Questões de Concurso Sobre português

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Q3031463 Português

Leia a charge a seguir para responder à questão.


Fonte: Quino. Malfada. Disponível em: https://www.instagram.com/p/C6B1HyOu1rk/. Acesso em: 30 jul. 2024.

A respeito da charge, considere as afirmativas abaixo:


I- No tocante à intencionalidade, o autor faz uma crítica às condições de trabalho de um pai de família da classe média.


II- A crítica social é uma das características do gênero textual/discursivo charge.


III- O contexto de circulação desta charge restringe o acesso do público leitor ao texto.


IV- Não se observa a presença do componente histórico retratado na charge.


É CORRETO o que se afirma apenas em:

Alternativas
Q3031462 Português

Leia o bilhete a seguir para responder a questão. 



         

Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/12530/blog-de-alfabetizacao-sequencia-didatica-para-trabalhar-genero-textual-bilhete. Acesso em: 29 jul. 2024.

Considere o período composto presente no bilhete:


Amanhã não vai ter aula porque pode ser feriado.


A oração em destaque se classifica CORRETAMENTE como uma oração coordenada: 

Alternativas
Q3031461 Português

Leia o bilhete a seguir para responder a questão. 



         

Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/12530/blog-de-alfabetizacao-sequencia-didatica-para-trabalhar-genero-textual-bilhete. Acesso em: 29 jul. 2024.

Com base no bilhete e em seus conhecimentos sobre registro linguístico e gêneros textuais/discursivos, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Q3031444 Português

O Texto VI é um editorial, leia-o para responder a questão.


CRACOLÂNDIAS ESPALHADAS


Grupos de usuários, antes restritos à região central, se dispersam por São Paulo


22 jul. 2024, às 22h00


    Apesar de existir equipamentos públicos de atendimento a dependentes químicos e pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo, a principal abordagem da prefeitura sobre a cracolândia tem sido a policial, com operações para dispersar aglomerações de usuários da droga no centro da capital.

     Mas outros bairros possuem agrupamentos do tipo; e as ações das forças de segurança no centro podem ter contribuído para espalhar os dependentes para outras zonas da metrópole.

    É o que mostra levantamento exclusivo desta Folha, com dados da Secretaria de Segurança Pública obtidos por meio da Lei Folha de Acesso à Informação. O trabalho mostrou que, no ano passado, a cidade tinha 72 concentrações de usuários distribuídas em 47 bairros. No estado, 160, em 45 municípios.

    Na capital, a maioria estava na zona leste (20) e no centro (15). A periferia era a região mais afetada. Mas foram registradas aglomerações em bairros nobres, como Alto de Pinheiros e Pinheiros. São Bernardo e Guarulhos, na região metropolitana, lideram a lista estadual com 8 cada; Campinas, com 7, vem em seguida. 

    O consumo de crack a céu aberto por grandes grupos de usuários, como os vistos principalmente no centro, causa transtornos a moradores e comerciantes, não só com barulho e acúmulo de lixo nas vias, mas com aumento de crimes, como roubos e furtos. Já os usuários sofrem com a dependência. 

    Passa da hora de o poder público implementar uma política multidisciplinar integrada (saúde, segurança, moradia e geração de renda) contínua e de longo prazo para combater o problema sem infringir direitos humanos —casos da violência policial e de internações compulsórias indevidas.

    No setor específico da segurança, devem-se alocar recursos em inteligência investigativa, para conter o tráfico e eliminar fontes de financiamento das facções; e em policiamento ostensivo para proteger moradores e comerciantes.

    Caso contrário, as cracolândias continuarão a se espalhar. Em ano de eleições municipais, candidatos precisam mostrar projetos factíveis, e os eleitores devem exigi-los.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/07/cracolandias-espalhadas.shtml. Acesso em: 25 jul. 2024. 



No tocante ao funcionamento linguístico-discursivo do texto em estudo, as assertivas a seguir. analise


I- O texto traz dados estatísticos para endossar a ideia central de que a atuação da prefeitura com relação às cracolândias em São Paulo causou a sua disseminação para outros bairros da cidade, inclusive para bairros considerados nobres.


II- O termo agrupamentos do tipo (“Mas outros bairros possuem agrupamentos do tipo”) evita a repetição desnecessária do referente cracolândia.


III- A ideia de que, em São Paulo, os dependentes químicos e pessoas em situação de rua estão em sofrimento e necessitam, sim, de políticas públicas que tenham um impacto positivo sobre a sua cidadania e qualidade de vida atua como um contra-argumento com relação à opinião de que essas pessoas merecem ser enquadradas pela polícia como quaisquer outros contraventores.


IV- O autor do editorial não é contrário à polícia no contexto da problemática das cracolândias em São Paulo, mas sim à violência policial contra as pessoas que formam esses agrupamentos.


É CORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Q3031443 Português

O Texto VI é um editorial, leia-o para responder a questão.


CRACOLÂNDIAS ESPALHADAS


Grupos de usuários, antes restritos à região central, se dispersam por São Paulo


22 jul. 2024, às 22h00


    Apesar de existir equipamentos públicos de atendimento a dependentes químicos e pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo, a principal abordagem da prefeitura sobre a cracolândia tem sido a policial, com operações para dispersar aglomerações de usuários da droga no centro da capital.

     Mas outros bairros possuem agrupamentos do tipo; e as ações das forças de segurança no centro podem ter contribuído para espalhar os dependentes para outras zonas da metrópole.

    É o que mostra levantamento exclusivo desta Folha, com dados da Secretaria de Segurança Pública obtidos por meio da Lei Folha de Acesso à Informação. O trabalho mostrou que, no ano passado, a cidade tinha 72 concentrações de usuários distribuídas em 47 bairros. No estado, 160, em 45 municípios.

    Na capital, a maioria estava na zona leste (20) e no centro (15). A periferia era a região mais afetada. Mas foram registradas aglomerações em bairros nobres, como Alto de Pinheiros e Pinheiros. São Bernardo e Guarulhos, na região metropolitana, lideram a lista estadual com 8 cada; Campinas, com 7, vem em seguida. 

    O consumo de crack a céu aberto por grandes grupos de usuários, como os vistos principalmente no centro, causa transtornos a moradores e comerciantes, não só com barulho e acúmulo de lixo nas vias, mas com aumento de crimes, como roubos e furtos. Já os usuários sofrem com a dependência. 

    Passa da hora de o poder público implementar uma política multidisciplinar integrada (saúde, segurança, moradia e geração de renda) contínua e de longo prazo para combater o problema sem infringir direitos humanos —casos da violência policial e de internações compulsórias indevidas.

    No setor específico da segurança, devem-se alocar recursos em inteligência investigativa, para conter o tráfico e eliminar fontes de financiamento das facções; e em policiamento ostensivo para proteger moradores e comerciantes.

    Caso contrário, as cracolândias continuarão a se espalhar. Em ano de eleições municipais, candidatos precisam mostrar projetos factíveis, e os eleitores devem exigi-los.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/07/cracolandias-espalhadas.shtml. Acesso em: 25 jul. 2024. 



Sobre o contexto situacional no qual se insere e se estrutura o texto, assinale a alternativa CORRETA. 
Alternativas
Q3031442 Português

O Texto VI é um editorial, leia-o para responder a questão.


CRACOLÂNDIAS ESPALHADAS


Grupos de usuários, antes restritos à região central, se dispersam por São Paulo


22 jul. 2024, às 22h00


    Apesar de existir equipamentos públicos de atendimento a dependentes químicos e pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo, a principal abordagem da prefeitura sobre a cracolândia tem sido a policial, com operações para dispersar aglomerações de usuários da droga no centro da capital.

     Mas outros bairros possuem agrupamentos do tipo; e as ações das forças de segurança no centro podem ter contribuído para espalhar os dependentes para outras zonas da metrópole.

    É o que mostra levantamento exclusivo desta Folha, com dados da Secretaria de Segurança Pública obtidos por meio da Lei Folha de Acesso à Informação. O trabalho mostrou que, no ano passado, a cidade tinha 72 concentrações de usuários distribuídas em 47 bairros. No estado, 160, em 45 municípios.

    Na capital, a maioria estava na zona leste (20) e no centro (15). A periferia era a região mais afetada. Mas foram registradas aglomerações em bairros nobres, como Alto de Pinheiros e Pinheiros. São Bernardo e Guarulhos, na região metropolitana, lideram a lista estadual com 8 cada; Campinas, com 7, vem em seguida. 

    O consumo de crack a céu aberto por grandes grupos de usuários, como os vistos principalmente no centro, causa transtornos a moradores e comerciantes, não só com barulho e acúmulo de lixo nas vias, mas com aumento de crimes, como roubos e furtos. Já os usuários sofrem com a dependência. 

    Passa da hora de o poder público implementar uma política multidisciplinar integrada (saúde, segurança, moradia e geração de renda) contínua e de longo prazo para combater o problema sem infringir direitos humanos —casos da violência policial e de internações compulsórias indevidas.

    No setor específico da segurança, devem-se alocar recursos em inteligência investigativa, para conter o tráfico e eliminar fontes de financiamento das facções; e em policiamento ostensivo para proteger moradores e comerciantes.

    Caso contrário, as cracolândias continuarão a se espalhar. Em ano de eleições municipais, candidatos precisam mostrar projetos factíveis, e os eleitores devem exigi-los.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/07/cracolandias-espalhadas.shtml. Acesso em: 25 jul. 2024. 



Com base no texto, considere as seguintes assertivas.


I- A ideia central do texto gira em torno da tese segundo a qual o combate exclusivamente coercitivo às chamadas cracolândias vem a acarretar a dispersão dos usuários de drogas e pessoas em situação de rua para outros bairros de São Paulo.


II- Em 2023, bairros nobres de São Paulo, como Alto de Pinheiros e Pinheiros, eram mais afetados pelo fenômeno das cracolândias do que a periferia da cidade.


III- O aumento do índice de criminalidade em um bairro não tem relação com a existência de cracolândias.


IV- A  Folha defende que cabe ao poder público oferecer ações afirmativas com relação aos usuários de crack e outras drogas, bem como às pessoas em situação de rua.


É CORRETO o que se afirma apenas em:

Alternativas
Q3031441 Português

Para responder a questão, leia o texto V.


Texto V


Fonte: Quino. Mafalda. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/39617671711906286/. Acesso em: 25 jul. 2024.

Ainda com relação ao enunciado presente no último quadrinho da tira (“Bem que dizem que repartir é morrer um pouco"), analise as assertivas abaixo.


I- As duas ocorrências da palavra que correspondem à mesma função sintática.


II- A segunda ocorrência da palavra que atende à função sintática de conjunção integrante.


III- Os verbos repartir e morrer e estão no infinitivo.


IV- Em “ Bem que dizem ”, tem-se uma oração sem sujeito.


É CORRETO o que se afirma apenas em:

Alternativas
Q3031440 Português

Para responder a questão, leia o texto V.


Texto V


Fonte: Quino. Mafalda. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/39617671711906286/. Acesso em: 25 jul. 2024.

No período composto “Bem que dizem que repartir é morrer um pouco ”, a oração em destaque se classifica do ponto de vista  sintático como uma:
Alternativas
Q3031439 Português

Para responder a questão, leia o texto V.


Texto V


Fonte: Quino. Mafalda. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/39617671711906286/. Acesso em: 25 jul. 2024.

Acerca da tira, analise as assertivas que se seguem:


I- A expressão “Imagina!” estabelece a relação lógico-semântica de que repartir o torrone será motivo de arrependimento mais tarde.


II- O enunciado “Bem que dizem que repartir é morrer um pouco” confirma a ideia de que dividir o torrone é de fato uma boa ideia.


III- A ideia central do texto é a opinião segundo uma das personagens diz que repartir é quase tão ruim quanto morrer.


IV- A julgar pela expressão facial da personagem que divide o torrone, pode-se pressupor que ela já se encontra arrependida da ação proposta no primeiro quadrinho.


É CORRETO o que se afirma apenas em:

Alternativas
Q3031438 Português

Para responder à questão, leia o texto IV.


Texto IV


Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/516999232226210857/. Acesso em: 15 jul. 2024.  

Analise as assertivas abaixo.


I- A oração “Cortamos a sua carne” não apresenta um problema de coerência textual.


II- As relações lógico-semânticas presentes na oração “Cortamos a sua carne” em relação à frase “na hora e a seu gosto” geram um efeito de sentido humorístico não pretendido.


III- Ao reescrever “Cortamos a sua carne” por “Fatiamos a sua carne”, o problema de coerência textual é resolvido.


IV- A forma verbal Aperte está conjugada no modo subjuntivo.


É CORRETO o que se afirma apenas em:

Alternativas
Q3031437 Português

O Texto III é uma tira a seguir. Leia-a atentamente para responder a questão.

Texto III


                              

Disponível em: https://www.instagram.com/p/C87vmlEPJmS/?img_index=1. Acesso em: 15 jul. 2024.  

Leia o período composto presente no primeiro quadrinho:


Perco o amigo, mas não perco a piada.


A oração em destaque é CORRETAMENTE classificada como:  

Alternativas
Q3031436 Português

O Texto III é uma tira a seguir. Leia-a atentamente para responder a questão.

Texto III


                              

Disponível em: https://www.instagram.com/p/C87vmlEPJmS/?img_index=1. Acesso em: 15 jul. 2024.  

Acerca da tira, analise as assertivas abaixo.


I- A pergunta de Dolores no último quadrinho dispara o efeito de humor da tira.


II- O valor argumentativo de Então no segundo quadrinho desvincula a pergunta de Dolores à afirmação de Dona Anésia no primeiro quadrinho e estabelece a noção semântica de tempo.


III- A pergunta de Dolores no segundo quadrinho investe a afirmação de Dona Anésia no primeiro quadrinho de um valor semântico de contradição.


IV- A partícula expletiva É que no terceiro quadrinho tem o valor de realce e não exerce nenhuma função sintática.


V- No último quadrinho, o enunciado “É que você é à prova de piadas”, caso se troque prova por teste, considerando-se apenas o aspecto da regência, não ocorre a presença de preposição antes do artigo . o.


É CORRETO o que se afirma apenas em:

Alternativas
Q3031435 Português

O texto II, um meme, deve ser lido para responder a questão. 

Texto II

 

                                      

             Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/106890191135095194/. Acesso em: 15 jul. 2024       

Ainda com base no texto verbal do meme, considerando o emprego CORRETO da vírgula e do ponto-final, este se verificaria em:
Alternativas
Q3031434 Português

O texto II, um meme, deve ser lido para responder a questão. 

Texto II

 

                                      

             Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/106890191135095194/. Acesso em: 15 jul. 2024       

Considerando o uso linguístico do meme, é CORRETO o que se afirma em: 
Alternativas
Q3031433 Português

O texto II, um meme, deve ser lido para responder a questão. 

Texto II

 

                                      

             Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/106890191135095194/. Acesso em: 15 jul. 2024       

Acerca do texto, assinale a alternativa CORRETA. 
Alternativas
Q3031432 Português

Leia atentamente o texto I para responder a questão. 


Texto I - MEMÓRIA: ESQUECER PARA LEMBRAR 


Nossas cabeças estão cada vez mais cheias. Ao mesmo tempo, esquecemos cada vez mais coisas. A explicação disso acaba de ser descoberta – e é surpreendente


Por Bruno Garattoni e Gisela Blanco 


Atualizado em 31 mar. 2017, 11h56 - Publicado em 5 fev. 2011, 22h00  


    Você conhece uma pessoa e logo depois esquece o nome dela? Nunca sabe onde largou as chaves de casa, a carteira, os óculos? Vai ao supermercado e sempre deixa de comprar alguma coisa porque não se lembra? E de vez em quando, bem no meio de uma conversa, para e se pergunta sobre o que é que estava falando mesmo? Você não é o único. Bem-vindo ao mundo moderno. Devem existir uns 6 bilhões de pessoas com o mesmo problema. No meio de tudo o que escolhemos e temos para fazer é difícil se lembrar de alguma coisa. Isso você já sabe. O que você não sabe é que a sua memória tem uma capacidade incrível, muito maior do que jamais imaginou. E a chave para dominá-la não é tentar se lembrar de cada vez mais coisas: é aprender a esquecer.

     [...] Por que esquecemos quando queremos lembrar? A resposta acaba de ser descoberta, e vai contra tudo o que sempre se pensou sobre memória. A ciência sempre acreditou que uma memória puxa a outra, ou seja, lembrar-se de uma coisa ajuda a recordar outras. Em muitos casos, isso é verdade (é por isso que, quando você se lembra de uma palavra que aprendeu na aula de inglês, por exemplo, logo em seguida outras palavras vêm à cabeça. Mas um estudo revolucionário, que foi publicado por cientistas ingleses e está causando polêmica entre os especialistas, descobriu o oposto. Quando você se lembra de algo, isso pode gerar uma consequência negativa – enfraquecer as outras memórias armazenadas no cérebro. “O enfraquecimento acontece porque se lembrar de uma coisa é como reaprendê-la”, explica o psicólogo James Stone, da Universidade de Sheffield. Vamos explicar.

     As memórias são formadas por conexões temporárias, ou permanentes, entre os neurônios. Suponha que você pegue um papelzinho onde está escrito um endereço de rua. O seu cérebro usa um grupo de neurônios para processar essa informação. Para memorizá-la, fortalece as ligações entre eles – e aí, quando você quiser se lembrar do endereço, ativa esses mesmos neurônios. Beleza. Só que nesse processo parte do cérebro age como se tal informação (o endereço de rua) fosse uma coisa inteiramente nova, que deve ser aprendida. E esse pseudoaprendizado acaba alterando, ainda que só um pouquinho, as conexões entre os neurônios. Isso interfere com outros grupos de neurônios, que guardavam outras memórias, e chegamos ao resultado: ao se lembrar de uma coisa, você esquece outras. [...] 

    “Esquecer faz parte de uma memória saudável”, afirma o neurocientista Ivan Izquierdo, diretor do centro de memória da PUC-RS e autor do livro A Arte de Esquecer. Até 99% das informações que vão para a memória somem alguns segundos ou minutos depois. Isso é um mecanismo de limpeza que ajuda a otimizar o trabalho do cérebro. Se tudo ficasse na cabeça para sempre, ele viraria um depósito de entulho. Isso nos tornaria incapazes de focar em qualquer coisa e atrapalharia bastante o dia-a-dia. Afinal, para que saber onde você estacionou o carro na semana passada? O importante é se lembrar de onde o deixou hoje de manhã. O esquecimento também é um trunfo da evolução. Imagine se as mulheres pudessem se lembrar exatamente, nos mínimos e mais arrepiantes detalhes, a dor que sentiram durante o parto? Provavelmente não teriam outros filhos. Aliás, recordar-se de tudo pode ter efeitos psicológicos graves. É o caso da americana Jill Price, de 44 anos [...]. Ela sabe tudo o que aconteceu, comeu e fez em cada dia dos últimos 29 anos. Por causa disso, tem problemas psiquiátricos e sofre para levar uma vida normal. “Imagine se você conseguisse se lembrar de todos os erros que já cometeu”, explica. Seria horrível. [...]

GAROTTINI, Bruno; BLANCO, Gisele, Memória: esquecer para lembrar. 31 mar. 2017. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/memoria-esquecer-para-Memória: lembrar. Acesso em: 15 jul. 2024. Adaptado.

A locução ou seja , presente no período “A ciência sempre acreditou que uma memória puxa a outra, ou seja, lembrar-se de uma coisa ou seja ou seja ajuda a recordar outras”, exerce a função de:

Alternativas
Q3031431 Português

Leia atentamente o texto I para responder a questão. 


Texto I - MEMÓRIA: ESQUECER PARA LEMBRAR 


Nossas cabeças estão cada vez mais cheias. Ao mesmo tempo, esquecemos cada vez mais coisas. A explicação disso acaba de ser descoberta – e é surpreendente


Por Bruno Garattoni e Gisela Blanco 


Atualizado em 31 mar. 2017, 11h56 - Publicado em 5 fev. 2011, 22h00  


    Você conhece uma pessoa e logo depois esquece o nome dela? Nunca sabe onde largou as chaves de casa, a carteira, os óculos? Vai ao supermercado e sempre deixa de comprar alguma coisa porque não se lembra? E de vez em quando, bem no meio de uma conversa, para e se pergunta sobre o que é que estava falando mesmo? Você não é o único. Bem-vindo ao mundo moderno. Devem existir uns 6 bilhões de pessoas com o mesmo problema. No meio de tudo o que escolhemos e temos para fazer é difícil se lembrar de alguma coisa. Isso você já sabe. O que você não sabe é que a sua memória tem uma capacidade incrível, muito maior do que jamais imaginou. E a chave para dominá-la não é tentar se lembrar de cada vez mais coisas: é aprender a esquecer.

     [...] Por que esquecemos quando queremos lembrar? A resposta acaba de ser descoberta, e vai contra tudo o que sempre se pensou sobre memória. A ciência sempre acreditou que uma memória puxa a outra, ou seja, lembrar-se de uma coisa ajuda a recordar outras. Em muitos casos, isso é verdade (é por isso que, quando você se lembra de uma palavra que aprendeu na aula de inglês, por exemplo, logo em seguida outras palavras vêm à cabeça. Mas um estudo revolucionário, que foi publicado por cientistas ingleses e está causando polêmica entre os especialistas, descobriu o oposto. Quando você se lembra de algo, isso pode gerar uma consequência negativa – enfraquecer as outras memórias armazenadas no cérebro. “O enfraquecimento acontece porque se lembrar de uma coisa é como reaprendê-la”, explica o psicólogo James Stone, da Universidade de Sheffield. Vamos explicar.

     As memórias são formadas por conexões temporárias, ou permanentes, entre os neurônios. Suponha que você pegue um papelzinho onde está escrito um endereço de rua. O seu cérebro usa um grupo de neurônios para processar essa informação. Para memorizá-la, fortalece as ligações entre eles – e aí, quando você quiser se lembrar do endereço, ativa esses mesmos neurônios. Beleza. Só que nesse processo parte do cérebro age como se tal informação (o endereço de rua) fosse uma coisa inteiramente nova, que deve ser aprendida. E esse pseudoaprendizado acaba alterando, ainda que só um pouquinho, as conexões entre os neurônios. Isso interfere com outros grupos de neurônios, que guardavam outras memórias, e chegamos ao resultado: ao se lembrar de uma coisa, você esquece outras. [...] 

    “Esquecer faz parte de uma memória saudável”, afirma o neurocientista Ivan Izquierdo, diretor do centro de memória da PUC-RS e autor do livro A Arte de Esquecer. Até 99% das informações que vão para a memória somem alguns segundos ou minutos depois. Isso é um mecanismo de limpeza que ajuda a otimizar o trabalho do cérebro. Se tudo ficasse na cabeça para sempre, ele viraria um depósito de entulho. Isso nos tornaria incapazes de focar em qualquer coisa e atrapalharia bastante o dia-a-dia. Afinal, para que saber onde você estacionou o carro na semana passada? O importante é se lembrar de onde o deixou hoje de manhã. O esquecimento também é um trunfo da evolução. Imagine se as mulheres pudessem se lembrar exatamente, nos mínimos e mais arrepiantes detalhes, a dor que sentiram durante o parto? Provavelmente não teriam outros filhos. Aliás, recordar-se de tudo pode ter efeitos psicológicos graves. É o caso da americana Jill Price, de 44 anos [...]. Ela sabe tudo o que aconteceu, comeu e fez em cada dia dos últimos 29 anos. Por causa disso, tem problemas psiquiátricos e sofre para levar uma vida normal. “Imagine se você conseguisse se lembrar de todos os erros que já cometeu”, explica. Seria horrível. [...]

GAROTTINI, Bruno; BLANCO, Gisele, Memória: esquecer para lembrar. 31 mar. 2017. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/memoria-esquecer-para-Memória: lembrar. Acesso em: 15 jul. 2024. Adaptado.

No tocante aos aspectos estruturais e semânticos do texto, considere as assertivas que se seguem.

 

I- O substantivo Beleza (terceiro parágrafo), no terceiro parágrafo, instaura um registro de linguagem impróprio ao propósito comunicativo da reportagem.


II- No texto, as expressões E ai e Beleza (terceiro parágrafo) são expressões do registro informal da linguagem e são empregadas  para deixar o texto mais atraente para o seu público-alvo.


III- O pronome demonstrativo Isso (em todo texto) não tem participação na sequenciação textual.


IV- A expressão dia-a-dia (quarto parágrafo) não está escrita corretamente. 


É CORRETO o que se afirma apenas em:

Alternativas
Q3031430 Português

Leia atentamente o texto I para responder a questão. 


Texto I - MEMÓRIA: ESQUECER PARA LEMBRAR 


Nossas cabeças estão cada vez mais cheias. Ao mesmo tempo, esquecemos cada vez mais coisas. A explicação disso acaba de ser descoberta – e é surpreendente


Por Bruno Garattoni e Gisela Blanco 


Atualizado em 31 mar. 2017, 11h56 - Publicado em 5 fev. 2011, 22h00  


    Você conhece uma pessoa e logo depois esquece o nome dela? Nunca sabe onde largou as chaves de casa, a carteira, os óculos? Vai ao supermercado e sempre deixa de comprar alguma coisa porque não se lembra? E de vez em quando, bem no meio de uma conversa, para e se pergunta sobre o que é que estava falando mesmo? Você não é o único. Bem-vindo ao mundo moderno. Devem existir uns 6 bilhões de pessoas com o mesmo problema. No meio de tudo o que escolhemos e temos para fazer é difícil se lembrar de alguma coisa. Isso você já sabe. O que você não sabe é que a sua memória tem uma capacidade incrível, muito maior do que jamais imaginou. E a chave para dominá-la não é tentar se lembrar de cada vez mais coisas: é aprender a esquecer.

     [...] Por que esquecemos quando queremos lembrar? A resposta acaba de ser descoberta, e vai contra tudo o que sempre se pensou sobre memória. A ciência sempre acreditou que uma memória puxa a outra, ou seja, lembrar-se de uma coisa ajuda a recordar outras. Em muitos casos, isso é verdade (é por isso que, quando você se lembra de uma palavra que aprendeu na aula de inglês, por exemplo, logo em seguida outras palavras vêm à cabeça. Mas um estudo revolucionário, que foi publicado por cientistas ingleses e está causando polêmica entre os especialistas, descobriu o oposto. Quando você se lembra de algo, isso pode gerar uma consequência negativa – enfraquecer as outras memórias armazenadas no cérebro. “O enfraquecimento acontece porque se lembrar de uma coisa é como reaprendê-la”, explica o psicólogo James Stone, da Universidade de Sheffield. Vamos explicar.

     As memórias são formadas por conexões temporárias, ou permanentes, entre os neurônios. Suponha que você pegue um papelzinho onde está escrito um endereço de rua. O seu cérebro usa um grupo de neurônios para processar essa informação. Para memorizá-la, fortalece as ligações entre eles – e aí, quando você quiser se lembrar do endereço, ativa esses mesmos neurônios. Beleza. Só que nesse processo parte do cérebro age como se tal informação (o endereço de rua) fosse uma coisa inteiramente nova, que deve ser aprendida. E esse pseudoaprendizado acaba alterando, ainda que só um pouquinho, as conexões entre os neurônios. Isso interfere com outros grupos de neurônios, que guardavam outras memórias, e chegamos ao resultado: ao se lembrar de uma coisa, você esquece outras. [...] 

    “Esquecer faz parte de uma memória saudável”, afirma o neurocientista Ivan Izquierdo, diretor do centro de memória da PUC-RS e autor do livro A Arte de Esquecer. Até 99% das informações que vão para a memória somem alguns segundos ou minutos depois. Isso é um mecanismo de limpeza que ajuda a otimizar o trabalho do cérebro. Se tudo ficasse na cabeça para sempre, ele viraria um depósito de entulho. Isso nos tornaria incapazes de focar em qualquer coisa e atrapalharia bastante o dia-a-dia. Afinal, para que saber onde você estacionou o carro na semana passada? O importante é se lembrar de onde o deixou hoje de manhã. O esquecimento também é um trunfo da evolução. Imagine se as mulheres pudessem se lembrar exatamente, nos mínimos e mais arrepiantes detalhes, a dor que sentiram durante o parto? Provavelmente não teriam outros filhos. Aliás, recordar-se de tudo pode ter efeitos psicológicos graves. É o caso da americana Jill Price, de 44 anos [...]. Ela sabe tudo o que aconteceu, comeu e fez em cada dia dos últimos 29 anos. Por causa disso, tem problemas psiquiátricos e sofre para levar uma vida normal. “Imagine se você conseguisse se lembrar de todos os erros que já cometeu”, explica. Seria horrível. [...]

GAROTTINI, Bruno; BLANCO, Gisele, Memória: esquecer para lembrar. 31 mar. 2017. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/memoria-esquecer-para-Memória: lembrar. Acesso em: 15 jul. 2024. Adaptado.

A partir da leitura do texto, considere as seguintes assertivas:


I- A ideia central da reportagem é que esquecer é um mau sinal para o cérebro.


II- A presença de argumentos de autoridade no texto reforça a ideia central de que esquecer, na verdade, é parte integrante de uma memória funcional.


III- De acordo com o texto, se todas as memórias fossem permanentes, o indivíduo poderia sofrer efeitos psicológicos graves.


IV- O texto defende que a vida moderna não tem relação com a crescente incidência de esquecimento que experimentamos.


É CORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Q3031385 Português
Significado mole em palavra dura

    Uma característica engraçada das palavras é o fato de terem significados mais ou menos precisos. É conveniente, para que a gente consiga comunicar. Por exemplo, se eu disser que uma rocha é mole, talvez as pessoas fiquem confusas. Em princípio, a palavra “mole” não se aplica a rochas – que, de acordo com a nossa experiência, são duras.
    O mundo digital, no entanto, tem uma semântica própria, em que as palavras significam o contrário do que querem dizer na vida real. A palavra “conteúdo”, por exemplo, significa quase sempre “ausência de conteúdo”. É curioso. A frase “vou criar um conteúdo filmando o meu gato dormindo” quer dizer, na verdade, “vou produzir um pouco de vácuo”.
    A palavra “amigo”, no Facebook, significa muitas vezes o contrário do que vem nos dicionários. No Facebook, é possível ser amigo de pessoas que nem conhecemos. Diga-se que essa é, por vezes, a maneira mais eficaz de nutrir amizade por alguém. Mas não é esse o significado do termo.
    Por outro lado, a palavra “seguidor” não significa, nas redes sociais, discípulo ou partidário. É mais frequente significar “pessoa que nos observa porque tem interesse na nossa queda”. São seguidores que vêm atrás de nós porque pretendem nos dar uma rasteira.
    A palavra cujo significado mudou mais radicalmente foi “compartilhar”. Compartilhar, fora do mundo digital, é um ato de generosidade. Quando, por exemplo, compartilhamos um pão com alguém, isso quer dizer que lhe damos um pouco do nosso pão. Nas redes sociais, o ato não é exatamente generoso, uma vez que compartilhar significa, na verdade, exibir.
    Alguém que compartilha a fotografia de um pão não oferece nada aos outros. Quem compartilha uma foto do seu carro novo não dá carona a quem vê. Quando alguém compartilha imagens das suas férias, normalmente até ganha dinheiro com isso, porque uma agência de viagens, uma companhia aérea ou um hotel estão pagando. Sinto em dizer que esse dinheiro também não é compartilhado. O alambique das redes sociais transforma a mesquinhez da exibição na nobreza da partilha. É ótimo.

(PEREIRA, Ricardo Araújo. Significado mole em palavra dura. Jornal Folha de S. Paulo, 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ricardo-araujo-pereira/. Acesso em: 26/05/2024. Adaptado.)
Os adjetivos são determinantes dos substantivos, podendo-lhes atribuir características objetivas ou subjetivas. Assinale a alternativa em que o adjetivo destacado, empregado com valor subjetivo, revela um juízo de valor por parte do enunciador.
Alternativas
Q3031382 Português
Significado mole em palavra dura

    Uma característica engraçada das palavras é o fato de terem significados mais ou menos precisos. É conveniente, para que a gente consiga comunicar. Por exemplo, se eu disser que uma rocha é mole, talvez as pessoas fiquem confusas. Em princípio, a palavra “mole” não se aplica a rochas – que, de acordo com a nossa experiência, são duras.
    O mundo digital, no entanto, tem uma semântica própria, em que as palavras significam o contrário do que querem dizer na vida real. A palavra “conteúdo”, por exemplo, significa quase sempre “ausência de conteúdo”. É curioso. A frase “vou criar um conteúdo filmando o meu gato dormindo” quer dizer, na verdade, “vou produzir um pouco de vácuo”.
    A palavra “amigo”, no Facebook, significa muitas vezes o contrário do que vem nos dicionários. No Facebook, é possível ser amigo de pessoas que nem conhecemos. Diga-se que essa é, por vezes, a maneira mais eficaz de nutrir amizade por alguém. Mas não é esse o significado do termo.
    Por outro lado, a palavra “seguidor” não significa, nas redes sociais, discípulo ou partidário. É mais frequente significar “pessoa que nos observa porque tem interesse na nossa queda”. São seguidores que vêm atrás de nós porque pretendem nos dar uma rasteira.
    A palavra cujo significado mudou mais radicalmente foi “compartilhar”. Compartilhar, fora do mundo digital, é um ato de generosidade. Quando, por exemplo, compartilhamos um pão com alguém, isso quer dizer que lhe damos um pouco do nosso pão. Nas redes sociais, o ato não é exatamente generoso, uma vez que compartilhar significa, na verdade, exibir.
    Alguém que compartilha a fotografia de um pão não oferece nada aos outros. Quem compartilha uma foto do seu carro novo não dá carona a quem vê. Quando alguém compartilha imagens das suas férias, normalmente até ganha dinheiro com isso, porque uma agência de viagens, uma companhia aérea ou um hotel estão pagando. Sinto em dizer que esse dinheiro também não é compartilhado. O alambique das redes sociais transforma a mesquinhez da exibição na nobreza da partilha. É ótimo.

(PEREIRA, Ricardo Araújo. Significado mole em palavra dura. Jornal Folha de S. Paulo, 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ricardo-araujo-pereira/. Acesso em: 26/05/2024. Adaptado.)
Considerando as definições e exemplos apontados no texto em relação ao emprego de determinados termos pertencentes ao campo semântico das redes sociais, o autor evidencia o dinamismo da linguagem no tocante à capacidade de alteração do significado das palavras, conforme as demandas sociocomunicativas dos falantes da língua. Esse fenômeno é chamado de:
Alternativas
Respostas
6941: C
6942: E
6943: E
6944: C
6945: B
6946: A
6947: A
6948: C
6949: E
6950: A
6951: D
6952: E
6953: D
6954: B
6955: C
6956: E
6957: D
6958: B
6959: D
6960: D