Questões de Concurso Sobre português

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Q2885349 Português

Para responder às questões de 6 a 10, leia a charge a seguir.



(http://miniplif.no.comunidades.net/index.php?pagina=galeria)

Se a fala contida no segundo balão ("Sorte sua!") fosse reescrita e passasse a ser "A sorte é sua!", o pronome possessivo exerceria qual função sintática?

Alternativas
Q2885343 Português

Para responder às questões de 6 a 10, leia a charge a seguir.



(http://miniplif.no.comunidades.net/index.php?pagina=galeria)

Sobre o "tão", constante na fala de um dos policiais, afirma-se que:


I. É uma maneira coloquial de se pronunciar a forma verbal "estão".

II. É um advérbio de intensidade.

III. Seu sujeito é o pronome "esses".


Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Q2885338 Português

Para responder às questões de 6 a 10, leia a charge a seguir.



(http://miniplif.no.comunidades.net/index.php?pagina=galeria)

Sobre a palavra "esses", presente na primeira fala, pode-se dizer que:

Alternativas
Q2885331 Português

Para responder às questões de 6 a 10, leia a charge a seguir.



(http://miniplif.no.comunidades.net/index.php?pagina=galeria)

A respeito da charge apresentada, afirma-se que:


I. O humor é construído, em grande parte, por causa do duplo sentido que a palavra "limpo" possui nesse contexto.

II. Se não houvesse a gravura e só se pudessem ler as falas, o sentido total da charge não seria prejudicado.

III. O título do texto não contribui, de maneira significativa, para se entender a mensagem.


Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Q2885328 Português

Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.

Mãe


(Crônico dedicado o o Dia das Mães, embora com o final inadequado, ainda que autêntico)


Rubem Braga


O menino e seu amiguinho brincavam nas primeiras espumas; o pai fumava um cigarro na praia, batendo papo com um amigo. E o mundo era inocente, na manhã de sol.

Foi então que chegou a Mãe (esta crônica é modesta contribuição ao Dia das Mães), muito elegante em seu short, e mais ainda em seu maiô. Trouxe óculos escuros, uma esteirinha para se esticar, óleo para a pele, revista para ler, pente para se pentear — e trouxe seu coração de Mãe que imediatamente se pôs aflito achando que o menino estava muito longe e o mar estava muito forte.

Depois de fingir três vezes não ouvir seu nome gritado pelo pai, o garoto saiu do mar resmungando, mas logo voltou a se interessar pela alegria da vida, batendo bola com o amigo. Então a Mãe começou a folhear a revista mundana — "que vestido horroroso o da Marieta neste coquetel" — "que presente de casamento vamos dar à Lúcia? tem de ser uma coisa boa" — e outros pequenos assuntos sociais foram aflorados numa conversa preguiçosa. Mas de repente:

— Cadê Joãozinho?

O outro menino, interpelado, informou que Joãozinho tinha ido em casa apanhar uma bola maior.

— Meu Deus, esse menino atravessando a rua sozinho! Vai lá, João, para atravessar com ele, pelo menos na volta!

O pai (fica em minúscula; o Dia é da Mãe) achou que não era preciso:

— O menino tem OITO anos, Maria!

— OITO anos, não, oito anos, uma criança. Se todo dia morre gente grande atropelada, que dirá um menino distraído como esse!

E erguendo-se olhava os carros que passavam, todos guiados por assassinos (em potencial) de seu filhinho.

— Bem, eu vou lá só para você não ficar assustada.

Talvez a sombra do medo tivesse ganho também o coração do pai; mas quando ele se levantou e calçou a alpercata para atravessar os vinte metros de areia fofa e escaldante que o separavam da calçada, o garoto apareceu correndo alegremente com uma bola vermelha na mão, e a paz voltou a reinar sobre a face da praia.

Agora o amigo do casal estava contando pequenos escândalos de uma festa a que fora na véspera, e o casal ouvia, muito interessado — "mas a Niquinha com o coronel? não é possível!" — quando a Mãe se ergueu de repente:

— E o Joãozinho?

Os três olharam em todas as direções, sem resultado. O marido, muito calmo — "deve estar por aí", a Mãe gradativamente nervosa — "mas por aí, onde?" — o amigo otimista, mas levemente apreensivo. Havia cinco ou seis meninos dentro da água, nenhum era o Joãozinho. Na areia havia outros. Um deles, de costas, cavava um buraco com as mãos, longe.

— Joãozinho!

O pai levantou-se, foi lá, não era. Mas conseguiu encontrar o amigo do filho e perguntou por ele.

— Não sei, eu estava catando conchas, ele estava catando comigo, depois ele sumiu.

A Mãe, que viera correndo, interpelou novamente o amigo do filho. "Mas sumiu como? para onde? entrou na água? não sabe? mas que menino pateta!" O garoto, com cara de bobo, e assustado com o interrogatório, se afastava, mas a Mãe foi segurá-lo pelo braço: "Mas diga, menino, ele entrou no mar? como é que você não viu, você não estava com ele? hein? ele entrou no mar?".

— Acho que entrou... ou então foi-se embora.

De pé, lábios trêmulos, a Mãe olhava para um lado e outro, apertando bem os olhos míopes para examinar todas as crianças em volta. Todos os meninos de oito anos se parecem na praia, com seus corpinhos queimados e suas cabecinhas castanhas. E como ela queria que cada um fosse seu filho, durante um segundo cada um daqueles meninos era o seu filho, exatamente ele, enfim — mas um gesto, um pequeno movimento de cabeça, e deixava de ser. Correu para um lado e outro. De súbito ficou parada olhando o mar, olhando com tanto ódio e medo (lembrava-se muito bem da história acontecida dois a três anos antes, um menino estava na praia com os pais, eles se distraíram um instante, o menino estava brincando no rasinho, o mar o levou, o corpinho só apareceu cinco dias depois, aqui nesta praia mesmo!) — deu um grito para as ondas e espumas — "Joãozinho!".

Banhistas distraídos foram interrogados — se viram algum menino entrando no mar — o pai e o amigo partiram para um lado e outro da praia, a Mãe ficou ali, trêmula, nada mais existia para ela, sua casa e família, o marido, os bailes, os Nunes, tudo era ridículo e odioso, toda essa gente estúpida na praia que não sabia de seu filho, todos eram culpados — "Joãozinho!" — ela mesma não tinha mais nome nem era mulher, era um bicho ferido, trêmulo, mas terrível, traído no mais essencial de seu ser, cheia de pânico e de ódio, capaz de tudo — "Joãozinho!" — ele apareceu bem perto, trazendo na mão um sorvete que fora comprar. Quase jogou longe o sorvete do menino com um tapa, mandou que ele ficasse sentado ali, se saísse um passo iria ver, ia apanhar muito, menino desgraçado!

O pai e o amigo voltaram a sentar, o menino riscava a areia com o dedo grande do pé, e quando sentiu que a tempestade estava passando fez o comentário em voz baixa, a cabeça curva, mas os olhos erguidos na direção dos pais:

— Mãe é chaaata...


Maio, 1953


(http://www. releituras.com/rubembraga_mae.asp)

A palavra "interrogatório" é acentuada pelo mesmo motivo de:

Alternativas
Q2885318 Português

Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.

Mãe


(Crônico dedicado o o Dia das Mães, embora com o final inadequado, ainda que autêntico)


Rubem Braga


O menino e seu amiguinho brincavam nas primeiras espumas; o pai fumava um cigarro na praia, batendo papo com um amigo. E o mundo era inocente, na manhã de sol.

Foi então que chegou a Mãe (esta crônica é modesta contribuição ao Dia das Mães), muito elegante em seu short, e mais ainda em seu maiô. Trouxe óculos escuros, uma esteirinha para se esticar, óleo para a pele, revista para ler, pente para se pentear — e trouxe seu coração de Mãe que imediatamente se pôs aflito achando que o menino estava muito longe e o mar estava muito forte.

Depois de fingir três vezes não ouvir seu nome gritado pelo pai, o garoto saiu do mar resmungando, mas logo voltou a se interessar pela alegria da vida, batendo bola com o amigo. Então a Mãe começou a folhear a revista mundana — "que vestido horroroso o da Marieta neste coquetel" — "que presente de casamento vamos dar à Lúcia? tem de ser uma coisa boa" — e outros pequenos assuntos sociais foram aflorados numa conversa preguiçosa. Mas de repente:

— Cadê Joãozinho?

O outro menino, interpelado, informou que Joãozinho tinha ido em casa apanhar uma bola maior.

— Meu Deus, esse menino atravessando a rua sozinho! Vai lá, João, para atravessar com ele, pelo menos na volta!

O pai (fica em minúscula; o Dia é da Mãe) achou que não era preciso:

— O menino tem OITO anos, Maria!

— OITO anos, não, oito anos, uma criança. Se todo dia morre gente grande atropelada, que dirá um menino distraído como esse!

E erguendo-se olhava os carros que passavam, todos guiados por assassinos (em potencial) de seu filhinho.

— Bem, eu vou lá só para você não ficar assustada.

Talvez a sombra do medo tivesse ganho também o coração do pai; mas quando ele se levantou e calçou a alpercata para atravessar os vinte metros de areia fofa e escaldante que o separavam da calçada, o garoto apareceu correndo alegremente com uma bola vermelha na mão, e a paz voltou a reinar sobre a face da praia.

Agora o amigo do casal estava contando pequenos escândalos de uma festa a que fora na véspera, e o casal ouvia, muito interessado — "mas a Niquinha com o coronel? não é possível!" — quando a Mãe se ergueu de repente:

— E o Joãozinho?

Os três olharam em todas as direções, sem resultado. O marido, muito calmo — "deve estar por aí", a Mãe gradativamente nervosa — "mas por aí, onde?" — o amigo otimista, mas levemente apreensivo. Havia cinco ou seis meninos dentro da água, nenhum era o Joãozinho. Na areia havia outros. Um deles, de costas, cavava um buraco com as mãos, longe.

— Joãozinho!

O pai levantou-se, foi lá, não era. Mas conseguiu encontrar o amigo do filho e perguntou por ele.

— Não sei, eu estava catando conchas, ele estava catando comigo, depois ele sumiu.

A Mãe, que viera correndo, interpelou novamente o amigo do filho. "Mas sumiu como? para onde? entrou na água? não sabe? mas que menino pateta!" O garoto, com cara de bobo, e assustado com o interrogatório, se afastava, mas a Mãe foi segurá-lo pelo braço: "Mas diga, menino, ele entrou no mar? como é que você não viu, você não estava com ele? hein? ele entrou no mar?".

— Acho que entrou... ou então foi-se embora.

De pé, lábios trêmulos, a Mãe olhava para um lado e outro, apertando bem os olhos míopes para examinar todas as crianças em volta. Todos os meninos de oito anos se parecem na praia, com seus corpinhos queimados e suas cabecinhas castanhas. E como ela queria que cada um fosse seu filho, durante um segundo cada um daqueles meninos era o seu filho, exatamente ele, enfim — mas um gesto, um pequeno movimento de cabeça, e deixava de ser. Correu para um lado e outro. De súbito ficou parada olhando o mar, olhando com tanto ódio e medo (lembrava-se muito bem da história acontecida dois a três anos antes, um menino estava na praia com os pais, eles se distraíram um instante, o menino estava brincando no rasinho, o mar o levou, o corpinho só apareceu cinco dias depois, aqui nesta praia mesmo!) — deu um grito para as ondas e espumas — "Joãozinho!".

Banhistas distraídos foram interrogados — se viram algum menino entrando no mar — o pai e o amigo partiram para um lado e outro da praia, a Mãe ficou ali, trêmula, nada mais existia para ela, sua casa e família, o marido, os bailes, os Nunes, tudo era ridículo e odioso, toda essa gente estúpida na praia que não sabia de seu filho, todos eram culpados — "Joãozinho!" — ela mesma não tinha mais nome nem era mulher, era um bicho ferido, trêmulo, mas terrível, traído no mais essencial de seu ser, cheia de pânico e de ódio, capaz de tudo — "Joãozinho!" — ele apareceu bem perto, trazendo na mão um sorvete que fora comprar. Quase jogou longe o sorvete do menino com um tapa, mandou que ele ficasse sentado ali, se saísse um passo iria ver, ia apanhar muito, menino desgraçado!

O pai e o amigo voltaram a sentar, o menino riscava a areia com o dedo grande do pé, e quando sentiu que a tempestade estava passando fez o comentário em voz baixa, a cabeça curva, mas os olhos erguidos na direção dos pais:

— Mãe é chaaata...


Maio, 1953


(http://www. releituras.com/rubembraga_mae.asp)

A oração que está sublinhada em "A Mãe, que viera correndo" é classificada como:

Alternativas
Q2885317 Português

Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.

Mãe


(Crônico dedicado o o Dia das Mães, embora com o final inadequado, ainda que autêntico)


Rubem Braga


O menino e seu amiguinho brincavam nas primeiras espumas; o pai fumava um cigarro na praia, batendo papo com um amigo. E o mundo era inocente, na manhã de sol.

Foi então que chegou a Mãe (esta crônica é modesta contribuição ao Dia das Mães), muito elegante em seu short, e mais ainda em seu maiô. Trouxe óculos escuros, uma esteirinha para se esticar, óleo para a pele, revista para ler, pente para se pentear — e trouxe seu coração de Mãe que imediatamente se pôs aflito achando que o menino estava muito longe e o mar estava muito forte.

Depois de fingir três vezes não ouvir seu nome gritado pelo pai, o garoto saiu do mar resmungando, mas logo voltou a se interessar pela alegria da vida, batendo bola com o amigo. Então a Mãe começou a folhear a revista mundana — "que vestido horroroso o da Marieta neste coquetel" — "que presente de casamento vamos dar à Lúcia? tem de ser uma coisa boa" — e outros pequenos assuntos sociais foram aflorados numa conversa preguiçosa. Mas de repente:

— Cadê Joãozinho?

O outro menino, interpelado, informou que Joãozinho tinha ido em casa apanhar uma bola maior.

— Meu Deus, esse menino atravessando a rua sozinho! Vai lá, João, para atravessar com ele, pelo menos na volta!

O pai (fica em minúscula; o Dia é da Mãe) achou que não era preciso:

— O menino tem OITO anos, Maria!

— OITO anos, não, oito anos, uma criança. Se todo dia morre gente grande atropelada, que dirá um menino distraído como esse!

E erguendo-se olhava os carros que passavam, todos guiados por assassinos (em potencial) de seu filhinho.

— Bem, eu vou lá só para você não ficar assustada.

Talvez a sombra do medo tivesse ganho também o coração do pai; mas quando ele se levantou e calçou a alpercata para atravessar os vinte metros de areia fofa e escaldante que o separavam da calçada, o garoto apareceu correndo alegremente com uma bola vermelha na mão, e a paz voltou a reinar sobre a face da praia.

Agora o amigo do casal estava contando pequenos escândalos de uma festa a que fora na véspera, e o casal ouvia, muito interessado — "mas a Niquinha com o coronel? não é possível!" — quando a Mãe se ergueu de repente:

— E o Joãozinho?

Os três olharam em todas as direções, sem resultado. O marido, muito calmo — "deve estar por aí", a Mãe gradativamente nervosa — "mas por aí, onde?" — o amigo otimista, mas levemente apreensivo. Havia cinco ou seis meninos dentro da água, nenhum era o Joãozinho. Na areia havia outros. Um deles, de costas, cavava um buraco com as mãos, longe.

— Joãozinho!

O pai levantou-se, foi lá, não era. Mas conseguiu encontrar o amigo do filho e perguntou por ele.

— Não sei, eu estava catando conchas, ele estava catando comigo, depois ele sumiu.

A Mãe, que viera correndo, interpelou novamente o amigo do filho. "Mas sumiu como? para onde? entrou na água? não sabe? mas que menino pateta!" O garoto, com cara de bobo, e assustado com o interrogatório, se afastava, mas a Mãe foi segurá-lo pelo braço: "Mas diga, menino, ele entrou no mar? como é que você não viu, você não estava com ele? hein? ele entrou no mar?".

— Acho que entrou... ou então foi-se embora.

De pé, lábios trêmulos, a Mãe olhava para um lado e outro, apertando bem os olhos míopes para examinar todas as crianças em volta. Todos os meninos de oito anos se parecem na praia, com seus corpinhos queimados e suas cabecinhas castanhas. E como ela queria que cada um fosse seu filho, durante um segundo cada um daqueles meninos era o seu filho, exatamente ele, enfim — mas um gesto, um pequeno movimento de cabeça, e deixava de ser. Correu para um lado e outro. De súbito ficou parada olhando o mar, olhando com tanto ódio e medo (lembrava-se muito bem da história acontecida dois a três anos antes, um menino estava na praia com os pais, eles se distraíram um instante, o menino estava brincando no rasinho, o mar o levou, o corpinho só apareceu cinco dias depois, aqui nesta praia mesmo!) — deu um grito para as ondas e espumas — "Joãozinho!".

Banhistas distraídos foram interrogados — se viram algum menino entrando no mar — o pai e o amigo partiram para um lado e outro da praia, a Mãe ficou ali, trêmula, nada mais existia para ela, sua casa e família, o marido, os bailes, os Nunes, tudo era ridículo e odioso, toda essa gente estúpida na praia que não sabia de seu filho, todos eram culpados — "Joãozinho!" — ela mesma não tinha mais nome nem era mulher, era um bicho ferido, trêmulo, mas terrível, traído no mais essencial de seu ser, cheia de pânico e de ódio, capaz de tudo — "Joãozinho!" — ele apareceu bem perto, trazendo na mão um sorvete que fora comprar. Quase jogou longe o sorvete do menino com um tapa, mandou que ele ficasse sentado ali, se saísse um passo iria ver, ia apanhar muito, menino desgraçado!

O pai e o amigo voltaram a sentar, o menino riscava a areia com o dedo grande do pé, e quando sentiu que a tempestade estava passando fez o comentário em voz baixa, a cabeça curva, mas os olhos erguidos na direção dos pais:

— Mãe é chaaata...


Maio, 1953


(http://www. releituras.com/rubembraga_mae.asp)

Em "... ou então foi-se embora", o pronome "se", em destaque, está funcionando como:

Alternativas
Q2885314 Português

Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.

Mãe


(Crônico dedicado o o Dia das Mães, embora com o final inadequado, ainda que autêntico)


Rubem Braga


O menino e seu amiguinho brincavam nas primeiras espumas; o pai fumava um cigarro na praia, batendo papo com um amigo. E o mundo era inocente, na manhã de sol.

Foi então que chegou a Mãe (esta crônica é modesta contribuição ao Dia das Mães), muito elegante em seu short, e mais ainda em seu maiô. Trouxe óculos escuros, uma esteirinha para se esticar, óleo para a pele, revista para ler, pente para se pentear — e trouxe seu coração de Mãe que imediatamente se pôs aflito achando que o menino estava muito longe e o mar estava muito forte.

Depois de fingir três vezes não ouvir seu nome gritado pelo pai, o garoto saiu do mar resmungando, mas logo voltou a se interessar pela alegria da vida, batendo bola com o amigo. Então a Mãe começou a folhear a revista mundana — "que vestido horroroso o da Marieta neste coquetel" — "que presente de casamento vamos dar à Lúcia? tem de ser uma coisa boa" — e outros pequenos assuntos sociais foram aflorados numa conversa preguiçosa. Mas de repente:

— Cadê Joãozinho?

O outro menino, interpelado, informou que Joãozinho tinha ido em casa apanhar uma bola maior.

— Meu Deus, esse menino atravessando a rua sozinho! Vai lá, João, para atravessar com ele, pelo menos na volta!

O pai (fica em minúscula; o Dia é da Mãe) achou que não era preciso:

— O menino tem OITO anos, Maria!

— OITO anos, não, oito anos, uma criança. Se todo dia morre gente grande atropelada, que dirá um menino distraído como esse!

E erguendo-se olhava os carros que passavam, todos guiados por assassinos (em potencial) de seu filhinho.

— Bem, eu vou lá só para você não ficar assustada.

Talvez a sombra do medo tivesse ganho também o coração do pai; mas quando ele se levantou e calçou a alpercata para atravessar os vinte metros de areia fofa e escaldante que o separavam da calçada, o garoto apareceu correndo alegremente com uma bola vermelha na mão, e a paz voltou a reinar sobre a face da praia.

Agora o amigo do casal estava contando pequenos escândalos de uma festa a que fora na véspera, e o casal ouvia, muito interessado — "mas a Niquinha com o coronel? não é possível!" — quando a Mãe se ergueu de repente:

— E o Joãozinho?

Os três olharam em todas as direções, sem resultado. O marido, muito calmo — "deve estar por aí", a Mãe gradativamente nervosa — "mas por aí, onde?" — o amigo otimista, mas levemente apreensivo. Havia cinco ou seis meninos dentro da água, nenhum era o Joãozinho. Na areia havia outros. Um deles, de costas, cavava um buraco com as mãos, longe.

— Joãozinho!

O pai levantou-se, foi lá, não era. Mas conseguiu encontrar o amigo do filho e perguntou por ele.

— Não sei, eu estava catando conchas, ele estava catando comigo, depois ele sumiu.

A Mãe, que viera correndo, interpelou novamente o amigo do filho. "Mas sumiu como? para onde? entrou na água? não sabe? mas que menino pateta!" O garoto, com cara de bobo, e assustado com o interrogatório, se afastava, mas a Mãe foi segurá-lo pelo braço: "Mas diga, menino, ele entrou no mar? como é que você não viu, você não estava com ele? hein? ele entrou no mar?".

— Acho que entrou... ou então foi-se embora.

De pé, lábios trêmulos, a Mãe olhava para um lado e outro, apertando bem os olhos míopes para examinar todas as crianças em volta. Todos os meninos de oito anos se parecem na praia, com seus corpinhos queimados e suas cabecinhas castanhas. E como ela queria que cada um fosse seu filho, durante um segundo cada um daqueles meninos era o seu filho, exatamente ele, enfim — mas um gesto, um pequeno movimento de cabeça, e deixava de ser. Correu para um lado e outro. De súbito ficou parada olhando o mar, olhando com tanto ódio e medo (lembrava-se muito bem da história acontecida dois a três anos antes, um menino estava na praia com os pais, eles se distraíram um instante, o menino estava brincando no rasinho, o mar o levou, o corpinho só apareceu cinco dias depois, aqui nesta praia mesmo!) — deu um grito para as ondas e espumas — "Joãozinho!".

Banhistas distraídos foram interrogados — se viram algum menino entrando no mar — o pai e o amigo partiram para um lado e outro da praia, a Mãe ficou ali, trêmula, nada mais existia para ela, sua casa e família, o marido, os bailes, os Nunes, tudo era ridículo e odioso, toda essa gente estúpida na praia que não sabia de seu filho, todos eram culpados — "Joãozinho!" — ela mesma não tinha mais nome nem era mulher, era um bicho ferido, trêmulo, mas terrível, traído no mais essencial de seu ser, cheia de pânico e de ódio, capaz de tudo — "Joãozinho!" — ele apareceu bem perto, trazendo na mão um sorvete que fora comprar. Quase jogou longe o sorvete do menino com um tapa, mandou que ele ficasse sentado ali, se saísse um passo iria ver, ia apanhar muito, menino desgraçado!

O pai e o amigo voltaram a sentar, o menino riscava a areia com o dedo grande do pé, e quando sentiu que a tempestade estava passando fez o comentário em voz baixa, a cabeça curva, mas os olhos erguidos na direção dos pais:

— Mãe é chaaata...


Maio, 1953


(http://www. releituras.com/rubembraga_mae.asp)

A expressão "hein?", presente no fragmento "como é que você não viu, você não estava com ele? hein?", está exercendo qual função da linguagem?

Alternativas
Q2885033 Português

TEXTO: O TERCEIRO SETOR E AS FUNDAÇÕES


O Terceiro Setor envolve inúmeras organizações não governamentais que foram criadas para exercerem finalidade de interesse público, e por isso contam com o apoio do próprio Estado e da sociedade civil para custearem suas atividades.

Na presente pesquisa, elaboramos um estudo sobre a remuneração de “dirigentes” em fundações privadas e fundações públicas com personalidade jurídica de direito privado que recebem menos de 50% (cinquenta por cento) do Orçamento Público, enfocando aspectos legais, morais e o reflexo desta despesa no patrimônio das entidades, já que apresentam normalmente em seus quadros pessoas que são remuneradas para exercerem o comando da entidade.

Estudando essas fundações percebemos que as da área de educação, especificamente, têm se configurado mais como um tipo de empreendimento onde existe um hiato significativo entre a teoria e a prática. O seu surgimento foi caracterizado pela satisfação de uma necessidade coletiva, e sua regulação foi elaborada no sentido de dar respaldo e credibilidade à sua manutenção. No entanto, a má interpretação de alguns de seus dispositivos normativos, principalmente em função de interesses particulares, acabou por desvirtuar determinados procedimentos.

A insuficiência do Estado em sanar as necessidades da coletividade se estendeu também à fiscalização dessas instituições que, por serem consideradas instituições de grande utilidade e credibilidade, em função de sua finalidade pública, deixam de ser fiscalizadas com maior rigor, possibilitando abusos e disponibilização de recursos a quem não está realmente interessado em complementar as atividades estatais.

Como resultado da pesquisa, foi apresentado o reflexo da remuneração de dirigentes no patrimônio das fundações. O que se pode perceber, em primeiro lugar, foi a existência de pessoas remuneradas pertencentes aos órgãos de gestão, mesmo havendo vedação legal. A segunda constatação, não menos importante, é que os recursos despendidos na remuneração de dirigentes influenciam diretamente no resultado patrimonial das entidades, principalmente se for considerado que os benefícios fiscais podem ser cancelados.

É necessária uma revisão nos instrumentos normativos que regulam as fundações, bem como dos requisitos para obtenção de benefícios fiscais. Procedimentos de fiscalização e acompanhamento devem ser otimizados com o objetivo de dar maior credibilidade à atuação dessas instituições que, a cada dia, ganham mais importância em função de sua atuação, e da complexidade trazida pela desigualdade social.


SANTOS, Jair Alcides. In: http://www.scribd.com/doc/6486899/Revista-N11- Ministerio-Publico-SC-2007. Acesso em: 03/06/2006. Fragmento adaptado.

Quanto ao gênero textual, assinale a alternativa correta relativamente ao texto.

Alternativas
Q2884799 Português

COM BASE NA LEITURA DO TEXTO ABAIXO, ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA QUE COMPLETA CORRETAMENTE AS QUESTÕES DE 01 A 04.


Como diz o ditado...


Take your choice 1885 John Frederick Peto (1854-1907)

1 Não é que eu tenha implicância com os

2 ditados. O problema é que muitas vezes eles se

3 anulam. Explico melhor: se alguém me diz "não

4 deixe para amanhã o que pode fazer hoje", eu

5 posso responder "antes tarde do que nunca". E aí,

6 como é que fica?

7 Os ditados são uma espécie de cápsulas de

8 sabedoria testadas e aprovadas pela tradição, com

9 selo de garantia e sem prazo de validade. Podem

10 ser usados em qualquer ocasião e sempre

11 produzem efeito. Ninguém consegue discordar de

12 um ditado. A não ser outro ditado.

13 Um diz "Deus ajuda quem cedo madruga"; o outro responde "mais vale quem

14 Deus ajuda do que quem cedo madruga". Pronto.

15 Todos sabem que mais vale um pássaro na mão do que dois voando. O

16 problema é que quem não arrisca não petisca. Portanto, sempre podemos invocar um

17ditado para agir de um modo ou de outro. Se não somos ousados e nos contentamos

18 com o que temos na mão, é porque seguimos a sabedoria do ditado; se ousamos

19 arriscar é porque também seguimos a sabedoria de um outro ditado. Há ditados para

20 todos os gostos, como se vê. E para quase todas as situações. [...]

21 É verdade mesmo que o silêncio é de ouro? Mas não dizem que quem cala

22 consente? E como é que eu posso censurar o filho se ele se comporta como o pai, se

23 quem sai aos seus não sai errado? Dizem que é de pequenino que se torce o pepino,

24 mas não é verdade que pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto? [...]

25 O problema é que é muito arriscado viver seguindo a experiência alheia. Os

26 ditados não contêm verdades eternas, dependem das circunstâncias. O importante é a

27 gente pensar com a própria cabeça. Pode ser até que, às vezes, um ditado possa ser

28 aplicado exatamente à situação que estamos vivendo. Mas desconfie sempre. Além

29 disso, sabemos que é impossível aplicar em nossa vida as experiências dos outros. E

30 cuidado com aqueles que chegam dizendo "se eu fosse você...". Cada um é que sabe

31 onde lhe aperta o sapato. Viu? agora deu pra encaixar um ditado. Por isso, nunca diga

32 dessa água não beberei.


http://douglastufano.com.br/galeria_4.html

Leia os enunciados abaixo:


I. Douglas Tufano pondera sobre o aspecto contraditório dos provérbios entre si.

II. O autor defende a tese de que a verdade expressa nos ditados é absolutamente incidental.

III. "Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje" e "Antes tarde do que nunca" são, na visão do Autor, ditados que se complementam.

IV. Segundo o autor, a veracidade dos ditados é inquestionável, visto que se trata de cápsulas de sabedoria que se aplicam a toda e qualquer ocasião.


Em relação às ideias desenvolvidas no texto, está correto o que se afirma em

Alternativas
Q2884453 Português

Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.

Mãe


(Crônico dedicado o o Dia das Mães, embora com o final inadequado, ainda que autêntico)


Rubem Braga


O menino e seu amiguinho brincavam nas primeiras espumas; o pai fumava um cigarro na praia, batendo papo com um amigo. E o mundo era inocente, na manhã de sol.

Foi então que chegou a Mãe (esta crônica é modesta contribuição ao Dia das Mães), muito elegante em seu short, e mais ainda em seu maiô. Trouxe óculos escuros, uma esteirinha para se esticar, óleo para a pele, revista para ler, pente para se pentear — e trouxe seu coração de Mãe que imediatamente se pôs aflito achando que o menino estava muito longe e o mar estava muito forte.

Depois de fingir três vezes não ouvir seu nome gritado pelo pai, o garoto saiu do mar resmungando, mas logo voltou a se interessar pela alegria da vida, batendo bola com o amigo. Então a Mãe começou a folhear a revista mundana — "que vestido horroroso o da Marieta neste coquetel" — "que presente de casamento vamos dar à Lúcia? tem de ser uma coisa boa" — e outros pequenos assuntos sociais foram aflorados numa conversa preguiçosa. Mas de repente:

— Cadê Joãozinho?

O outro menino, interpelado, informou que Joãozinho tinha ido em casa apanhar uma bola maior.

— Meu Deus, esse menino atravessando a rua sozinho! Vai lá, João, para atravessar com ele, pelo menos na volta!

O pai (fica em minúscula; o Dia é da Mãe) achou que não era preciso:

— O menino tem OITO anos, Maria!

— OITO anos, não, oito anos, uma criança. Se todo dia morre gente grande atropelada, que dirá um menino distraído como esse!

E erguendo-se olhava os carros que passavam, todos guiados por assassinos (em potencial) de seu filhinho.

— Bem, eu vou lá só para você não ficar assustada.

Talvez a sombra do medo tivesse ganho também o coração do pai; mas quando ele se levantou e calçou a alpercata para atravessar os vinte metros de areia fofa e escaldante que o separavam da calçada, o garoto apareceu correndo alegremente com uma bola vermelha na mão, e a paz voltou a reinar sobre a face da praia.

Agora o amigo do casal estava contando pequenos escândalos de uma festa a que fora na véspera, e o casal ouvia, muito interessado — "mas a Niquinha com o coronel? não é possível!" — quando a Mãe se ergueu de repente:

— E o Joãozinho?

Os três olharam em todas as direções, sem resultado. O marido, muito calmo — "deve estar por aí", a Mãe gradativamente nervosa — "mas por aí, onde?" — o amigo otimista, mas levemente apreensivo. Havia cinco ou seis meninos dentro da água, nenhum era o Joãozinho. Na areia havia outros. Um deles, de costas, cavava um buraco com as mãos, longe.

— Joãozinho!

O pai levantou-se, foi lá, não era. Mas conseguiu encontrar o amigo do filho e perguntou por ele.

— Não sei, eu estava catando conchas, ele estava catando comigo, depois ele sumiu.

A Mãe, que viera correndo, interpelou novamente o amigo do filho. "Mas sumiu como? para onde? entrou na água? não sabe? mas que menino pateta!" O garoto, com cara de bobo, e assustado com o interrogatório, se afastava, mas a Mãe foi segurá-lo pelo braço: "Mas diga, menino, ele entrou no mar? como é que você não viu, você não estava com ele? hein? ele entrou no mar?".

— Acho que entrou... ou então foi-se embora.

De pé, lábios trêmulos, a Mãe olhava para um lado e outro, apertando bem os olhos míopes para examinar todas as crianças em volta. Todos os meninos de oito anos se parecem na praia, com seus corpinhos queimados e suas cabecinhas castanhas. E como ela queria que cada um fosse seu filho, durante um segundo cada um daqueles meninos era o seu filho, exatamente ele, enfim — mas um gesto, um pequeno movimento de cabeça, e deixava de ser. Correu para um lado e outro. De súbito ficou parada olhando o mar, olhando com tanto ódio e medo (lembrava-se muito bem da história acontecida dois a três anos antes, um menino estava na praia com os pais, eles se distraíram um instante, o menino estava brincando no rasinho, o mar o levou, o corpinho só apareceu cinco dias depois, aqui nesta praia mesmo!) — deu um grito para as ondas e espumas — "Joãozinho!".

Banhistas distraídos foram interrogados — se viram algum menino entrando no mar — o pai e o amigo partiram para um lado e outro da praia, a Mãe ficou ali, trêmula, nada mais existia para ela, sua casa e família, o marido, os bailes, os Nunes, tudo era ridículo e odioso, toda essa gente estúpida na praia que não sabia de seu filho, todos eram culpados — "Joãozinho!" — ela mesma não tinha mais nome nem era mulher, era um bicho ferido, trêmulo, mas terrível, traído no mais essencial de seu ser, cheia de pânico e de ódio, capaz de tudo — "Joãozinho!" — ele apareceu bem perto, trazendo na mão um sorvete que fora comprar. Quase jogou longe o sorvete do menino com um tapa, mandou que ele ficasse sentado ali, se saísse um passo iria ver, ia apanhar muito, menino desgraçado!

O pai e o amigo voltaram a sentar, o menino riscava a areia com o dedo grande do pé, e quando sentiu que a tempestade estava passando fez o comentário em voz baixa, a cabeça curva, mas os olhos erguidos na direção dos pais:

— Mãe é chaaata...


Maio, 1953


(http://www. releituras.com/rubembraga_mae.asp)

Levando-se em conta a leitura de toda a crônica de Rubem Braga, é possível dizer que o trecho "E o mundo era inocente, na manhã de sol" transmite a ideia de que:

Alternativas
Q2884267 Português

Em um requerimento, documento que demonstra uma solicitação de algo de direito a uma autoridade, a invocação ou vocativo deve utilizar

Alternativas
Q2884266 Português

Texto para responder às questões de 06 a 13.


Galileu: A previsão do estudo é sombria, com secas e eventos climáticos extremos. São mudanças irreversíveis?

José Marengo: Por enquanto, não. O sumário avalia o que aconteceu nas últimas décadas e a tendência se as coisas continuarem assim. Vemos ondas de frio e de calor e perdas na agricultura por causa das mudanças climáticas. E outras coisas, como o derretimento das geleiras. O aumento de 2 °C (na temperatura da Terra) é o que podemos chamar de cenário “menos pior”. Mas o aquecimento pode ser o dobro disso. Aí é um cenário sombrio, mas ainda temos formas de reverter.

Galileu: Haverá conflito por causa da água?

José Marengo: Na América do Sul e na África já houve conflitos, até guerras, por causa de água. Uma grande seca pode gerar uma migração em massa, que vai para países ricos, como os da Europa e os Estados Unidos. As consequências se espalham por todo o mundo e isso pode agravar problemas sociais. Já se observam populações que não se sentem seguras.

(Galileu, maio de 2014. Trecho da entrevista de José Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, à revista Galileu.)

Em “Uma grande seca pode gerar uma migração em massa, [...]” caso o termo destacado fosse substituído por “levar”, preservando o sentido original, a reescrita em que a norma padrão seria preservada está indicada em:

Alternativas
Q2884265 Português

Texto para responder às questões de 06 a 13.


Galileu: A previsão do estudo é sombria, com secas e eventos climáticos extremos. São mudanças irreversíveis?

José Marengo: Por enquanto, não. O sumário avalia o que aconteceu nas últimas décadas e a tendência se as coisas continuarem assim. Vemos ondas de frio e de calor e perdas na agricultura por causa das mudanças climáticas. E outras coisas, como o derretimento das geleiras. O aumento de 2 °C (na temperatura da Terra) é o que podemos chamar de cenário “menos pior”. Mas o aquecimento pode ser o dobro disso. Aí é um cenário sombrio, mas ainda temos formas de reverter.

Galileu: Haverá conflito por causa da água?

José Marengo: Na América do Sul e na África já houve conflitos, até guerras, por causa de água. Uma grande seca pode gerar uma migração em massa, que vai para países ricos, como os da Europa e os Estados Unidos. As consequências se espalham por todo o mundo e isso pode agravar problemas sociais. Já se observam populações que não se sentem seguras.

(Galileu, maio de 2014. Trecho da entrevista de José Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, à revista Galileu.)

Assinale a afirmativa correta referente ao trecho “O sumário avalia o que aconteceu nas últimas décadas e a tendência se as coisas continuarem assim.”

Alternativas
Q2884263 Português

Texto para responder às questões de 06 a 13.


Galileu: A previsão do estudo é sombria, com secas e eventos climáticos extremos. São mudanças irreversíveis?

José Marengo: Por enquanto, não. O sumário avalia o que aconteceu nas últimas décadas e a tendência se as coisas continuarem assim. Vemos ondas de frio e de calor e perdas na agricultura por causa das mudanças climáticas. E outras coisas, como o derretimento das geleiras. O aumento de 2 °C (na temperatura da Terra) é o que podemos chamar de cenário “menos pior”. Mas o aquecimento pode ser o dobro disso. Aí é um cenário sombrio, mas ainda temos formas de reverter.

Galileu: Haverá conflito por causa da água?

José Marengo: Na América do Sul e na África já houve conflitos, até guerras, por causa de água. Uma grande seca pode gerar uma migração em massa, que vai para países ricos, como os da Europa e os Estados Unidos. As consequências se espalham por todo o mundo e isso pode agravar problemas sociais. Já se observam populações que não se sentem seguras.

(Galileu, maio de 2014. Trecho da entrevista de José Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, à revista Galileu.)

Considerando apenas as palavras acentuadas graficamente no trecho “O sumário avalia o que aconteceu nas últimas décadas e a tendência se as coisas continuarem assim.” é correto afirmar que

Alternativas
Q2884262 Português

Texto para responder às questões de 06 a 13.


Galileu: A previsão do estudo é sombria, com secas e eventos climáticos extremos. São mudanças irreversíveis?

José Marengo: Por enquanto, não. O sumário avalia o que aconteceu nas últimas décadas e a tendência se as coisas continuarem assim. Vemos ondas de frio e de calor e perdas na agricultura por causa das mudanças climáticas. E outras coisas, como o derretimento das geleiras. O aumento de 2 °C (na temperatura da Terra) é o que podemos chamar de cenário “menos pior”. Mas o aquecimento pode ser o dobro disso. Aí é um cenário sombrio, mas ainda temos formas de reverter.

Galileu: Haverá conflito por causa da água?

José Marengo: Na América do Sul e na África já houve conflitos, até guerras, por causa de água. Uma grande seca pode gerar uma migração em massa, que vai para países ricos, como os da Europa e os Estados Unidos. As consequências se espalham por todo o mundo e isso pode agravar problemas sociais. Já se observam populações que não se sentem seguras.

(Galileu, maio de 2014. Trecho da entrevista de José Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, à revista Galileu.)

Em “O sumário avalia o que aconteceu nas últimas décadas e a tendência se as coisas continuarem assim.”, o termo em destaque pode ser substituído, sem que haja alteração de sentido, por (Desconsidere outras possíveis alterações necessárias.)

Alternativas
Q2884260 Português

Texto para responder às questões de 06 a 13.


Galileu: A previsão do estudo é sombria, com secas e eventos climáticos extremos. São mudanças irreversíveis?

José Marengo: Por enquanto, não. O sumário avalia o que aconteceu nas últimas décadas e a tendência se as coisas continuarem assim. Vemos ondas de frio e de calor e perdas na agricultura por causa das mudanças climáticas. E outras coisas, como o derretimento das geleiras. O aumento de 2 °C (na temperatura da Terra) é o que podemos chamar de cenário “menos pior”. Mas o aquecimento pode ser o dobro disso. Aí é um cenário sombrio, mas ainda temos formas de reverter.

Galileu: Haverá conflito por causa da água?

José Marengo: Na América do Sul e na África já houve conflitos, até guerras, por causa de água. Uma grande seca pode gerar uma migração em massa, que vai para países ricos, como os da Europa e os Estados Unidos. As consequências se espalham por todo o mundo e isso pode agravar problemas sociais. Já se observam populações que não se sentem seguras.

(Galileu, maio de 2014. Trecho da entrevista de José Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, à revista Galileu.)

A partir do teor da entrevista, pode-se inferir que o principal objetivo é de

Alternativas
Q2884259 Português

Texto para responder às questões de 06 a 13.


Galileu: A previsão do estudo é sombria, com secas e eventos climáticos extremos. São mudanças irreversíveis?

José Marengo: Por enquanto, não. O sumário avalia o que aconteceu nas últimas décadas e a tendência se as coisas continuarem assim. Vemos ondas de frio e de calor e perdas na agricultura por causa das mudanças climáticas. E outras coisas, como o derretimento das geleiras. O aumento de 2 °C (na temperatura da Terra) é o que podemos chamar de cenário “menos pior”. Mas o aquecimento pode ser o dobro disso. Aí é um cenário sombrio, mas ainda temos formas de reverter.

Galileu: Haverá conflito por causa da água?

José Marengo: Na América do Sul e na África já houve conflitos, até guerras, por causa de água. Uma grande seca pode gerar uma migração em massa, que vai para países ricos, como os da Europa e os Estados Unidos. As consequências se espalham por todo o mundo e isso pode agravar problemas sociais. Já se observam populações que não se sentem seguras.

(Galileu, maio de 2014. Trecho da entrevista de José Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, à revista Galileu.)

Na fala do entrevistado, é possível identificar marca de oralidade, própria da linguagem coloquial em

Alternativas
Q2884257 Português

Texto para responder às questões de 06 a 13.


Galileu: A previsão do estudo é sombria, com secas e eventos climáticos extremos. São mudanças irreversíveis?

José Marengo: Por enquanto, não. O sumário avalia o que aconteceu nas últimas décadas e a tendência se as coisas continuarem assim. Vemos ondas de frio e de calor e perdas na agricultura por causa das mudanças climáticas. E outras coisas, como o derretimento das geleiras. O aumento de 2 °C (na temperatura da Terra) é o que podemos chamar de cenário “menos pior”. Mas o aquecimento pode ser o dobro disso. Aí é um cenário sombrio, mas ainda temos formas de reverter.

Galileu: Haverá conflito por causa da água?

José Marengo: Na América do Sul e na África já houve conflitos, até guerras, por causa de água. Uma grande seca pode gerar uma migração em massa, que vai para países ricos, como os da Europa e os Estados Unidos. As consequências se espalham por todo o mundo e isso pode agravar problemas sociais. Já se observam populações que não se sentem seguras.

(Galileu, maio de 2014. Trecho da entrevista de José Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, à revista Galileu.)

A resposta do entrevistado à primeira pergunta do entrevistador é

Alternativas
Q2884254 Português

Texto para responder às questões de 06 a 13.


Galileu: A previsão do estudo é sombria, com secas e eventos climáticos extremos. São mudanças irreversíveis?

José Marengo: Por enquanto, não. O sumário avalia o que aconteceu nas últimas décadas e a tendência se as coisas continuarem assim. Vemos ondas de frio e de calor e perdas na agricultura por causa das mudanças climáticas. E outras coisas, como o derretimento das geleiras. O aumento de 2 °C (na temperatura da Terra) é o que podemos chamar de cenário “menos pior”. Mas o aquecimento pode ser o dobro disso. Aí é um cenário sombrio, mas ainda temos formas de reverter.

Galileu: Haverá conflito por causa da água?

José Marengo: Na América do Sul e na África já houve conflitos, até guerras, por causa de água. Uma grande seca pode gerar uma migração em massa, que vai para países ricos, como os da Europa e os Estados Unidos. As consequências se espalham por todo o mundo e isso pode agravar problemas sociais. Já se observam populações que não se sentem seguras.

(Galileu, maio de 2014. Trecho da entrevista de José Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, à revista Galileu.)

Acerca das duas perguntas feitas pela revista ao entrevistado é correto afirmar que pode ser identificado um aspecto subjetivo, ou seja, um posicionamento do entrevistador

Alternativas
Respostas
11641: C
11642: C
11643: C
11644: A
11645: E
11646: C
11647: A
11648: D
11649: C
11650: A
11651: B
11652: C
11653: B
11654: E
11655: A
11656: A
11657: E
11658: B
11659: B
11660: B