Questões de Concurso Sobre pronomes relativos em português

Foram encontradas 1.862 questões

Q3149766 Português
Assinale a alternativa que possui o emprego de um pronome relativo invariável:
Alternativas
Q3139033 Português
Rosa-do-deserto

        Novidade recente no mercado nacional de flores, a rosa-do-deserto (Adenium obesum) ainda tem seu processo produtivo sob a luz de estudos e pesquisas de dados científicos para o aprimoramento das técnicas de cultivo. No entanto, o visual exótico e exuberante da planta, que desperta o interesse de muitos compradores, paisagistas e colecionadores, já a tornou fonte de renda para agricultores brasileiros por meio do comércio em floriculturas, feiras de rua, atacados e outros pontos de venda.
        A rosa-do-deserto encontra, em boa parte das regiões daqui, condições ambientais adequadas para o seu desenvolvimento — inclusive, é considerada uma ótima alternativa de cultura rentável para o pequeno e médio produtor rural de áreas semiáridas e sem sistema de irrigação. Descoberta na África subsaariana — o lado sul do deserto do Saara —, a flor típica de locais de clima quente e seco, como o próprio nome sugere, se beneficia de um sistema natural de armazenamento de água e nutrientes no caule (caudex), que permite à planta suportar longos períodos de estiagem e temperaturas elevadas.
        Valorizada, a rosa-do-deserto, que não exige muito espaço para crescer, é ideal para vasos, embora também possa ser cultivada em solo com boa drenagem para ornamentação de jardins. Na natureza, a rosa-do-deserto chega a 4 metros de altura, porém, a mais comercializada no mundo é a versão miniatura da flor, com aspecto que se assemelha ao dos bonsais. Replantes e podas de raízes e brotações são alguns dos tratos culturais necessários para se obter a beleza escultural do caule compacto e sinuoso.
        Herbácea e suculenta, ela possui diversas cores vibrantes, únicas ou em degradê e em opções que vão do branco e diferentes tons de rosa ao preto, e cinco pétalas e sépalas, que se fundem dentro de um tubo floral, com florescimento a partir de um a dois anos após o plantio. Simples ou dobradas, algumas flores exalam um leve aroma.
        Caducifólia, a rosa-do-deserto perde no fim do outono sua vistosa folhagem, de aspecto brilhante e de coloração verde-escura. Ovais, estreitas e lanceoladas, as folhas se apresentam reunidas em grupos ao longo dos ramos de textura média, como o tronco, que, aliás, exige o uso de luvas para ser manuseado, devido à seiva tóxica que contém.

Revista Globo Rural — adaptado.
No 2º parágrafo, no trecho: “[...] que permite à planta suportar longos períodos de estiagem e temperaturas elevadas. [...]”, o pronome relativo tem como referente: 
Alternativas
Q3138906 Português
Por que furacões e ciclones têm nomes de pessoa

Os furacões e ciclones recebem nomes para facilitar a comunicação entre meteorologistas e o público. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirma que dar nomes aos furacões é a forma mais eficiente de comunicação e alertas para a população. Ela também facilita a comunicação marítima sobre tempestades.

A prática de nomear ciclones tropicais começou anos atrás para ajudar na rápida identificação de tempestades em mensagens de alerta porque nomes são muito mais fáceis de lembrar do que números e termos técnicos. Muitos concordam que dar nomes a tempestades facilita que a mídia noticie sobre ciclones tropicais, aumenta o interesse em alertas e aumenta a preparação da comunidade.

Furacões e ciclones recebem nomes depois que atingem ventos constantes de 63 km/h. Apenas os de grande impacto costumam ter seu nome veiculado na imprensa.

Regiões diferentes adotam padrões diferentes.

Segundo a Met Office, a agência meteorológica do Reino Unido, na maioria das regiões, listas alfabéticas pré-determinadas de nomes masculinos e femininos de pessoas são usadas. Mas, no oeste do Pacífico Norte e no norte do oceano Índico, a maioria dos nomes usados não é de pessoas. Lá, a maioria das tempestades recebe nomes de flores, animais, pássaros, árvores, alimentos ou adjetivos.

Para a região do Caribe e da América do Norte, a Organização Meteorológica Mundial possui seis listas diferentes de nomes, que vão de A a Z.

Os furacões recebem nomes por ordem alfabética, que são dados por ordem cronológica ao longo do ano. O primeiro furacão deste ano foi chamado de Alberto, que começa com a letra "A". O segundo foi chamado de Beryl, o seguinte, Chris. E assim por diante. Muitos sequer tiveram destaque na imprensa. Os mais perigosos até agora foram o Helene — que provocou 255 mortes há duas semanas — e o Milton.

As seis listas de nomes são recicladas a cada ano. Ou seja, em 2030, daqui a seis anos, os furacões voltarão a ser chamados de Alberto, Beryl, Chris, etc. E esses mesmos nomes já foram usados há seis anos, em 2019. Até 1979, só havia nomes femininos na lista. Mas desde então, há tanto nomes masculinos como femininos.

Furacões e ciclones possuem temporadas fixas, épocas quando eles costumam acontecer.

No Atlântico Norte e Caribe, essa temporada vai de primeiro de junho a trinta de novembro, período em que os nomes da lista são usados. No Pacífico Norte Oriental, a temporada vai de quinze de maio a trinta de novembro.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgey0zq2qwwo.adaptado.
Por que furacões e ciclones têm nomes de pessoa

Os furacões e ciclones recebem nomes para facilitar a comunicação entre meteorologistas e o público. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirma que dar nomes aos furacões é a forma mais eficiente de comunicação e alertas para a população. Ela também facilita a comunicação marítima sobre tempestades.

A prática de nomear ciclones tropicais começou anos atrás para ajudar na rápida identificação de tempestades em mensagens de alerta porque nomes são muito mais fáceis de lembrar do que números e termos técnicos. Muitos concordam que dar nomes a tempestades facilita que a mídia noticie sobre ciclones tropicais, aumenta o interesse em alertas e aumenta a preparação da comunidade.

Furacões e ciclones recebem nomes depois que atingem ventos constantes de 63 km/h. Apenas os de grande impacto costumam ter seu nome veiculado na imprensa.

Regiões diferentes adotam padrões diferentes.

Segundo a Met Office, a agência meteorológica do Reino Unido, na maioria das regiões, listas alfabéticas pré-determinadas de nomes masculinos e femininos de pessoas são usadas. Mas, no oeste do Pacífico Norte e no norte do oceano Índico, a maioria dos nomes usados não é de pessoas. Lá, a maioria das tempestades recebe nomes de flores, animais, pássaros, árvores, alimentos ou adjetivos.

Para a região do Caribe e da América do Norte, a Organização Meteorológica Mundial possui seis listas diferentes de nomes, que vão de A a Z.

Os furacões recebem nomes por ordem alfabética, que são dados por ordem cronológica ao longo do ano. O primeiro furacão deste ano foi chamado de Alberto, que começa com a letra "A". O segundo foi chamado de Beryl, o seguinte, Chris. E assim por diante. Muitos sequer tiveram destaque na imprensa. Os mais perigosos até agora foram o Helene — que provocou 255 mortes há duas semanas — e o Milton.

As seis listas de nomes são recicladas a cada ano. Ou seja, em 2030, daqui a seis anos, os furacões voltarão a ser chamados de Alberto, Beryl, Chris, etc. E esses mesmos nomes já foram usados há seis anos, em 2019. Até 1979, só havia nomes femininos na lista. Mas desde então, há tanto nomes masculinos como femininos.

Furacões e ciclones possuem temporadas fixas, épocas quando eles costumam acontecer.

No Atlântico Norte e Caribe, essa temporada vai de primeiro de junho a trinta de novembro, período em que os nomes da lista são usados. No Pacífico Norte Oriental, a temporada vai de quinze de maio a trinta de novembro.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgey0zq2qwwo.adaptado.

Furacões e ciclones recebem nomes depois que atingem ventos constantes de 63 km/h. Apenas os de grande impacto costumam ter seu nome veiculado na imprensa.
Morfologicamente, é correto afirmar que, nesta frase:
Alternativas
Q3136787 Português
Por que furacões e ciclones têm nomes de pessoa

Os furacões e ciclones recebem nomes para facilitar a comunicação entre meteorologistas e o público. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirma que dar nomes aos furacões é a forma mais eficiente de comunicação e alertas para a população. Ela também facilita a comunicação marítima sobre tempestades.

A prática de nomear ciclones tropicais começou anos atrás para ajudar na rápida identificação de tempestades em mensagens de alerta porque nomes são muito mais fáceis de lembrar do que números e termos técnicos. Muitos concordam que dar nomes a tempestades facilita que a mídia noticie sobre ciclones tropicais, aumenta o interesse em alertas e aumenta a preparação da comunidade.

Furacões e ciclones recebem nomes depois que atingem ventos constantes de 63 km/h. Apenas os de grande impacto costumam ter seu nome veiculado na imprensa.

Regiões diferentes adotam padrões diferentes.

Segundo a Met Office, a agência meteorológica do Reino Unido, na maioria das regiões, listas alfabéticas pré-determinadas de nomes masculinos e femininos de pessoas são usadas. Mas, no oeste do Pacífico Norte e no norte do oceano Índico, a maioria dos nomes usados não é de pessoas. Lá, a maioria das tempestades recebe nomes de flores, animais, pássaros, árvores, alimentos ou adjetivos.

Para a região do Caribe e da América do Norte, a Organização Meteorológica Mundial possui seis listas diferentes de nomes, que vão de A a Z.

Os furacões recebem nomes por ordem alfabética, que são dados por ordem cronológica ao longo do ano. O primeiro furacão deste ano foi chamado de Alberto, que começa com a letra "A". O segundo foi chamado de Beryl, o seguinte, Chris. E assim por diante. Muitos sequer tiveram destaque na imprensa. Os mais perigosos até agora foram o Helene — que provocou 255 mortes há duas semanas — e o Milton.

As seis listas de nomes são recicladas a cada ano. Ou seja, em 2030, daqui a seis anos, os furacões voltarão a ser chamados de Alberto, Beryl, Chris, etc. E esses mesmos nomes já foram usados há seis anos, em 2019. Até 1979, só havia nomes femininos na lista. Mas desde então, há tanto nomes masculinos como femininos.

Furacões e ciclones possuem temporadas fixas, épocas quando eles costumam acontecer.

No Atlântico Norte e Caribe, essa temporada vai de primeiro de junho a trinta de novembro, período em que os nomes da lista são usados. No Pacífico Norte Oriental, a temporada vai de quinze de maio a trinta de novembro.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgey0zq2qwwo.adaptado.
Furacões e ciclones recebem nomes depois que atingem ventos constantes de 63 km/h. Apenas os de grande impacto costumam ter seu nome veiculado na imprensa.
Morfologicamente, é correto afirmar que, nesta frase:
Alternativas
Q3129301 Português

Leia o Texto 3 para responder à questão.


Texto 3


Menos plástico, mais amor 


    Eu provavelmente estava distraída quando os guardanapos das lanchonetes começaram a vir em invólucros de plástico. Você precisa abri-los antes de sujar as mãos, senão pode ser complicado demais. Embora essa questão seja importantíssima, o que me intriga de fato é em que momento e por que começamos a exagerar tanto no uso das coisas plásticas.

    Vou chamar o fenômeno de hiperassepsia. Será que alguém morreu por um guardanapo contaminado, e eu não fiquei sabendo? E quanto ao copo descartável que acompanha a garrafa também descartável, nós precisamos mesmo dele? Talvez eu possa esboçar duas razões para esse excesso de itens destinados às lixeiras. 

    Em tempos de álcool gel, é natural que um dispensador de canudos nos pareça uma monstruosa colônia de germes. Melhor embalá-los um a um. No entanto, nesse exato momento, na França, há um funcionário recebendo uma nota de cinco euros e depois entregando um sanduíche a alguém com as mesmas mãos sem luvas. Isso pode causar nojo, mas revela mais sobre diferenças culturais do que reais riscos à saúde.

    E o mais importante: o exagero dos plásticos parece estar ligado à tendência de querer agradar a qualquer custo. Só isso explica o que observo cotidianamente nos caixas de supermercado. Embora a maioria de nós seja capaz de pôr objetos dentro de uma sacola, temos empacotadores, instruídos a não colocar no mesmo saco uma pasta de dente e um pacote de biscoitos. A consequência é o uso de uma quantidade absurda de sacolas.

    Na minha sacola de pano, sob os olhos atônitos do empacotador que acabo de dispensar, é claro que tudo vai misturado. Continuo viva. 


Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/blog/literatura-em-movimento/menos-plastico-mais-amor/>. Acesso em: 19 set. 2024. [Adaptado].


No trecho “em que momento e por que começamos a exagerar tanto no uso das coisas plásticas”, a forma ortográfica do termo destacado refere-se à função de
Alternativas
Q3127768 Português
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 e, a seguir, responda à questão, que a ele se refere.

Texto 01

“Engole o choro!”

Mariana Chagas

   Quem nunca escutou, quando criança, que chorar era feio? Ou, durante o crescimento, foi repreendido com frases como “engole o choro” ou “para de chorar”? É comum crescer entendendo que o choro é algo inconveniente e que deve ser escondido ou segurado a todo custo. A aversão que muitos têm sobre o choro existe porque acreditam que a ação está associada a um sinal de fraqueza. É o que explica a psicóloga Lana Ohana. “A gente cresce e escuta muito, dentro da nossa criação, que o choro é ligado a uma questão infantil, e acaba que nos tornamos adultos atravessados por esses estigmas”.
     O choro é uma resposta emocional que pode ser desencadeada por uma variedade de estímulos e situações. Camila Castro, psicóloga especialista em Neuropsicologia e Terapia Cognitivo-Comportamental, explica que chorar é considerado uma forma crucial de expressão emocional que serve a diversos propósitos adaptativos.
    A terapeuta comenta que existem diversas teorias que buscam explicar o motivo de sentirmos vontade de chorar. Uma das mais conhecidas é porque o choro atua como um mecanismo de alívio emocional. “O ato de chorar pode reduzir os níveis de estresse e ansiedade, contribuindo para a restauração do equilíbrio emocional. O choro pode diminuir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, no corpo”, explica a especialista.
   Contrariando os estigmas de que chorar seria algo negativo, existem diversos benefícios em expressar as emoções pelo choro. Segundo Camila, nossas emoções são experiências complexas que envolvem diferentes níveis de ativação e sensações de prazer e desprazer. É preciso saber como entrar em contato com elas, e o choro é uma resposta a esse contato. “O choro é uma das formas mais poderosas de expressar essas emoções, proporcionando uma liberação emocional essencial. Por exemplo, o ato de chorar permite que liberemos emoções acumuladas, especialmente aquelas relacionadas à tristeza, à frustração ou à dor”, exemplifica a psicóloga.
    Além disso, Camila explica que expressar nossas emoções pelo choro também pode promover a conexão interpessoal, pois demonstra vulnerabilidade e abre espaço para o apoio e compreensão dos outros. “É uma forma de comunicação não verbal que pode promover a empatia e fortalecer os laços emocionais entre as pessoas”, esclarece a especialista.
   Quando as pessoas são ensinadas a reprimir suas emoções, especialmente através do choro, correm o risco de internalizar essa supressão. A psicóloga explica que isso pode resultar em uma incapacidade de lidar com as emoções, contribuindo para o desenvolvimento de condições como ansiedade, depressão e estresse crônico. “A crença de que chorar é um sinal de fraqueza pode levar as pessoas a se sentirem isoladas em suas emoções, evitando buscar apoio emocional ou compartilhar suas preocupações com os outros”, esclarece. Isso pode aumentar o risco de isolamento social e emocional, prejudicando a saúde mental e o bem-estar geral.
   Além disso, a supressão de chorar pode dificultar a construção de relacionamentos íntimos e saudáveis. Segundo a psicóloga, a comunicação emocional desempenha um papel crucial no estabelecimento de conexões significativas com os outros, e a falta dela pode prejudicar a qualidade dos relacionamentos interpessoais. [...]

Disponível em: https://vidasimples.co/emocoes/chorar-nao-e-ruim. Acesso em: 28 set. 2024. Adaptado.
Considere a seguinte passagem do texto: “O choro é uma resposta emocional que pode ser desencadeada por uma variedade de estímulos e situações. Camila Castro, psicóloga especialista em Neuropsicologia e Terapia Cognitivo-Comportamental, explica que chorar é considerado uma forma crucial de expressão emocional que serve a diversos propósitos adaptativos.” Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista o uso do termo “que” nessa passagem.

I- O termo “que”, em “[...] resposta emocional que pode ser [...]”, é um elemento de coesão, já que se refere ao termo “resposta emocional”, usado anteriormente.
II- O termo “que”, em “[...] explica que chorar [...]”, como conjunção e elemento de coesão, insere na passagem o complemento oracional do verbo “explica”.
III- O termo “que”, em “[...] expressão emocional que serve [...]”, foi usado como pronome relativo para fazer a coesão referencial com o termo “expressão emocional”.
IV- O termo “que”, em “[...] resposta emocional que pode ser [...]” e em “[...] expressão emocional que serve [...]”, poderia ser substituído, com igual correção, por “a qual”.
V- O termo “que”, nas três ocorrências, foi usado como elemento de coesão, uma vez que tem a função de retomar substantivos anteriormente expressos.

Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q3122402 Português


Internet:: <www.nversoseditora.com>  (com adaptações).

De acordo com o texto, julgue o item a seguir.


O termo “que” em “o que resulta em uma aprendizagem mais efetiva” (linhas 19 e 20) é uma ocorrência de pronome relativo.

Alternativas
Q3122289 Português


Internet:<www.emfoco.anchieta.br>  (com adaptações).

De acordo com o texto, julgue o item a seguir.


Na linha 16, “onde” funciona como pronome relativo. 

Alternativas
Q3121872 Português
Na frase "O livro que li ontem era bastante interessante", qual a classe gramatical da palavra "que"?
Alternativas
Q3120583 Português
E se é verdade que o princípio dos castigos deve estar subscrito no pacto, não é necessário que cada cidadão aceite a pena extrema (...) O direito de punir se deslocou da vingança do soberano à defesa da sociedade. Mas ele se encontra então recomposto com elementos tão fortes que se torna quase mais temível. O malfeitor foi arrancado a uma ameaça, por natureza, excessiva, mas é exposto a uma pena que não se vê o que pudesse limitar. Volta de um terrível superpoder. Tem-se a necessidade de que se coloque um princípio de moderação ao poder do castigo.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. São Paulo: Vozes, 2014, p. 89.

Em cada fragmento extraído do texto, há um “que” sublinhado. Assinale a alternativa que corresponde à classificação correta entre parênteses. 
Alternativas
Q3120274 Português
TEXTO II


História da Natação



Apesar de não ser um exercício tão natural para o ser humano como caminhar ou correr, a natação existe há milênios. Praticada na Grécia Antiga e pelos romanos, entre outros povos, a natação, embora popular, demorou muito para se transformar em uma competição organizada, tendo seus estilos se desenvolvido de diferentes formas ao longo da história.


Um dos primeiros registros data de 1696, quando o francês M. Thevenal descreveu uma maneira singular de nadar, semelhante ao nado de peito praticado atualmente, que consistia em movimentos de pernas e braços parecidos com os de uma rã. O nado de costas teve sua primeira forma criada em 1794, pelo italiano Bernardi. Ele sugeriu um movimento com os dois braços sendo jogados para trás simultaneamente, que, a partir de 1912, foi aperfeiçoado, tornando-se bem parecido com o nado de costas praticado atualmente.


Em 1873, o inglês John Trudgen desenvolveu uma nova técnica, que consistia em rotações laterais do corpo, tendo a movimentação dos dois braços sobre a água como principal fonte de deslocamento. Essa técnica, batizada de Trudgen ou “over‑arm‑stroke”, foi aperfeiçoada pelo australiano Richard Cavill e, posteriormente, transfonou-se no nado crawl (livre) que conhecemos hoje.


Finalmente, na década de 1930, nadadores norte-americanos, já durante competições, atentaram para o fato de que as regras do nado de peito não impediam que o movimento dos braços fosse realizado sobre a superfície da água, o que permitia um deslocamento mais rápido. Essa manobra conviveu com a técnica do nado peito por quase 20 anos até que, em 1948, um nadador húngaro a transformou no nado borboleta, reconhecido oficialmente pela Federação Internacional em 1953 como um estilo da natação.

[...]


Disponível em: http://rededoesporte.gov.br/pt-br/megaeventos/
olimpiadas/modalidades/natacao. Acesso em: 3 out. 2024 (adaptado).
Assinale a alternativa em que o termo dos parênteses equivale ao antecedente do pronome relativo em destaque. 
Alternativas
Q3118857 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Café: mocinho ou vilão?

A cafeína é a droga psicoativa mais popular do mundo.

Os seres humanos tomam café − uma fonte natural de cafeína − há séculos, mas, nas últimas décadas, têm surgido orientações contraditórias sobre os seus efeitos para a saúde humana.

"Tradicionalmente, o café é considerado algo ruim", segundo o professor de epidemiologia do câncer Marc Gunter, do Imperial College de Londres. Ele já chefiou o departamento de nutrição e metabolismo da Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês).

"Pesquisas dos anos 1980 e 1990 concluíram que as pessoas que tomam café apresentam maior risco de doenças cardiovasculares", explica o professor, "mas os estudos evoluíram desde então."

Na última década, foram realizados novos estudos de base populacional, em escala maior. Com isso, Gunter afirma que os cientistas dispõem, agora, de dados de centenas de milhares de consumidores de café.

O que nos contam essas pesquisas? O consumo de café oferece riscos ou benefícios à saúde?

O café é associado ao aumento do risco de câncer por conter acrilamida, uma substância carcinogênica encontrada em alimentos como torradas, bolos e batatas fritas. Mas a IARC concluiu, em 2016, que o café não é carcinogênico (que causa câncer), a menos que seja bebido muito quente − acima de 65 °C.

Em um estudo de 2023, pesquisadores defenderam que, embora o café seja uma das principais fontes de acrilamida na nossa alimentação, ainda não existe uma base forte e conclusiva de evidências demonstrando sua relação com o risco de desenvolvimento de câncer.

Outras pesquisas também concluíram que o café, na verdade, tem efeito protetor. Estudos demonstraram, por exemplo, associação entre o consumo de café e menor risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer entre os pacientes.

Em 2017, Gunter publicou os resultados de um estudo que analisou os hábitos de consumo de café de meio milhão de pessoas em toda a Europa, por um período de 16 anos. As pessoas que bebiam mais café apresentaram menor risco de morrer de doenças cardíacas, AVC e câncer.

Estas conclusões são coerentes com pesquisas realizadas em outras partes do mundo, incluindo os Estados Unidos, e as pesquisas mais recentes conduzidas no Reino Unido.

Gunter explica que existe consenso suficiente entre os estudos observacionais para confirmar que as pessoas que tomam até quatro xícaras de café por dia sofrem de menos doenças que aquelas que não consomem a bebida.

E os possíveis benefícios do café podem ser ainda maiores.

No estudo de Gunter, as pessoas que tomavam café apresentaram maior propensão a fumar e manter alimentação menos saudável do que as demais.

Esta é uma indicação de que, se o café realmente reduzir o risco de doenças cardíacas e câncer, talvez ele seja mais poderoso do que pensamos. Afinal, seus efeitos compensariam os hábitos não saudáveis dos seus consumidores.

Estes mesmos benefícios são observados com o café descafeinado, que contém quantidades de oxidantes similares ao café normal, segundo as pesquisas.

Gunter não encontrou, nos seus estudos, nenhuma diferença entre a saúde das pessoas que consomem café tradicional e descafeinado. Isso o levou a concluir que os benefícios associados ao café se devem a outra substância, não à cafeína.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c5ype30g24ro.adaptado.
Gunter explica "que" existe consenso suficiente entre os estudos observacionais para confirmar que as pessoas que tomam até quatro xícaras de café por dia sofrem de menos doenças "que" aquelas que não consomem a bebida.
Assinale a alternativa correta quanto à classe gramatical dos vocábulos destacados, respectivamente.
Alternativas
Q3117071 Português
Café: mocinho ou vilão?


A cafeína é a droga psicoativa mais popular do mundo.

Os seres humanos tomam café − uma fonte natural de cafeína − há séculos, mas, nas últimas décadas, têm surgido orientações contraditórias sobre os seus efeitos para a saúde humana.

"Tradicionalmente, o café é considerado algo ruim", segundo o professor de epidemiologia do câncer Marc Gunter, do Imperial College de Londres. Ele já chefiou o departamento de nutrição e metabolismo da Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês).

"Pesquisas dos anos 1980 e 1990 concluíram que as pessoas que tomam café apresentam maior risco de doenças cardiovasculares", explica o professor, "mas os estudos evoluíram desde então."

Na última década, foram realizados novos estudos de base populacional, em escala maior. Com isso, Gunter afirma que os cientistas dispõem, agora, de dados de centenas de milhares de consumidores de café. 

O que nos contam essas pesquisas? O consumo de café oferece riscos ou benefícios à saúde? 

O café é associado ao aumento do risco de câncer por conter acrilamida, uma substância carcinogênica encontrada em alimentos como torradas, bolos e batatas fritas. Mas a IARC concluiu, em 2016, que o café não é carcinogênico (que causa câncer), a menos que seja bebido muito quente − acima de 65 °C.

Em um estudo de 2023, pesquisadores defenderam que, embora o café seja uma das principais fontes de acrilamida na nossa alimentação, ainda não existe uma base forte e conclusiva de evidências demonstrando sua relação com o risco de desenvolvimento de câncer. 

Outras pesquisas também concluíram que o café, na verdade, tem efeito protetor. Estudos demonstraram, por exemplo, associação entre o consumo de café e menor risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer entre os pacientes.

Em 2017, Gunter publicou os resultados de um estudo que analisou os hábitos de consumo de café de meio milhão de pessoas em toda a Europa, por um período de 16 anos. As pessoas que bebiam mais café apresentaram menor risco de morrer de doenças cardíacas, AVC e câncer.

Estas conclusões são coerentes com pesquisas realizadas em outras partes do mundo, incluindo os Estados Unidos, e as pesquisas mais recentes conduzidas no Reino Unido.

Gunter explica que existe consenso suficiente entre os estudos observacionais para confirmar que as pessoas que tomam até quatro xícaras de café por dia sofrem de menos doenças que aquelas que não consomem a bebida.

E os possíveis benefícios do café podem ser ainda maiores.

No estudo de Gunter, as pessoas que tomavam café apresentaram maior propensão a fumar e manter alimentação menos saudável do que as demais.

Esta é uma indicação de que, se o café realmente reduzir o risco de doenças cardíacas e câncer, talvez ele seja mais poderoso do que pensamos. Afinal, seus efeitos compensariam os hábitos não saudáveis dos seus consumidores.

Estes mesmos benefícios são observados com o café descafeinado, que contém quantidades de oxidantes similares ao café normal, segundo as pesquisas.

Gunter não encontrou, nos seus estudos, nenhuma diferença entre a saúde das pessoas que consomem café tradicional e descafeinado. Isso o levou a concluir que os benefícios associados ao café se devem a outra substância, não à cafeína.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c5ype30g24ro.adaptado.

Gunter explica "que" existe consenso suficiente entre os estudos observacionais para confirmar que as pessoas que tomam até quatro xícaras de café por dia sofrem de menos doenças "que" aquelas que não consomem a bebida.

Assinale a alternativa correta quanto à classe gramatical dos vocábulos destacados, respectivamente.
Alternativas
Q3116648 Português

Escala 6×1 afeta mais a população negra e reproduz escravidão, diz psicóloga


Por Diego Junqueira | 20/11/2024



A ESCALA DE TRABALHO 6×1 (seis dias trabalhados para um de folga) representa um resquício da escravidão e afeta principalmente a população negra, sem direito ao descanso ou à própria vida. Essa é a análise da psicóloga Ana Luísa Araújo Dias, mestra em saúde comunitária pela UFBA (Universidade Federal da Bahia) e especialista em saúde mental e políticas de equidade, com foco na população negra. "Dá para fazer um paralelo [da escala 6×1] com o trabalho da escravidão mesmo, porque é um corpo que não é visto como digno de vitalidade. É um corpo apenas visto pelo caráter da produção e da exaustão", compara.


[...] "Há diagnósticos para isso, como os casos de burnout, ansiedade e depressão, mas a gente não pode mais naturalizar essa vida automatizada que impede que a gente tenha qualidade e vitalidade", afirma Dias. "Não dá para naturalizar esse sono entrecortado, tanto tempo no transporte público em condições tão difíceis. Não dá para naturalizar esse isolamento, essa impossibilidade das relações serem vividas", continua.


Filha de uma ex-trabalhadora doméstica submetida a longas jornadas e privada de folga aos fins de semana, a psicóloga [...] propõe uma reflexão sobre autocuidado, inspirada nas conquistas da população negra escravizada que enfrentou os senhores de terra não somente por condições dignas de trabalho, mas por uma vida melhor. "Nossos ancestrais não fizeram tudo o que fizeram para que nós hoje pudéssemos estar aqui recebendo tanto ou com tal título. Mas para que a gente pudesse ter o direito de existir e de viver a vida boa", diz.


Leia a entrevista com Ana Luísa Araújo Dias.


[...]


Um corpo sem direito à vitalidade


A escala 6×1 afeta uma maioria da população trabalhadora composta por pessoas negras. E dá para fazer de um modo muito evidente um paralelo com o trabalho da escravidão mesmo, porque é um corpo que não é visto como digno de vitalidade. É um corpo apenas visto pelo caráter da produção e da exaustão. Ele não tem sequer uma fase de recuperação. Há uma marca da exaustão, do esgotamento, mesmo em situações onde é possível parar. Pessoas negras não conseguem muitas vezes parar porque o modo de trabalho contínuo e exaustivo é uma marca histórica subjetiva. Isso constrói também a nossa subjetividade.


Vida além do trabalho


Muitas vezes, no âmbito da população periférica, para ser trabalho de fato, ele precisa ser exaustivo. Precisa ter uma rotina de sair de casa, precisa ter um desgaste para considerar que, de fato, o esforço está tendo resultado. O que combina com a falácia neoliberal de que, quanto mais você trabalha, aí vem o sucesso. O sucesso não está relacionado à quantidade de horas que você trabalha. Essa é uma lógica capitalista que é colocada nas nossas cabeças. Mas isso não corresponde à realidade.


 O trabalho deve ser uma das dimensões da vida. Mas se o trabalho impede que existam outras dimensões da vida, que é o que a escala 6×1 coloca, isso vai na direção oposta ao que é, de fato, ter uma vida. Então, não é possível ter qualidade de vida se você não consegue ter um sono de qualidade, uma rotina alimentar de qualidade, se você não consegue descansar. A escala 6×1 considera esse corpo como uma máquina de produzir, mas não um corpo sujeito que merece dignidade e vitalidade. [...] não é possível a uma pessoa trabalhadora poder sequer dormir bem se ela trabalha numa escala 6×1. O sono fica muito restrito. O que a pessoa faz após o trabalho e antes de voltar ao trabalho fica condicionado nesse entre jornadas de trabalho. Vários estudos de saúde mental já mostram o impacto do sono, do lazer e das relações sociais saudáveis, relações familiares, amizades e um círculo social saudável no bem-estar físico. Mas isso fica completamente inviabilizado pela escala 6×1, porque a pessoa não tem a possibilidade de existir para além do trabalho, como o próprio movimento demarca.


Inviável o convívio familiar


Eu sou filha de uma ex-trabalhadora doméstica. Até os meus dez anos de idade, eu, minha mãe e meu irmão morávamos na casa que era no quarto dos fundos da casa em que 'mainha' trabalhava. Era uma lógica de casa grande e algumas empregadas. A gente morava num quartinho do lado da lavanderia. Eu não sabia o que era uma rotina de sair do trabalho e chegar no trabalho, porque minha mãe sempre estava trabalhando. [...] É inviável o convívio entre a família. Se a gente pensa a mãe, o pai e as crianças, essa escala torna inviável o cotidiano dessa família de acompanhar o acordar das crianças e o desenvolvimento delas, participar de atividades na escola, do lazer em família. [...]


A história que nos constrói


É muito importante que a gente perceba essa dimensão histórica e o quanto o Brasil ter essa história também nos constrói subjetivamente. Aí a gente pode compreender por que uma pessoa que trabalha na escala 6×1 pode fazer um discurso que apoia essa escala: porque elas nem sabem que outro modo de existir é possível. E quando outras pessoas dizem que é possível, aí entra toda a carga de: "Ah, é preguiçoso, não está trabalhando direito, não é assim que se faz".


A gente pode perceber esse impacto geracional. Se hoje os filhos têm a possibilidade de trabalhar home office ou com um trabalho intelectual, para os pais, o trabalho está relacionado a essa construção da exaustão, o cotidiano é esse cotidiano de sair, passar horas no transporte. Mas para uma jovem de 20 anos que começa a trabalhar com essa escala, fica inviabilizado o estudo e a descoberta dos interesses da vida. Essa pessoa é confrontada, logo no início da vida adulta, com uma escala que prejudica o sono, a alimentação e as relações.


[...] Para além de pensar em uma determinada classe, um grupo de serviços, a gente pensa em vida além do trabalho. Que vida é essa que a gente está vivendo, construindo e colocando para as gerações seguintes?


[...] Eu costumo dizer que nossos ancestrais, desde lá atrás, não fizeram tudo o que fizeram para que nós hoje pudéssemos estar aqui recebendo tanto ou com tal título. Mas era para que a gente pudesse ter o direito de existir, de viver a vida boa. Bem-viver é isso. É a gente se enxergar como sujeito. [...]


(Disponível em: https://reporterbrasil.org.br/2024/11/escala-6x1-afeta-mais-negros-reproduz-escravidao/. Acesso em 08 dez. 2024. Adaptado.)

Por se tratar de uma entrevista oral, certas marcas de oralidade, bem como certos desvios da gramática normativa da língua portuguesa são aceitos porque não causam prejuízo na informação dada, nem na compreensão do(da) interlocutor(a). Analise as proposições que seguem:

I.Em "Há uma marca da exaustão, do esgotamento, mesmo em situações onde é possível parar", o pronome relativo "onde" foi usado inadequadamente, pois, seu uso, pela gramática normativa, restringe-se apenas para se referir a lugar, o que não acontece no trecho destacado.
II.Em "Para além de pensar em uma determinada classe, um grupo de serviços, a gente pensa em vida além do trabalho. Que vida é essa que a gente está vivendo, construindo e colocando para as gerações seguintes?", o uso da expressão "a gente" é um uso comum da oralidade e equivale à 1ª pessoa do plural.
III.Em "não é possível a uma pessoa trabalhadora poder sequer dormir bem se ela trabalha numa escala 6×1", houve um erro de grafia porque quem transcreveu a entrevista pode ter se confundido; o correto seria "se quer".
IV.Em "Aí a gente pode compreender por que uma pessoa que trabalha na escala 6×1 pode fazer um discurso que apoia essa escala: porque elas nem sabem que outro modo de existir é possível", o uso do termo destacado está equivocado, uma vez que ele introduz uma explicação, exigindo o uso de "porque", como na segunda ocorrência, nesse mesmo excerto.

É correto o que se afirma em:
Alternativas
Q3110593 Português

Leia o texto a seguir:


A vida dá voltas



    Sou um tipo meio fatalista. Acho que a vida dá voltas. Um amigo meu, Luís, casou-se com Cláudia, uma mulher egoísta. Ele era filho único, de mãe separada e sem pensão. Durante algum tempo, a mãe de Luís foi sustentada pelo próprio tio, um solteirão. Quando este faleceu, começaram as brigas domésticas: Cláudia não admitia que Luís desse dinheiro à mãe. Ele era um rapaz de classe média. Por algum tempo, arrumou trabalhos extras para ajudar a idosa.

    Convencido pela esposa, ele mudou-se para longe. Visitava a mãe uma vez por ano. Para se livrar da questão financeira, Luís convenceu a mãe a vender o apartamento. Durante alguns anos, ela viveu desse dinheiro. Muitas vezes, lamentava a falta do filho, mas o que fazer? Luís, sempre tão ocupado, viajando pelo mundo todo, não tinha tempo disponível. Na casa da mãe, faltou até o essencial. E ela faleceu sozinha.

    O tempo passou. Hoje, Luís, antes um profissional disputado, está desempregado. Foi obrigado a se instalar com a família na casa dos sogros, onde é atormentado diariamente. A filha de Luís e Cláudia cresceu e saiu de casa. Quer seguir seu próprio rumo!

    Luís não tem renda, nem bens. Está quase se divorciando. Ficou fora do mercado de trabalho. O que vai acontecer? A filha cuidará dele? Tenho dúvidas, porque ele não a ensinou com seu próprio exemplo.

    A vida é um eterno ciclo afetivo. Em uma época todos nós somos filhos. Em outra, tornamo-nos pais: é a nossa vez de cuidar de quem cuidou de nós.

(Walcyr Carrasco)

Disponível em: http://vejasp.abril.com.br. Acesso em 25.09.2024. Adaptado)

No texto, o pronome relativo onde, localizado na frase “onde é atormentado diariamente", refere-se:
Alternativas
Q3110553 Português

Leia o texto a seguir:


A vida dá voltas



    Sou um tipo meio fatalista. Acho que a vida dá voltas. Um amigo meu, Luís, casou-se com Cláudia, uma mulher egoísta. Ele era filho único, de mãe separada e sem pensão. Durante algum tempo, a mãe de Luís foi sustentada pelo próprio tio, um solteirão. Quando este faleceu, começaram as brigas domésticas: Cláudia não admitia que Luís desse dinheiro à mãe. Ele era um rapaz de classe média. Por algum tempo, arrumou trabalhos extras para ajudar a idosa.

    Convencido pela esposa, ele mudou-se para longe. Visitava a mãe uma vez por ano. Para se livrar da questão financeira, Luís convenceu a mãe a vender o apartamento. Durante alguns anos, ela viveu desse dinheiro. Muitas vezes, lamentava a falta do filho, mas o que fazer? Luís, sempre tão ocupado, viajando pelo mundo todo, não tinha tempo disponível. Na casa da mãe, faltou até o essencial. E ela faleceu sozinha.

    O tempo passou. Hoje, Luís, antes um profissional disputado, está desempregado. Foi obrigado a se instalar com a família na casa dos sogros, onde é atormentado diariamente. A filha de Luís e Cláudia cresceu e saiu de casa. Quer seguir seu próprio rumo!

    Luís não tem renda, nem bens. Está quase se divorciando. Ficou fora do mercado de trabalho. O que vai acontecer? A filha cuidará dele? Tenho dúvidas, porque ele não a ensinou com seu próprio exemplo. 

    A vida é um eterno ciclo afetivo. Em uma época todos nós somos filhos. Em outra, tornamo-nos pais: é a nossa vez de cuidar de quem cuidou de nós.

(Walcyr Carrasco)

Disponível Disponível em: http://vejasp.abril.com.br. Acesso em 25.09.2024. Adaptado)

No texto, o pronome relativo onde, localizado na frase “onde é atormentado diariamente", refere-se:
Alternativas
Q3109330 Português
Texto I

O Etarismo no Brasil


   Infelizmente, o etarismo é uma realidade presente em diversos aspectos da vida das pessoas idosas no Brasil. No mercado de trabalho, muitas vezes, elas são excluídas de oportunidades de emprego devido a preconceitos e estereótipos negativos relacionados à sua idade. Isso ocorre apesar das experiências, habilidades e conhecimentos valiosos que muitos idosos possuem e poderiam compartilhar, lamentavelmente.

    O que é o Etarismo?

  O etarismo, também conhecido como ageísmo ou idadismo, envolve estereótipos e uma visão preconceituosa em relação às pessoas. Ele se refere à discriminação e ao preconceito às pessoas com base em sua idade. O etarismo contribui para a segregação da população e está vinculado a padrões sociais estabelecidos na sociedade, como a valorização da produtividade e da juventude, bem como o acesso desigual às novas tecnologias. É uma forma de discriminação que se baseia na ideia de que a idade avançada é um fator negativo ou inferior, levando a estereótipos negativos, tratamento injusto e exclusão social.

    O etarismo pode se manifestar de várias maneiras, tanto em níveis individuais quanto estruturais. No nível individual, pode ocorrer por meio de comentários depreciativos, ridicularização, marginalização ou tratamento desrespeitoso em relação a pessoas mais velhas. Isso pode acontecer em ambientes pessoais, sociais ou profissionais, incluindo interações cotidianas, no mercado de trabalho, nos serviços de saúde e na mídia.

   Em níveis estruturais, o etarismo se reflete em políticas, práticas e normas sociais que limitam ou negam oportunidades e direitos às pessoas idosas. Isso pode incluir a falta de acessibilidade em espaços públicos, discriminação no mercado de trabalho, estereótipos negativos nas representações midiáticas, falta de cuidados de saúde adequados e restrições nas esferas política e cultural.

   O etarismo é prejudicial não apenas para as pessoas idosas, mas também para a sociedade como um todo. Ele perpetua estereótipos negativos, impede a participação ativa e produtiva das pessoas mais velhas e contribui para a exclusão social e o isolamento. Além disso, o etarismo limita o acesso a valiosas contribuições e experiências que as pessoas idosas podem oferecer em diversas áreas da vida.

   O etarismo pode ser considerado um crime de injúria quando alguém tem sua honra ou dignidade prejudicada, porém, isso é aplicável apenas quando se trata de pessoas idosas com 60 anos ou mais. Recentemente, um caso envolvendo uma estudante de Biomedicina de 45 anos, residente em Bauru, interior de São Paulo, foi alvo de ridicularização por seus colegas de classe devido à sua idade. Em resposta a essa situação, o deputado Fábio Macedo propôs uma medida para ampliar essa proteção contra o etarismo, tornando-a aplicável a qualquer faixa etária.

   Com o envelhecimento da população e o crescente investimento em qualidade de vida, muitos países ao redor do mundo estão lidando com a produtividade, vitalidade e alegria da Terceira Idade em diversos espaços e profissões. Ainda assim, o preconceito social segue crescendo e se disseminando na sociedade.

    Mas é só com pessoas idosas?

    Os preconceitos podem afetar tanto os jovens quanto os mais velhos. De acordo com uma pesquisa, 73% dos profissionais das gerações Y (nascidos entre 1980 e 1989) e Z (nascidos entre 1990 e 2010) sentem que são subestimados devido à sua idade mais jovem. Por outro lado, 66% dos profissionais da geração X (nascidos entre meados da década de 1960 até 1979) sentem que os mais jovens duvidam de seu profissionalismo. Esses dados ilustram como os estereótipos etários podem afetar diferentes faixas etárias no ambiente de trabalho.

    No caso citado, a universitária Patrícia Linares, 45, registrou um boletim de ocorrência por injúria e difamação contra as três jovens que gravaram um vídeo e publicaram em uma rede social em que praticam discriminação etária contra ela. Nestes casos, a vítima deve procurar uma delegacia, prestar queixa e fazer valer seus direitos. Mas lembre-se de que cada situação é única, e as medidas a serem tomadas podem variar de acordo com o contexto e as leis locais. É importante cuidar do seu bem-estar emocional e buscar o suporte necessário para enfrentar o etarismo de maneira adequada. A luta contra o etarismo é dever de todos, já que praticamente ninguém quer morrer jovem.


Disponível em https://www.verifact.com.br/etarismo-e-crime/#:~:text=forma%20de%20discrimina%C3%A7%C3%A3o.- ,O%20Etarismo%20no%20Brasil,negativos%20relacionados%20%C3%A0%20sua%20idade. Com adaptações.
Analise a função da partícula “que” nos períodos a seguir:

I. “Por outro lado, 66% dos profissionais da geração X (nascidos entre meados da década de 1960 até 1979) sentem que os mais jovens duvidam de seu profissionalismo.”
II. “Além disso, o etarismo limita o acesso a valiosas contribuições e experiências que as pessoas idosas podem oferecer em diversas áreas da vida.”

Assinale a alternativa que classifica a partícula “que” corretamente, de acordo com as relações sintáticas que estabelece com os demais termos nos itens acima.
Alternativas
Q3109092 Português
Texto

A ética como valor essencial


   Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa modo de ser. Ela é confundida com frequência com a lei que tem como base princípios éticos. Ela é também relacionada com a moral, mas são diferentes. A moral se fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos, e a ética busca fundamentar o modo de viver e ser.

  A ética é transversal para todas as áreas de conhecimento, como, por exemplo, na Economia. Segundo Charles K. Wilber, a Economia e a ética estão relacionadas pois ambos os economistas (teóricos e os construtores de políticas) e os atores econômicos (produtores, consumidores e trabalhadores) seguem princípios éticos que moldam os seus comportamentos.

    Se só existisse um ser humano no planeta, não existiria a questão ética, porque ela é a regulação da conduta, da vida coletiva. A ética pode e deve ser utilizada como tema na educação formal e informal. Ela deve ser semeada nos primeiros anos de vida e deve permear e se consolidar na educação básica e superior.

   Um dos mais importantes objetivos da educação é a de formar cidadãos utilizando como conteúdos assuntos que estejam relacionados com as questões sociais que marcam cada momento histórico para que os estudantes possam exercer seus direitos e deveres. A falta de ética na sociedade dificulta as relações profissionais e pessoais causando um comportamento social inadequado.

   Dessa forma, a ética e a responsabilidade social são pilares na educação. Ao mesmo tempo ela é a bússola para descobrirmos os caminhos que nos conduzem a uma vida virtuosa. Nessa ótica podemos minimizar ou eliminar problemas como a corrupção, violência, os preconceitos, a segregação social, as práticas contrárias à igualdade, os conflitos entre classes e etnia, as violências contra as mulheres, a gravidez precoce, os suicídios e nossa relação e respeito à natureza.

    A incorporação de princípios éticos é construída por uma forte parceria entre a escola com a família e com os meios de comunicação e deve ser iniciada na primeira infância (0 a 6 anos). Quanto mais cedo o ser humano refletir sobre a ética, mais cedo iniciará o seu amadurecimento e estará mais preparado para enfrentar as questões do convívio social no dia a dia.

    Ouvimos a toda hora que atualmente muitos problemas que o Brasil enfrenta são o resultado de que os representantes da população no governo deveriam cuidar dos interesses do povo, mas em muitos casos aprovam decisões em benefício próprio. No entanto, essa realidade não é exclusividade dos políticos, sendo um comportamento cultural, “levar vantagem em tudo”. Sendo assim, uma das formas de provocar mudanças na formação dos cidadãos é inserir desde cedo noções éticas na rotina escolar das crianças.

    Assistimos perplexos a um distanciamento cada vez maior entre educação e formação. Crianças e adolescentes recebem oceanos de informações prontas, desconexas e, muitas vezes, inúteis, que são incapazes de processar e integrar em um projeto de crescimento em conhecimento e sabedoria. A informação por si só não é formação, a ética é.

   Na grave crise sanitária devido à pandemia, com a necessidade de responder urgentemente às necessidades da sociedade, os riscos de perda de valores éticos, principalmente a corrupção, aumentaram. As insanidades cometidas, literalmente, tiraram oxigênio das pessoas.

    Estamos em uma encruzilhada histórica em que podemos agravar as injustiças sociais ou aproveitar este momento de grandes transformações para atacar os problemas pela raiz. Essas transformações devem ser feitas com total transparência, em nome do bem comum, tendo como pano de fundo, uma ética compatível com um avanço civilizatório e ela considerada como valor essencial.


Por Isaac Roitman, professor emérito da Universidade de Brasília, pesquisador emérito do CNPq e membro da Academia Brasileira de Ciências e do Movimento 2022 – 2030 (O Brasil e o Mundo que Queremos), em 9 de julho de 2021. Disponível em https://monitormercantil.com.br/a-etica-como-valor-essencial/.
Em “Ouvimos a toda hora que¹ atualmente muitos problemas que² o Brasil enfrenta são o resultado...”, as partículas “que” destacadas no período podem ser classificadas, respectivamente, como
Alternativas
Q3106988 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

O Drama da Caneta Azul

Primeira aula de Língua Portuguesa do ano. Expectativa de reencontro, novidades e uma pitada de preguiça pós-férias. Mal sabia eu que a professora iria logo de cara nos presentear com um desafio: escrever uma redação sobre as férias. Mas até aí, tudo bem. O que realmente nos pegou de surpresa foi o detalhe anunciado com firmeza: a redação deveria ser feita de caneta. Isso mesmo, caneta!

De repente, o sonho das séries passadas, aquele em que nos libertávamos do lápis, virou realidade. Mas será que era bem isso o que queríamos? Passamos anos achando que lápis era coisa de criança. Aquele apetrecho que nos acompanhava com sua borracha sempre pronta para apagar qualquer erro era, de fato, infantil demais para o nosso novo status de "alunos mais velhos". Só que agora, com a caneta, não havia mais volta atrás. Pensando bem, qualquer erro seria eternizado no papel, e a sensação de liberdade dava lugar a um leve medo.

E então, enquanto a caneta azul começava a deslizar pelo papel e os relatos das férias surgiam meio hesitantes, todos torcíamos para que a professora se desse por satisfeita com essa pequena "tortura". Porque, sinceramente, a última coisa que queríamos era que ela tivesse mais ideias... Vai que a próxima exigência fosse de verdade, e não só uma brincadeira com caneta? Melhor não arriscar.

Autor Desconhecido.


https://www.000dlx.com.br/cronicas-curtas-para-escola-o-drama-da-can eta-azul.PDF
No texto "O Drama da Caneta Azul", o autor utiliza termos e expressões para transmitir as reações dos alunos diante do desafio de escrever com caneta. Considerando os conhecimentos de morfologia, analise as funções das palavras destacadas e assinale a alternativa cuja palavra em destaque seja um PRONOME RELATIVO:
Alternativas
Q3089429 Português


(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/pedro-guerra/noticia/2024/10/a-importancia-do fracasso-cm2c7cd7o00rn013h7ftc6uq9.html – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que indica uma frase na qual a palavra “que” tenha sido empregada como pronome relativo. 
Alternativas
Respostas
1: C
2: C
3: E
4: B
5: A
6: A
7: C
8: C
9: B
10: E
11: A
12: A
13: C
14: D
15: D
16: D
17: C
18: D
19: B
20: A