que torna desafiador distinguir entre características semelhantes ao TDAH - como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas - e um transtorno médico que requer diagnóstico.

Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informações de familiares por meio de escalas de avaliação e analisam registros clínicos para chegar a um diagnóstico preciso.

Os desafios no diagnóstico também são notados por profissionais de saúde mental, incluindo psiquiatras, devido às semelhanças do TDAH com outras condições. Curiosamente, a dificuldade de concentração é o segundo sintoma mais comum em todos os distúrbios psiquiátricos.

A complexidade é ainda maior porque o TDAH é um fator de risco para várias condições com as quais compartilha características. Por exemplo, a constante exposição a feedbacks negativos pode levar adultos com TDAH a desenvolverem sintomas secundários de depressão e ansiedade.

O diagnóstico preciso exige um profissional de saúde habilidoso e bem treinado, disposto a investir o tempo necessário para coletar minuciosamente o histórico do paciente. Considerando as circunstâncias da pandemia, embora haja alguns fatores evidentes, ainda não está claro o quanto eles têm contribuído para o aumento nas prescrições de estimulantes.

No ano de 2021, os EUA ainda estavam no ápice da pandemia. As pessoas enfrentavam perdas de emprego, desafios financeiros e as complexidades do trabalho remoto, enquanto equilibravam responsabilidades como a educação online de seus filhos. Insegurança e incerteza eram sentimentos generalizados, com muitas famílias lamentando a perda de entes queridos.

A pandemia impactou a todos, mas as evidências sugerem que as mulheres foram afetadas de maneira mais intensa. Isso possivelmente levou a um aumento proporcional na busca por tratamentos estimulantes para auxiliar na adaptação às exigências do cotidiano.

Adicionalmente, com restrições em espaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais. Em 2021, o conceito de "neurodiversidade" ganhou força nas discussões online sobre justiça social. Esse termo, que não possui conotação médica, aborda a vasta gama de processos cerebrais que diferem do padrão convencional.

Na mesma época, a hashtag #ADHD se tornou uma tendência relevante no TikTok, com relatos divertidos sobre perdas de objetos, procrastinação e características do TDAH. Entretanto, mesmo com a proliferação de conteúdo online relacionado ao TDAH, uma pesquisa conduzida no Canadá classificou os vídeos do TikTok com a hashtag #ADHD em categorias baseadas em precisão e utilidade. O achado foi notável: a maioria dos vídeos era imprecisa. Somente 21% das postagens ofereciam informações corretas e úteis.

Dessa forma, em meio à comunidade online em crescimento, muitas pessoas recentemente diagnosticadas com TDAH não estão, de fato, sofrendo desta condição. Pesquisas mostram que outros confundiram TDAH com transtornos surpreendentemente comuns, como leves problemas de atenção que não atingem o nível de gravidade para serem considerados TDAH.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g8d5pj08go. Adaptado. 


Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

De acordo com as regras de acentuação gráfica, é CORRETO afirmar que:
Alternativas
Q2269057 Português
Texto V


O Cearensês no Universo Multilinguístico do Português: Cine Holliúdy

          Com o tempo, as divisões geográficas e políticas de um país podem mudar bastante. Uma das regiões mais importantes do Brasil, há alguns séculos, era a capitania de Pernambuco, que tinha um enorme poder político sobre outras regiões do nordeste. Após 119 anos de influência pernambucana, a então capitania do Siará se tornou independente, graças à decisão da Rainha Maria I no dia 17 de janeiro de 1799. Para comemorar a data, uma lei estadual declarou, em 2004, o “Dia do Ceará”. A língua, assim como as relações políticas regionais, também mudam. Mudam no tempo e mudam no espaço. (...) Se você já assistiu ao filme “Cine Holliúdy” (2012), deve se lembrar do recado inicial: “Vocês vão assistir ao primeiro filme nacional falado em ‘Cearensês’, por isso, as legendas”. Além disso, também é dito logo no início que “Este filme contém cenas de cearensidade explícita”. Estes avisos podem ser compreendidos como uma simulação das fichas de verificação de conteúdos artísticos, apresentando avisos ao público.

         Se você ainda não conhece, “Cine Holliúdy” é um filme brasileiro, dirigido por Halder Gomes, inspirado no curta-metragem “Cine Holiúdy: O Astista Contra o Caba do Mal”, de 2004 que, por sua vez, também teve uma parte 2, intitulada “Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral”, lançada em 2017. Essa “franquia” inspirou a criação da série homônima produzida e exibida pela TV Globo desde 2019 e que lançou sua segunda temporada em 2022. Ele conta a história de Francisgleydisson, pai de família que decide migrar para uma outra cidade e abrir um cinema. Toda a história se passa na década de 1970 no interior do Ceará, quando a TV ainda começava a se popularizar e a ameaçar os cinemas das pequenas cidades. Com muito humor e muito “cearensês”, Francisgleydisson luta para manter o seu cinema, bem como para despertar e manter a paixão das pessoas pelas exibições cinematográficas.

           Mas o que nos interessa mesmo nesse post é esse tal de “cearensês”! O que seria isso? Para podermos compreender, vamos precisar falar um pouquinho de sociolinguística. As pesquisas científicas sobre a linguagem, a depender de seus objetivos, podem adotar como foco o estudo das características que permitem que a sociedade influencie a forma como uma língua se apresenta. Uma das vertentes mais conhecidas da sociolinguística é a variacionista, que estabeleceu termos bastante conhecidos e difundidos hoje, até mesmo fora da área acadêmica. Dentre esses termos, podemos mencionar as variações linguísticas e as variedades linguísticas (grosso modo, os sotaques). Além disso, existem diversos “bordões” da área, fatos que estão bastante estabelecidos e são repetidos com bastante frequência como aquela que usamos no início do post, de que as línguas variam no tempo (com o passar dos anos) e no espaço (regiões mais afastadas tendem usar a língua de maneiras mais distantes uma da outra).

           A título de exemplo, os sotaques nordestinos têm cada um as suas particularidades. Ainda assim, por serem geograficamente próximos, eles também são mais parecidos entre eles do que se compararmos com algum sotaque sudestino ou sulista. Mas mesmo dentro de uma certa região, pessoas mais velhas terão a tendência a falar diferente dos jovens por terem tido influência de sotaques mais antigos e estarem em menos contato com as inovações da juventude.

          Se olharmos ao extremo, o contato que tivemos com pessoas ao longo da nossa vida já influencia nossa forma de falar e, nesse sentido, cada pessoa tem seu próprio jeito de falar (o que chamamos de idioleto). Cada uma dessas formas de falar é caracterizada por certas especificidades de diferentes naturezas. Por exemplo, podemos mudar as palavras que se referem a coisas específicas como aipim, mandioca e macaxeira, ou como tangerina, mexerica e bergamota (...)

           Independente da forma como falamos, ainda assim somos todos brasileiros e nos entendemos. E sendo brasileiros e estando frequentemente em contato com todos esses sotaques, também costumamos reconhecer ao menos aqueles mais conhecidos. Desse modo, a forma de alguém falar nos dá uma pista linguística para inferirmos parte da identidade do outro. (...)


SAMPAIO, Thiago Oliveira da Motta. O Cearensês no Universo Multilinguístico do Português: Cine Holliúdy. Blog da Unicamp, Campinas, 17 jan. 2023. Disponível em: https://www.blogs.unicamp.br/linguistica/2023/01/17/o-universo-multilinguistico-doportugues/. Acesso em: 26 jun. 2023. (Adaptado)

Das opções a seguir, há palavras que podem vir grafadas sem acento, podendo ter, assim, alterado o sentido e/ou a classe gramatical. Quais são elas?

Alternativas
Q2269054 Português
Texto IV


Beth O’Leary: ‘Ler uma comédia romântica é como receber um abraço’

Autora de 'Um Teto para Dois' fala a VEJA sobre a adaptação de sua obra para as telas e as inspirações reais de seus livros

             Beth O’Leary, 31 anos, escreveu seu primeiro romance durante as viagens de trem do interior da Inglaterra até Londres, onde trabalhava com publicações infantis. Fã das comédias românticas (principalmente das narrativas de Sophie Kinsella, do pop Os Delírios de Consumo de Becky Bloom), a britânica sonhava em um dia lançar seu próprio livro. Não demorou: Teto para Dois, publicado em 2019, logo tornou-se best-seller mundial ao contar a história de dois estranhos que dividem uma casa, mas nunca se encontram. No Brasil, apareceu por mais de 45 semanas (não consecutivas) na lista dos títulos mais vendidos feita por VEJA. Desde então, Beth emendou um livro atrás do outro, sendo o quarto e mais recente deles Mesa para Um, publicado pela Intrínseca. A trama gira em torno de três mulheres que levam um bolo do mesmo homem no Dia dos Namorados.

        Teto para Dois foi recentemente adaptado para as telas pela Paramount+, em formato de minissérie. A VEJA, Beth relata a experiência. “Sempre há certo apego com seu primeiro livro. Tive de encarar a adaptação como um trabalho criativo de outra pessoa, algo que não me pertencia, ainda que inspirado em meu livro”, explicou. (...)


CAPUTO, Gabriela. Beth O’Leary: ‘Ler uma comédia romântica é como receber um abraço’. Revista Veja, Brasil, 22 jun. 2023. Caderno Cultura. Disponível em: https://veja.abril.com.br/cultura/beth-oleary-ler-uma-comedia-romantica-e-como-receber-umabraco/. Acesso em: 26 jun. 2023. (Adaptado).
A morfologia é a área que estuda a estruturação, a formação e a classificação das palavras. Quanto à composição das palavras adaptação, sonhava, minissérie e livro, analise as assertivas a seguir:

I. Adaptação é uma palavra derivada, feita pela junção do verbo adaptar e do sufixo -ção. Possui como radical -adapt. Em formas rizotônicas como “adapto”, “adaptas”, “adapta” e “adaptam”, sua vogal tônica (o “a” da sílaba “dap”) está dentro do radical.

II. Sonhava é um verbo regular, transitivo e de ligação. Seu radical é -sonh. Tem como infinitivo “sonhar”, gerúndio “sonhando” e particípio “sonhado”.

III. Minissérie era composta por um falso prefixo “mini”, que, após o Novo Acordo Ortográfico, passou a ser grafada sem o hífen, em casos em que mini é seguido de ‘s’ ou ‘r’.Assim, dobra-se a consoante “minissérie”. Mas, caso depois de “mini” apareçam as letras ‘h’ ou ‘i’, receberá hífen.

IV. Livro é uma palavra masculina, que tem como radical -livro. Sua origem é germânica.

Assinale a alternativa que apresenta APENAS as afirmações CORRETAS
Alternativas
Q2269048 Português

Texto II


Como país mais rico do mundo está afrouxando leis contra trabalho infantil  

Em 2022, quase 4 mil crianças foram encontradas nos EUA trabalhando de modo irregular


        No país mais rico do mundo, o trabalho infantil vem se tornando uma realidade mais frequente — e nem sempre contrariando a lei. 


        Os Estados Unidos enfrentam uma onda de trabalho infantil ilegal — em 2022, quase 4 mil crianças foram encontradas por fiscais federais trabalhando de modo irregular. Este é o maior pico registrado na série histórica do Departamento de Trabalho dos EUA, disponível a partir de 2013, quando a fiscalização encontrou 1,4 mil menores nessa situação.


        Mas não é só isso. Um levantamento divulgado no fim de maio pelo Economic PolicyInstitute mostrou que, nos últimos dois anos, ao menos 14 dos 50 Estados americanos têm discutido — e oito deles já aprovaram — leis locais que reduzem barreiras para o trabalho infantil.  


        Os projetos de lei autorizam, por exemplo, o emprego de crianças de 14 anos em turnos noturnos de 6 horas e em trabalhos pesados, como os de lavanderias industriais. Adolescentes de 16 anos passam a poder ser admitidos em atividades consideradas de riscos ou fisicamente exigentes, como demolições ou frigoríficos —, ou ainda servir álcool em bares (embora seja ilegal beber antes dos 21 no país). Parte das propostas de lei também preveem remunerações que equivalem à metade do salário mínimo estabelecido legalmente para adultos. 


SANCHES, Mariana. Como país mais rico do mundo está afrouxando leis contra trabalho infantil. BBC Brasil. Washington, 26 jun. 2023 Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/ce5n267xme3o. Acesso em: 26 jun. 2023. 

Na construção retirada do texto “No país mais rico do mundo, o trabalho infantil vem se tornando uma realidade mais frequente — e nem sempre contrariando a lei”, por que a palavra país é acentuada? 
Alternativas
Q2268560 Português
Filhos adultos



    Todos comentam a dificuldade de criação de adolescentes. Ou o desafio de cuidar de bebês, ou de se mostrar inteiramente responsável por crianças. O que não escuto muito é sobre a árdua empreitada de ser pai ou mãe de filhos adultos.
   
 Você não ____ mais como demonstrar o amor como antes. Não há mais reuniões de avaliação na escola. Não há mais apresentações para comparecer nas datas comemorativas. Não há mais noites de pijama para cozinhar aos colegas e ser simpático com a turma. Não há mais competições esportivas para vibrar na arquibancada. Não há mais necessidade de dar mesadas ou completar o valor de um ingresso para um show. Não há como buscá-los em festas, você não tem sequer noção de quando retornam para a cama. Não há mais como planejar as férias com eles. Não há mais como aconselhar na hora do café. Não há mais como sair junto no momento de comprar roupas. Não há mais recompensas, sorrisos, elogios de como “você é legal” ou do quanto é “a melhor mãe ou pai do mundo”. Não há mais rastros oficiais da ternura, cartõezinhos e desenhos para postar nas redes sociais.

    Eles não moram mais com você para ofertar a presença farta do olhar e do abraço. São independentes. São autônomos. Têm suas preocupações e desafios. Têm seus estudos e carreiras. Sobram pouquíssimos encontros para reforçar o vínculo. Você depende da sorte de um telefonema para expor alguma questão pontual e pendente do seu dia. Talvez a inquietação que gostaria de partilhar caduque ou fique acumulada para nunca mais.

    Fofocas exigem disponibilidade. Você não dispõe de um pretexto para verbalizar alguma indiscrição de um amigo, ou de um familiar, ou de um vizinho. Deixará também passar. É uma amizade esparsa, regida por grandes acontecimentos. As miudezas escapam agora.

    Perde de saber se estão amando ou em fossa, se estão amuados ou contentes. Não existe como reclamar da bagunça, das roupas espalhadas, da luz acesa, da louça suja, dos pés em cima da mesa. Tem certeza de que eles continuam do mesmo jeito, com a mesma desordem selvagem e individualista, mas está privado da influência para opinar e orientar. Não estão mais sob ____ sua responsabilidade, sob o seu campo de ação, sob o radar de suas emoções protetoras. 

    Cada um cuida de si. Cada um faz o que quer. Eles podem estar almoçando ____ três da tarde ou cabulando o almoço por excesso de obrigações profissionais. Eles podem ter a geladeira vazia por preguiça de ir ao supermercado. Eles podem dormir com fome ou só comer bobagem.

    Você já imagina que estão magros, ossudos, porém encontra-se desfalcado de desculpa para aparecer com uma marmita. Recorda com saudade a época em que era útil e despertava de madrugada para cozinhar a eles.

    Se os filhos estão gripados, logo imagina que não se agasalharam direito. Apesar da angústia, você não tem como atravessar a cidade como se fosse uma ambulância para providenciar o termômetro, o antitérmico e controlar a temperatura com a mão na testa. 

    Eles precisarão lidar sozinhos com as suas doenças e suas indisposições. Não tomarão o seu chá curativo, específico para os sintomas, tampouco o medicamento apropriado que está na ponta da sua língua para a rápida convalescença.

    Hoje eles estão tentando se livrar da dependência por terapia. Não estranhe que desejem um pouco de distância para seguirem o próprio caminho.

   Perdura uma grande desinformação entre vocês. Não usufrui da cumplicidade dos pequenos e decisivos detalhes da convivência.

    Eles tornaram-se novas pessoas, mais sérias, mais mal-humoradas, com menos tempo, enfim, mais parecidas com você.

     Não se trata de ninho vazio, mas de aprender a conversar com outra árvore carregada de frutos.



Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2023/06/filhos-adultos-cljd870zm008v0156zik64fs4.html (adaptado)
Quantos dos vocábulos a seguir são classificados como proparoxítonos? I. Responsável; II. Termômetro; III. Árvore; IV. Chá.
Alternativas
Q2268557 Português
Filhos adultos



    Todos comentam a dificuldade de criação de adolescentes. Ou o desafio de cuidar de bebês, ou de se mostrar inteiramente responsável por crianças. O que não escuto muito é sobre a árdua empreitada de ser pai ou mãe de filhos adultos.
   
 Você não ____ mais como demonstrar o amor como antes. Não há mais reuniões de avaliação na escola. Não há mais apresentações para comparecer nas datas comemorativas. Não há mais noites de pijama para cozinhar aos colegas e ser simpático com a turma. Não há mais competições esportivas para vibrar na arquibancada. Não há mais necessidade de dar mesadas ou completar o valor de um ingresso para um show. Não há como buscá-los em festas, você não tem sequer noção de quando retornam para a cama. Não há mais como planejar as férias com eles. Não há mais como aconselhar na hora do café. Não há mais como sair junto no momento de comprar roupas. Não há mais recompensas, sorrisos, elogios de como “você é legal” ou do quanto é “a melhor mãe ou pai do mundo”. Não há mais rastros oficiais da ternura, cartõezinhos e desenhos para postar nas redes sociais.

    Eles não moram mais com você para ofertar a presença farta do olhar e do abraço. São independentes. São autônomos. Têm suas preocupações e desafios. Têm seus estudos e carreiras. Sobram pouquíssimos encontros para reforçar o vínculo. Você depende da sorte de um telefonema para expor alguma questão pontual e pendente do seu dia. Talvez a inquietação que gostaria de partilhar caduque ou fique acumulada para nunca mais.

    Fofocas exigem disponibilidade. Você não dispõe de um pretexto para verbalizar alguma indiscrição de um amigo, ou de um familiar, ou de um vizinho. Deixará também passar. É uma amizade esparsa, regida por grandes acontecimentos. As miudezas escapam agora.

    Perde de saber se estão amando ou em fossa, se estão amuados ou contentes. Não existe como reclamar da bagunça, das roupas espalhadas, da luz acesa, da louça suja, dos pés em cima da mesa. Tem certeza de que eles continuam do mesmo jeito, com a mesma desordem selvagem e individualista, mas está privado da influência para opinar e orientar. Não estão mais sob ____ sua responsabilidade, sob o seu campo de ação, sob o radar de suas emoções protetoras. 

    Cada um cuida de si. Cada um faz o que quer. Eles podem estar almoçando ____ três da tarde ou cabulando o almoço por excesso de obrigações profissionais. Eles podem ter a geladeira vazia por preguiça de ir ao supermercado. Eles podem dormir com fome ou só comer bobagem.

    Você já imagina que estão magros, ossudos, porém encontra-se desfalcado de desculpa para aparecer com uma marmita. Recorda com saudade a época em que era útil e despertava de madrugada para cozinhar a eles.

    Se os filhos estão gripados, logo imagina que não se agasalharam direito. Apesar da angústia, você não tem como atravessar a cidade como se fosse uma ambulância para providenciar o termômetro, o antitérmico e controlar a temperatura com a mão na testa. 

    Eles precisarão lidar sozinhos com as suas doenças e suas indisposições. Não tomarão o seu chá curativo, específico para os sintomas, tampouco o medicamento apropriado que está na ponta da sua língua para a rápida convalescença.

    Hoje eles estão tentando se livrar da dependência por terapia. Não estranhe que desejem um pouco de distância para seguirem o próprio caminho.

   Perdura uma grande desinformação entre vocês. Não usufrui da cumplicidade dos pequenos e decisivos detalhes da convivência.

    Eles tornaram-se novas pessoas, mais sérias, mais mal-humoradas, com menos tempo, enfim, mais parecidas com você.

     Não se trata de ninho vazio, mas de aprender a conversar com outra árvore carregada de frutos.



Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2023/06/filhos-adultos-cljd870zm008v0156zik64fs4.html (adaptado)
Qual alternativa preenche, correta e respectivamente, as lacunas destacadas nos parágrafos 2, 5 e 6?
Alternativas
Ano: 2023 Banca: PR-4 UFRJ Órgão: UFRJ Provas: PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Clínica Médica | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Enfermeiro - Medicina do Trabalho | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Enfermeiro - Geral | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Enfermeiro Materno-Infantil /Perinatologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Enfermeiro - Obstétrica | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Enfermeiro - Pediátrico | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Enfermeiro - Perfusionista | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Enfermeiro - Psiquiatria | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Cardiologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Cirurgia Cardiovascular | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Cirurgia Geral | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico – Cirurgia Torácica | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Clínica Médica Emergência | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico – Endocrinologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico – Geneticista Pediátrico | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Geriatria | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Hematologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico – Infectologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Intensivista | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Intensivista Pediátrica | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico – Mastologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Medicina do Trabalho | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Medicina Física e Reabilitação | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico – Neonatologia (UTI) | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico – Neurofisiologia para EEG | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico – Neurologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Neurologia Eletromiografia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Neurologia Pediátrica | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico – Obstetrícia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Oftalmologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico – Ortopedia e Traumatologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Otorrinolaringologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Patologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Emergência Pediátrica | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Pediatria | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Pneumologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Proctologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Radiologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Radiologia Pediátrica | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Reumatologia | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico - Sanitarista | PR-4 UFRJ - 2023 - UFRJ - Médico – Urologia |
Q2268455 Português
Considere o TEXTO 1 para responder à questão.

TEXTO 1


   Estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicado pela revista Nature, pode mudar os rumos do que se sabia sobre um dos conceitos mais importantes da Astronomia, o Limite de Roche, e alterar o cotidiano do fazer pesquisas astronômicas. Ao redor do astro Quaoar, candidato a planeta-anão, foi encontrado um anel, considerado “fora dos padrões” que trouxe novos questionamentos sobre a formação de satélites naturais.

   O ponto principal da descoberta é que a existência do anel coloca em prova o que era compreendido até agora pela Astronomia como Limite de Roche, um conceito elaborado no século XIX, que define a distância que um objeto pode estar do astro principal no qual ele orbita sem ser despedaçado.

   Conforme o estabelecido pelo cálculo do Limite, sendo de 1.750 km, o anel ao redor do ‘primo de Plutão’, localizado a 4.100 km de distância de Quaoar, deveria ser uma lua. Mas, inesperadamente, esse não é o caso. Essa formação não aconteceu, rebatendo o que se sabia a partir da teoria.

   — Isso tudo está relacionado com formação, em como a gente espera que os satélites naturais, chamados de luas, sejam formados. Tendo esse caso de um astro que não entra nesses requisitos do Limite de Roche significa que não conhecíamos tão bem essa formação como imaginávamos — pontua Bruno Morgado, pesquisador do Observatório do Valongo, da UFRJ, responsável pelo artigo.
   
   Em um primeiro momento, o questionamento levantado pelos cientistas foi caso eles estivessem presenciando um satélite natural (ou lua) sendo formado. Então, esse fenômeno corresponderia a um “meio do caminho”, até o anel sofrer a transformação.

     — É verdade que isso é uma possibilidade, mas isso é improvável. Porque esse tipo de ocorrência de transformação acontece em um período muito pequeno de tempo, entre 10 a 20 anos. Então, é muito improvável, considerando a história do Sistema Solar — o pesquisador esclarece.

    Outras hipóteses, abrangidas pelo estudo, tentam responder à pergunta levantada pela descoberta. Uma delas seria a da influência gravitacional direta da lua já existente de Quaoar, chamada de Weywot, prejudicando o processo. Numa outra abordagem, seria possível existirem irregularidades geográficas, como crateras muito fundas ou montanhas muito altas no candidato a planeta-anão.

    A observação foi feita através do método chamado de ocultação estelar, na qual é medida a sombra do corpo celeste, como em um eclipse. Esta técnica também foi utilizada em outras descobertas de anel, como o de Saturno e do asteroide Chariklo. O astrônomo pontua que, para a captação do anel, cientistas de quatro partes do mundo colaboraram com imagens. 

   — Eu faço parte de um grupo colaborativo com pesquisadores do Brasil e de outros países. Nós usamos essas observações de diversos locais para conseguir fazer esses estudos. Nesse trabalho específico contamos com colegas da Namíbia, da Austrália, da Ilha La Palma e com um telescópio espacial especializado em planetas de fora do Sistema Solar — conta.

   Considerada mais uma conquista para a ciência brasileira, a pesquisa abriu caminho para uma possível revolução do conceito, criado pelo astrônomo francês Édouard Roche dois séculos atrás. Agora, surgem novos questionamentos sobre não ter sido formado um satélite natural.

    — Aqui no Brasil nós conseguimos realizar pesquisas de ponta. É muito importante valorizar a ciência e as nossas instituições. Isso é algo que eu acredito, porque eu não estaria nessa posição de pesquisador sem a educação pública de qualidade — completa Morgado. O depoimento do pesquisador nos lembra que professores e estudantes brasileiros fazem esforço diário, semanal, mensal... para que a pesquisa feita nos milhares de laboratórios brasileiros ganhe atenção da sociedade.

(O GLOBO, 2023, adaptado)
Sobre o TEXTO 1, é INCORRETO afirmar que:
Alternativas
Q2268256 Português

Considere o TEXTO 1 para responder à questão


TEXTO 1



      Estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicado pela revista Nature, pode mudar os rumos do que se sabia sobre um dos conceitos mais importantes da Astronomia, o Limite de Roche, e alterar o cotidiano do fazer pesquisas astronômicas. Ao redor do astro Quaoar, candidato a planeta-anão, foi encontrado um anel, considerado “fora dos padrões” que trouxe novos questionamentos sobre a formação de satélites naturais.


      O ponto principal da descoberta é que a existência do anel coloca em prova o que era compreendido até agora pela Astronomia como Limite de Roche, um conceito elaborado no século XIX, que define a distância que um objeto pode estar do astro principal no qual ele orbita sem ser despedaçado.


      Conforme o estabelecido pelo cálculo do Limite, sendo de 1.750 km, o anel ao redor do ‘primo de Plutão’, localizado a 4.100 km de distância de Quaoar, deveria ser uma lua. Mas, inesperadamente, esse não é o caso. Essa formação não aconteceu, rebatendo o que se sabia a partir da teoria.


      — Isso tudo está relacionado com formação, em como a gente espera que os satélites naturais, chamados de luas, sejam formados. Tendo esse caso de um astro que não entra nesses requisitos do Limite de Roche significa que não conhecíamos tão bem essa formação como imaginávamos — pontua Bruno Morgado, pesquisador do Observatório do Valongo, da UFRJ, responsável pelo artigo.


      Em um primeiro momento, o questionamento levantado pelos cientistas foi caso eles estivessem presenciando um satélite natural (ou lua) sendo formado. Então, esse fenômeno corresponderia a um “meio do caminho”, até o anel sofrer a transformação.


      Outras hipóteses, abrangidas pelo estudo, tentam responder à pergunta levantada pela descoberta. Uma delas seria a da influência gravitacional direta da lua já existente de Quaoar, chamada de Weywot, prejudicando o processo. Numa outra abordagem, seria possível existirem irregularidades geográficas, como crateras muito fundas ou montanhas muito altas no candidato a planeta-anão.


      A observação foi feita através do método chamado de ocultação estelar, na qual é medida a sombra do corpo celeste, como em um eclipse. Esta técnica também foi utilizada em outras descobertas de anel, como o de Saturno e do asteroide Chariklo. O astrônomo pontua que, para a captação do anel, cientistas de quatro partes do mundo colaboraram com imagens.


      — É verdade que isso é uma possibilidade, mas isso é improvável. Porque esse tipo de ocorrência de transformação acontece em um período muito pequeno de tempo, entre 10 a 20 anos. Então, é muito improvável, considerando a história do Sistema Solar — o pesquisador esclarece.


      — Eu faço parte de um grupo colaborativo com pesquisadores do Brasil e de outros países. Nós usamos essas observações de diversos locais para conseguir fazer esses estudos. Nesse trabalho específico contamos com colegas da Namíbia, da Austrália, da Ilha La Palma e com um telescópio espacial especializado em planetas de fora do Sistema Solar — conta.


      Considerada mais uma conquista para a ciência brasileira, a pesquisa abriu caminho para uma possível revolução do conceito, criado pelo astrônomo francês Édouard Roche dois séculos atrás. Agora, surgem novos questionamentos sobre não ter sido formado um satélite natural. 


      — Aqui no Brasil nós conseguimos realizar pesquisas de ponta. É muito importante valorizar a ciência e as nossas instituições. Isso é algo que eu acredito, porque eu não estaria nessa posição de pesquisador sem a educação pública de qualidade — completa Morgado. O depoimento do pesquisador nos lembra que professores e estudantes brasileiros fazem esforço diário, semanal, mensal... para que a pesquisa feita nos milhares de laboratórios brasileiros ganhe atenção da sociedade.



(O GLOBO, 2023, adaptado)

Sobre o oitavo parágrafo do TEXTO 1 são feitas as seguintes assertivas.
I - Não há incorreções quanto à ortografia. II - Não há falhas no que refere à pontuação. III - Não há erros no que tange à coerência e à coesão. IV - O parágrafo vai de encontro à conjuntura discursiva do texto.
Estão corretas: 
Alternativas
Q2268076 Português
Assinale a frase em que todas as palavras estão corretamente escritas.
Alternativas
Q2268075 Português
Assinale a frase em que houve troca indevida entre parônimos.
Alternativas
Q2268064 Português
Observe o texto a seguir, retirado de um dicionário de curiosidades sobre o Rio de Janeiro:

“ABI – Fundada em 07/04/1908 pelo catarinense Gustavo Lacerda, a Associação Brasileira de Imprensa, órgão que congrega os jornalistas brasileiros, teve Herbert Moses como seu presidente durante 50 anos. É a maior expressão do jornalismo brasileiro, constituindo assim, um fato raro de ser igualado no mundo”.
No início desse texto aparece uma sigla: ABI. A seguir, aparece a transcrição da sigla por extenso: Associação Brasileira de Imprensa.

Isso normalmente se explica pelo fato de
Alternativas
Respostas
3001: E
3002: C
3003: D
3004: B
3005: D
3006: E
3007: C
3008: C
3009: B
3010: C
3011: C
3012: B
3013: A
3014: B
3015: D
3016: C
3017: D
3018: D
3019: A
3020: A