Questões de Português - Problemas da língua culta para Concurso
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Assinale a alternativa em que, passando-se o primeiro verbo do verso acima para o imperativo e alterando-se a pessoa do discurso, manteve-se adequação à norma culta.
No período “Parece que sim, porque (...) receberão efeitos.” (l.11-16), a substituição do ponto final por ponto de interrogação manteria a coerência do texto, mas, nesse caso, de acordo com a prescrição gramatical, o vocábulo “porque” deveria ser grafado como por que.
I - O fato é que me assombro, ................ talvez eu seja anacrônico, antiquado, passado, meus conceitos superados. a. ( ) mas b. ( ) mais
II - Vivemos tempos de chegar com pressa, conseguir todas as coisas em curto espaço de tempo, ................. não sabemos quanto tempo ainda temos. a. ( ) por que b. ( ) porque c. ( ) porquê
III - Os tempos mudaram a tal ponto que não .................. mais tempo a perder. a. ( ) há b. ( ) a c. ( ) à
IV - Os namoros atuais não têm nada ................. com aquela felicidade que o casal demonstrava sinceramente nas fotos. a. ( ) haver b. ( ) há ver c. ( ) a ver
A seqüência CORRETA, de cima para baixo é:
Nesta trepidante cultura nossa, da agitação e do barulho, gostar de sossego é uma excentricidade.
Sob a pressão do ter de parecer, ter de participar, ter de adquirir, ter de qualquer coisa, assumimos uma infinidade de obrigações. Muitas desnecessárias, outras impossíveis, algumas que não combinam conosco nem nos interessam.
Não há perdão nem anistia para os que ficam de fora da ciranda: os que não se submetem mas questionam, os que pagam o preço de sua relativa autonomia, os que não se deixam escravizar, pelo menos sem alguma resistência.
O normal é ser atualizado, produtivo e bem-informado. É indispensável circular, estar enturmado. Quem não corre com a manada praticamente nem existe, se não se cuidar botam numa jaula: um animal estranho.
Acuados pelo relógio, pelos compromissos, pela opinião alheia, disparamos sem rumo – ou em trilhas determinadas – feito hamsters que se alimentam de sua própria agitação.
Ficar sossegado é perigoso: pode parecer doença. Recolher-se em casa, ou dentro de si mesmo, ameaça quem leva um susto cada vez que examina sua alma.
Estar sozinho é considerado humilhante, sinal de que não se arrumou ninguém – como se amizade ou amor se “arrumasse" em loja. [...]
Além do desgosto pela solidão, temos horror à quietude. Logo pensamos em depressão: quem sabe terapia e antidepressivo? Criança que não brinca ou salta nem participa de atividades frenéticas está com algum problema.
O silêncio nos assusta por retumbar no vazio dentro de nós. Quando nada se move nem faz barulho, notamos as frestas pelas quais nos espiam coisas incômodas e mal resolvidas, ou se enxerga outro ângulo de nós mesmos. Nos damos conta de que não somos apenas figurinhas atarantadas correndo entre casa, trabalho e bar, praia ou campo.
Existe em nós, geralmente nem percebido e nada valorizado, algo além desse que paga contas, transa, ganha dinheiro, e come, envelhece, e um dia (mas isso é só para os outros!) vai morrer. Quem é esse que afinal sou eu? Quais seus desejos e medos, seus projetos e sonhos?
No susto que essa ideia provoca, queremos ruí- do, ruídos. Chegamos em casa e ligamos a televisão antes de largar a bolsa ou pasta. Não é para assistir a um programa: é pela distração.
Silêncio faz pensar, remexe águas paradas, trazendo à tona sabe Deus que desconcerto nosso. Com medo de ver quem – ou o que – somos, adia-se o defrontamento com nossa alma sem máscaras.
Mas, se a gente aprende a gostar um pouco de sossego, descobre – em si e no outro – regiões nem imaginadas, questões fascinantes e não necessariamente ruins.
Nunca esqueci a experiência de quando alguém botou a mão no meu ombro de criança e disse: — Fica quietinha, um momento só, escuta a chuva chegando.
E ela chegou: intensa e lenta, tornando tudo singularmente novo. A quietude pode ser como essa chuva: nela a gente se refaz para voltar mais inteiro ao convívio, às tantas fases, às tarefas, aos amores.
Então, por favor, me deem isso: um pouco de silêncio bom para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes, e tudo o que fala muito além das palavras de todos os textos e da música de todos os sentimentos. LUFT, Lya. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2004. p. 41. Adaptado.
O preenchimento dos espaços com as expressões que tornam as sentenças corretas resulta nas seguintes associações:
I – Caso o trecho “Houve um tempo” fosse substituído por Houveram tempos, haveria somente prejuízo semântico ao texto, mas a concordância se manteria preservada.
II – A inclusão de uma vírgula imediatamente após o vocábulo “tempo” não causaria prejuízo gramatical ao texto, ao contrário, ela se faz necessária.
III – A substituição da forma verbal “eram” por foram, embora aceita pelo padrão culto da Língua Portuguesa, daria um novo sentido à informação, prejudicando, dessa forma, o sentido da charge.
IV – O acento agudo do vocábulo “árvores” se justfica por se tratar de uma palavra paroxítona terminada em -es.
V – A colocação do acento circunflexo no vocábulo “que” não configuraria erro gramatical na frase “O que são árvores papá?”.
A sequência correta é:
No texto acima, em que foram inseridos erros sintáticos, manteve-se a correção gramatical ao se empregar
A alternativa que reúne os períodos, de forma adequada e sem alteração do sentido original, é:
Considere o trecho para responder às questões.
Mas o futebol tem importância por mexer com outras dimensões da nossa natureza, como o instinto de competição física e a inclinação para o ritual simbólico. Como ao ler as lendas da mitologia ou os romances de aventura, projetamos no futebol um gosto pela façanha, uma curiosidade sobre o limite.
No trecho acima, empregou-se corretamente uma das formas do porquê. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.