Questões de Português - Pontuação para Concurso

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Q2018429 Português

Texto para o item.




Considerando os aspectos linguísticos e as ideias do texto, julgue o item.


Estariam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso o ponto final empregado após o termo “porta” (linha 15) fosse substituído pelo sinal de ponto e vírgula, feito o devido ajuste de letras maiúsculas e minúsculas no período. 

Alternativas
Q2018007 Português
TEXTO II

AULA DE PORTUGUÊS

A linguagem Na ponta da língua, Tão fácil de falar E de entender. A linguagem Na superfície estrelada de letras, Sabe lá o que ela quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, E vai desmatando O amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, Atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, Em que pedia para ir lá fora, Em que levava e dava pontapé, A língua, breve língua entrecortada Do namoro com a prima. O português são dois; o outro, mistério. Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo II. Rio de Janeiro: Record, 1999.
    Marque a alternativa que justifica o emprego das vírgulas entre os termos que compõem o verso "Atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me".
Alternativas
Q2017885 Português
No que se refere à pontuação, estariam preservados os sentidos e a correção gramatical do texto caso  
Alternativas
Q2017588 Português
Não é apenas impressão: algumas pessoas são mesmo 'imã' de mosquito, diz estudo

Trabalhando com o odor corporal de sessenta e quatro voluntários ao longo de vários anos, a pesquisa descobriu que certos ácidos presentes na pele atraem os mosquitos até cem vezes mais do que outros.

Para realizar a comparação, o estudo pediu aos participantes que usassem meias de nylon ao redor dos antebraços, a fim de coletar o odor expelido pela pele: em seguida, cada meia foi colocada dentro de um longo tubo, e os mosquitos foram liberados para "escolher" o cheiro preferido. "Eles basicamente se aglomeravam nos mais atraentes", afirmou Leslie Vosshall, neurobióloga da universidade e principal autora da pesquisa. "Então, a verdade tornou-se muito óbvia imediatamente", concluiu a pesquisadora.

Algumas pessoas, de fato, funcionam como um imã para os mosquitos e suas mordidas.

O experimento utilizou mosquitos Aedes aegypti, que transmite doenças como febre amarela, dengue e zika e, ao repetir o procedimento ao longo de três anos, concluiu que certos perfis de odores corporais atraíam, consideravelmente, mais os mosquitos e que tal magnetismo permanece com a passagem do tempo. Os insetos são fiéis aos cheiros que preferem, e escolhem sempre as mesmas vítimas, mesmo após a passagem do tempo.

O ácido que atrai os mosquitos é incorporado ao nosso cheiro por bactérias saudáveis na pele.

Entre os odores mais atraentes, os pesquisadores encontraram em comum níveis mais altos de ácidos, formados por "moléculas gordurosas" que funcionam como uma camada hidratante em nossa pele, e que são incorporados ao nosso perfume natural através de bactérias saudáveis, ao se alimentarem dos ácidos. "Se você tem altos níveis dessas coisas em sua pele, você será o único no piquenique recebendo todas as picadas", explica Vosshall. A pesquisa foi publicada na revista científica Cell, e em breve será repetida com outros tipos de mosquito.

Não é apenas impressão: algumas pessoas são mesmo ?imã? de mosquito, diz estudo (msn.com). Adaptado.
Entre os odores mais atraentes, os pesquisadores encontraram níveis mais altos de ácidos.
Assinale a opção CORRETA quanto à nova pontuação.
Alternativas
Q2017382 Português

Texto para o item.



Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isolamento.

Rio de Janeiro: Record, 2002. p.156-7.

Considerando os aspectos linguísticos e as ideias do texto, julgue o item.


Estariam preservados os sentidos e a correção gramatical do texto caso fosse inserida uma vírgula imediatamente depois do vocábulo “horas” (linha 14). 

Alternativas
Q2016979 Português

A chama é bela


         Nos anos 1970 comprei uma casa no campo com uma bela lareira, e para meus filhos, entre 10 e 12 anos, a experiência do fogo, da brasa que arde, da chama, era um fenômeno absolutamente novo. E percebi que quando a lareira estava acesa eles deixavam a televisão de lado. A chama era mais bela e variada do que qualquer programa, contava histórias infinitas, não seguia esquemas fixos como um programa televisivo.

     O fogo também se faz metáfora de muitas pulsões, do inflamar-se de ódio ao fogo da paixão amorosa. E o fogo pode ser a luz ofuscante que os olhos não podem fixar, como não podem encarar o Sol (o calor do fogo remete ao calor do Sol), mas devidamente amestrado, quando se transforma em luz de vela, permite jogos de claro-escuro, vigílias noturnas nas quais uma chama solitária nos obriga a imaginar coisas sem nome...

        O fogo nasce da matéria para transformar-se em substância cada vez mais leve e aérea, da chama rubra ou azulada da raiz à chama branca do ápice, até desmaiar em fumaça... Nesse sentido, a natureza do fogo é ascensional, remete a uma transcendência e, contudo, talvez porque tenhamos aprendido que ele vive no coração da Terra, é também símbolo de profundidades infernais. É vida, mas é também experiência de seu apagar-se e de sua contínua fragilidade.


(Adaptado de: ECO, Umberto. Construir o inimigo. Rio de Janeiro: Record, 2021, p. 54-55)

Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase: 
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Q2016916 Português

Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão. 



Verifica-se o emprego de vírgula(s) para isolar um vocativo em:  
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Q2016797 Português
TEXTO 01

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Crescimento em Grupo

Um membro de um determinado grupo, sem nenhum aviso deixou de participar.
Após algumas semanas, o mestre do grupo decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria. O mestre encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante de um brilhante fogo.
Supondo a razão para a visita, o homem saudou-lhe, conduziu-lhe a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto esperando.
O mestre se fez confortável, mas não disse nada. No silêncio sério, contemplou a dança das chamas em torno da lenha ardente. Após alguns minutos, o mestre examinou as brasas, cuidadosamente apanhou uma brasa ardente e deixou-a de lado. Então voltou a sentar-se e permaneceu silencioso e imóvel. O anfitrião prestou atenção a tudo, fascinado e quieto.
Então foi-se diminuindo a chama da solitária brasa, houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou de vez. Logo estava frio e morto. Nenhuma palavra tinha sido dita desde o cumprimento inicial.
O mestre, antes de se preparar para sair, recolheu a brasa fria e inoperante e colocou-a de volta no meio do fogo. Imediatamente começou a incandescer uma vez mais com a luz e o calor dos carvões ardentes em torno dela.
Quando o mestre alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse: - Obrigado tanto por sua visita quanto pelo sermão. Eu estou voltando ao convívio do grupo.

https://semeandocatequese.wordpress.com/category/mensagem/page/2/ - Adaptado
No trecho "Após algumas semanas, o mestre do grupo decidiu visitá-lo .", a vírgula destacada foi empregada para:
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Q2016150 Português
As frases abaixo foram reescritas com deslocamento de seus termos; assinale a forma de reescritura que apresenta uma pontuação adequada.
Alternativas
Q2016086 Português
Em se tratando de pontuação, assinale (V) verdadeiro ou (F) falso e marque a alternativa devida, quanto ao travessão, ponto de interrogação e ponto de exclamação.
( ) O travessão é usado para substituir parênteses, vírgulas e dois-pontos. ( ) O travessão é utilizado para indicar a mudança de interlocutor no diálogo. ( ) O travessão é empregado para realçar uma oração intercalada. ( ) O ponto de exclamação é usado em frases interrogativas (perguntas) diretas. ( ) O ponto de interrogação é usual no final de orações que exprimem espanto, surpresa, admiração. ( ) O ponto de exclamação é utilizado após frases imperativas. 
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Q2015626 Português

TEXTO I


Aparência


Em comparação com a última década, insatisfação com aparência e peso aumentou consideravelmente.

Poderia ser uma boa notícia o fato de que 6 em cada 10 jovens brasileiros estão muito satisfeitos com a própria aparência. Mas não é. Há 11 anos, o Datafolha perguntou aos jovens brasileiros se eles se sentiam felizes com a aparência e registrou que 82% estavam muito satisfeitos com o que viam diante do espelho. A mesma pergunta foi feita agora e o grupo dos que se consideram muito satisfeitos caiu 23 pontos percentuais.

O descontentamento é maior entre as garotas – 44% se dizem pouco satisfeitas e 6%, nada satisfeitas com a aparência. As meninas de 16 e 17 anos representam o auge do dissabor: 7% delas estão totalmente insatisfeitas. Como não é provável que a feiura tenha se tornado uma epidemia ao longo dos anos, por que os jovens estão se sentindo mais infelizes com a própria aparência?

Segundo especialistas, trata-se de uma questão social. Padrão de beleza. Para a psicóloga Joana Novaes, coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza da PUC Rio, o padrão de beleza atual impõe que o jovem seja magro, “sarado” e bronzeado. “Tantas exigências geram uma relação infeliz com o próprio corpo”, diz ela, que é autora do livro O Intolerável Peso da Feiura.

Segundo a psicóloga, a infelicidade se agrava devido à diferença de tratamento que a sociedade impõe ao “feio” e ao “bonito”. Enquanto a beleza é um meio de ascensão social no Brasil, quem é considerado feio se torna vítima de um preconceito socialmente aceito, pois é permitido que se recrimine a aparência do outro. Já a antropóloga Mirian Goldenberg – autora de O Corpo Como Capital e professora do departamento de antropologia social da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) – não acredita que o jovem esteja se sentindo mais feio, mas, sim, inadequado em relação ao padrão de corpo valorizado pela sociedade.

Contudo, segundo Goldenberg, a juventude atual é a primeira geração que cresceu sabendo que há meios para se adequar ao padrão: vestir-se de acordo com a moda, investir em tratamentos estéticos, recorrer a cirurgias plásticas, etc.

Comparando os resultados com 11 anos atrás, o número de jovens muito satisfeitos com o peso caiu de 61% para 50%. Outra vez, a maior insatisfação se verifica entre as garotas, com o ápice do descontentamento entre as que têm de 22 a 25 anos: 26% estão insatisfeitas com o peso. Para o psicólogo Nivaldo de Oliveira Santos, coordenador do estudo, os números surpreendem porque 8 em cada 10 estudantes consultados eram magros ou tinham peso normal em relação à altura e à idade. Surpreendem ainda mais porque, em teoria, os estudantes da área de saúde deveriam ser bem informados sobre cuidados com o corpo. “O que se teme é que, se considerado um universo maior de jovens, o panorama possa ser ainda mais preocupante”, diz Santos.


Disponível em: https://bityli.com/REoimr.

Acesso em: 30 out. 2021 (adaptado).

Sobre os seguintes trechos do texto, assinale a alternativa incorreta
Alternativas
Ano: 2017 Banca: IBC Órgão: IPMO - SP Prova: IBC - 2017 - IPMO - SP - Contador |
Q2015194 Português
Observe o uso do travessão nas expressões abaixo:

- Que nada, ele é aposentado;
- Pois é; a preferência é dele;

Assinale a alternativa que corresponde a mesma regra de utilização do travessão utilizado no trecho retirado do texto acima: 
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Q2014951 Português

Exemplos de honestidade

“Fui cortar a luz de uma residência, pois estava para vencer o terceiro talão. Antes de sair, quando encerrava o serviço no tablete, um menino me pediu R$ 1 para comprar doces. Como só tinha R$ 5, dei a nota e falei para ele dividir com os dois irmãos. No fim da tarde, ao voltar para religar a energia, ele me esperava todo feliz. Achei que era por causa da luz, mas ele se aproximou e disse ‘ainda bem que você veio’, abriu a mão e me deu R$ 2. Falou que era meu troco”.

Em um país que se depara constantemente com casos de corrupção e de inversão de valores, a história do eletricista João Cândido da Silva Neto acaba se transformando em exceção. O episódio com o funcionário da Copel (Companhia Paranaense de Energia) aconteceu entre setembro e outubro de 2016, em Santo Antônio da Platina, porém foi compartilhado somente dois dias depois do Dia das Crianças de 2017. “Gosto de registrar o que acontece no meu dia a dia, então escrevi isto e guardei. Como vi a situação da família, que está passando por dificuldades, resolvi postar no Facebook na expectativa de que meia dúzia de colegas de trabalho viesse ajudar”, explica Neto.

O que ele não esperava, porém, é que a meia dúzia se transformasse em milhares e que o caso repercutisse em todo o Brasil. “Na data em que fiz o post, meu celular não parava de receber notificações durante a noite. Fiquei meio sem entender o porquê. No outro dia, quando vi, já estava com milhares de acessos”. Para o eletricista, essa comoção retrata o sentimento que teve ao receber o inesperado troco da criança. “Na hora em que ele me deu o dinheiro, ‘a ficha não caiu’. Mas depois parei e percebi o quanto a atitude daquele menino havia sido grandiosa. O quão honesto era aquele singelo gesto”, acredita. “Cheguei à conclusão de que temos uma geração linda que está vindo para melhorar nossa sociedade”.

A origem do menino Alessandro Júnior, entretanto, mostra que a atitude que teve é reflexo da vida simples e baseada em valores que leva junto com a família. Para Alessandro Monteiro Sousa, pai do garoto, o gesto do filho é motivo de orgulho, mas principalmente de certeza de que ele aprendeu a relevância de ser honesto e ter caráter. “Fazemos de tudo para criar nossos filhos com educação. Busco passar para eles os valores que recebi quando era criança. Não somos ricos, porém o que temos é nossa dignidade e nossos valores. Dinheiro nenhum vale mais que isso”, ressalta.

(Adaptado de: MARCONI, P. Exemplos de honestidade. Folha de Londrina, 4 e 5 de novembro de 2017. Folha Especial. p. 8.)
A expressão “a ficha não caiu” foi utilizada entre aspas, no texto, para
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Q2014372 Português
A questão refere-se ao texto reproduzido a seguir.


A (in)segurança pública e os reflexos na sociedade
José Ricardo Bandeira

   A cada dia que passa os cidadãos das grandes cidades e capitais brasileiras são obrigados a conviver com a explosão de violência e criminalidade que assola o país. Balas perdidas, arrastões, roubos e homicídios já não são surpresas em uma nação que tem a incrível taxa de mais de 60 mil assassinatos por ano.
  E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.
   A saber, nas últimas décadas, tornou-se prática obrigatória no Brasil combater a criminalidade por meio do enfrentamento policial em detrimento de muitas outras medidas racionais e científicas que poderiam trazer resultados sólidos.
   Em uma caixa chamada segurança pública, onde existem diversas outras alternativas, a polícia é única e tão somente uma das ferramentas no combate à criminalidade.
   Apenas para ilustrar como os nossos governantes priorizam o enfrentamento policial, a primeira grande operação no Brasil ocorreu no dia 21 de março de 1963 na “comunidade da favela”, hoje conhecida como morro da Providência, no Rio. Com o apoio de um helicóptero, cerca de 500 policiais cercaram a comunidade e fizeram 200 presos. Daí por diante, essa foi a política de segurança implementada por praticamente todos os governadores do Brasil. Entretanto, ao priorizar o enfrentamento policial, os efeitos colaterais são inevitáveis. Há morte de inocentes, caos e transtornos nas grandes cidades e prejuízos ao comércio e turismo, além de graves sequelas psicológicas provocadas naqueles que vivenciam a violência diariamente.
   A segurança pública é uma ciência e, como tal, deve ser tratada e conduzida. Logo, a forma mais eficiente de lidar com a violência nas grandes cidades é por meio de investimento em inteligência, impedindo que drogas, armas e munições cheguem às comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e pelas organizações criminosas. Asfixia-se, assim, suas ações e corta-se seus recursos — sem drogas, armas e munições, o crime naturalmente sucumbe.
   Todavia, nesse critério, o governo federal sempre foi o grande vilão da segurança pública, pois nunca impediu que drogas, armas e munições atravessassem fronteiras, percorressem estradas, portos e aeroportos e chegassem às comunidades.
   Em paralelo à aplicação das medidas de inteligência, é necessário também um grande projeto de geração de emprego e renda em substituição ao dinheiro gerado pela narcoeconomia que circula nas comunidades. Infelizmente, enquanto tais medidas não forem implementadas, continuaremos a velha política de enfrentamento e com a triste classificação de termos a polícia que mais mata e que mais morre no mundo.

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 16 abr. 2019


As questões 3, 4 e 5 referem-se ao parágrafo reproduzido a seguir.
E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.


Sobre o uso dos sinais de pontuação, é correto afirmar: 

Alternativas
Q2014347 Português
A questão refere-se ao texto reproduzido a seguir.

Belas, Ricas e Casadas

    O que é preciso para ser uma princesa? A antropóloga Michele Escoura fez essa pergunta para meninos e meninas de duas escolas públicas e uma particular do interior de São Paulo. As respostas dos 200 alunos de 5 anos reuniram as seguintes características: ser jovem, bonita, magra, possuir joias e vestidos e casar-se com um príncipe. O objetivo da pesquisa era entender como as princesas de duas animações da Disney influenciavam a visão de feminilidade de meninos e meninas da pré-escola
    As reações das crianças diante de duas histórias centradas em protagonistas femininas – Cinderela (1950) e Mulan (1998) – mostraram que a ideia de “princesa” para elas está associada a obter sucesso no amor romântico e possuir beleza tradicional. “Esse ideal de feminilidade está presente na sociedade como um todo, e as princesas da Disney traduzem isso para essa faixa etária”, analisa Michele.
    Os primeiros passos para a pesquisa foram dados ainda durante a graduação em Ciências Sociais na Universidade Estadual Paulista (Unesp), quando a antropóloga passou a se interessar pelo campo dos estudos de gênero. Fundada na década de 1960, a área procura investigar como a sociedade influencia na construção da masculinidade e da feminilidade. Partindo desse pressuposto, Michele passou a investigar a primeira infância. “Quando comecei a entrar em contato com as crianças, percebi que Cinderela era uma referência muito presente no cotidiano das meninas, que falavam sobre a personagem e tinham muitos produtos”, relata.
    A popularidade da personagem, criada na década de 1950, intrigou a antropóloga, que resolveu estudar o que o filme poderia estar ensinando para as meninas. No entanto, uma das razões encontradas para o sucesso de Cinderela é comercial. A personagem faz parte da marca “Princesas Disney”, criada em 2000 com o objetivo de licenciar a imagem de personagens específicas para diversos tipos de produto. “As crianças conhecem as personagens pelos produtos e só depois buscam os filmes”, conta.
    A pesquisa se ampliou durante o mestrado na Universidade de São Paulo, quando Michele passou a analisar o que os pequenos entendiam e aprendiam com as personagens. Na época, a Disney dividia as princesas entre “clássicas” e “rebeldes”. Do lado clássico ficavam personagens como Cinderela, Branca de Neve e Bela Adormecida. Já Ariel (A Pequena Sereia), Jasmin (Aladin) e Mulan foram classificadas como rebeldes.
    Por causa da divisão, Michele delimitou o estudo a duas obras de animação, cada uma com um tipo de princesa. A primeira é Cinderela, clássico adaptado do francês Charles Perrault, sobre a menina bondosa impedida de ir ao baile real pela madrasta malvada e que é ajudada por uma fada madrinha e reconhecida pelo príncipe encantado por meio de seu sapatinho de cristal. O outro filme é Mulan, animação de 1998 protagonizada por uma jovem corajosa que se traveste de homem para representar sua família no exército da China.
    Entre 2009 e 2011, Michele passou a frequentar as salas de aula de cada escola ao longo de quatro meses, três vezes por semana. A pesquisadora assistiu aos dois filmes com crianças de três escolas nas cidades de Marília e Jundiaí, no estado de São Paulo. Durante as sessões, anotava os comentários feitos espontaneamente pelos alunos e, após os filmes, pedia que as crianças desenhassem a parte de que mais gostaram e explicassem o porquê. “Ficou claro que Mulan, ao contrário de Cinderela, não era considerada uma princesa”, conta Michele.
    Algumas crianças afirmaram que Mulan não era uma princesa porque a chinesa não chegava a se casar no fim da história – apenas é sugerido um encontro com seu par romântico. Uma menina discordou e reconheceu Mulan como princesa, mas desenhou a personagem, dona de traços orientais e cabelo escuro, com o cabelo amarelo, loiro. “As crianças já compreendem que o padrão de beleza mais valorizado é esse”, afirma Michele.
    A posse de joias, coroas e vestidos também foi apontada pelos pequenos como a marca que caracterizava uma princesa, assim como a juventude. A antropóloga explica que esse ideal de beleza está presente não só nas princesas da Disney, mas também em novelas, revistas femininas e na mídia de modo geral. “O risco é as crianças só terem contato com um único referencial de beleza e feminilidade. Precisamos valorizar e dar importância para outros tipos de feminilidade”.
    Para Michele, as princesas estão mudando conforme novas personagens femininas ganham características diferentes em filmes mais recentes. “A Disney acompanha essa transformação social que amplia o papel da mulher”, analisa. A antropóloga acredita, porém, que há espaço para mudanças ainda maiores. “Mulan é uma heroína corajosa, mas que ainda mantém traços de feminilidade arraigados, como a centralidade na beleza e no amor romântico. Será que não podemos avançar mais?”
    A primeira princesa da Disney foi Branca de Neve, lançada em 1937. Na década de 50, surgiram Cinderela e Bela Adormecida. Nos anos 80 e 90, elas apareceram com comportamento um pouco mais rebelde e beleza menos tradicional (Ariel e a árabe Jasmine) e tornaram-se personagens de uma franquia da Walt Disney Company. A partir daí, uma grande variedade de produtos foi lançada no mercado, que imediatamente viraram febre. Nos anos 2000, foram acrescentadas personagens com características menos tradicionais e mais proativas, como Pocahontas, Tiana, Rapunzel e Mulan. Esta última cortou os longos.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/belas-ricas-e-casadas/> Acesso em: Abril de 2019
Em relação às aspas utilizadas no segundo parágrafo, é correto afirmar que 
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Q2014086 Português
RAPIDINHO

       Todos nos beneficiamos e nos orgulhamos das conquistas da vida moderna, especialmente da crescente velocidade com que fazemos as coisas acontecerem. Mudanças que antigamente levavam séculos para se efetivarem agora podem ser realizadas em poucos anos, às vezes em poucos meses. Quando não em poucas semanas, ou até em poucos dias. Nas sociedades tradicionais, as normas de conduta, as leis, os costumes, o modo de se vestir, os estilos artísticos tinham uma extraordinária capacidade de perdurar. Tudo se modificava, é claro, mas sempre muito devagar. [...]
          Na utilização dos meios de comunicação, os mensageiros foram substituídos pelo telégrafo elétrico, que cedeu lugar ao telégrafo sem fio, ao telefone, à televisão, ao fax, ao e-mail e às maravilhas da eletrônica contemporânea. Não somos bobos, tratamos de aproveitar as possibilidades criadas por todos os novos recursos tecnológicos. Para que perder tempo? Se podemos fazer depressa o que os nossos antepassados só conseguiam fazer devagar, por que não haveríamos de acelerar nossas ações? Um dos expoentes do espírito pragmático da modernidade, o americano Benjamin Franklin, já ensinava no século XVIII: “Tempo é dinheiro”, time is money.[...]
          Dedicamo-nos, então, a uma frenética corrida contra os ponteiros do relógio. Para sermos eficientes, competitivos, apressamos cada vez mais nossos movimentos. Saímos de casa correndo para o trabalho, somos cobrados para dar conta correndo de nossas tarefas e — habituados à corrida — alimentamo-nos às pressas (ah, a chamada fast food!), para depois voltarmos, correndo, para casa. [...]
          Impõem-se, contudo, algumas perguntas: nas condições em que somos mais ou menos obrigados a viver, não estaremos, de qualquer maneira, pagando um preço altíssimo, mesmo se formos bons corredores e nos mostrarmos aptos para vencer? Os ritmos que nos são impostos e que aguçam algumas das nossas faculdades não resultam, ao mesmo tempo, num empobrecimento de alguns aspectos importantes da nossa sensibilidade e da nossa inteligência? A necessidade de assimilar com urgência as informações essenciais para a ação imediata não acarreta uma grave incapacidade de digerir conhecimentos sutis e complexos, cheios de caroços e mediações que, embora careçam de serventia direta, são imprescindíveis ao aprofundamento da minha compreensão da condição humana? Uma reflexão que se sabe condenada a desenvolver-se num exíguo prazo predeterminado não será, inevitavelmente, superficial? O pensamento que se formula rapidinho não tende a ser sempre meio oco? (Leandro Konder. In: O Globo, 29/08/96)

https://pt.linkedin.com/pulse/%C3%A0-luz-do-fil%C3%B3sofo-karine-gomes-moura
Analise as seguintes frases, observando o emprego dos sinais de pontuação:
I. O candidato impaciente espera o momento da prova. II. O candidato, impaciente, espera o momento da prova. III. O candidato, impaciente espera, o momento da prova. IV. Impaciente, o candidato espera o momento da prova. V. O candidato espera impaciente, o momento da prova.
As frases estão corretamente pontuadas apenas em: 
Alternativas
Q2013673 Português
Os sinais de pontuação são usados na linguagem escrita e servem para representar pausas, destaques, entonações, transmissão de sentimentos e intenções existentes na linguagem oral. Nesse sentido, analise as afrmativas abaixo e dê valor Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) O ponto fnal é usado no fnal das frases declarativas e imperativas para marcar uma pausa parcial. ( ) O ponto de exclamação é usado em frases exclamativas para indicar admiração, alegria, raiva. É também usado em frases imperativas para indicar uma dúvida. ( ) O ponto e vírgula é usado para indicar uma pausa num período frásico que ainda não acabou, sendo usado principalmente em itens enumerados, orações extensas, conjunções adversativas e orações sindéticas. ( ) O travessão é usado, principalmente, para introduzir uma fala no discurso direto. Pode ser usado também para separar uma oração intercalada da oração principal.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
Alternativas
Q2012647 Português

Leia, atentamente, o excerto do texto a seguir de Paulo Mendes Campos:


O amor acaba


O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; [...]; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, [...]; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; [...]; o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta do nada para o nada; [...]; às vezes o amor acaba como se fosse melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; [...]; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

Considere o fragmento de "O amor acaba" para responder a esta questão. Em todo o excerto, o ponto final foi usado apenas uma vez, na primeira oração. No restante do texto, há o emprego de ponto e vírgula para separar as orações. Esse recurso linguístico se justifica porque:
Alternativas
Q2011782 Português
Os sinais de pontuação servem para marcar pausas na fala, entonação ou ainda, representar graficamente as emoções e anseios. Assinale alternativa pontuada de modo incorreto.
Alternativas
Q2011654 Português
O preço da magreza

       Carolina tem 10 anos e um sonho: perder a gordura da barriga que só ela consegue ver. Sua mãe, Paula, de 37 anos, tenta emagrecer desde os 14 e nunca atingiu o peso desejado, apesar dos esforços que envolvem dieta, exercícios físicos e tratamentos estéticos.

       Como Carolina, 77% das jovens de 10 a 24 anos entrevistadas pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo têm propensão a desenvolver algum tipo de distúrbio alimentar, como anorexia e bulimia. Entre essas garotas, 39% estavam acima do peso e 46% acreditavam que mulheres magras são mais felizes.

       Os distúrbios alimentares são problemas extremamente graves. A taxa de mortalidade da anorexia, por exemplo, é de 15% a 20%. Cerca de 90% dos pacientes são do sexo feminino.

       A mulher que deseja perder peso quase nunca o faz por motivos de saúde. O que as move é a promessa de uma vida melhor. Poder vestir a roupa que quiser, arrumar um namorado, ser aceita e invejada pelas amigas, não ter que esconder o corpo na praia. A felicidade, portanto.

        Mas por que tantas meninas e mulheres adultas acreditam que elas serão mais felizes se forem magras?

     Basta abrir uma revista ou ligar a televisão para compreender a pressão sob a qual as mulheres vivem. Nos anúncios, mulheres lindas vestem roupas maravilhosas que não serviriam na maioria das brasileiras. Nas novelas e programas de TV, as mulheres fortes, bem-sucedidas e realizadas têm algo em comum: são magras.
    
    As meninas crescem vendo as mães dando a vida para se encaixar em um padrão de beleza totalmente distante da realidade, travando uma luta inglória que quase sempre resulta em frustração.

     Quando estão acima do peso, elas sofrem preconceito na escola e se esforçam para conseguir ser aceitas. Aprendem, desde muito novas, que o mais importante é ter um corpo dentro dos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade. Mais do que tudo, aprendem a menosprezar as diferenças.
    
     Mas, como sabemos, não é nada fácil tentar adequar-se a um padrão de beleza que não é o seu. E muitas mulheres pagam com a própria saúde para chegar ao corpo supostamente perfeito.
            
     Nossas meninas estão crescendo insatisfeitas e se transformando em mulheres infelizes porque atribuem a felicidade a um padrão inatingível para a maioria. Essa busca mal/sucedida afeta a autoestima e gera insegurança em várias áreas. Sem se darem conta, elas renunciam à própria liberdade.
    
   Enquanto não aceitarmos e respeitarmos as diferenças físicas e de comportamento viveremos frustradas, esperando a felicidade que nunca vem.
(Mariana Fusco Varella. Editora do site www.drauziovarella.com.br e do blog Chorumelas. Disponível em: https://drauziovarella.com.br/paraas-mulheres/o-preco-da-magreza/. Publicado em: 05/11/2014. Acesso em: 09/11/2016. Adaptado.)
No trecho “Mas por que tantas meninas e mulheres adultas acreditam que elas serão mais felizes se forem magras? ” (5º§), o ponto de interrogação ( ? ) tem como finalidade
Alternativas
Respostas
1361: C
1362: A
1363: E
1364: C
1365: C
1366: C
1367: C
1368: D
1369: E
1370: B
1371: D
1372: B
1373: B
1374: B
1375: C
1376: A
1377: C
1378: B
1379: A
1380: C