Questões de Português - Ortografia para Concurso

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Q3072407 Português
Assinale a alternativa em que a palavra está incorretamente acentuada: 
Alternativas
Q3071785 Português

Observe o meme a seguir:

Imagem associada para resolução da questão


- NÃO É PRA DEIXAR A TOALHA MOLHADA NA CAMA

- NI I PR DIXIR I TOILHI MILHIDI NI CIMI


Considerando a variedade linguística e os conceitos fonéticos relacionados à produção vocálica, analise as sentenças a seguir relativas ao enunciado “NI I PR DIXIR I TOILHI MILHIDI NI CIMI” (Não é pra deixar a toalha molhada na cama), presente na imagem, e assinale a alternativa CORRETA:


I- A vogal “i”, em todas as suas ocorrências na frase, corresponde ao fonema /i/, caracterizado por ser uma vogal alta, anterior e fechada.


II- Na palavra “DIXIR” (dizer), a vogal “i” faz parte de um ditongo oral decrescente, em que o fonema /i/ é seguido da semivogal /y/.


III- A vogal “i”, na palavra “MILHIDI” (molhada), representa um hiato, ou seja, o encontro de duas vogais em sílabas diferentes.


IV- Em todas as suas ocorrências na frase, a vogal “i” é articulada na região palatal, com a língua alta e os lábios retraídos. 

Alternativas
Q3070427 Português
Distância


    Em uma cidade há um milhão e meio de pessoas; em outra há outros milhões: e as cidades são tão longe uma de outra que nesta é inverno quando naquela é verão. Em cada uma dessas cidades há uma pessoa; e essas duas pessoas tão distantes acaso pensareis que podem cultivar em segredo como plantinha de estufa, um amor à distância?

    Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma presença constante e inumerável de olhos, vozes, notícias. Não se telefonam nunca; é tão caro, e além disso, que se diriam? Escrevem-se. Mas uma carta leva dias para chegar; ainda que venha vibrando, cálida, cheia de sentimento, quem sabe se no momento em que é lida já não poderia ter sido escrita? A carta não diz o que a outra pessoa está sentindo, diz o que sentia, na semana passada... e as semanas passam de maneira assustadora, os domingos se precipitam mal começam as noites de sábado, as segundas retornam com veemência gritando –– “outra semana!” –– e as quartas já têm um gosto de sexta, e o abril de-já-hoje quando se viu era mudado em agosto.

   Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz, mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não dizem que muita vezes ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência –– e no entanto há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem? Direis que não importa a estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda –– e eu vos direi: amai para entendê-las!

    Ao que ama o que lhe importa não é a luz nem o som, é a própria pessoa amada mesma, o seu vero cabelo, e o vero pelo, o osso de seu joelho, sua terna e úmida presença carnal, o imediato calor; é o de hoje, a agora, o aqui –– e isso não há.

   Então a outra pessoa vira retratinho do bolso, borboleta perdida no ar, brisa que a testa recebe na esquina, tudo o que for eco, sombra, imagem, nada, um pequeno fantasma, e nada mais. E a vida de todo dia vai gastando insensivelmente a outra pessoa, hoje lhe tira um modesto fio de cabelo, amanhã apenas passa a unha de leve fazendo um traço branco na sua coxa queimada pelo sol, de súbito a outra pessoa entra em fading um sábado inteiro, está se gastando, perdendo seu poder emissor à distância.

   Cuidais amar uma pessoa, e ao fim vosso amor é um maço de papéis escritos no fundo de uma gaveta que se abre cada vez menos...

    Não ameis à distância, não ameis, não ameis!


(BRAGA, Rubem. Disponível em: https://www.pensador.com/textos_de_rubem_braga/ Acesso em: outubro de 2024. Adaptado.)
Grafar as palavras de maneira correta é de suma importância para o desenvolvimento da competência de leitura e escrita, bem como para a compreensão de textos. Assinale a seguir a palavra que está escrita INCORRETAMENTE.
Alternativas
Q3070423 Português
Distância


    Em uma cidade há um milhão e meio de pessoas; em outra há outros milhões: e as cidades são tão longe uma de outra que nesta é inverno quando naquela é verão. Em cada uma dessas cidades há uma pessoa; e essas duas pessoas tão distantes acaso pensareis que podem cultivar em segredo como plantinha de estufa, um amor à distância?

    Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma presença constante e inumerável de olhos, vozes, notícias. Não se telefonam nunca; é tão caro, e além disso, que se diriam? Escrevem-se. Mas uma carta leva dias para chegar; ainda que venha vibrando, cálida, cheia de sentimento, quem sabe se no momento em que é lida já não poderia ter sido escrita? A carta não diz o que a outra pessoa está sentindo, diz o que sentia, na semana passada... e as semanas passam de maneira assustadora, os domingos se precipitam mal começam as noites de sábado, as segundas retornam com veemência gritando –– “outra semana!” –– e as quartas já têm um gosto de sexta, e o abril de-já-hoje quando se viu era mudado em agosto.

   Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz, mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não dizem que muita vezes ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência –– e no entanto há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem? Direis que não importa a estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda –– e eu vos direi: amai para entendê-las!

    Ao que ama o que lhe importa não é a luz nem o som, é a própria pessoa amada mesma, o seu vero cabelo, e o vero pelo, o osso de seu joelho, sua terna e úmida presença carnal, o imediato calor; é o de hoje, a agora, o aqui –– e isso não há.

   Então a outra pessoa vira retratinho do bolso, borboleta perdida no ar, brisa que a testa recebe na esquina, tudo o que for eco, sombra, imagem, nada, um pequeno fantasma, e nada mais. E a vida de todo dia vai gastando insensivelmente a outra pessoa, hoje lhe tira um modesto fio de cabelo, amanhã apenas passa a unha de leve fazendo um traço branco na sua coxa queimada pelo sol, de súbito a outra pessoa entra em fading um sábado inteiro, está se gastando, perdendo seu poder emissor à distância.

   Cuidais amar uma pessoa, e ao fim vosso amor é um maço de papéis escritos no fundo de uma gaveta que se abre cada vez menos...

    Não ameis à distância, não ameis, não ameis!


(BRAGA, Rubem. Disponível em: https://www.pensador.com/textos_de_rubem_braga/ Acesso em: outubro de 2024. Adaptado.)
Assinale o vocábulo que se DIFERENCIA dos demais em relação à acentuação.
Alternativas
Q3069893 Português
Seríamos vítimas da Matrix? As redes sociais e a nossa saúde mental


Ainda que seja muito complicado – e talvez controverso – produzir uma comprovação científica que evidencie a correlação entre a popularização das redes sociais e o aumento do sofrimento psíquico, as observações clínicas que apontam nesse sentido são abundantes e permitem que essa correlação seja presumida. No divã, são cada vez mais frequentes as queixas em relação à autoimagem, às dificuldades de socialização, ou direcionadas à infinita impotência das idealizações (de corpo, de consumo, de estilo de vida…) vendidas nas redes sociais, frente aos acachapantes impactos de uma realidade cada vez mais dura e precária para muita gente.


E não para por aí. Além de sofrimentos como esses, é possível observar outro efeito grave, sutil e profundamente nocivo: o esfacelamento do domínio da linguagem. Enquanto as redes sociais se especializam na comunicação imagética, através do compartilhamento massivo de fotos e vídeos – cada vez mais curtos, diga-se de passagem –, é possível observar o aumento da dificuldade de expressão verbal e nomeação dos fenômenos do nosso mundo interno, sobretudo entre jovens.


A capacidade de nomear o que acontece em nossa vida emocional é uma habilidade na busca por sentido naquilo que acontece em nossa vida. Com o empobrecimento da linguagem e da nossa capacidade de nomeação do que se passa ao nosso redor e em nosso mundo interno, perdemos ferramentas poderosas que nos auxiliam no árduo trabalho de compreensão da realidade, assim como de elaboração e ressignificação dos nossos afetos e sofrimentos.


Matrix, o clássico do cinema lançado no fim da década de 1990, retrata um universo em que não éramos nós, seres humanos, que utilizávamos as máquinas para facilitar a nossa vida, mas o contrário, eram elas que faziam de nós objetos de uso para o desenvolvimento de um mundo onde apenas elas prosperavam. A trama propõe um domínio das máquinas e o aprisionamento das nossas mentes em um simulacro da realidade. Hoje, com a popularização das redes sociais e o surgimento de uma nova geração de inteligência artificial, começam a pulular os temores de que as fronteiras das nossas mentes estariam realmente em risco.


Talvez reine um medo que a ficção científica dos filmes e livros tenham plantado em nosso imaginário. Ou talvez o avanço desses dispositivos e sistemas tenha evidenciado um antigo alerta freudiano: o de que o entendimento do ser humano está sempre atrasado, acontece sempre a posteriori.


Seguindo tal raciocínio, o esquecimento do alerta de Freud pode nos ter levado a negligenciar o devido cuidado com os rumos que damos no uso e à aplicação das novas tecnologias.


Precisamos assumir o protagonismo no debate sobre como queremos que as redes sociais e as inteligências artificiais sejam construídas. Não podemos permitir que o debate sobre o desenvolvimento das tecnologias desconsidere os impactos sobre as novas subjetividades, sobretudo quando já temos o entendimento de que, até aqui, o mundo digital tem contribuído ativamente no surgimento de uma nova humanidade, mais vulnerável e psicologicamente mais sofrida.


Não precisamos seguir nesse rumo. Ao contrário, podemos deixar de lado o terror da Matrix e utilizar uma outra metáfora para pensar sobre o assunto. Uma metáfora onde a tecnologia é bem-vinda: humanidade e as máquinas já são duas espécies distintas que se juntaram e se adaptaram para sobreviver. É importante percebermos que as máquinas já utilizam, há tempos, os seres humanos para a sua evolução. Não que estejam vivas, ou que tenham se tornado conscientes do processo. Longe disso. Nós é que estamos inconscientes demais.


E, quase que sem nos darmos conta, já estamos servindo de apoio para o desenvolvimento das máquinas e algoritmos. Eles evoluem muito mais por tudo o que tem sido negligenciado, por tudo aquilo que fica no campo do não dito, que fica inconsciente em nossa sanha de progresso a todo custo. Mas não temos motivos para crer que os robôs nos substituirão em uma disputa pela dominação global. Há uma mutualidade aí: as máquinas dependem de nós para a sua evolução, e nós dependemos delas para a nossa sobrevivência. O que está em jogo é como cuidaremos dos efeitos dessa nova espécie que surge a partir da união de duas entidades distintas.


(Francisco Nogueira. Disponível em: https://saude.abril.com.br/. Acesso em: julho de 2024. Adaptado.)
Conforme o novo acordo ortográfico, a grafia de “autoimagem” em “[...] as queixas em relação à autoimagem, [...]” (1º§) está correta. Pela nova ortografia, o hífen é mantido, em palavras iniciadas pelo falso prefixo “auto”, quando o segundo elemento inicia por:
Alternativas
Respostas
16: D
17: C
18: C
19: D
20: D