Questões de Português - Por que- porque/ porquê/ por quê para Concurso
Foram encontradas 923 questões
Considerando o uso dos porquês, faça a associação correta:
1 – Por que
2 – Por quê
3 – Porque
4 – Porquê
( ) Não terminei o trabalho ________ passei mal
( ) Ela não quis ir ao clube _______?
( ) __________ você não me contou isso antes?
( ) Logo imagino o ______ de toda esta alegria!
Assinale a alternativa com a respectiva sequência:
Fonte: http://admmudacomomundo.blogspot.com.br/p/pagina-3.html
O uso adequado dos porquês, como na charge acima, também ocorre na alternativa
Leia as orações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas.
1. O rapaz ____ sabia ler e escrever.
2. ____ cerca de mil servidores públicos nas ruas reivindicando melhores condições de trabalho.
3. Não sabia ____ motivo a namorada estava zangada.
Analisar os itens abaixo quanto ao emprego dos porquês:
I - Por que algumas pessoas que tiveram câncer
conseguiram recuperar o cabelo rapidamente e outras
não?
II - A pesquisa mostra que o zika vírus atinge, sobretudo, os neurônios, porque o vírus consegue se replicar em diversos órgãos, mas a lesão é maior no sistema nervoso central.
Para responder à questão, leia a tirinha a seguir.
Para responder à questão, leia a tirinha a seguir.
Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.
Texto 1:
Passe adiante
Tenho vários DVDs de shows, e houve uma época em que os assistia atenta ou simplesmente deixava rodando como um som ambiente enquanto fazia outras coisas pela casa. Até que os esqueci de vez. Conhecedor do meu acervo, meu irmão outro dia pediu:
– Posso pegar emprestado uns shows aí da tua coleção?
Claro! Ele escolheu quatro e levou com ele. E subitamente me deu uma vontade incontrolável de voltar a assistir aqueles shows.Aqueles quatro, não é estranho?
Logo a vontade passou, mas fiquei com o alerta na cabeça. Me lembrei de uma amiga que uma vez disse que havia comprado um vestido que nunca usara, ele seguia pendurado no guarda-roupa. Um dia ela me mostrou o tal vestido e intimou:
– Pega pra ti, me faz esse favor. Jamais vou usar.
Trouxe-o para casa. Muito tempo depois ela me confidenciou, às gargalhadas, que não havia dormido aquela noite. Passou a ver o vestido com outros olhos. Por que ela não dera uma chance a ele?
Maldita sensação de posse, que faz com que a gente continue apegada ao que deixou de ser relevante. Incluindo relacionamentos.
Uma outra amiga vivia reclamando do namorado, dizia que eles não tinham mais nada em comum e que ela estava pronta para partir para outra. E por que não partia?
– Porque não quero deixá-lo dando sopa por aí.
Como é que é?
Ela não terminava com o cara porque não queria que ele tivesse outra namorada, dizia que não suportaria. Reconhecia a mesquinhez da sua atitude, mas, depois de tantos anos juntos, ela ainda não se sentia preparada para admitir que ele não seria mais dela.
DVDs, roupas, amores: claro que não é tudo a mesma coisa, mas o apego irracional se parece. É a velha e surrada história de só darmos valor àquilo que perdemos. Será que existe solução para essa neura? Atribuir ao nosso egoísmo latente talvez seja simplista demais, porém, não encontro outra justificativa que explique essa necessidade de “ter” o que já nem levamos mais em consideração.
É preciso abrir espaço. Limpar a papelada das gavetas, doar sapatos e bolsas que estão mofando, passar adiante livros que jamais iremos abrir. É uma forma de perder peso e convidar a tão almejada “vida nova” para assumir o posto que lhe é devido. Fácil? Bref. Um pedaço da nossa história vai embora junto. Somos feitos – também – de ingressos de shows, recortes de jornal, fotos de formatura, bilhetes de amor.
Sem falar no medo de não reconhecermos a nós mesmos quando o futuro chegar, de não ter lá na frente emoções tão ricas nos aguardando, de a nostalgia vir a ser mais potente do que a tal “vida nova”.
Qual é a garantia? Um ano para geladeiras,
três anos para carros 0km, cinco anos para
apartamentos. Pra vida, não tem. É se desapegar e
ver no que dá, ou ficar velando para sempre os
cadáveres das vontades que passaram. (MEDEIROS,
Martha. Revista O Globo, 20/05/2012.)
Texto A
Apoio estratégico
O ensino da língua portuguesa é vital ao desenvolvimento de outras disciplinas
Quando na década de 80 o então presidente José Sarney lançou o Plano Cruzado, que tinha o fim de combater a inflação e estabilizar a economia, um cidadão de Curitiba, à pergunta se a situação tinha melhorado, vacilou, tremeu os lábios, gaguejou um pouco e disse, por fim: "está piorando menos".
É o que está ocorrendo com nosso ensino. Ainda é ruim em muitos níveis e áreas? É. Mas está piorando menos. Há vários indicadores dessas melhoras e uma delas é que agora temos uma universidade, a USP, entre as 70 mais importantes do mundo. É pouco ter uma única universidade brasileira entre as cem mais? É. Mas está piorando menos.
Ainda temos sérias deficiências, apesar de passos decisivos dados nas direções corretas, tanto no setor público como no privado. Boa parte dos médicos mais qualificados dos hospitais referenciais do Brasil estudou em escolas públicas, o mesmo acontecendo nos concursos para ocupação de carreiras de Estado e postos gerenciais nas empresas.
Nessas mudanças, o ensino da disciplina língua portuguesa cumpre função estratégica. Os professores de quaisquer outras matérias alcançam mais facilmente os objetivos traçados nos projetos pedagógicos, se eles e os alunos são bons em português!
É frequente que haja prejuízos mútuos no processo de ensino e aprendizagem quando proliferam erros constantes de ortografia e sintaxe. Na Medicina e no Direito, tais equívocos podem matar o paciente ou levar o cliente para a cadeia. A diferença entre veneno e remédio pode ser uma letra apenas. E um enfermeiro que lê mal uma instrução do médico pode matar aquele que ambos querem salvar.
Apesar de erros ortográficos serem os mais fáceis de perceber, os prejuízos da falta de clareza e de lógica, na fala como na escrita, se não são decisivos como o são na Medicina e no Direito, são igualmente deploráveis. E por quê? Porque quem fala e escreve sem clareza dá indícios de que ouve e lê pouco, e essa deficiência é capital para muitas outras.
SILVA, Deonísio da. Apoio estratégico. Revista Língua Portuguesa. Ano 7, nº 78, p.62, Abril 2012.
Risco de despejo
Apaixonado é um atentado, uma fábrica de vazios, uma usina de distrações. Não peça nenhum favor a ele. Não lembrará nem que você existe. Nem que ele existe. É uma ausência feliz. Só pensa em beijar e rebobinar os beijos com os suspiros.
O apaixonado colecionará desatenções, das mais banais às sublimes. Eu consegui esquecer uma mala na recepção da TV Gazeta, em São Paulo. Uma mala não é pouca coisa. Simplesmente fiz de conta que não era minha, e abandonei a cena sem nenhum tormento. Não fiquei desesperado quando descobri o extravio. Conclui que poderia comprar mudas de roupas e buscaria de volta na semana seguinte. Beatriz esqueceu a chave de casa num táxi. Ela não transparecia a menor preocupação. Primeiro me deu carinho, depois telefonou para o motorista e perguntou calmamente se tinha a possibilidade de entregar o molho na residência de uma amiga. Não surtou imaginando furtos. Confiava nas casualidades e na amizade dos anjos da guarda.
O apaixonado não está nem aí para o mundo material, na posse e nos seus pertences. Tudo pode ser acomodado, reposto, transferido, adiado, substituído. O sexo é o seu Rivotril. Nenhuma tragédia é significativa para lhe arrancar da paciência e do olhar boiando fixamente ao infinito.
Eu e Beatriz, somando as nossas duas últimas semanas, perdemos quatro voos. Perdemos livros. Perdemos sacolas de roupas em restaurantes. Perdemos um celular no bar. Perdemos dezenas de carregadores. Perdemos o vencimento das contas. Perdemos promoções no trabalho. Perdemos filmes, shows, peças de teatro. Perdemos consultas, aulas na academia, alguns amigos nos esperando em cafés.
Perdemos o mundo porque ganhamos um ao outro.
É a gente se encontrar que as horas voam, o vento rasteja, a noite não avisa que chegou, e não escutamos mais nada, a não ser os próprios pensamentos.
Corremos o risco de despejo, de entrar no SPC, de sermos fichados pelo Serasa. Sorte que não temos cachorros e gatos.
A força da paixão é diretamente proporcional ao tamanho do esquecimento dos apaixonados.
CARPINEJAR.Fabrício. Risco de despejo. Disponível em: http://blogs.oglobo.globo.com/fabricio-carpinejar/post/risco-de-despejo.html. Acessado em: 27 mar. 2016
Assinale a alternativa incorreta em relação à palavra destacada, de acordo com a norma padrão.
INSTRUÇÕES -A questão é relacionada ao texto abaixo. Leia-o com atenção antes de responder a elas.
Demagogia eleitoreira
A questão dos médicos estrangeiros caiu na vala da irracionalidade. De um lado, as associações médicas cobrando a revalidação dos diplomas obtidos no exterior. De outro, o governo, que apresenta o programa como a salvação da pátria. No meio desse fogo cruzado, com estilhaços de corporativismo, demagogia, esperteza política e agressividade contra os recém-chegados, estão os usuários do SUS. Acompanhe meu raciocínio, prezado leitor.
Assistência médica sem médicos é possível, mas inevitavelmente precária. Localidades sem eles precisam tê-los, mesmo que não estejam bem preparados. É melhor um médico com formação medíocre, mas boa vontade, do que não ter nenhum ou contar com um daqueles que mal olha na cara dos pacientes.
Quando as associações que nos representam saem às ruas para exigir que os estrangeiros prestem exame de revalidação, cometem, a meu ver, um erro duplo. Primeiro: lógico que o ideal seria contratarmos apenas os melhores profissionais do mundo, como fazem americanos e europeus, mas quantos haveria dispostos a trabalhar isolados, sem infraestrutura técnica, nas comunidades mais excluídas do Brasil?
Segundo: quem disse que os brasileiros formados em tantas faculdades abertas por pressão política e interesses puramente comerciais são mais competentes? Até hoje não temos uma lei que os obrigue a prestar um exame que reprove os despreparados, como faz a OAB. O purismo de exigir para os estrangeiros uma prova que os nossos não fazem não tem sentido no caso de contratações para vagas que não interessam aos brasileiros.
Esse radicalismo ficou bem documentado nas manifestações de grupos hostis à chegada dos cubanos, no Ceará. Se dar emprego para médicos subcontratados por uma ditadura bizarra vai contra nossas leis, é problema da Justiça do Trabalho; armar corredor polonês para chamá-los de escravos é desrespeito ético e uma estupidez cavalar. O que ganhamos com essas reações equivocadas? A antipatia da população e a acusação de defendermos interesses corporativistas.
Agora, vejamos o lado do governo acuado pelas manifestações de rua que clamavam por transporte público, educação e saúde. Talvez por falta do que propor nas duas primeiras áreas, decidiu atacar a da saúde. A população se queixa da falta de assistência médica?
Vamos contratar médicos estrangeiros, foi o melhor que conseguiram arquitetar. Não é de hoje que os médicos se concentram nas cidades com mais recursos. É antipatriótico? Por acaso, não agem assim engenheiros, advogados, professores e milhões de outros profissionais?
Se o problema é antigo, por que não foi encaminhado há mais tempo? Por uma razão simples: a área da saúde nunca foi prioritária nos últimos governos. Você, leitor, se lembra de alguma medida com impacto na saúde pública adotada nos últimos anos? Uma só, que seja?
Insisto que sou a favor da contratação de médicos estrangeiros para as áreas desassistidas, intervenção que chega com anos de atraso. Mas devo reconhecer que a implementação apressada do programa Mais Médicos em resposta ao clamor popular, acompanhada da esperteza de jogar o povo contra a classe médica, é demagogia eleitoreira, em sua expressão mais rasa.
Apresentar-nos como mercenários que se recusam a atender os mais necessitados, enquanto impedem que outros o façam, é vilipendiar os que recebem salários aviltantes em hospitais públicos e centros de atendimentos em que tudo falta, sucateados por interesses políticos e minados pela corrupção mais deslavada.
A existência no serviço público de uma minoria de profissionais desinteressados e irresponsáveis não pode manchar a reputação de tanta gente dedicada. Não fosse o trabalho abnegado de médicos, enfermeiras, atendentes e outros profissionais da saúde que carregam nas costas a responsabilidade de atender os mais humildes, o SUS sequer teria saído do papel.
A saúde no Brasil é carente de financiamento e de métodos administrativos modernos que lhe assegurem eficiência e continuidade.
(Varela. D. , Folha de S. Paulo, 07/09/2013. Texto adaptado)
“Se o problema é antigo, por que não foi encaminhado há mais tempo?”
Desconsideradas as alterações de sentido, assinale a alternativa que contém um ERRO
de ortografia.