Questões de Português - Ortografia para Concurso
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Texto 4 para responder as questões 42 e 43.
Quanto à acentuação gráfica de vocábulos do texto, assinale a alternativa que apresenta palavras acentuadas segundo a mesma regra.
UM PADRÃO IDEAL DA LÍNGUA
(1º§) Existem, na língua, padrões reais e padrões ideais de linguagem.
(2º§) Padrão ideal é o que se espera que o falante diga numa situação de formalidade.
(3º§) Padrão real é o que o falante diz em situações informais ou em situações em que o falante recusa ou ignora a formalidade. O que se ensina na escola, nas aulas de português, são padrões ideais [...].
(4º§) Quando alguém, com exagero, afirma que determinado orador “assassina” o português, o que ele está dizendo é que esse orador não aprendeu ou não respeita os padrões ideais de um registro adequado à situação de formalidade em que o discurso se realiza.
(5º§) Embora uma pessoa entre na escola respirando, ouvindo ou enxergando, não é exagero dizer que ela ainda não sabe respirar, ouvir ou enxergar adequadamente em certas situações. O mesmo ocorre com a língua.
(6º§) Entra-se na escola falando-se o português. Mas é aprendendo a falar a própria língua que um falante consegue mudar os registros linguísticos de acordo com a situação da fala.
(7º§) A língua não tem apenas uma função social. [...]
(Por: Dr. José Augusto Carvalho. Doutor em Letras. Língua Portuguesa, ano 8, dez. 2012.)
Sobre o trecho: “Mas é aprendendo a1 falar a2 própria língua que3 um falante consegue mudar os registros linguísticos de acordo com a situação da fala”. - Marque a alternativa com afirmação incorreta.
Leia o texto abaixo e responda às questões que se seguem.
O que constrói o elo social, o que faz existirem tantos vínculos? Está ficando cada vez mais difícil viver em sociedade, bem sabemos. Nossos tempos privatizaram muito do que era público. “A praça é do povo, como o céu é do condor”: o verso de Castro Alves parece, hoje, estranho. Quem vai à praça? A praça, aliás, era já uma herdeira pobre da ágora, da praça ateniense, que não foi lugar do footing ou da conversa mole, mas da decisão política. A ágora era praça no sentido forte, onde as questões cruciais da coletividade eram debatidas e decididas.
Mas mesmo a praça, na acepção de espaço em que as pessoas se socializam, se enfraqueceu. É significativo que Roberto DaMatta, ao analisar a oposição entre o mundo doméstico e o público na sociedade brasileira, oponha à casa a rua, e não a praça. A praça favorece a circulação, no sentido quase etimológico, do círculo, da ida e vinda, do encontro e reencontro: quem se lembra do que se chamava footing nas cidades do interior (os rapazes e moças dando voltas na praça, uns no sentido do relógio e outros no contrário, de modo a se cruzarem seguidas vezes) sabe do que falo. Já a rua é caminho de ida sem volta. Fica-se na praça, anda-se na rua. Vai-se, sai-se.
Ou tomemos outro lado da mesma questão. Como puxamos assunto com um estranho? Alfred Jarry, o autor de Ubu rei, dizia que um dia encontrou uma moça linda, na sala de espera de um médico. Não sabia como abordá-la – como iniciar a conversa. Sacou então de um revólver, deu um tiro no espelho que havia ali, voltou-se para ela e disse: Mademoiselle, agora que quebramos la glace (palavra que quer dizer tanto gelo quanto o espelho)... É óbvio que era uma brincadeira; a piada valia mais para ele do que a conquista amorosa; imagino a moça gritando, fugindo; mas a questão fica: como quebrar o gelo, como criar um elo?
Stendhal, no seu ensaio “A comédia é impossível em 1836”, diz que os cortesãos, reunidos em Versalhes por Luís XIV, obrigados a ficar lá o dia todo, ou achavam assunto – ou morreriam de tédio. Assim, diz ele, nasceu a arte da conversa.Temas pequenos, leves, mas sobretudo agradáveis começaram a constituir um ponto de encontro de seus desejos e interesses. É nesse mesmo século XVII, segundo Peter Burke [...], que franceses, ingleses e italianos reivindicam a invenção da conversa como arte. Regra suprema: não falar de negócios ou trabalho. Regra suplementar: agradar às mulheres. A arte da conversa é uma retórica do dia a dia. Ela se abre até mesmo para uma dimensão segunda, que é a arte da sedução. Casanova era grande conversador e sedutor renomado.
Eis a questão: uma sociedade que se civiliza precisa de assuntos que sirvam de ponto de encontro para as pessoas, e sobretudo para os estranhos que assim entram em contato. No campo, conheço quase todos os vizinhos; na cidade grande, porém, a maioria é de estranhos. Sai-se do mundo rural quando se começa a conhecer o diferente, o outro – e a aceitá-lo. Isso se dá mediante a oferta de assuntos que abram uma conversa.
Daí a importância de expressões que minimizam ou mesmo aparentemente humilham essa conversa mole, como o small talk potlatch, o papo furado ou a bela expressão “jogar conversa fora”, que é muitíssimo sutil, porque dilapidamos palavras justamente para construir amizades, isto é, dissipamos nosso tempo, como num indígena, precisamente para criar o que há de melhor na vida.
(RIBEIRO, Renato J. <http://www.renatojanine.pro.br/FiloPol/elosocial.html>)
Grafam-se com Z – como “socializar” (§ 2), “civilizar” (§ 5) e “minimizar” (§ 6) – todas as formas verbais relacionadas em:
Aponte a alternativa que não utilizou corretamente a acentuação gráfica das palavras destacadas.
Leia o excerto de um conto para responder às questões 01 e 02.
O céu estava escurecendo rapidamente, fechado, com nuvens escuras, quase pretas, anunciando uma tempestade de trovões, relâmpagos e água pesada. Manezinho apressou o passo na estrada deserta meio sem saber o que fazer. Tinha pegado uma carona até o trevo e agora caminhava em direção à cidade que se escondia do lado de lá da pequena montanha. Quase uma hora de caminhada e via apenas a estradinha se espichando em direção ao monte de terra. Tomaria chuva, com certeza. No máximo, tentaria se esconder debaixo de uma daquelas arvorezinhas raquíticas que margeavam o caminho. A escuridão aumentou ainda mais, fazendo com que ele, um homem danado de corajoso, tivesse medo do temporal e do aguaceiro que estavam para vir, [...]
GARCIA, Edson Gabriel. O casal de velhos. In: Sete gritos de terror. São Paulo: Moderna, 1991. p. 17. (Veredas).
O que o autor quis dizer com “arvorezinhas raquíticas”? Assinale a alternativa correta.
O uso das regras de acentuação gráfica é um recurso que funciona como um sinalizador a ser considerado na produção de sentido, tal como podemos verificar no exemplo a seguir:
Só os cágados têm noção exata como é importante acentuar as palavras corretamente. (KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009. p. 38-39. Adaptado.) |
O excerto que apresenta palavra(s) com uso INADEQUADO do acento gráfico é:
(Excertos extraídos de: PERCY, Allan. Nietzsche para estressados. Rio de Janeiro: Sextante, 2011. p. 8. Adaptado).
O TEXTO A SEGUIR É REFERÊNCIA PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 6 E 7.
Em uma conferência que escreveu sobre o destino da literatura, Lima Barreto afirmava: “Entrando no segredo das vidas e das coisas, a literatura reforça nosso natural sentimento de solidariedade com nossos semelhantes, explicando-lhes os defeitos, realçando-lhes as qualidades e zombando dos fúteis motivos que nos separam uns dos outros. Ela tende a obrigar a todos nós a nos tolerarmos e a nos compreendermos; e, por aí, nós nos chegaremos a amar mais perfeitamente na superfície do planeta que rola pelos espaços sem fim”.
A ideia de que a arte pode ter uma função na sociedade, seja como elemento de união entre os homens, seja pelo potencial de transformação da sociedade, era cara ao escritor carioca, homenageado da 15.ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Sua literatura incluía os suburbanos, negros, despossuídos de toda sorte e, nesse sentido, promovia um olhar da elite letrada sobre tais personagens esquecidos na trama urbana, bem como abarcava seus temas e reivindicações. Um tipo de arte que perdeu o sentido por longas décadas na história da literatura brasileira, mas que nos últimos anos tem mostrado sua pertinência atemporal.
Disponível em: <http://epoca.globo.com/cultura/noticia/2017/07.html>. Acesso em: 14/08/17.
A palavra “despossuídos” recebe acento gráfico pelo mesmo motivo que
Texto para as questões de 1 a 6.
A imagem abaixo foi extraída de um celular smartphone aberto em um grupo fictício de uma rede social que utiliza mensagens para dar as boas‐vindas aos novos funcionários admitidos em um processo seletivo do Sesc
Edital n.º 4/2018 – Seleção de Pessoal – Sesc‐DF.
Considere que seja enviada pelo administrador do grupo fictício a seguinte mensagem com as regras sobre postagens e participação no grupo.
Assinale a alternativa que apresenta as palavras que devem ser empregadas corretamente para substituir os números no texto.
Considere as frases a seguir:
I. Os partidos políticos no Brasil estão degladiando entre si.
II. O pobre é muito descriminado neste país.
III. Não estou certa de que essa decisão satisfaz a todos.
IV. O presidente está visando ao mercado externo.
Está CORRETA apenas
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Largar as redes sociais?
- Apesar das críticas ___ redes sociais e inclusive das campanhas midiáticas para abrir mão
- delas, poucos usuários tomam a decisão de apagar suas contas. O Twitter continua com seus
- 300 milhões de perfis, o Facebook tem mais de dois bilhões, e o Instagram segue crescendo e
- já passa dos 500 milhões. Jaron Lanier, pioneiro da internet e da realidade virtual, considera
- que os benefícios dessas redes não compensam os inconvenientes. Em seu último livro, dá
- motivos para largar o Twitter, o Facebook e inclusive o WhatsApp e os serviços do Google. Se
- pudermos. E mesmo que seja só por uma temporada. Estes são alguns dos motivos que ele
- propõe nesse texto escrito a modo de manifesto:
- 1. Você está perdendo sua liberdade. As redes sociais, em especial o Facebook,
- pretendem guardar registro de todas as nossas ações: o que compartilhamos, o que
- comentamos, o que curtimos, aonde vamos. “Agora todos somos animais de laboratório”,
- escreve Lanier, e participamos de uma experiência constante para que os anunciantes nos
- enviem suas mensagens quando estivermos mais ..................... a elas.
- Isso também teve consequências políticas: os grupos que distribuem notícias falsas
- encontraram uma “.............. desenhada para ajudar os anunciantes ___ alcançarem seu público
- objetivo com mensagens testadas para conseguir sua atenção”. Para o Facebook tanto faz se
- estes “anunciantes” são empresas que querem vender produtos, partidos políticos ou difusores
- de notícias falsas. O sistema é o mesmo para todos e melhora “quando as pessoas estão
- irritadas, obcecadas e divididas”.
- 2. Estão lhe deixando infeliz. Lanier cita estudos que mostram que, apesar das
- possibilidades de conexão que as redes sociais oferecem, na verdade sofremos “uma sensação
- cada vez maior de isolamento” por motivos tão díspares como “os padrões irracionais de beleza
- e status, por exemplo”. Os algoritmos, escreve ele, nos colocam em categorias e nos ordenam
- segundo nossos amigos, seguidores, o número de curtidas ou retuítes, o muito ou pouco que
- publicamos… São critérios que nos parecem pouco significativos, mas que acabam tendo efeitos
- na vida real: “Nas notícias que vemos, em quem nos aparece como possível relacionamento
- amoroso, em que produtos nos oferecem”. Também podem acabar influenciando em futuros
- trabalhos: muitos dos responsáveis por recursos humanos procuram seus candidatos no
- Facebook e no Google.
- 3. Estão enfraquecendo a verdade. Lanier lembra que as teorias da conspiração mais
- loucas (ele dá o exemplo dos antivacinas) frequentemente começam nas redes sociais, onde seu
- eco se amplifica, “antes de aparecerem em veículos de comunicação extremamente partidários”.
- 4. Estão destruindo sua capacidade de empatia. Com esse argumento, Lanier se refere
- principalmente ___ bolha, termo criado por Eli Pariser. No Facebook, por exemplo, as notícias
- aparecem na tela de acordo com as pessoas e os veículos de comunicação que seguimos e,
- também, dependendo dos conteúdos de que gostamos. A consequência é que nas redes
- frequentemente acessamos somente nossa própria bolha, ou seja, tudo aquilo que conhecemos,
- com o que estamos de acordo e que nos faz sentir confortáveis. Ou seja, não vemos outras
- ideias, recebemos somente suas caricaturas. E, consequentemente, em vez de tentar entender
- as razões por ....... de outros pontos de vista, nossas ideias se reforçam e o diálogo é cada vez
- mais difícil.
- 5. Não querem que você tenha dignidade econômica. Lanier explica que o modelo de
- negócio que predomina na Internet é consequência do “dogma” de acreditar que “se o software
- não era grátis, não podia ser aberto”. A publicidade foi vista como uma forma de solucionar esse
- problema.
- Essas são somente algumas das razões expostas por Lanier em um livro que, como o próprio
- autor admite, nem mesmo chega a tocar alguns temas que não o afetam tão diretamente, como
- “as pressões insustentáveis em pessoas jovens, especialmente mulheres” e como “os algoritmos
- podem discriminá-lo por racismo e outras razões horríveis”. Lanier não quer acabar com a
- Internet. Pelo contrário: deixar as redes, ainda que somente por um tempo, pode ser uma forma
- de saber como estão nos prejudicando e, principalmente, percebermos o que poderiam nos
- oferecer.
Adaptado de: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/28/tecnologia/1535463505_331615.html
Em relação à acentuação de palavras do texto, analise as assertivas a seguir:
I. A palavra ‘confortáveis’, se passada para o singular, perde o acento agudo.
II. A palavra ‘critérios’ é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo.
III. As palavras ‘midiáticas’ e ‘veículos’ são acentuadas por serem proparoxítonas.
Quais estão corretas?
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Largar as redes sociais?
- Apesar das críticas ___ redes sociais e inclusive das campanhas midiáticas para abrir mão
- delas, poucos usuários tomam a decisão de apagar suas contas. O Twitter continua com seus
- 300 milhões de perfis, o Facebook tem mais de dois bilhões, e o Instagram segue crescendo e
- já passa dos 500 milhões. Jaron Lanier, pioneiro da internet e da realidade virtual, considera
- que os benefícios dessas redes não compensam os inconvenientes. Em seu último livro, dá
- motivos para largar o Twitter, o Facebook e inclusive o WhatsApp e os serviços do Google. Se
- pudermos. E mesmo que seja só por uma temporada. Estes são alguns dos motivos que ele
- propõe nesse texto escrito a modo de manifesto:
- 1. Você está perdendo sua liberdade. As redes sociais, em especial o Facebook,
- pretendem guardar registro de todas as nossas ações: o que compartilhamos, o que
- comentamos, o que curtimos, aonde vamos. “Agora todos somos animais de laboratório”,
- escreve Lanier, e participamos de uma experiência constante para que os anunciantes nos
- enviem suas mensagens quando estivermos mais ..................... a elas.
- Isso também teve consequências políticas: os grupos que distribuem notícias falsas
- encontraram uma “.............. desenhada para ajudar os anunciantes ___ alcançarem seu público
- objetivo com mensagens testadas para conseguir sua atenção”. Para o Facebook tanto faz se
- estes “anunciantes” são empresas que querem vender produtos, partidos políticos ou difusores
- de notícias falsas. O sistema é o mesmo para todos e melhora “quando as pessoas estão
- irritadas, obcecadas e divididas”.
- 2. Estão lhe deixando infeliz. Lanier cita estudos que mostram que, apesar das
- possibilidades de conexão que as redes sociais oferecem, na verdade sofremos “uma sensação
- cada vez maior de isolamento” por motivos tão díspares como “os padrões irracionais de beleza
- e status, por exemplo”. Os algoritmos, escreve ele, nos colocam em categorias e nos ordenam
- segundo nossos amigos, seguidores, o número de curtidas ou retuítes, o muito ou pouco que
- publicamos… São critérios que nos parecem pouco significativos, mas que acabam tendo efeitos
- na vida real: “Nas notícias que vemos, em quem nos aparece como possível relacionamento
- amoroso, em que produtos nos oferecem”. Também podem acabar influenciando em futuros
- trabalhos: muitos dos responsáveis por recursos humanos procuram seus candidatos no
- Facebook e no Google.
- 3. Estão enfraquecendo a verdade. Lanier lembra que as teorias da conspiração mais
- loucas (ele dá o exemplo dos antivacinas) frequentemente começam nas redes sociais, onde seu
- eco se amplifica, “antes de aparecerem em veículos de comunicação extremamente partidários”.
- 4. Estão destruindo sua capacidade de empatia. Com esse argumento, Lanier se refere
- principalmente ___ bolha, termo criado por Eli Pariser. No Facebook, por exemplo, as notícias
- aparecem na tela de acordo com as pessoas e os veículos de comunicação que seguimos e,
- também, dependendo dos conteúdos de que gostamos. A consequência é que nas redes
- frequentemente acessamos somente nossa própria bolha, ou seja, tudo aquilo que conhecemos,
- com o que estamos de acordo e que nos faz sentir confortáveis. Ou seja, não vemos outras
- ideias, recebemos somente suas caricaturas. E, consequentemente, em vez de tentar entender
- as razões por ....... de outros pontos de vista, nossas ideias se reforçam e o diálogo é cada vez
- mais difícil.
- 5. Não querem que você tenha dignidade econômica. Lanier explica que o modelo de
- negócio que predomina na Internet é consequência do “dogma” de acreditar que “se o software
- não era grátis, não podia ser aberto”. A publicidade foi vista como uma forma de solucionar esse
- problema.
- Essas são somente algumas das razões expostas por Lanier em um livro que, como o próprio
- autor admite, nem mesmo chega a tocar alguns temas que não o afetam tão diretamente, como
- “as pressões insustentáveis em pessoas jovens, especialmente mulheres” e como “os algoritmos
- podem discriminá-lo por racismo e outras razões horríveis”. Lanier não quer acabar com a
- Internet. Pelo contrário: deixar as redes, ainda que somente por um tempo, pode ser uma forma
- de saber como estão nos prejudicando e, principalmente, percebermos o que poderiam nos
- oferecer.
Adaptado de: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/28/tecnologia/1535463505_331615.html
Assim como a palavra ‘antivacinas’ (l.31), todos os vocábulos a seguir não necessitam do uso de hífen, EXCETO:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Largar as redes sociais?
- Apesar das críticas ___ redes sociais e inclusive das campanhas midiáticas para abrir mão
- delas, poucos usuários tomam a decisão de apagar suas contas. O Twitter continua com seus
- 300 milhões de perfis, o Facebook tem mais de dois bilhões, e o Instagram segue crescendo e
- já passa dos 500 milhões. Jaron Lanier, pioneiro da internet e da realidade virtual, considera
- que os benefícios dessas redes não compensam os inconvenientes. Em seu último livro, dá
- motivos para largar o Twitter, o Facebook e inclusive o WhatsApp e os serviços do Google. Se
- pudermos. E mesmo que seja só por uma temporada. Estes são alguns dos motivos que ele
- propõe nesse texto escrito a modo de manifesto:
- 1. Você está perdendo sua liberdade. As redes sociais, em especial o Facebook,
- pretendem guardar registro de todas as nossas ações: o que compartilhamos, o que
- comentamos, o que curtimos, aonde vamos. “Agora todos somos animais de laboratório”,
- escreve Lanier, e participamos de uma experiência constante para que os anunciantes nos
- enviem suas mensagens quando estivermos mais ..................... a elas.
- Isso também teve consequências políticas: os grupos que distribuem notícias falsas
- encontraram uma “.............. desenhada para ajudar os anunciantes ___ alcançarem seu público
- objetivo com mensagens testadas para conseguir sua atenção”. Para o Facebook tanto faz se
- estes “anunciantes” são empresas que querem vender produtos, partidos políticos ou difusores
- de notícias falsas. O sistema é o mesmo para todos e melhora “quando as pessoas estão
- irritadas, obcecadas e divididas”.
- 2. Estão lhe deixando infeliz. Lanier cita estudos que mostram que, apesar das
- possibilidades de conexão que as redes sociais oferecem, na verdade sofremos “uma sensação
- cada vez maior de isolamento” por motivos tão díspares como “os padrões irracionais de beleza
- e status, por exemplo”. Os algoritmos, escreve ele, nos colocam em categorias e nos ordenam
- segundo nossos amigos, seguidores, o número de curtidas ou retuítes, o muito ou pouco que
- publicamos… São critérios que nos parecem pouco significativos, mas que acabam tendo efeitos
- na vida real: “Nas notícias que vemos, em quem nos aparece como possível relacionamento
- amoroso, em que produtos nos oferecem”. Também podem acabar influenciando em futuros
- trabalhos: muitos dos responsáveis por recursos humanos procuram seus candidatos no
- Facebook e no Google.
- 3. Estão enfraquecendo a verdade. Lanier lembra que as teorias da conspiração mais
- loucas (ele dá o exemplo dos antivacinas) frequentemente começam nas redes sociais, onde seu
- eco se amplifica, “antes de aparecerem em veículos de comunicação extremamente partidários”.
- 4. Estão destruindo sua capacidade de empatia. Com esse argumento, Lanier se refere
- principalmente ___ bolha, termo criado por Eli Pariser. No Facebook, por exemplo, as notícias
- aparecem na tela de acordo com as pessoas e os veículos de comunicação que seguimos e,
- também, dependendo dos conteúdos de que gostamos. A consequência é que nas redes
- frequentemente acessamos somente nossa própria bolha, ou seja, tudo aquilo que conhecemos,
- com o que estamos de acordo e que nos faz sentir confortáveis. Ou seja, não vemos outras
- ideias, recebemos somente suas caricaturas. E, consequentemente, em vez de tentar entender
- as razões por ....... de outros pontos de vista, nossas ideias se reforçam e o diálogo é cada vez
- mais difícil.
- 5. Não querem que você tenha dignidade econômica. Lanier explica que o modelo de
- negócio que predomina na Internet é consequência do “dogma” de acreditar que “se o software
- não era grátis, não podia ser aberto”. A publicidade foi vista como uma forma de solucionar esse
- problema.
- Essas são somente algumas das razões expostas por Lanier em um livro que, como o próprio
- autor admite, nem mesmo chega a tocar alguns temas que não o afetam tão diretamente, como
- “as pressões insustentáveis em pessoas jovens, especialmente mulheres” e como “os algoritmos
- podem discriminá-lo por racismo e outras razões horríveis”. Lanier não quer acabar com a
- Internet. Pelo contrário: deixar as redes, ainda que somente por um tempo, pode ser uma forma
- de saber como estão nos prejudicando e, principalmente, percebermos o que poderiam nos
- oferecer.
Adaptado de: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/28/tecnologia/1535463505_331615.html
A respeito da grafia de palavras do texto, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 13, 15 e 40.
(Texto)
1 Os países europeus reagiram não só com previsíveis
condenações aos atentados de semana passada em
Bruxelas, nos quais morreram três dezenas de
pessoas, mas também com ações, algumas
5 anunciadas, outras já em curso, que sugerem o
endurecimento das normas de proteção de suas
fronteiras contra o terrorismo. A capital belga,
embora pareça ser um celeiro de terroristas, até aqui
não havia entrado na rota dos grandes ataques a
10 chamados "alvos brandos (instalações não
militares), mas agora junta-se a uma lista de cidades
que vivenciaram a insanidade das bombas que
produzem tragédias em larga escala. O horror belga
consolida uma certeza: não há lugar no mundo que se
15 possa considerar livre desse tipo de ação.
É ingênuo, portanto, o discurso de certos setores da
sociedade brasileira de que o Brasil não precisa se
resguardar, pela via de uma legislação especifica,
contra ameaças terroristas. O argumento de que o
20 Código Penal do pais já tipifica crimes contra a
segurança pública não se sustenta diante de uma
particularidade: o terrorismo é uma outra instância da
violência, e em grande escala, seja contra o Estado
ou tenha por alvo a sociedade civil.
(Adaptado de O Globo, 28/03/2016)
Assinale a alternativa que apresenta a justificativa correta do acento da palavra destacada do Texto:
As palavras “adorar”, “forro” e “Esaú” são, respectivamente:
Cuitelinho
Ai quando eu vim
da minha terra,
despedi da parentaia.
Quando entrei no mato grosso
dei em terras Paraguaia.
Lá tinha revolução.
Enfrentei fortes bataia.
Folclore do Mato Grosso, autor desconhecido
Cuitelinho: beija-flor
Você deve ter percebido alguns erros que aparecem no trecho da música acima. A opção em que se corrigiu adequadamente o uso de maiúsculas e minúsculas foi:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Qual é o limite das minhas capacidades intelectuais?
- Eis a grande pergunta. Mas, para respondê-la, precisamos definir a que nos referimos quando
- falamos de capacidade intelectual. Seria a capacidade de cada pessoa tomar decisões, pensar e
- aprender tanto uma atividade motora como um conceito. Uma vez clara essa questão, a resposta
- sobre o limite da capacidade intelectual, sua ou de qualquer um, deve começar por dizer que há
- três fatores que estabelecem esses limites.
- O primeiro seria a capacidade intelectual dada por sua genética, pelo genoma que você herdou
- de seus antepassados. Essa carga genética é diferente em cada pessoa. Depois haveria uma
- segunda parte que é o treinamento, o exercício da capacidade intelectual. E o terceiro é o
- ambiente onde a pessoa vive e que pode lhe permitir ou não desenvolver mais ou menos tanto
- sua capacidade inata como o treinamento e a educação. Ou seja, você pode ter uma enorme
- capacidade para aprender chinês, mas se jamais em sua vida for exposta a essa língua, não a
- aprenderá.
- Uma vez que temos claro que esses são os três limites, é preciso explicar também que a
- combinação deles é o que tornará sua capacidade intelectual maior ou menor. Por exemplo, pode
- haver alguém com não muita capacidade inata, mas que esteja decidido a ampliar muito seu
- horizonte intelectual – o que ele deve fazer é muito treinamento. Talvez essa seja a chave que
- explica _____ todos os esportistas, músicos ou qualquer um que seja muito bom numa
- determinada tarefa é tão bom assim _____ treina muito, além de ter de saída uma grande
- capacidade inata, pois só tendo predisposição para isso não conseguiriam. Mas também é preciso
- deixar claro que o desenvolvimento de algumas capacidades só com treinamento às vezes é
- complicado e não permite alcançar um grau de excelência enorme, embora ajude a melhorar.
- Também é muito importante considerar o ambiente – certeza que lhe ocorrem nomes de pessoas
- que se destacam em alguns aspectos simplesmente _____ estão em um ambiente muito propício.
- Há outro aspecto relacionado com a inteligência que é fundamental na hora de avaliar a
- capacidade de uma pessoa: a tomada de decisões. Isso quer dizer que também falamos de
- inteligência ou capacidade intelectual naquela vertente em que uma pessoa tomaria uma
- determinada decisão entre todas as que possa tomar. Aqui não estaríamos melhorando uma
- habilidade, mas sim falando de uma pessoa inteligente no sentido de que toma a melhor decisão.
- Podemos ver pessoas quase iletradas, como alguém que cuida um rebanho e que toma ....... boas
- decisões com relação a conseguir que este rebanho siga ....... – isto seria um comportamento
- claramente inteligente, embora essa pessoa provavelmente obtivesse ....... resultados em uma
- prova que medisse outro tipo de capacidade intelectual.
- Assim, resumindo, existe de fato um limite para a capacidade intelectual, _____
- geneticamente o temos. Por exemplo, você poderia chegar a falar muito bem um idioma devido
- à exposição a ele e ao treino, mas ser incapaz de alcançar o nível fonético dos que são nativos
- do lugar. Também é preciso ter claro que se uma pessoa trabalhar duro pode reduzir, e até muito
- essas limitações. Durante muito tempo parecia que com a educação era possível conseguir tudo,
- e isso não é totalmente verdade. Concluindo, há limites, mas também há uma grande
- variabilidade, e se as pessoas trabalharem e não houver uma doença ou uma lesão, pode-se
- chegar a conseguir muitíssimo.
Adaptado de: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/13/ciencia/1534154167_450036.html
Em relação à acentuação de palavras do texto, analise as assertivas a seguir:
I. A palavra ‘três’ é acentuada pela mesma regra que ‘você’.
II. As palavras ‘além’ e ‘também’ são acentuadas em função de regras diferentes.
III. Os vocábulos ‘é’ e ‘até’ são classificados, respectivamente, como verbo e preposição, e, se retirássemos os acentos gráficos, assumiriam outras classes gramaticais.
Quais estão corretas?
Texto I - para as questões de 01 a 09.
Causou escândalo a descoberta de que estava errado o resultado do levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrando que 65% dos brasileiros acham que mulheres que usam roupa curta merecem ser estupradas. Respiramos aliviados: corrigidos os dados, constatamos que “apenas” 26% pensam desta maneira... Na verdade, deveríamos nos sentir envergonhados que um em cada quatro homens acredita ter poder de aquilatar quais mulheres se vestem “decentemente” e, a partir desse julgamento, condenar as que, não cumprindo esse padrão, devem ser violentadas. Até porque outros dados da mesma pesquisa, que passaram quase despercebidos, explicitam, por exemplo, que 58% pensam que, se as mulheres “soubessem se comportar”, haveria menos estupros…
Outro fato estarrecedor: a mesma pesquisa aponta que 23% concordam parcialmente e 58% concordam totalmente que em briga de marido e mulher não se mete a colher – triste constatação, a maioria absoluta dos brasileiros é conivente com a violência doméstica. Não é à toa que ocupamos o vergonhoso sétimo lugar, entre 84 países pesquisados, com maior número de mulheres vítimas de brigas entre quatro paredes com marido ou companheiro. São 4,5 assassinatos, em média, a cada grupo de cem mil, com um saldo de mais de cinco mil mulheres mortas por ano. E é sabido que, como também acreditamos que roupa suja se lava em casa, esses números são bastante subestimados...
RUFFATO, Luiz. “Entre nós” (fragmento). In: Minha primeira vez. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2014
Em cada alternativa a seguir, foi proposta, após a seta, a grafia de um termo de mesmo radical que o de uma palavra retirada do texto. Assinale em qual dessas alternativas a grafia da palavra proposta está correta, quanto à acentuação:
Escolha a alternativa em que a acentuação não está de acordo com a nova ortografia da língua portuguesa:
Leia o texto para responder às questões 1 a 6
O ato de estudar
Tinha chovido muito toda noite. Havia enormes poças de água molhada nas partes baixas do terreno. Em certos lugares, a terra, de tão molhada, tinha virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam nela. Às vezes, mais do que escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era difícil andar. Pedro e Antônio estavam transportando numa caminhoneta cestos cheios de cacau para o sitio onde deveriam secar. Em certa altura, perceberam que a caminhoneta não atravessaria o atoleiro que tinha pela frente. Passaram. Desceram da caminhoneta. Olharam o atoleiro, que era um problema para eles. Atravessaram os dois metros de lama, defendidos por suas botas de cano longo. Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram. Discutiram como resolver o problema. Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores deram ao terreno a consistência mínima para que as rodas da caminhoneta passassem sem atolar. Pedro e Antônio estudaram. Procuraram resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa.
Não se estuda apenas na escola.
Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam.
Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.
Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos caracteriza o ato de estudar. Não importa que o estudo seja feito no momento e no lugar do nosso trabalho, como no caso de Pedro e Antônio, que acabamos de ver. Não importa que o estudo seja feito noutro local e noutro momento, como o estudo que fazemos no Círculo de Cultura. Em qualquer caso, o estudo exige sempre esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos que observamos. Um texto para ser lido é um texto para ser estudado. Um texto para ser estudado é um texto para ser interpretado. Não podemos interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem curiosidade; se desistimos da leitura quando encontramos a primeira dificuldade. Que seria da produção de cacau naquela roça se Pedro e Antônio tivessem desistido de prosseguir o trabalho por causa do lamaçal?
Se um texto às vezes é difícil, insiste em compreendê-lo. Trabalha sobre ele como Antônio e Pedro trabalharam em relação ao problema do lamaçal. Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar e não repetir o que os outros dizem. Estudar é um dever revolucionário!
Paulo Freire. A importância do ato de ler
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