Questões de Português - Pontuação para Concurso
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IDOETA, P.A. 8 lições após um ano de ensino remoto na pandemia. Disponível em:<https://educacao.uol.com.br/ultimas/bbc/2021/04/24/8-licoes-apos-um-de-ensino-remoto-na-pandemia.htm>
Leia o texto a seguir e responda à questão:
Cientistas buscam seu lugar nas Eleições 2018
Combalidos por uma sequência de cortes orçamentários e diversas tentativas frustradas de transformar a ciência numa prioridade de Estado, cientistas brasileiros apostam nas eleições deste ano para conquistar mais apoio e, quem sabe, até aumentar sua representatividade no cenário político nacional, elegendo cientistas para o Congresso e para as legislaturas estaduais.
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) devem divulgar nos próximos meses uma série de documentos endereçados aos futuros candidatos do Executivo e do Legislativo, delineando propostas e prioridades para o setor — entre elas, a recomposição do orçamento federal de Ciência e Tecnologia (reduzido pela metade nos últimos cinco anos), a recriação do MCTI como ministério único (separado das Comunicações), a desburocratização dos sistemas de pesquisa e o fomento à inovação, tanto na esfera pública quanto na indústria.
(Trecho. Herton Escobar. O Estado de São Paulo. 04 Maio 2018. Disponível em: <http://ciencia.estadao.com.br/blogs/herton-escobar/cientistasbuscam-seu-lugar-nas-eleicoes-2018/>)
Texto para a questão
(João Carlos Ribeiro Jr. Le monde diplomatique. 25 de maio de 2021)
Assinale a alternativa que apresente pontuação igualmente correta para o período acima.
TEXTO II
Disponível em https://www.folhadaregiao.com.br/2019/07/24/charge-do-dia-24-
07-2019-tiens/. Acesso em 06/03/2021
TEXTO I
A solidão amiga
A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...
Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida.
Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.
Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.
Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!" (...)
O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...
A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira. (...)
Rubem Alves
Disponível em https://www.pensador.com/cronicas_de_rubem_alves/
Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! Como são belos os dias De despontar da existência! – Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar é – lago sereno, O céu – um manto azulado, O mundo – um sonho dourado, A vida – um hino d’amor! (Casimiro de Abreu)
1. Para o autor, a época de sua infância foi repleta de dias belos e por isso sente saudades do começo de sua vida. 2. No segmento: Que amor, que sonhos, que flores, o uso das vírgulas deu por ter que separar elementos de uma enumeração. 3. Na segunda estrofe há quatro figuras de linguagem denominadas comparação: O mar e – lago sereno,/O céu – um manto azulado, /O mundo – um sonho dourado, /A vida – um hino d’amor!
Esta (a o) correta (s) a (s) afirmativa (s):
Assinale a alternativa INCORRETA acerca dos sinais de pontuação do trecho destacado acima.
TEXTO II
FILOSOFIA DOS EPITÁFIOS
TEXTO 03
O incômodo com o meio literário
Adhailton Lacet Porto - Magistrado
Publicado em: 05/04/2021 03:00 Atualizado em: 04/04/2021 20:39
(I) Quando comecei a ler com regularidade, ainda na adolescência, fiz algumas leituras desordenadas, sem orientação, para as quais ainda não estava preparado, lendo de Thomas Mann a Hermann Hesse, sem entender patavina, mesmo assim segui em frente. Achava escritores pessoas encantadas, livres de defeitos, imunes a picuinhas. Via o chamado “meio literário”, como verdadeiro paraíso da cultura e das amizades recíprocas e ajuda mútua.
(II) Estava enganado. Foram os próprios escritores que emitiram suas opiniões sobre o tal “meio literário”. Alguns famosos, com textos traduzidos para vários idiomas, outros nem tanto. O jornal literário “Rascunho” formulou a seguinte indagação: “O que mais te incomoda no meio literário?” Eis as respostas:
(III) Raphael Montes: “O esnobismo, as picuinhas e a hierarquia entre a dita ‘alta literatura’ e a literatura popular, de gênero”. Já Tabajara Ruas foi enfático: “Não frequento”.
(IV) A pernambucana ganhadora do Jabuti 2020, poeta Cida Pedrosa foi objetiva e genial: O “ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de Baudelaire”.
(V) Edney Silvestre: “A falta de reconhecimento e apoio a outros escritores brasileiros, à maneira que autores e músicos baianos fazem entre si, tal como os mineiros e gaúchos, dando sempre prioridade, inclusive em seus festivais, a autores de seus estados. Pergunte a um mineiro, um gaúcho ou um baiano qual o melhor escritor do país e verá: o citado será um conterrâneo”.
(VI) A poeta mineira Mônica de Aquino: “A necessidade atual, aumentada pelas redes sociais, de o próprio escritor fazer propaganda de si, de ser uma espécie de promoter e relações públicas, tendo que responder também a todos os acontecimentos públicos e políticos, em um engajamento obrigatório que, no entanto, muitas vezes não cria ou muda nada — já que falamos, nas redes, majoritariamente para quem já tem o pensamento próximo ao nosso”. Já o escritor vencedor do Jabuti 2020, categoria infantil, Otávio Júnior respondeu “A arrogância dos autores que não entendem o seu papel social no país, um país de não leitores”.
(VII) O escritor paulistano Tiago Ferro entende que no meio literário o incomoda a falta de um debate crítico. Por sua vez o carioca Maurício Lyrio, que também é diplomata assegura que “Convivo com o meio literário mais como diplomata do que como escritor. Como embaixador no México, me cabe promover a literatura brasileira, e tenho o prazer de juntar trabalho e arte apoiando a publicação de obras clássicas nossas, a participação de autores em eventos como a Feira de Guadalajara ou em leituras no Centro Cultural Brasil-México. Por ter outra profissão e não depender materialmente da literatura e de suas atividades (prêmios, bolsas, vendas), meu olhar talvez seja um pouco benigno em relação ao meio. Mas a verdade é que tenho mais prazer em conviver com o meio literário do que com muitos outros”.
(VIII) A curitibana radicada em São Paulo Sabina Anzuategui, que também ministra aula em oficina literária, disse que “Cresci apaixonada por livros, achando que escritores e editores eram pessoas especiais. Foi meio chocante descobrir que são pessoas como as outras. Por exemplo, amores literários não são recíprocos. Você pode adorar o livro de alguém, mas isso não significa que ele/a se interessará pelo seu”.
(IX) O carioca Paulo Lins que ficou bastante conhecido com o seu livro Cidade de Deus, também adaptado para o cinema e televisão, é outro que tem suas queixas: “São esses humanos que se acham melhores do que os outros. Acho ridículo gente que se acha importante porque é famosa. Também tenho bronca daqueles que se acham injustiçados”.
(X) Por esse pequeno mosaico podemos ver que a maioria dos profissionais da escrita carrega consigo um pouco de mágoa desse efervescente ambiente que é o literário. Tenho para mim que em outras profissões as queixas sobre o “meio” não diferem muito da dos literatos. Porque, como já disse o filósofo, sobre humanos, demasiadamente humanos.
(Acesso em 6 de abril de 2021 – com Adaptações).
https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/o
piniao/2021/04/o-incomodo- com-o-meio-literario.html
I. “Por esse pequeno mosaico podemos ver que a maioria dos profissionais da escrita carrega consigo um pouco de mágoa desse efervescente ambiente que é o literário. (décimo parágrafo)” - Há a possibilidade de acrescentar-se uma vírgula após “mosaico”, isolando assim um adjunto adverbial deslocado. II. “Por sua vez o carioca Maurício Lyrio, que também é diplomata assegura que [...]” (sétimo parágrafo)” – Nesse trecho, verificam as seguintes incorreções gramaticais: a ausência de sinal de vírgula, marcando o deslocamento do adjunto adverbial (“Por sua vez”); a ausência da vírgula após “diplomata”, gerando uma incorreção gramatical, uma vez que deixaria de marcar o oração adjetiva intercalada. III. O jornal literário “Rascunho” formulou a seguinte indagação: “O que mais te incomoda no meio literário?” (segundo parágrafo). - As aspas foram usadas em “Rascunho” e em “O que mais te incomoda no meio literários”, tendo por base a mesma regra, ou seja, pelo mesmo motivo.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):
TEXTO 02
Portugal bate EUA e se torna favorito dos brasileiros que querem trabalhar no exterior
Segundo levantamento da consultoria BCG, Canadá e Angola também desbancaram país norte-americano.
6.abr.2021 às 11h35 - Bárbara Blum - SÃO PAULO
Portugal, Canadá e Angola são os três destinos preferidos dos brasileiros para trabalhar fora, de acordo com o levantamento global da consultoria BCG (Boston Consulting Group).
O ranking, feito desde 2014, sempre contava com liderança dos Estados Unidos – desbancado pelo Canadá a nível global pela primeira vez em 2020.
Os dados são da terceira edição do "Decoding Global Talent 2020", que teve participação de 209 mil pessoas de 190 países. As edições anteriores se referem aos anos de 2014 e 2018.
Em ambas, o Canadá ficou em terceiro lugar, atrás de EUA, em primeiro, e Alemanha e Reino Unido, segundos colocados em 2018 e 2014, respectivamente.
https://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/carreiras/2
021/04/portugal-bate-eua-e-se-torna-favorito-dos-brasileiros-que-querem-trabalhar-no-exterior.shtml
(acesso em 11 /04/ 2021)
I. Em “Portugal, Canadá e Angola são os três destinos preferidos dos brasileiros [...]”, usa-se a vírgula para separar termos de mesma função sintática; no caso em questão, a função de aposto. II. Em “O ranking, feito desde 2014, sempre contava com liderança dos Estados Unidos [...]”, usam-se as vírgulas para separar uma oração reduzida. III. Em “Os dados são da terceira edição do "Decoding Global Talent 2020", que teve participação de 209 mil pessoas de 190 países.”, usa-se a vírgula para separar uma oração adjetiva explicativa.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):
Disponível em http://bdjv420.blogspot.com/2011/10/vixi.html, acesso em 10/01/2019.