Questões de Português - Pronomes pessoais oblíquos para Concurso
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Hoje, presenciamos a articulação de movimentos sociais e da sociedade civil por meio de sites, redes sociais, blogs etc. Não é possível ignorar a quantidade e a qualidade de informações que circulam nos espaços virtuais. É fascinante a variedade de textos, imagens e vídeos existentes na web. Ensinar a criança e o adolescente a se apropriar dessas novas linguagens é a única maneira de torná-los competentes para a comunicação coletiva. Toda escola deveria assumir o compromisso ético de proporcionar aos alunos o uso adequado dessas ferramentas, dando, assim, subsídios para que sejam capazes de selecionar as informações disponíveis, produzir conteúdos e conseguir articulá-los de forma reflexiva. O orientador educacional e os demais gestores podem contribuir ao auxiliar as equipes a investigar a internet não apenas como uma ferramenta para o conhecimento, mas como uma aprendizagem em si mesma. A linguagem da rede mundial tem uma estrutura própria, com signos e significados que precisam ser compreendidos. É comum as pessoas– inclusive os alunos – identificarem o espaço virtual como sendo de caráter privado e divulgarem informações particulares sobre si ou outros colegas. Ocorre, porém, que isso não é verdade, e os problemas de convivência ficam super-dimensionados. Realizar uma pesquisa sobre o uso da internet pelos estudantes pode fornecer pistas interessantes. Vale investigar, por exemplo, qual o tempo destinado às tecnologias, quais os sites e as redes sociais mais frequentados, a natureza dos jogos preferidos etc. Esse levantamento ajudará a mapear a intensidade e a qualidade da utilização dos recursos tecnológicos pelos alunos, fornecendo parâmetros úteis para a análise pela equipe docente.
(Catarina Iavelberg. http://gestaoescolar.org.br/formacao/preciso-ensinar-alunos-usar-tecnologia-consciencia-615029.shtml. Adaptado)
Considere as seguintes passagens do texto: Ensinar [a criança e o adolescente] a se apropriar dessas novas linguagens… (1º parágrafo) Toda escola deveria assumir o compromisso ético de proporcionar [aos alunos] o uso adequado dessas ferramentas… (1º parágrafo) O orientador educacional e os demais gestores podem contribuir ao auxiliar [as equipes] a investigar a internet… (2º parágrafo)
Assinale a alternativa que apresenta pronomes que substituem, correta e respectivamente, as expressões entre colchetes, com os ajustes necessários às formas verbais a que se subordinam.
... desrespeitando interlocutores.
Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual...
... que caracteriza a obsessão pelos “cliques”.
Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados nos segmentos acima foram corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:
“Antes de entrar no elevador, certifique-se de que o mesmo se encontra no andar.” “Mantenha a porta fechada durante o expediente. Tranque a mesma ao final do turno.”
Na língua escrita formal, as expressões o mesmo e a mesma devem ser substituídas, respectivamente, pelos pronomes.
O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um destino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da Guanabara ao Pacífico. De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago. Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco Karel Čapek, um explorador descobre na costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defenderem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se reproduzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar e inundam os continentes. Passam a ser bilhões e tomam o mundo. Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós. Com os micróbios no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo.
(Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 31.05.2019. Adaptado)
… dividi-lo… / … descobriram-no em duas ilhas… / … aprendem a geri-lo…