Questões de Português - Pronomes relativos para Concurso

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Q773522 Português
O termo entre parênteses preenche corretamente a lacuna da frase:
Alternativas
Q767159 Português

Texto: Mais poder digital

Quem tem mais de 40 anos deve lembrar que acessar um computador não era tarefa fácil nos anos 80. Nos primeiros modelos de computadores pessoais que chegaram ao Brasil, a tela escura do monitor era inundada por letrinhas verdes e muitos códigos. Para muitos parecia assustador. Para mim, a descoberta de um universo fascinante. A curiosidade e o desejo de desvendar esse novo mundo me levaram ao aprendizado da programação, que definiu a minha vida profissional e pessoal.

A mudança foi grande, e hoje o acesso à internet abrange 77% dos jovens brasileiros de 10 a 17 anos, dos quais 83% usam a rede via seus celulares inteligentes, segundo o Cetic.br (2014). Com apenas um toque, fazemos ligações, tiramos fotos e gravamos vídeos, além de navegarmos por informações e serviços em todo o mundo.

Mas um estudo recente do Banco Mundial revela que, apesar de o acesso a novas tecnologias ter alcançado 40% da população global, nem sempre isso é sinônimo de desenvolvimento: em muitos países, persistem problemas impedindo a inclusão, a eficiência e a inovação. Para que os benefícios cheguem a todas as camadas sociais, o relatório recomenda investimento em educação e ensino das tecnologias de informação e comunicação, o que merece atenção urgente dos governos e da sociedade brasileira.

A inclusão digital deixou de ser nosso principal desafio, como era em 1995, quando fundei o CDI (Comitê para Democratização de Informática) para levar computadores a comunidades do Rio. Evoluímos nosso propósito para o empoderamento digital, usando a tecnologia como algo transformador, potencializando a autonomia, a criatividade e a colaboração para resolver problemas sociais. Isso é possível.

Quando os jovens percebem que podem migrar de usuários a criadores de tecnologia, eles também descobrem um imenso potencial para reprogramar suas realidades. Blog que denuncia o acúmulo de lixo na comunidade, app que promove apoio a pacientes de câncer ou compartilha eventos culturais gratuitos são algumas ideias que surgem dessas mentes inquietas, grandes talentos e protagonistas das mudanças que querem ver no mundo.

Dominar ferramentas tecnológicas e a lógica da programação é habilidade cada vez mais necessária para pensar em soluções que vão revolucionar nossa relação com o mundo. Aprender a programar pode ser muito divertido porque é um trabalho feito coletivamente, colaborativo, criativo e desafiador.

Quando eu aprendi a programar, conheci uma nova linguagem, a linguagem dos sistemas e dos aplicativos (app). Habilidade que já é responsável por melhorar a empregabilidade e o rendimento escolar, além de abrir portas para o universo do empreendedorismo.

Empoderadas digitalmente, as novas gerações têm a chance de protagonizar imensas transformações. Em rede, podem tornar sua realidade melhor e mais positiva. Precisamos fomentar as possibilidades de ação e criação, usando a tecnologia para acessar oportunidades de trabalho, estudo e empreendedorismo. Com isso, poderemos reprogramar e redefinir todo o nosso sistema.

Rodrigo Baggio. O Globo, 01/09/2016, p. 17. Adaptado. Disponível em: http://oglobo.globo.com/opiniao/mais-poder-digital- 20029560 

Em “o acesso à internet abrange 77% dos jovens brasileiros de 10 a 17 anos, dos quais 83% usam a rede” (2º parágrafo), o termo em destaque é um pronome relativo (os quais) precedido de preposição (de). De forma idêntica, preenche corretamente a lacuna de:
Alternativas
Q765126 Português
RECICLAGEM DE POLUIÇÃO

Cientistas avançam na busca para converter CO₂ emcombustível de forma eficaz e barata

1   Um dos principais gases causadores do efeitoestufa, o dióxido de carbono (CO₂), é alvo de diversasestratégias que procuram reduzir sua concentração naatmosfera para combater o aquecimento global. Umadelas é justamente convertê-lo de volta nos combustíveisde cuja queima ele se originou, como a gasolina e o óleodiesel, numa espécie de “reciclagem”. Este processo,no entanto, enfrenta dois grandes obstáculos: o altocusto e a baixa efi ciência; isto é, normalmente se gastamuito mais energia para completá-lo do que a que seráfornecida pelo combustível resultante. Assim, nos últimosanos, grupos de cientistas espalhados pelo mundo têmbuscado formas de tornar esta reação mais eficiente ebarata, como mostram dois estudos publicados recentementenas revistas científicas “Nature” e “Science”
2   No primeiro deles, pesquisadores liderados por Ted Sargent, professor da Faculdade de Ciências e Engenharia Aplicadas da Universidade de Toronto, no Canadá, lançaram mão da nanotecnologia para aumentara concentração de CO₂ junto às superfícies catalisadoras que transformam o gás em monóxido de carbono (CO),primeiro passo para sua conversão em combustíveis,num tipo de reação química conhecida como redução. A solução adotada pelos cientistas foi fabricar redes com agulhas de ouro extremamente pequenas, com pontas dez mil vezes menores que a espessura de um fio de cabelo, de forma que, quando submetidas a uma pequena corrente elétrica, elas criassem um campo que atraísse o CO₂, acelerando sua redução em CO.
3    — A redução do CO₂ é um grande desafio devido à inatividade da molécula — lembra Min Liu, pesquisador da Universidade de Toronto e um dos coautores do artigo que relata o desenho e uso das nanoagulhas de ouro nos conversores do gás, publica-do pela “Nature” — E as nanoagulhas funcionam como para-raios para catalisar essa reação.
4 Já outra equipe de cientistas, da Universidade de Illinois, em Chicago, nos EUA, foi buscar inspiração nas plantas por um processo mais eficiente para esta conversão de CO₂ em combustível. E a escolha não é por menos, já que há milhões de anos os vegetais fazem isso, transformando o dióxido de carbono que tiram do ar e a água que sugam do solo em açúcares com ajuda da luz do Sol, na conhecida fotossíntese. Assim,eles criaram o que apelidaram de “folhas artificiais”, um modelo de células solares que agem de forma integrada na captação de energia, CO₂ e água para novamente reduzir o gás do efeito estufa em monóxido de carbono e fornecer o chamado syngas (sigla em inglês para “gás de síntese”), uma inflamável mistura de CO e hidrogênio que pode ser queimada diretamente ou transformada nos combustíveis propriamente ditos, como metano, etanol e diesel, por meio de processos químicos adicionais com água.
5   — A nova célula solar não é fotovoltaica, é fotossintética— resume Amin Salehi-Khojin, professor da universidade americana e autor sênior do estudo publicado pela revista “Science” — No lugar de produzirmos energia em uma via de mão única insustentável, de combustíveis fósseis para um gás do efeito estufa, podemos agora reverter este processo e reciclar o carbono da atmosfera em combustível usando a luz do Sol. 
6 Para tanto, Salehi-Khojin e seus colegas desenvolveram e analisaram novos compostos catalisadores para converter o CO₂ em CO. No lugar de usarem metais preciosos e caros como ouro, platina e prata, que têm sido a base dos catalisadores mais efi cientes na redução do dióxido de carbono, eles se focaram em uma família de compostos nanoestruturados chamados metais de transição dicalcogenetos (TMDCs, também na sigla em inglês), que uniram a um incomum líquido iônico como eletrólito na célula da “folha artificial” montada em dois compartimentos com três eletrodos.
7   Entre esses compostos, os que mais se destacaram foram nanoflocos de disseleneto de tungstênio que, segundo os pesquisadores, promoveu a redução do CO₂ mil vezes mais rápido que os catalisadores feitos com metais nobres, com um custo cerca de 20 vezes menor.
8   — O novo catalisador é mais ativo e mais capaz de quebrar as ligações químicas do dióxido de carbono— diz Mohammad Asadi, primeiro autor do artigo na“Science”.
9  Professor de química da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, Antônio Otávio de Toledo Patrocínio está otimista com os avanços na área. Segundo ele, a fotossíntese natural, mesmo que não tenha uma eficiência gigantesca, é prova de que usar o CO₂para produzir combustíveis é algo perfeitamente viável,tanto que ela garante a sustentação de toda a biomassa do planeta.
10   — Do ponto de vista ambiental, é crítico o desenvolvimento de tecnologias de reaproveitamento de CO₂ — justifica. — Primeiramente, o mundo precisa reduzir as emissões, mas, em segundo lugar, o que nós estamos tentando fazer agora é recapturar o CO₂ gerado pela ação antropogênica, que desbalanceou o ciclo natural do carbono. Mas não adianta só ter um processo eficiente, é preciso que ele se encaixe nos processos industriais existentes. Senão, não existe viabilidade econômica — finaliza.

(BAIMA, Cesar & MATSUURA, Sergio. O Globo, 22/08/16,p. 20.)
“Uma delas é justamente convertê-lo de volta nos combustíveis de cuja queima ele se originou...” (1º §)
Considere no fragmento acima, do ponto de vista da regência, o emprego do pronome relativo na redação da oração adjetiva.
Das alterações feitas abaixo no mesmo fragmento, aquela em que o emprego do pronome relativo CONTRARIA norma de regência da língua culta é:
Alternativas
Q764728 Português

Oportunismo

Oportunismo é uma palavra cujo significado é pejorativo, com raras exceções. Torna-se um elogio apenas no esporte, quando se diz que tal jogador é oportunista – ou seja, sabe aproveitar as oportunidades para atingir os objetivos do jogo, o gol, por exemplo. Todas as outras aplicações, especialmente aquelas que se referem ao trabalho ou à vida pessoal, denotam negativismo. Oportunista é o que age de forma rasteira, ultrapassa todos os limites éticos e morais para alcançar o que deseja, nem que para isso seja necessário eliminar o quê (ou quem) estiver pela frente. Frequentemente se confunde com esperteza ou ousadia que, na dose certa, são elementos que podem ajudar a pessoa a progredir, sem transgredir regras. O oportunista também não vê problemas em se apossar de algo que não é seu ou aproveitar uma brecha para se dar bem. E não importa a circunstância. No dia a dia, nos esforçamos para renovar a fé na humanidade, mas quando os fatos nos dizem ao contrário, a tendência é a perplexidade.

Esta é a sensação predominante, ao lermos que 3 pessoas ignoraram a presença do corpo de um motociclista estatelado no chão e vasculharam o entorno, em busca de algo de valor. A vítima perdeu a vida após se chocar de frente com um caminhão de lixo em Várzea Grande, no último sábado. Sem perder tempo, uma mulher de 39 anos recolheu o celular do rapaz e levou para casa para “presentear” a filha de 21 anos. E a jovem certamente notou que pertencia a outra pessoa, mas minimizou esse fato. As duas foram para a delegacia e os familiares da vítima reconheceram a ladra, que acabou presa.

O crime de furto não lhe renderá uma longa condenação na esfera criminal, mas a frieza do ato é um agravante que vai muito além do que diz a lei. A “pena” maior para o conjunto da sociedade é saber que se essa mulher não estivesse passando pelo local do acidente, outra pessoa faria o mesmo. Muita, mas muita gente mesmo acredita piamente que “oportunidades” semelhantes não podem passar em branco. É habitual e perfeitamente compreensível furtar os pertences de alguém que acabou de morrer, já que ficariam inutilizados, não é mesmo? A cultura do “o que é meu é meu, o que é seu é nosso” está em vigor desde os primórdios. Trata-se do retrato cru da falência do nosso sistema educacional. Formam-se técnicos e diplomados, mas poucos cidadãos de verdade. E ainda querem afastar disciplinas como Filosofia e Sociologia do Ensino Médio. As próximas gerações continuarão enfrentando barreiras para pensar e se autocompreender.

(Oportunismo. A Gazeta. Ano 27, nº 9026. Editorial. Cuiabá, 02 e 03 de novembro)

A respeito dos elementos constitutivos do texto, pode-se afirmar que:
Alternativas
Q761056 Português

Texto III para responder a questão a seguir.

                    Comooantibióticomudouomundo

Em 24 horas, uma bactéria se reproduz 16 milhões de vezes. É um ritmo diabólico. Não à toa, os micróbios por trás das quatro grandes epidemias (peste negra, cólera, tuberculose e tifo) mataram mais de 1 bilhão de humanos. Elas estavam ganhando de goleada até que, num dia de 1928, o biólogo escocês Alexander Fleming se esqueceu de limpar o laboratório. Quando voltou, notou um fungo crescendo numa placa – e matando as bactérias que ele usava em experiências. E o que era desleixo virou a descoberta do século: esse fungo, do gênero penicillum, foi o primeiro antibiótico até para os bichos (nos EUA, 80% dele é ingerido por gado, aves e porcos de corte). Mas a lua-de-mel pode estar perto do fim. As bactérias estão criando resistência aos antibióticos, e a indústria farmacêutica não consegue criar novos – o ritmo de invenções caiu 70% nos últimos 20 anos. A esperança são os “antibióticos virais”, que já estão em testes – e são feitos de vírus que matam bactérias. 

Para estabelecer a coesão textual adequada utiliza-se, muitas vezes, pronomes relativos que retomam elementos referidos anteriormente. Em: “A esperança são os ‘antibióticos virais’, que já estão em testes – e são feitos de vírus que matam bactérias.”, o termo destacado tem como referente
Alternativas
Respostas
1186: B
1187: B
1188: C
1189: B
1190: A