Questões de Concurso Sobre pronomes indefinidos em português

Foram encontradas 377 questões

Q2101800 Português
Gamificação: atração e retenção de talentos

Por Diego Cidade

texto_1 - 12 .png (756×752)

(Disponível em: https://exame.com/carreira/gamificacao-melhore-suas-estrategias-de-atracao-e-retencao-de-talentos/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação do pronome sublinhado no trecho a seguir: “networking de qualidade em colaboração com outros candidatos”. 
Alternativas
Q2088157 Português
As autoridades do Paquistão estão tentando determinar a causa de pelo menos 14 mortes misteriosas e mais de 200 internações na cidade portuária de Karachi, no sul do país.
De acordo com relatos, um suposto envenenamento deixou mais de 500 pessoas com dores no peito, dificuldades respiratórias e olhos ardentes. Algumas autoridades, no entanto, investigam se o grupo foi exposto a pó de soja ou vazamento de gás tóxico, o que poderia ter provocado reações alérgicas graves.
"Enquanto estamos trabalhando neste complexo problema, acreditamos que isso possa ser causado pela superexposição ao pó de soja", explicou o Centro Internacional de Ciências Químicas e Biológicas do Paquistão às autoridades em um comunicado divulgado nesta terça-feira (18).
Segundo a agência, que ainda está realizando testes, é preciso ter cuidado com a exposição durante a descarga dos contêineres de soja no porto, porque o pó pode causar problemas respiratórios e mortes. 
A doença misteriosa surgiu no último domingo (16) e desde então muitas escolas da região foram fechadas para tentar conter a circulação de pessoas. Até o momento, não há confirmação sobre a verdadeira causa das contaminações. 
(AUTORIDADES investigam morte misteriosa no Paquistão. Terra. 2020.
Disponível em: <https://www.terra.com.br/noticias/mundo/autoridades-investigam-mortes-misteriosas-nopaquistao,5c42cb173136f224a0c64c22d499a1b1aodp33ym.html>.  
A palavra “algumas”, utilizada no texto, é um pronome:
Alternativas
Q2087970 Português
Pregos

     Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.
    Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco, chamado “Novecentos”, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. “No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?”
     Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.
      Costumamos chamar essa sensação de “cair a ficha”, mas acho bem mais poética e avassaladora a analogia com os quadros na parede. Cair a ficha é se dar conta. Deixar cair os quadros é um pouco mais que isso, é perder a resistência, é reconhecer que há algo que já não podemos suportar. Não precisa ser necessariamente uma carga negativa, pode ser uma carga positiva, mas que nos obriga a solicitar mais força dentro de nós.
      Nascemos, ficamos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço, mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa definição para felicidade: ser leve para si mesmo.
      Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente fixos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu, sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
(Martha Medeiros. Mundo de Ideias. Em: julho de 2014. Adaptado.)
Assinale a alternativa em que o vocábulo sublinhado NÃO é um pronome indefinido. 
Alternativas
Q2087126 Português

Desmatamento e caça ilegal podem causar novas epidemias no Brasil, diz estudo da Fiocruz

(Lucas Rocha, da CNN em São Paulo.)


    Conhecido por sua grande biodiversidade de animais e vegetais, o Brasil também abriga uma variedade significativa de agentes capazes de causar doenças, tecnicamente chamados de “patógenos”, como vírus e parasitas.

    Antes mesmo da emergência do coronavírus no final de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem alertado sobre os riscos do surgimento de doenças com potencial de se espalhar pelo mundo e afetar grandes populações em todos os países.

    Ao levantarem essa possibilidade, cientistas brasileiros investigaram características do país que podem favorecer o contato dos seres humanos com microrganismos que podem apresentar riscos para a saúde.

    Um estudo liderado por pesquisadoras do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro, aponta recentes aumentos nas vulnerabilidades sociais e ecológicas do país, amplificados pelos atuais cenários políticos e econômicos.

    Os achados, publicados na revista científica Science Advances, indicam uma propensão dessa megadiversidade atuar como incubadora de possível pandemia provocada por doenças infecciosas de circulação animal que podem ser transmitidas para os seres humanos – as chamadas zoonoses.

    “A partir de um modelo de avaliação que identifica diferentes interações entre os elementos que investigamos, conseguimos observar mais amplamente os processos que moldam o surgimento de zoonoses em cada estado brasileiro”, aponta Gisele Winck, primeira autora do artigo e pesquisadora do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios do IOC, em comunicado.

    De acordo com os especialistas, três principais componentes de risco estão em foco na avaliação: vulnerabilidade, exposição e capacidade de enfrentamento.

    Dentro dos grupos principais, são observadas variáveis mais específicas como a quantidade de espécies de mamíferos silvestres, perda de vegetação natural, mudanças nos padrões de uso da terra, bem-estar social, conectividade geográfica de cidades e aspectos econômicos.

    De acordo com o estudo, os resultados colocam em evidência o desmatamento e a caça de animais silvestres como fatores de grande relevância para o aparecimento de novas e antigas infecções.

    O estudo aponta, ainda, que todo o território brasileiro está suscetível a emergências ocasionadas por zoonoses, com uma maior probabilidade em áreas sob influência da Floresta Amazônica.

     Na análise, os especialistas traçam um comparativo entre os estados do Maranhão e do Ceará, na região Nordeste. 

    O Maranhão, que possui cerca de 34% do seu território coberto pela floresta tropical, é classificado como área com alto risco para surtos de zoonose. Enquanto o Ceará, estado vizinho, onde a Caatinga prevalece, apresenta baixo risco no surgimento de novas doenças.

    “A Floresta Amazônica é uma região com alta diversidade de mamíferos selvagens e que vem sofrendo grande perda da cobertura florestal. Muitas espécies estão ficando sem habitat devido ao desmatamento, gerando desequilíbrio na dinâmica local”, diz Cecília Siliansky de Andreazzi, uma das autoras do artigo e, também, pesquisadora do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios.

    Risco de “transbordamento”

     O contágio por infecções de origem animal acontece por meio de um fenômeno conhecido como “spillover”. O “transbordamento”, em tradução literal, é quando os agentes causadores de doença que circulavam restritamente em um grupo animal “saltam” e passam a infectar outras espécies, incluindo humanos. 

    A expansão das atividades humanas para regiões de matas e florestas, naturalmente habitadas por animais silvestres, é um aspecto que favorece ainda mais esse cenário, de acordo com as pesquisadoras. 

    No entanto, o estudo ressalta que para uma zoonose se tornar epidêmica é necessário o alinhamento de diferentes fatores ecológicos, epidemiológicos e comportamentais, incluindo a mobilidade humana como um fator de importância. 

    No Brasil, a dependência socioeconômica de cidades menores com capitais e grandes metrópoles aumenta o potencial epidêmico das zoonoses, uma vez que habitantes de regiões interioranas precisam realizar deslocamentos frequentes em busca de bens e serviços. 

    “O fluxo humano é crucial no espalhamento de zoonoses, principalmente em infecções cuja transmissão ocorre de pessoa para pessoa após o salto de espécies, como é o caso da Covid-19. A partir do momento em que esses patógenos alcançam cidades super espalhadoras, como São Paulo e Manaus, a transmissão é amplificada e exportada para diversas outras regiões”, diz Cecília.

    A carne de caça é outra via crítica para o “transbordamento” de doenças. Em uma análise de rede, foram relacionadas espécies que são frequentemente caçadas de modo ilegal no Brasil com agentes que potencialmente causariam danos graves à saúde pública. Como resultado, foram encontrados 63 mamíferos que interagem com 173 parasitas propícios a causar pelo menos 76 diferentes doenças.

    “A infecção pode ocorrer em diversas etapas: ao adentrar a floresta, quando o caçador fica exposto a mosquitos, carrapatos e diversos outros vetores de patógenos; no ato da caça, ao sofrer um corte ou arranhão que entre em contato com fluidos animais; no preparo da carne, quando há o contato direto com vísceras, que também são comumente oferecidas como alimentos crus para cães e gatos de estimação; e no consumo final da carne, caso não seja bem armazenada ou cozida”, explica Gisele.

    Como a atividade ainda é essencial para populações tradicionais que utilizam a carne de caça para subsistência, os especialistas fazem um recorte de situação no artigo e recomendam a implementação de ações pontuais de garantia da segurança sanitária nesses grupos.

    “É algo que precisa ser bastante discutido e avaliado. A caça é autorizada apenas para os povos tradicionais, porém ela continua ocorrendo fora desses grupos e serve como fator de interação entre pessoas e animais silvestres reservatórios de patógenos. Infelizmente, todos acabam sendo tratados erroneamente como iguais. É preciso diferenciar populações que dependem desse consumo como fonte de proteína daqueles que atuam no tráfico de animal silvestre ou caça esportiva”, lembrou Cecília.

    Vigilância

    O estudo aponta o investimento em ações do Sistema Único de Saúde (SUS) como a principal forma de mitigar os efeitos do surgimento de uma zoonose.

     De acordo com o artigo, a contenção de zoonoses ocorrerá efetivamente com a promoção de políticas públicas de saúde que apoiem abordagens preditivas e preventivas que sigam o conceito de Saúde Única (One Health), que considera a saúde humana, animal e ambiental para a manutenção do bem-estar no planeta.

    Entre as ações preconizadas, estão a implementação de sistemas de monitoramento eficazes integrados com vigilância epidemiológica de potenciais doenças zoonóticas, políticas mais amplas e inovadoras que mitiguem a degradação ambiental, fiscalização do tráfico de animais silvestres e novas abordagens para a conservação da biodiversidade.

    “O que define se o surgimento de uma zoonose será um surto local, epidemia ou pandemia é como iremos lidar com a situação. Temos que pensar em como faremos um monitoramento eficiente de um país grande e diverso como o nosso”, afirma Gisele.

    Lições da Covid-19

    O estudo teve origem em uma carta publicada em setembro de 2020 na revista The Lancet. Na época, os autores do texto apontavam retrocessos em políticas sociais e ambientais do Brasil, que podiam contribuir para a ocorrência de infecções causadas por microrganismos de origem animal. Os especialistas defendiam, ainda, a criação de um sistema integrado de vigilância de doenças silvestres.


    “Após a publicação da carta, iniciamos uma reflexão mais aprofundada e detalhada sobre o potencial risco de emergências de zoonoses no Brasil. Esse artigo é fruto de muita pesquisa e discussão entre os pesquisadores desse grupo, visto que são assuntos complexos e que demandam uma busca por informação em variadas fontes”, disse Gisele.

    A pesquisa foi realizada por um grupo de especialistas composto por profissionais de diferentes áreas, que atuam em saúde pública e conservação do meio ambiente. A publicação faz parte do projeto SinBiose do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

    Participam do trabalho pesquisadores da Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do IOC, da Fiocruz Ceará, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Universidade Estadual do Ceará (UECE). O estudo também contou com a colaboração de especialistas da Faculdade Maurício de Nassau, da União Internacional para a Conservação da Natureza, da Universidade de Aveiro e da Universidade de Coimbra.


(CNN. Desmatamento e caça ilegal podem causar novas epidemias no Brasil, diz estudo da Fiocruz. 29/06/2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/. Acesso em: 04/01/2023.)

Considerando a norma culta da língua portuguesa, analise as afirmativas correlatas e a relação proposta entre elas.
I. “Na sentença ‘O estudo aponta, ainda, que todo o território brasileiro está suscetível a emergências ocasionadas por zoonoses [...]’ (10º§), o artigo definido o, que acompanha o pronome indefinido todo, pode ser suprimido, sem provocar alteração substancial de sentido.”
PORQUE
II. “O pronome indefinido todo, no singular, pode vir acompanhado, ou não, de artigo definido.”
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2087116 Português

Desmatamento e caça ilegal podem causar novas epidemias no Brasil, diz estudo da Fiocruz

(Lucas Rocha, da CNN em São Paulo.)


    Conhecido por sua grande biodiversidade de animais e vegetais, o Brasil também abriga uma variedade significativa de agentes capazes de causar doenças, tecnicamente chamados de “patógenos”, como vírus e parasitas.

    Antes mesmo da emergência do coronavírus no final de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem alertado sobre os riscos do surgimento de doenças com potencial de se espalhar pelo mundo e afetar grandes populações em todos os países.

    Ao levantarem essa possibilidade, cientistas brasileiros investigaram características do país que podem favorecer o contato dos seres humanos com microrganismos que podem apresentar riscos para a saúde.

    Um estudo liderado por pesquisadoras do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro, aponta recentes aumentos nas vulnerabilidades sociais e ecológicas do país, amplificados pelos atuais cenários políticos e econômicos.

    Os achados, publicados na revista científica Science Advances, indicam uma propensão dessa megadiversidade atuar como incubadora de possível pandemia provocada por doenças infecciosas de circulação animal que podem ser transmitidas para os seres humanos – as chamadas zoonoses.

    “A partir de um modelo de avaliação que identifica diferentes interações entre os elementos que investigamos, conseguimos observar mais amplamente os processos que moldam o surgimento de zoonoses em cada estado brasileiro”, aponta Gisele Winck, primeira autora do artigo e pesquisadora do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios do IOC, em comunicado.

    De acordo com os especialistas, três principais componentes de risco estão em foco na avaliação: vulnerabilidade, exposição e capacidade de enfrentamento.

    Dentro dos grupos principais, são observadas variáveis mais específicas como a quantidade de espécies de mamíferos silvestres, perda de vegetação natural, mudanças nos padrões de uso da terra, bem-estar social, conectividade geográfica de cidades e aspectos econômicos.

    De acordo com o estudo, os resultados colocam em evidência o desmatamento e a caça de animais silvestres como fatores de grande relevância para o aparecimento de novas e antigas infecções.

    O estudo aponta, ainda, que todo o território brasileiro está suscetível a emergências ocasionadas por zoonoses, com uma maior probabilidade em áreas sob influência da Floresta Amazônica.

     Na análise, os especialistas traçam um comparativo entre os estados do Maranhão e do Ceará, na região Nordeste. 

    O Maranhão, que possui cerca de 34% do seu território coberto pela floresta tropical, é classificado como área com alto risco para surtos de zoonose. Enquanto o Ceará, estado vizinho, onde a Caatinga prevalece, apresenta baixo risco no surgimento de novas doenças.

    “A Floresta Amazônica é uma região com alta diversidade de mamíferos selvagens e que vem sofrendo grande perda da cobertura florestal. Muitas espécies estão ficando sem habitat devido ao desmatamento, gerando desequilíbrio na dinâmica local”, diz Cecília Siliansky de Andreazzi, uma das autoras do artigo e, também, pesquisadora do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios.

    Risco de “transbordamento”

     O contágio por infecções de origem animal acontece por meio de um fenômeno conhecido como “spillover”. O “transbordamento”, em tradução literal, é quando os agentes causadores de doença que circulavam restritamente em um grupo animal “saltam” e passam a infectar outras espécies, incluindo humanos. 

    A expansão das atividades humanas para regiões de matas e florestas, naturalmente habitadas por animais silvestres, é um aspecto que favorece ainda mais esse cenário, de acordo com as pesquisadoras. 

    No entanto, o estudo ressalta que para uma zoonose se tornar epidêmica é necessário o alinhamento de diferentes fatores ecológicos, epidemiológicos e comportamentais, incluindo a mobilidade humana como um fator de importância. 

    No Brasil, a dependência socioeconômica de cidades menores com capitais e grandes metrópoles aumenta o potencial epidêmico das zoonoses, uma vez que habitantes de regiões interioranas precisam realizar deslocamentos frequentes em busca de bens e serviços. 

    “O fluxo humano é crucial no espalhamento de zoonoses, principalmente em infecções cuja transmissão ocorre de pessoa para pessoa após o salto de espécies, como é o caso da Covid-19. A partir do momento em que esses patógenos alcançam cidades super espalhadoras, como São Paulo e Manaus, a transmissão é amplificada e exportada para diversas outras regiões”, diz Cecília.

    A carne de caça é outra via crítica para o “transbordamento” de doenças. Em uma análise de rede, foram relacionadas espécies que são frequentemente caçadas de modo ilegal no Brasil com agentes que potencialmente causariam danos graves à saúde pública. Como resultado, foram encontrados 63 mamíferos que interagem com 173 parasitas propícios a causar pelo menos 76 diferentes doenças.

    “A infecção pode ocorrer em diversas etapas: ao adentrar a floresta, quando o caçador fica exposto a mosquitos, carrapatos e diversos outros vetores de patógenos; no ato da caça, ao sofrer um corte ou arranhão que entre em contato com fluidos animais; no preparo da carne, quando há o contato direto com vísceras, que também são comumente oferecidas como alimentos crus para cães e gatos de estimação; e no consumo final da carne, caso não seja bem armazenada ou cozida”, explica Gisele.

    Como a atividade ainda é essencial para populações tradicionais que utilizam a carne de caça para subsistência, os especialistas fazem um recorte de situação no artigo e recomendam a implementação de ações pontuais de garantia da segurança sanitária nesses grupos.

    “É algo que precisa ser bastante discutido e avaliado. A caça é autorizada apenas para os povos tradicionais, porém ela continua ocorrendo fora desses grupos e serve como fator de interação entre pessoas e animais silvestres reservatórios de patógenos. Infelizmente, todos acabam sendo tratados erroneamente como iguais. É preciso diferenciar populações que dependem desse consumo como fonte de proteína daqueles que atuam no tráfico de animal silvestre ou caça esportiva”, lembrou Cecília.

    Vigilância

    O estudo aponta o investimento em ações do Sistema Único de Saúde (SUS) como a principal forma de mitigar os efeitos do surgimento de uma zoonose.

     De acordo com o artigo, a contenção de zoonoses ocorrerá efetivamente com a promoção de políticas públicas de saúde que apoiem abordagens preditivas e preventivas que sigam o conceito de Saúde Única (One Health), que considera a saúde humana, animal e ambiental para a manutenção do bem-estar no planeta.

    Entre as ações preconizadas, estão a implementação de sistemas de monitoramento eficazes integrados com vigilância epidemiológica de potenciais doenças zoonóticas, políticas mais amplas e inovadoras que mitiguem a degradação ambiental, fiscalização do tráfico de animais silvestres e novas abordagens para a conservação da biodiversidade.

    “O que define se o surgimento de uma zoonose será um surto local, epidemia ou pandemia é como iremos lidar com a situação. Temos que pensar em como faremos um monitoramento eficiente de um país grande e diverso como o nosso”, afirma Gisele.

    Lições da Covid-19

    O estudo teve origem em uma carta publicada em setembro de 2020 na revista The Lancet. Na época, os autores do texto apontavam retrocessos em políticas sociais e ambientais do Brasil, que podiam contribuir para a ocorrência de infecções causadas por microrganismos de origem animal. Os especialistas defendiam, ainda, a criação de um sistema integrado de vigilância de doenças silvestres.


    “Após a publicação da carta, iniciamos uma reflexão mais aprofundada e detalhada sobre o potencial risco de emergências de zoonoses no Brasil. Esse artigo é fruto de muita pesquisa e discussão entre os pesquisadores desse grupo, visto que são assuntos complexos e que demandam uma busca por informação em variadas fontes”, disse Gisele.

    A pesquisa foi realizada por um grupo de especialistas composto por profissionais de diferentes áreas, que atuam em saúde pública e conservação do meio ambiente. A publicação faz parte do projeto SinBiose do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

    Participam do trabalho pesquisadores da Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do IOC, da Fiocruz Ceará, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Universidade Estadual do Ceará (UECE). O estudo também contou com a colaboração de especialistas da Faculdade Maurício de Nassau, da União Internacional para a Conservação da Natureza, da Universidade de Aveiro e da Universidade de Coimbra.


(CNN. Desmatamento e caça ilegal podem causar novas epidemias no Brasil, diz estudo da Fiocruz. 29/06/2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/. Acesso em: 04/01/2023.)

Em “Ao levantarem essa possibilidade, cientistas brasileiros investigaram características do país que podem favorecer o contato dos seres humanos com microrganismos que podem apresentar riscos para a saúde.” (3º§), as palavras destacadas equivalem, morfologicamente, a
Alternativas
Q2084602 Português

Texto 2 


Relações de poder e decisão: conflitos entre médicos e administradores hospitalares 

      


RAM, Rev. Adm. Mackenzie 11 (6) • Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1678- 69712010000600004

No trecho “Seu corpo diretivo e clínico é constituído por médicos que usualmente têm dificuldade de aceitar” a forma “que” em destaque é utilizada como:
Alternativas
Q2075823 Português
TEXTO 01

Questão de horário

Walcyr Carrasco

     Eu sou um chato, do tipo que faz questão de chegar na hora certa. Há países em que o horário é um rito religioso. Ninguém se atrasa. Uma vez, na Holanda, demorei cinco minutos extras para descer de elevador e fui recebido de cara feia. Mas aqui, entre nós, brasileiros, é muito diferente. Certa vez, pertencia a uma associação. Marcou-se uma reunião às 19 horas no Rio de Janeiro. Meia hora depois, ninguém. O primeiro membro só apareceu às 20h30. O diretor, às 21. A reunião começou às 22, quando eu, exausto, só queria ir embora. Todos os outros ostentavam sorrisos, bom humor. Óbvio, nunca mais fui a encontro algum dessa associação.
     Hoje, trabalho com pessoas muito pontuais, e as reuniões on-line nos tornaram mais pontuais ainda. Horário é horário, ninguém suportaria permanecer 45 minutos olhando a tela em branco, aguardando o ingresso na reunião. Somos exceção. Tenho um amigo, por exemplo, capaz de marcar algo às 10 da manhã, um novo compromisso às 10h15, outro às 10h30. Dá errado, sempre. Ou certo, porque as pessoas com quem ele marca também se atrasam, e ele teria de ficar esperando. É uma pessoa agradável e simpática. Não é nem por má vontade. Parece que há uma inabilidade de calcular o tempo. Sempre na última hora surge algo para fazer e ele corre.
     Quinze minutos é o máximo que se deve esperar, segundo aprendi. Mas se a gente quer muito o encontro, seja por motivo pessoal ou profissional, por que não dar mais um tempinho na esperança de, enfim, resolver? O pior é ter de continuar simpático, sorridente, após um chá de cadeira. Mas se é para ficar de cara feia, melhor nem esperar. Tenho um amigo que conta cada instante. E diz: “Você chegou quinze segundos atrasado”. Também é um exagero. Gasta-se meia hora apenas para acalmá-lo. Aí, a alegria do encontro já foi embora.
     Perder o timing pode mudar uma vida inteira. O horário do Enem ou da prova de vestibular, por exemplo, é rígido. Quem chega depois, chora. Há restaurantes que seguram a reserva só quinze minutos. Em compensação, nada mais injusto que os horários de voos. Aviões atrasam, são cancelados, a gente passa horas no aeroporto e fica por isso mesmo. Eu nunca posso me atrasar, mas eles sim.
     Formigas e abelhas têm estruturas organizacionais sólidas. E nenhuma usa relógio. Assim como os pássaros que sabem a hora de migrar. Nós, humanos, é que nos atrapalhamos. Confesso: já fui a festa no dia seguinte ao marcado. Um desastre. Há noivos que esperam horas no altar, e noivas que aguardam anos para o pedido de casamento. Em Minas há uma cidade, no interior, chamada Espera Feliz. Mas é possível existir felicidade em uma espera? Só fico feliz quando aguardo o vaivém dos pratos de um bom jantar. A gula estimula a paciência. Já quando se está com fome e o menu demora é o fim do mundo.
     Horário também é questão de empatia. O que se tem de mais precioso é o tempo. Por que alguém se acha no direito de deixar o outro esperando?

Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/walcyr-carrasco/questao-de-horario/ (Adaptado) Acesso em: 07 jan. 2023.
Os pronomes destacados são indefinidos, EXCETO:
Alternativas
Q2074673 Português
TEXTO 1

(-------------)
Milly Lacombe

        Minhas duas primeiras memórias de infância envolvem meu pai.
        Na primeira delas, estou em seus ombros, no meio de uma multidão que cantava, pulava e festejava. Enrolados em uma bandeira do Brasil que minha mãe havia feito na máquina de costura, que ficava no mesmo quarto da TV em branco e preto. Eu tinha três anos, ele tinha 43. A seleção tinha acabado de ser tricampeã mundial de futebol e meu pai e eu celebrávamos no meio de outras centenas de pessoas na rua General Glicério, em Laranjeiras, no Rio.
       Na segunda memória, estou subindo com ele a rampa do Maracanã. Eu tinha um pouco mais que três anos, mas não muito mais. Lembro-me da mão dele segurando a minha, lembro-me de olhar para cima e vê-lo ali sorrindo para mim. Lembro-me das pessoas passando em volta, apressadas e felizes. Lembro-me das camisas e bandeiras misturadas: vermelho e preto em alguns; verde, branco e grená em outros. Ele e eu fazíamos parte desse segundo grupo de pessoas. Na minha outra mão, uma almofadinha com as cores do Fluminense, feita por minha mãe na máquina de costura que ficava no mesmo quarto da TV branco e preta. A almofadinha era uma solução à dureza do concreto da arquibancada.
       Subindo a rampa, lembro-me de ver, lá bem longe e já no topo, uma abertura para o céu. Era para lá que caminhávamos, meu pai e eu, de mãos dadas. O que haveria ali além do céu? Depois de uma subida, bastante longa para um pequeno corpo que ainda não tinha feito cinco anos, lembro-me de conhecer o que, anos depois, entenderia ser o êxtase que vem com a experiência do sagrado. Ao final da rampa, uma abertura para um campo verde, de marcas brancas e milhares de pessoas cantando ao redor.
        Capturada pela imensidão do momento, outra vez olhei para cima e vi meu pai. Ele sorria e não se movia, como quem sabe que seria importante me deixar ali um pouco, apenas sentindo a grandeza do momento, apenas absorvendo uma experiência inaugural de amor e paixão. Depois de um tempo, ele me pegou no colo e subimos os degraus da arquibancada, sendo abençoados por um tanto de pó de arroz a cada passo. Não me lembro de mais nada.
        Não me lembro do placar, não me lembro do que aconteceu em campo, não me lembro do que comemos, nem dos sorvetes que não pedi. Lembro-me apenas das sensações e das emoções daquele dia. Mas, mais que qualquer coisa, lembro-me da mão de meu pai na minha. Se fechar os olhos, posso sentir a temperatura e a textura de sua mão na minha. Se fechar os olhos, sinto outra vez a exata pressão que a mão dele fazia na minha, todas as vezes que andávamos assim pelas ruas, e sinto a segurança que aquelas mãos me davam.
       Meu pai não está mais aqui, mas a sensação de sua mão na minha está. Pouca coisa, aliás, se manteve presente além dessa sensação. Talvez apenas a emoção de subir uma rampa cujo final é um campo de futebol onde dois times se enfrentarão. O caminho do sagrado, do final de um período escuro, frio e penoso que se abre para uma imensidão de luzes, sonhos e possibilidades.
        Anos depois, eu conduziria meu sobrinho pela mesma rampa, mas agora interpretando o papel feito por meu pai.
       O que é a vida se não esse contínuo trocar de lugares e essa perpétua caminhada que pode nos levar a encontros grandiosos? Não muita coisa, eu acho. Um passo atrás do outro, uma batalha atrás da outra. Conquistas, fracassos. Vitórias, derrotas. Dias bons, dias ruins. Partidas, chegadas. E lá vamos nós outra vez.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/nosso-estranhoamor/2022/11/[...].shtml (Adaptado) Acesso em: 30 dez. 2022.
Em: “Depois de uma subida, bastante longa para um pequeno corpo que ainda não tinha feito cinco anos, lembro-me de conhecer o que, anos depois, entenderia ser o êxtase que vem com a experiência do sagrado.”, “o” é um pronome 
Alternativas
Q2066955 Português
São exemplo de pronomes:
I. Pessoais; II. Possessivos; III. Demonstrativos; IV. Interrogativos; V. Relativos; VI. Indefinidos.
Assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q2057077 Português
Assinale a alternativa em que o pronome destacado na frase expressa ideia de indefinição.
Alternativas
Q2056078 Português
Em relação às classes gramaticais, assinale a alternativa INCORRETA:
Alternativas
Q2051488 Português

A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Previdência Social: Reflexões e Desafios

Por José Pimentel, Ministro da Previdência Social 



(Disponível em: http://sa.previdencia.gov.br/site/arquivos/office/3_100202-164641-248.pdf – texto adaptado

especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que apresenta a classe de palavra à qual pertence o vocábulo sublinhado no trecho a seguir: “com os que ainda estão por nascer” (l. 17).
Alternativas
Q2045458 Português
No texto, o pronome
Alternativas
Q2043379 Português
Coloque AI, S, N e PI dentro dos parênteses, conforme o vocábulo um, posto em destaque, seja, respectivamente, artigo indefinido, substantivo, numeral ou pronome indefinido:
( ) “Bocó é um que gosta de conversar bobagens profundas com as águas” (Manoel de Barros) ( ) Ele não é um qualquer para ser tratado da forma como o foi. ( ) “Um galo sozinho não tece uma manhã / Ele precisará sempre de outros galos” (João Cabral de Melo Neto) ( ) Comprei um livro, porque não tinha mais dinheiro. ( ) O um, na simbologia, é número que expressa a unidade, Deus, e também o Eu, a personalidade individual do ser humano. ( ) Comprei um livro para dar de presente a um amigo em seu aniversário.
Assinale a alternativa que relaciona a sequência CORRETA de cima para baixo:
Alternativas
Q2038806 Português
Vigilância sanitária faz controle
rigoroso dos medicamentos

21_30.png (377×634)

Internet: <www.blog.saude.gov.br> (com adaptações).

A respeito do texto e de seus aspectos linguísticos, julgue o item. 
O  vocábulo  “algum”  (linha  7)  representa  um  pronome  indefinido variável.  
Alternativas
Q2036291 Português
O jovem casal

Rubem Braga

          Estavam esperando o bonde e fazia muito calor. Veio um bonde, mas estava tão cheio, com tanta gente pendurada nos estribos que ela apenas deu um passo à frente, ele esboçou com o braço o gesto de quem vai pegar um balaústre – e desistiram.
          Um homem da carrocinha de pão obrigou-os a recuar para perto do meio-fio; depois o negrinho da lavanderia passou com a bicicleta tão junto que um vestido esvoaçante bateu na cara do rapaz.
          Ela se queixou de dor de cabeça; ele sentia uma dor de dente enjoada e insistente – preferiu não dizer nada. Ano e meio casados, tanta aventura sonhada, e estavam tão mal naquele quarto de pensão do Catete, muito barulhento: "Lutaremos contra tudo" – havia dito – e ele pensou com amargor que estavam lutando apenas contra as baratas, as horríveis baratas do velho sobradão. Ela com um gesto de susto e nojo se encolhia a um canto ou saía para o corredor – ele, com repugnância, ia matar a barata; depois, com mais desgosto ainda, jogá-la fora.
         E havia as pulgas; havia a falta de água, e quando havia água, a fila dos hóspedes no corredor, diante da porta do chuveiro. Havia as instalações que cheiravam mal, o papel da parede amarelado e feio.
As duas velhas gordas, pintadas, da mesinha ao seu lado, que lhe tiravam o apetite para a mesquinha comida da pensão. Toda a tristeza, toda a mediocridade, toda a feiura duma vida estreita onde o mau gosto pretensioso da classe média se juntava à minuciosa ganância comercial – um simples ovo era “extraordinário”. Quando eles pediam dois ovos, a dona da pensão olhava com raiva; estavam atrasados no pagamento.
         Passou um ônibus, parou logo adiante, abriu com ruído a porta, num grande suspiro de ar comprimido, e ela nem sequer olhou o ônibus, era tão mais caro. Ele teve um ímpeto, segurou-a pelo braço disposto a fazer uma pequena loucura financeira – “Vamos pegar um ônibus!” – Mas o monstro se fechara e partira jogando lhes na cara um jato de fumaça.
         Ele então chegou mais para perto dela – lá vinha outro bonde, mas aquele não servia – enlaçou-a pela cintura, depois ficou segurando seu ombro com um gesto de ternura protetora, disse-lhe vagas meiguices, ela apenas ficou quieta. “Está doendo muito a cabeça?” Ela disse que não. “Seu cabelo está mais bonito, meio queimado de sol.” Ela sorriu levemente, mas de repente: “Ih, me esqueci da receita do médico”, pediu-lhe a chave do quarto, ele disse que iria apanhar para ela, ela disse que não, ela iria; quando voltou, foi exatamente a tempo de perder um bonde quase vazio; os dois ficaram ali desanimados.
         Então um grande carro conversível se deteve um instante perto deles, diante do sinal fechado. Lá dentro havia um casal, um sujeito de ar importante na direção e sua mulherzinha meio gorducha, muito clara. A mulherzinha deu um rápido olhar ao rapaz e olhou com mais vagar a moça, correndo os olhos da cabeça até os sapatos, enquanto o homem dizia alguma coisa de um anel. No momento de o carro partir com um arranco macio ouviram que a mulher dizia: “se ele deixar por quinze, eu fico”.
          Quinze contos – isso entrou pelos ouvidos do rapaz, parece que foi bater, como um soco, em seu
estômago mal alimentado – quinze contos, meses e meses, anos de pensão! Então olhou sua mulher e achou a tão linda e triste com uma blusinha branca, tão frágil, tão jovem e tão querida, que sentiu os olhos arderem de vontade de chorar. Disse: “Viu aquela vaca dizendo que ia comprar um anel de quinze contos?”
         Vinha o bonde.

(In: Davi Arrigucci Jr., org. Os melhores contos de Rubem Braga. 3. Ed. São Paulo: Global, 1985. p. 41-2)
No trecho: “Passou um (1)ônibus, parou logo adiante, (2)abriu com ruído (3)a porta, num (4)grande suspiro de ar comprimido, e (5)ela nem sequer olhou o ônibus, era tão mais caro.”, a que classe de palavras pertencem os termos em destaque? Assinale a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q2028580 Português
Texto para a questão. 

A mente humana é um grande teatro

Augusto Cury
A mente humana é um grande teatro. Seu lugar não é na plateia, mas no palco, brilhando na sua inteligência, alegrando-se com suas vitórias, aprendendo com as suas derrotas e treinando para ser, a cada dia, autor da sua história, líder de si mesmo!

Disponível em: https://www.mensagenscomamor.com/mensagem/494448. Acesso em 20/11/2022.
Sobre Classes de Palavras, assinale a alternativa cujo termo destacado está classificado INCORRETAMENTE no parênteses.
Alternativas
Q2008906 Português
“Palavras como, conjunções, pronomes, advérbios, sinônimos são mecanismos de coesão textual porque estabelecem relações com outros termos no interior de um texto, garantindo unidade entre as diversas partes que o compõem. Essa relação entre os elementos do texto recebe o nome de Coesão Textual.”

(www.liceuasabin.br/infantil/files/arquivos/area_profes-sor/14738758850.ppt - Acesso em 05/11/17.)

Em se tratando do emprego dos pronomes como elementos coesivos, analise os pronomes destacados no trecho de entrevista abaixo a fim de marcar a alternativa INADEQUADA.
Como separar a história do conhecimento da história da cultura?
Peter Burke: A história do conhecimento é uma parte substancial da história da cultura, não limitada ao mundo acadêmico, apesar de eu me concentrar nele. Há muitos conhecimentos. Alguns são necessários para pintar quadros, tocar instrumentos, escrever poemas, encenar.
Em outras palavras, há conhecimentos para contribuir e também para apreciar o que chamamos de cultura. Esses conhecimentos não são os mesmos em toda parte do mundo. A história da arte, por exemplo, não diz muito sobre o saber necessário para produzir arte – a história da cultura é maior que a história do conhecimento.

Em qual momento a academia se interessou pela sabedoria popular, o conhecimento do boca a boca e do fazer manual?
Peter Burke: Isso ocorreu no começo do século XIX, quando o folclore se tornou um conteúdo organizado, estudado dentro das universidades. Mas é importante lembrar que, na história humana, o conhecimento acadêmico é relativamente recente – na Grécia Antiga e na China, ele ocorreu somente 2 mil ou 3 mil anos antes que no Ocidente. O conhecimento popular é muito mais antigo. Então, tem havido um longo processo de emprestar, testar e formalizar informações e saberes do folclore para o mundo dos “doutores profissionais”.
Os conhecimentos feminino e masculino sempre foram tratados de forma distinta?
Peter Burke: No domínio do conhecimento popular, há uma especialização entre os conhecimentos femininos – cozinhar, bordar, costurar – e os saberes masculinos – caçar, pescar, plantar. São conhecimentos separados, que são de alguma forma equivalentes. No mundo acadêmico, no entanto, as mulheres foram excluídas do conhecimento até o final do século XIX. Hoje, elas ainda permanecem como minoria nas instituições acadê-micas. A presença feminina tem crescido, mas ainda é muito inferior à masculina.
Ainda há preconceito de intelectuais em relação ao conhecimento popular?
Peter Burke: Acredito que as opiniões variam, não somente entre os intelectuais, mas também em relação aos diferentes tipos de conhecimento popular. Muitas pessoas de classe média apreciam arte popular e folclore. Algumas acreditam em curas folclóricas, por exemplo, entre outras formas de medicina alternativa. É certo que intelectuais de esquerda levam mais a sério o conhecimento popular do que os de direita.

(http://www.fronteiras.com/entrevistas/peter-burke-e-a-historia-do-conhecimento-lvoce-nao-sabe-mais-que-seus-ancestraisr - Acesso em 04/11/17. – Fragmento.)
Alternativas
Q2007209 Português
TEXTO IV
O poder do jornalismo contra as fake news

O jornalismo sério passa a reforçar seu papel e sua importância na sociedade como fonte segura para ficar a par do que acontece pelo mundo
Luciana Sálvaro*

     As gafes se acumulam e já são cometidas por diversas personalidades, que compartilham em suas mídias sociais as famosas fake news – notícias fantasiosas que enganam por seu caráter de veracidade e construção realizada conforme padrões jornalísticos –, impactando milhares de pessoas. Algumas dessas notícias destoam por seu aspecto absurdo, listando fatos quase impossíveis de serem reais. Outras fantasiam sobre o cenário atual para causar reações, seja estranhamento e potencial  revolta, ou ainda comoção, tristeza e empatia. Em qualquer uma dessas formas, elas são uma versão reformulada da verdade, uma contravenção do papel do jornalismo, que busca, acima de tudo, representar o real.
     As mídias sociais viralizam o conteúdo. Sem fazer uma segunda checagem, os usuários apertam sem cerimônia o botão “compartilhar”, fazendo com que informações inverídicas tenham o poder de percorrer estados, países e continentes. Num ambiente em que o debate sobre o que é importante poderia ser ampliado, ele passa a ser distorcido. Uma versão moderna do uso da mídia para vigiar o meio, se utilizarmos como base as antigas teorias da comunicação.
     Isso porque se, no início da utilização da internet as fake news que mais chamavam atenção eram as dezenas de lamentações sobre a morte de artistas que se encontravam vivos, hoje elas têm impactado discussões muito mais importantes, como aconteceu com as eleições dos Estados Unidos e o Brexit (processo de saída do Reino Unido da União Europeia).
     Em ano de eleições no Brasil, cujo cenário comove o público por seu ineditismo, espera-se que as fake news sejam recursos utilizados como massa de manobra para conquistar votos e propagar opiniões com bases infundadas. A previsão é de que sites “duvidosos” publiquem informações que, depois, serão distribuídas pelo Facebook, Twitter e WhatsApp, como estratégia de manipulação para servir a certos interesses políticos e econômicos.
     O Senado já se atentou a isso e propôs um projeto de lei que pretende punir com até três anos de detenção aqueles que fizerem a divulgação das fake news. Pode ser um começo, mas em um país no qual a impunidade e a injustiça parecem parte de seu DNA, não se sabe até que ponto o perigo de reclusão será uma barreira para esses atos. Entretanto, o que poucos lembram é que a prática tem um oponente tão semelhante em aspecto, mas tão diferente em sua dinâmica: o jornalismo de verdade.
     Hoje, também disponíveis em sua maioria pela internet, os jornais e os portais noticiosos são os grandes combatentes das fake news. Isso se inicia pela própria característica do negócio, que é relatar o que acontece no mundo, de forma ética e imparcial. Se antes a quantidade de fatos e temas era restrita pelo espaço físico disponível, quando o jornalista vivia a mercê do tamanho de laudas para contar as histórias, agora é possível escrever sobre praticamente tudo no ambiente digital. Essa dinâmica pode ter alterado muito a forma de noticiar, mas não afetou de maneira alguma a essência da comunicação, que é trazer um apanhado do que acontece de verdade no mundo.
     Teorias da comunicação, formas objetivas de comunicar, importância da ética e de mostrar múltiplas visões sobre o mesmo tema: durante o ensino superior, o jornalista é munido com informações para uma prática que entenda como o seu papel é importante para a sociedade como um todo. Além disso, ele recebe instruções para entender como o trabalho mal realizado pode ter consequências catastróficas. Matérias sensacionalistas, mal apuradas e tendenciosas são apenas alguns desses exemplos.
     Nesse cenário, os meios de comunicação profissionais despontam como o refúgio para visualizar se o que está circulando nas mídias sociais é verdadeiro. Pautados em princípios como a checagem das informações, eles voltaram a ser reconhecidos como fontes críveis para entender a realidade. Conforme pesquisa realizada pelas universidades de Darthmouth, Princeton e Exeter, apesar de um em cada quatro americanos terem tido contato com alguma forma de fake news durante as últimas eleições presidenciais, os eleitores também continuavam se informando com frequência pelos veículos de imprensa. Ou seja, o jornalismo sério passa a reforçar seu papel e sua importância na sociedade como fonte segura para ficar a par do que acontece pelo mundo.
     A guerra contra as fake news ainda está no começo, principalmente quando o termo é utilizado por muita gente quando algo que afronta suas convicções é publicado – mesmo que seja verdade. Google e Facebook já estão nessa batalha, trabalhando com códigos que penalizam esse tipo de conteúdo. Entretanto, o jornalismo será uma arma imprescindível nesse processo, atuando com responsabilidade para que atinja seus grandes objetivos: informar e levar seu público a raciocinar sobre os eventos, criando suas próprias percepções sobre a realidade. Tendo como base um único ingrediente: a verdade.

(*) Luciana Sálvaro é jornalista e assessora de imprensa da Central Press. Texto retirado de:
<http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/o-poder-dojornalismo-contra-as-fake-news-9z7mypbxd0hpyqpqfhgkytgx3> 
Acessado em 18 de mai. 2018 (com adaptações).
A respeito dos pronomes empregados no trecho “Algumas dessas notícias destoam por seu aspecto absurdo, listando fatos quase impossíveis de serem reais. Outras fantasiam sobre o cenário atual para causar reações, seja estranhamento e potencial revolta, ou ainda comoção, tristeza e empatia”, é CORRETO afirmar que: 
Alternativas
Q2007048 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

AMOR NA DIMENSÃO DA FELICIDADE




Felicidade não tem peso, nem tem medida, não pode ser comprada, não se empresta, não se toma emprestada, não resiste a cálculos, porque não está nos padrões materiais do nosso mundo.

Felicidade só pode ser legítima.

Felicidade falsa não é felicidade, é ilusão.

Mas, se eu soubesse fazer contas na medida do bem, diria que a felicidade pode ter tamanho, pode ser grande, pequena, cabendo nas conchas da mão, ou ser do tamanhão do mundo.

Felicidade é sabedoria, esperança, vontade de ir, vontade de voltar, vontade de ficar, e permanecer feliz!

Felicidade é o presente, o passado, o futuro.

Felicidade é confiança: fé e crença, trabalho e ação.

Não se pode ter pressa de ser feliz, porque a felicidade vem devagarinho,

como quem não quer nada, sem ser percebida, mas chega e contenta a alma.

Ser feliz não depende de dinheiro, não depende de saúde, nem de poder.

Felicidade não é fruto da ostentação, nem do luxo.

Felicidade é desprendimento, não é ambição.

Só é feliz quem sabe suportar, perder, sofrer e perdoar.

Só é feliz quem sabe, sobretudo, amar!

Acesso em: (https://www.pensador.com/textos_ felicidade/8/)
Marque a alternativa com análise INCORRETA:
Alternativas
Respostas
121: A
122: A
123: A
124: C
125: A
126: C
127: C
128: A
129: E
130: B
131: D
132: B
133: C
134: A
135: C
136: B
137: D
138: C
139: D
140: C