Questões de Concurso
Sobre pronomes relativos em português
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Utilize o texto para responder à questão.
Analise as frases abaixo:
A praia ........... águas me banho é Ingleses.
A cidade .......... mais gosto é Biguaçu.
São válidos os protestos .............. o povo vai às ruas.
Temos certeza ................... o Papa Francisco ama a todos.
Assinale a alternativa que preenche correta e sequêncialmente as lacunas do texto.
Texto
AQUI SOZINHO
Aqui sozinho, nesta calma, toda a história da humanidade e da vida rolam diante de mim. Respiro o ar inaugural do mundo, o perfume das rosas do Éden ainda recendentes de originalidade. A primeira mulher colhe o primeiro botão. Vejo as pirâmides subindo; o rosto da esfinge pela primeira vez iluminado pela lua cheia que sobe no oriente; ouço os gritos dos conquistadores avançando. Observo o matemático inca no orgasmo de criar a mais simples e fantástica invenção humana – o zero. Entro na banheira em Siracusa e percebo, emocionado, meu corpo sofrendo um impulso de baixo para cima igual ao peso do líquido por ele deslocado. Reabro feridas de traições, horrores do poder, rios de sangue correm pela história, justos são condenados, injustos devidamente glorificados. Sinto as frustrações neuróticas de tantos seres ansiosos, e a tentativa de superá-las com o exercício de supostas santidades. Com a emoção a que nenhum sexo se compara, começo, pouco a pouco, a decifrar, numa pedra com uma tríplice inscrição, o que pensaram seres como eu em dias assustadoramente remotos. Acompanho um homem – num desses raros instantes de competência que embelezam e justificam a humanidade – pintando e repintando o teto de uma capela; ouço o som divino que outro tira de um instrumento que ele próprio é incapaz de ouvir. Componho em minha imaginação o retrato de maravilhosas sedutoras, espiãs, cortesãs e barregãs, que possivelmente nem foram tão belas, nem seduziram tanto. Sento e sinto e vejo, numa criação única, pessoal e intensa, porque ninguém materializou nada num teatro, numa televisão, num filme. Estou só com a minha imaginação. E um livro.
(Fernandes, M. JB – 01.02.92)
Texto I
O médico que ousou afirmar que os médicos erram – inclusive os bons
Em um mesmo dia, o neurocirurgião Henry Marsh fez duas cirurgias. Operou o cérebro de uma mulher de 28 anos, grávida de 37 semanas, para retirar um tumor benigno que comprimia o nervo óptico a ponto de ser improvável que ela pudesse enxergar seu bebê quando nascesse. Em seguida, dissecou um tumor do cérebro de uma mulher já na casa dos 50 anos. A cirurgia era mais simples, mas a malignidade do tumor não dava esperanças de que ela vivesse mais do que alguns meses. Ao final do dia, Marsh constatou que a jovem mãe acordara da cirurgia e vira o rostinho do bebê, que nascera em uma cesárea planejada em sequência à operação cerebral. O pai do bebê gritara pelo corredor que Marsh fizera um milagre. A seguir, em outro quarto do mesmo hospital, Marsh descobria que a paciente com o tumor maligno nunca mais acordaria. Provavelmente, ele escavara o cérebro mais do que seria recomendável – e apressara a morte da paciente, que teve uma hemorragia cerebral. O marido e a flha da mulher o acusaram de ter roubado os últimos momentos juntos que restavam à família.
É esse jogo entre vida e morte, angústia e alívio, comum à vida dos médicos, que Marsh narra em seu livro Sem causar mal – Histórias de vida, morte e neurocirurgia (...), lançado nesta semana no Brasil. Para suportar essa tensão, Marsh afirma que uma boa dose de autoconfiança é um pré-requisito necessário a médicos que fazem cirurgias consideradas por ele mais desafiadoras do que outras. Não sem um pouco de vaidade, Marsh inclui nesse rol as operações cerebrais, nas quais seus instrumentos cirúrgicos deslizam por “pensamentos, emoções, memórias, sonhos e reflexões”, todos da consistência de gelatina. [...]
(Disponível em: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/06/o-medico-que-ousou-afrmar-que-os-medicos-erram-inclusive-os-bons. html. Acesso em 01/01/17)
Texto 1, para a questão.
Considerando a norma-padrão da língua portuguesa e o sentido original do texto, julgue os itens a seguir e, depois, assinale a alternativa correta.
I - Nos períodos “Uma marca de refrigerantes lançou, na Colômbia, uma edição limitada do produto, que vem em garrafas feitas de gelo.” (linhas de 1 a 3) e “As garrafas ‘geladas’ têm exatamente o mesmo formato que as garrafas tradicionais, de vidro.” (linhas 3 e 4), o conectivo “que”, em suas duas ocorrências, poderia ser substituído por o qual.
II - É facultativo o uso do acento gráfico no vocábulo “têm” (linha 3).
III - A oração “para não congelar os dedos” (linhas 4 e 5) também poderia ser reescrita assim para não se congelar os dedos.
IV - No período “A sugestão da empresa é que, terminado o refrigerante, a tira protetora possa servir como um bracelete para o consumidor.” (linhas de 9 a 11), a segunda oração aparece entre vírgulas por estar deslocada do seu lugar-padrão.
A quantidade de itens certos é igual a
Uma criança pode revelar grande interesse por uma profissão ...... os pais sonharam, mas nunca exerceram.
Preenche corretamente a lacuna da frase acima o que está em:
Julgue o item subsecutivo, referente às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior.
A substituição de “às quais” (l.5) por à que prejudica
a correção gramatical do texto.
Instrução: A questão a seguir está relacionada à redação oficial.
Nos documentos oficiais, prioriza-se o emprego da norma culta da Língua Portuguesa. De acordo com essa norma, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas dos enunciados abaixo, na ordem em que aparecem.
1. O Secretário de Diligências registrou em ata que foi autuado o estabelecimento ........ dependências se constatou toda sorte de irregularidades.
2. Foi transferido ontem o Secretário de Diligências ........ trabalho fiz alusão.
3. Serão conhecidos no próximo ano os nomes dos novos Secretários de Diligências ........ serviços o Ministério Público passará a contar.
Texto: Mais poder digital
Quem tem mais de 40 anos deve lembrar que acessar um computador não era tarefa fácil nos anos 80. Nos primeiros modelos de computadores pessoais que chegaram ao Brasil, a tela escura do monitor era inundada por letrinhas verdes e muitos códigos. Para muitos parecia assustador. Para mim, a descoberta de um universo fascinante. A curiosidade e o desejo de desvendar esse novo mundo me levaram ao aprendizado da programação, que definiu a minha vida profissional e pessoal.
A mudança foi grande, e hoje o acesso à internet abrange 77% dos jovens brasileiros de 10 a 17 anos, dos quais 83% usam a rede via seus celulares inteligentes, segundo o Cetic.br (2014). Com apenas um toque, fazemos ligações, tiramos fotos e gravamos vídeos, além de navegarmos por informações e serviços em todo o mundo.
Mas um estudo recente do Banco Mundial revela que, apesar de o acesso a novas tecnologias ter alcançado 40% da população global, nem sempre isso é sinônimo de desenvolvimento: em muitos países, persistem problemas impedindo a inclusão, a eficiência e a inovação. Para que os benefícios cheguem a todas as camadas sociais, o relatório recomenda investimento em educação e ensino das tecnologias de informação e comunicação, o que merece atenção urgente dos governos e da sociedade brasileira.
A inclusão digital deixou de ser nosso principal desafio, como era em 1995, quando fundei o CDI (Comitê para Democratização de Informática) para levar computadores a comunidades do Rio. Evoluímos nosso propósito para o empoderamento digital, usando a tecnologia como algo transformador, potencializando a autonomia, a criatividade e a colaboração para resolver problemas sociais. Isso é possível.
Quando os jovens percebem que podem migrar de usuários a criadores de tecnologia, eles também descobrem um imenso potencial para reprogramar suas realidades. Blog que denuncia o acúmulo de lixo na comunidade, app que promove apoio a pacientes de câncer ou compartilha eventos culturais gratuitos são algumas ideias que surgem dessas mentes inquietas, grandes talentos e protagonistas das mudanças que querem ver no mundo.
Dominar ferramentas tecnológicas e a lógica da programação é habilidade cada vez mais necessária para pensar em soluções que vão revolucionar nossa relação com o mundo. Aprender a programar pode ser muito divertido porque é um trabalho feito coletivamente, colaborativo, criativo e desafiador.
Quando eu aprendi a programar, conheci uma nova linguagem, a linguagem dos sistemas e dos aplicativos (app). Habilidade que já é responsável por melhorar a empregabilidade e o rendimento escolar, além de abrir portas para o universo do empreendedorismo.
Empoderadas digitalmente, as novas gerações têm a chance de protagonizar imensas transformações. Em rede, podem tornar sua realidade melhor e mais positiva. Precisamos fomentar as possibilidades de ação e criação, usando a tecnologia para acessar oportunidades de trabalho, estudo e empreendedorismo. Com isso, poderemos reprogramar e redefinir todo o nosso sistema.
Rodrigo Baggio. O Globo, 01/09/2016, p. 17. Adaptado. Disponível em: http://oglobo.globo.com/opiniao/mais-poder-digital- 20029560
Considere no fragmento acima, do ponto de vista da regência, o emprego do pronome relativo na redação da oração adjetiva.
Das alterações feitas abaixo no mesmo fragmento, aquela em que o emprego do pronome relativo CONTRARIA norma de regência da língua culta é:
Oportunismo
Oportunismo é uma palavra cujo significado é pejorativo, com raras exceções. Torna-se um elogio apenas no esporte, quando se diz que tal jogador é oportunista – ou seja, sabe aproveitar as oportunidades para atingir os objetivos do jogo, o gol, por exemplo. Todas as outras aplicações, especialmente aquelas que se referem ao trabalho ou à vida pessoal, denotam negativismo. Oportunista é o que age de forma rasteira, ultrapassa todos os limites éticos e morais para alcançar o que deseja, nem que para isso seja necessário eliminar o quê (ou quem) estiver pela frente. Frequentemente se confunde com esperteza ou ousadia que, na dose certa, são elementos que podem ajudar a pessoa a progredir, sem transgredir regras. O oportunista também não vê problemas em se apossar de algo que não é seu ou aproveitar uma brecha para se dar bem. E não importa a circunstância. No dia a dia, nos esforçamos para renovar a fé na humanidade, mas quando os fatos nos dizem ao contrário, a tendência é a perplexidade.
Esta é a sensação predominante, ao lermos que 3 pessoas ignoraram a presença do corpo de um motociclista estatelado no chão e vasculharam o entorno, em busca de algo de valor. A vítima perdeu a vida após se chocar de frente com um caminhão de lixo em Várzea Grande, no último sábado. Sem perder tempo, uma mulher de 39 anos recolheu o celular do rapaz e levou para casa para “presentear” a filha de 21 anos. E a jovem certamente notou que pertencia a outra pessoa, mas minimizou esse fato. As duas foram para a delegacia e os familiares da vítima reconheceram a ladra, que acabou presa.
O crime de furto não lhe renderá uma longa condenação na esfera criminal, mas a frieza do ato é um agravante que vai muito além do que diz a lei. A “pena” maior para o conjunto da sociedade é saber que se essa mulher não estivesse passando pelo local do acidente, outra pessoa faria o mesmo. Muita, mas muita gente mesmo acredita piamente que “oportunidades” semelhantes não podem passar em branco. É habitual e perfeitamente compreensível furtar os pertences de alguém que acabou de morrer, já que ficariam inutilizados, não é mesmo? A cultura do “o que é meu é meu, o que é seu é nosso” está em vigor desde os primórdios. Trata-se do retrato cru da falência do nosso sistema educacional. Formam-se técnicos e diplomados, mas poucos cidadãos de verdade. E ainda querem afastar disciplinas como Filosofia e Sociologia do Ensino Médio. As próximas gerações continuarão enfrentando barreiras para pensar e se autocompreender.
(Oportunismo. A Gazeta. Ano 27, nº 9026. Editorial. Cuiabá, 02 e 03 de novembro)
Texto III para responder a questão a seguir.
Comooantibióticomudouomundo
Em 24 horas, uma bactéria se reproduz 16 milhões de vezes. É um ritmo diabólico. Não à toa, os micróbios por trás das quatro grandes epidemias (peste negra, cólera, tuberculose e tifo) mataram mais de 1 bilhão de humanos. Elas estavam ganhando de goleada até que, num dia de 1928, o biólogo escocês Alexander Fleming se esqueceu de limpar o laboratório. Quando voltou, notou um fungo crescendo numa placa – e matando as bactérias que ele usava em experiências. E o que era desleixo virou a descoberta do século: esse fungo, do gênero penicillum, foi o primeiro antibiótico até para os bichos (nos EUA, 80% dele é ingerido por gado, aves e porcos de corte). Mas a lua-de-mel pode estar perto do fim. As bactérias estão criando resistência aos antibióticos, e a indústria farmacêutica não consegue criar novos – o ritmo de invenções caiu 70% nos últimos 20 anos. A esperança são os “antibióticos virais”, que já estão em testes – e são feitos de vírus que matam bactérias.
Texto 2:
A INTOLERÂNCIA MATA
A questão refere-se ao texto 2.