Questões de Concurso Sobre português
Foram encontradas 195.989 questões
Sobre o texto 1, é correto afirmar, exceto:
Texto I, para responder às questões de 1 a 3.
1 De acordo com o especialista em Ciências Sociais
Anderson Moraes de Castro e Silva, autor de Nos braços da
lei: o uso da violência negociada no interior das prisões, o
4 crime é uma criação social que varia de acordo com a
sociedade e o tempo.
Segundo ele, no Brasil colonial, a moral cristã tinha
7 um papel fundamental na tipificação das condutas delituosas.
As penas eram duras e permitiam o que hoje seria
considerado como verdadeiras aberrações, como a morte
10 pelo fogo, mutilações e queimaduras. “Naquele contexto,
inexistia uma ideia de proporcionalidade entre o delito e
sua punição. Heresias e blasfêmias podiam ser punidas com
13 maior rigor do que estupros, por exemplo”, revela.
Com a vinda da família real, em 1808, o crescimento
abrupto do índice de criminalidade escrava esteve associado
16 à necessidade de mão de obra gratuita para os
empreendimentos de urbanização da Corte. Em 1824, a
Constituição Imperial aboliu formalmente as penas cruéis,
19 bem como estabeleceu que as cadeias deviam ser seguras,
bem arejadas.
A partir de 1891, com a República, teoricamente
22 todos se tornaram iguais perante a lei, uma vez que não se
admitiam mais os privilégios de nascimento ou adquiridos. A
pena de prisão é legalmente instituída como o modelo
25 punitivo central do sistema de justiça criminal brasileiro.
Da colônia aos dias de hoje, porém, algumas
características dos punidos permanecem iguais: pobres,
28 negros, pouco escolarizados e cada vez mais jovens. “Assim,
a história da criminalidade brasileira, se vista pelo ângulo
daqueles que são formalmente punidos, é uma história de
31 domínio, segregação e exclusão social de um segmento
específico da sociedade”, diz Castro e Silva.
Silva critica o sistema prisional brasileiro. “Punimos,
34 preferencialmente, o ladrão e o pequeno comerciante de
drogas. Em um país onde a corrupção é endêmica, corruptos
e corruptores raramente são condenados à pena de prisão.”
37 Por outro lado, diz Silva, “Uma vez encarcerado, o indivíduo
estará submetido a condições inumanas de existência. Celas
superlotadas, insalubres e quentes. Caso não tenha
40 familiares que possam sustentá-lo na prisão, uma vez que
nem sempre o Estado fornece produtos básicos, como
sabonete e papel higiênico, o coordenado será duplamente
43 punido pelas prisões brasileiras."
Uma série de intervenções e de experiências
bem-sucedidas mostra que é possível modificar essa
46 realidade no país. A solução não é rápida e não existe
fórmula mágica. Mas é preciso agir rapidamente, antes que a
imagem de cordialidade peculiar ao Brasil se transforme em
49 uma mancha vermelha de sangue e ódio.
Internet: <www.indicadorjuridico.com.br>(com adaptações).
A respeito do texto I, assinale a alternativa correta.
Assinale a alternativa em que as três palavras são acentuadas graficamente pela mesma razão.
Sobre o emprego das aspas nos termos “nossos” e “deles” em “[...] só é proibido matar os ‘nossos’ inocentes, [...] não os inocentes ‘deles’.” (17º§), é correto afirmar que foram usadas com a finalidade de
Em “[...] esses conflitos, que resultaram muitas vezes em guerras religiosas, [...]” (9º§), o verbo flexionado no mesmo tempo e modo que o destacado está em:
Em “[...] com nosso pensamento inventamos os valores que constituem a nossa humanidade, [...]” (2º§), o verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o destacado está empregado em:
A expressão “esse fenômeno”, que inicia o 12º§, refere-se
Leia o excerto extraído do texto de Verissimo e o comentário abaixo. Em seguida, identifique as afirmativas como verdadeiras ( V ) e falsas ( F ).
“Todo escritor convive com um terror permanente: o do erro de revisão.
” Para evitar “o terror permanente do escritor”, ou seja, para revisar com segurança, o revisor deve levar em conta alguns fatores:
( ) o tipo e o nível de linguagem em que o texto está escrito.
( ) a adequação da linguagem ao objetivo do texto e ao leitor.
( ) a adequação dos conhecimentos veiculados pelo texto ao nível de conhecimentos de base do leitor a quem ele se destina, de modo que seja mantido o equilíbrio entre o “dado” e o “novo”.
( ) a presença da linguagem plurissignificativa no texto literário.
( ) a variação linguística, a complexidade, a preponderância de conotação que caracterizam o texto técnico.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Observe o emprego dos sinais de pontuação usados nos seguintes trechos.
I. “[...] uma das expressões mais irracionais da intolerância religiosa: o terrorismo islâmico, [...]” (13º§)
II. “[...] na opinião dos promotores de tais atentados - que matam sobretudo inocentes - [...]” (17º§)
De acordo com o contexto, eles foram usados para
A palavra “que” destacada no período “[...] porque é o único animal que se pergunta por que nasceu, [...]” (4º§) desempenha uma função morfossintática DIFERENTE em
Segundo o articulista, a agressão e a guerra representam
As palavras destacadas em “Pode ser que me engane, mas a impressão que tenho é de que o homem, por ser essencialmente os seus valores, tem que afirmá-los perante o outro e obter dele sua aceitação. Se o outro não os aceita, sente-se negado em sua própria existência. Daí por que, a tendência, em certos casos, é levá-lo a aceitá-los por bem ou por mal.” (7º§) referem-se, respectivamente, a
Releia os seguintes trechos do texto.
I. “É que, por serem inventados, variam de uma comunidade humana para outra, gerando muitas vezes conflitos insuperáveis.” (6º§)
II. “As diversas concepções filosóficas, religiosas, estéticas e políticas podem levar os homens a divergências insuperáveis e até mesmo a conflitos mortais.” (6º§)
Entre eles, revela-se uma relação semântica de
A variação de costumes, de crenças, de comportamentos e, sobretudo, de valores é apontada pelo articulista como
No trecho “O homem deixou de viver na natureza para viver na cidade que foi criada por ele.” (5º§), a forma verbal resultante da transposição da frase anterior para voz ativa é
Em “Isso, no plano material.” (4º§), a palavra destacada retoma o(a)
Releia o seguinte trecho do artigo, no qual a relação lógico-discursiva estabelecida pelas informações está implícita: “Se somos seres culturais, se pensamos e com nosso pensamento inventamos os valores que constituem a nossa humanidade, diferimos dos outros animais, que se atêm a sua animalidade e agem conforme suas necessidades vitais imediatas.” (2º§). Assinale a alternativa em que a palavra destacada explicita adequadamente essa relação de sentido.
Texto
Fora de foco
Deve‐se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir de experimentos científicos em laboratórios com o uso de animais, parcela considerável do exponencial aumento da expectativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a lista de doenças que, tidas como incuráveis até o início do século passado e que levavam à morte prematura ou provocavam sequelas irreversíveis, hoje podem ser combatidas com quase absoluta perspectiva de cura.
Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos, particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos. Usá‐los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experimentos nas salas de pesquisa.
É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laboratório toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.
(O Globo, 21/11/2013)
Nas alternativas abaixo foram colocadas algumas palavras do texto acompanhadas de definições do dicionário. Assinale a alternativa em que a definição dada não corresponde ao termo selecionado.
Texto
Fora de foco
Deve‐se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir de experimentos científicos em laboratórios com o uso de animais, parcela considerável do exponencial aumento da expectativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a lista de doenças que, tidas como incuráveis até o início do século passado e que levavam à morte prematura ou provocavam sequelas irreversíveis, hoje podem ser combatidas com quase absoluta perspectiva de cura.
Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos, particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos. Usá‐los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experimentos nas salas de pesquisa.
É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laboratório toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.
(O Globo, 21/11/2013)
“Deve‐se ao desenvolvimento de remédios e terapias...” ; o outro segmento do texto em que o vocábulo se apresenta o mesmo valor que no caso destacado é
Texto
Fora de foco
Deve‐se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir de experimentos científicos em laboratórios com o uso de animais, parcela considerável do exponencial aumento da expectativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a lista de doenças que, tidas como incuráveis até o início do século passado e que levavam à morte prematura ou provocavam sequelas irreversíveis, hoje podem ser combatidas com quase absoluta perspectiva de cura.
Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos, particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos. Usá‐los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experimentos nas salas de pesquisa.
É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laboratório toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.
(O Globo, 21/11/2013)
O texto lido é, quanto ao gênero textual, classificado como