Questões de Concurso Sobre português
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Para responder às questões de 6 a 10, leia a tirinha abaixo.
(Disponível em www.livrosepessoas.com)
A palavra "BLAM", que aparece no segundo quadrinho, apresenta um processo de formação especial, que é a:
Para responder às questões de 6 a 10, leia a tirinha abaixo.
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Na tirinha, a construção do humor tem como foco a polissemia de uma palavra. Qual é ela?
Para responder às questões de 6 a 10, leia a tirinha abaixo.
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Em "Que livro interessante", a palavra "que" classifica-se, morfologicamente, como:
Leia o poema abaixo para responder às próximas três questões.
Maresia: (Antônio Cícero).
O meu amor me deixou
Levou minha identidade
Não sei mais bem onde estou
Nem onde a realidade.
Ah, se eu fosse marinheiro
Era eu quem tinha partido
Mas meu coração ligeiro
Não se teria partido.
Ou se partisse colava
Com cola de maresia
Eu amava e desamava
Sem peso e com poesia.
Ah, se eu fosse marinheiro
Seria doce meu lar
Não só o Rio de Janeiro
A imensidão e o mar.
Leste oeste norte sul
Onde um homem se situa
Quando o Sol sobre o azul
Ou quando no mar a Lua.
Não buscaria conforto
Nem juntaria dinheiro
Um amor em cada porto
Ah, se eu fosse marinheiro
- Leia os itens e, de acordo com o texto, assinale a alternativa correta.
I - Na primeira estrofe, o eu lírico se refere a como ficou após uma decepção amorosa. Não sabe mais quem ele é, acostumado que estava a reconhecer-se na pessoa amada.
II - Ficar desorientado e perder a noção do real corresponde a não ter mais o “porto seguro” de uma identidade.
III - Para deixar de sofrer por amor, o eu lírico refugia-se em uma situação hipotética: ser marinheiro.
IV - Ser marinheiro seria uma solução para o mal do amor porque o eu lírico partiria, mas seu coração ficaria inteiro, ou seja, não sofreria.
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.
Por que os alunos abandonam as bibliotecas conforme crescem?
BIA REIS
Levantamento do Todos pela Educação mostra que porcentual de alunos que nunca ou quase nunca utiliza a biblioteca escolar salta de 18,5% para 35,1% do 5º para o 9º ano do ensino fundamental
O hábito da leitura é um prazer a ser descoberto e conquistado – e não há melhor fase para adquiri-lo do que a infância e a adolescência. Parte das crianças tem o privilégio de ter pais leitores, livros em casa e muito estímulo. Mas, infelizmente, essa não é a realidade de todas. Por isso as bibliotecas escolares e comunitárias são tão importantes.
Apesar da importância, nem todas as escolas conseguem fazer um bom uso desse equipamento – que não é apenas uma sala com livros e deve dialogar com o projeto pedagógico da instituição. Levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação para o Observatório do Plano Nacional de Educação (PNE), com dados da Prova Brasil 2011, mostram que o porcentual de alunos da rede pública que nunca ou quase nunca utilizam a biblioteca de sua escola salta de 18,5% para 35,1% do 5o para o 9o ano do ensino fundamental no País. Em contrapartida, o número de estudantes que sempre ou quase sempre usa a biblioteca despenca de 57,4% para 29,9%, entre as mesmas séries.
Outro dado também chama a atenção: o porcentual de professores que leva seus alunos para a biblioteca para “momentos de leitura literária e estudos em geral”. A taxa cai de 40,1% entre professores do 5o ano para 23% entre os do 9o.
Alejandra Meraz Velasco, gerente técnica do Todos pela Educação e responsável pela coordenação do Observatório do PNE, afirma que a biblioteca costuma ser mais utilizada como recurso pedagógico no fundamental 1 e, nesse período, as escolas não estão conseguindo desenvolver a capacidade de pesquisa e de leitura autônoma dos alunos.
Para Alejandra, a estrutura das duas etapas de ensino é diferente e também pode explicar, em parte, a questão. “No fundamental 1 há um professor regente (ou polivalente), que utiliza recursos mais lúdicos para ensinar. No fundamental 2, a estrutura já é mais parecida com o ensino médio, e o professor fica mais limitado à sua disciplina”, afirma.
Integrante do Movimento Brasil Literário (MBL), a coordenadora da rede de bibliotecas públicas da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, Fabíola Farias, também chama a atenção para o papel do professor. “Na educação infantil e no ensino fundamental, o aluno é levado pelo professor à biblioteca para desenvolver uma série de projetos. Mas, quando não há uma ação propositiva em torno do livro e da leitura literária, o estudante não assimila e depois abandona a biblioteca.”
O desafio tanto das bibliotecas escolares como das comunitárias, afirma Fabíola, é mostrar às crianças e aos adolescentes que nesses espaços estão parte da produção escrita da humanidade.
Castigo. O levantamento do Todos pela Educação retrata ainda que 3% dos professores do 9o ano do fundamental costumam mandar para a biblioteca os alunos que atrapalham as aulas, contra 1% do 5o ano. O porcentual não é alto, mas deveria ser menor ainda. Para Alejandra, a mensagem é contraditória. “Faz o aluno associar a biblioteca à uma experiência desagradável”. “O próprio professor muitas vezes não compreende o espaço da biblioteca, não tem o valor da leitura constituído”, diz Fabíola.
(Disponível em estadao.com.br)
A respeito da concordância verbal em "O desafio [...] é mostrar às crianças e aos adolescentes que nesses espaços estão parte da produção escrita da humanidade.", pode-se afirmar corretamente que:
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.
Por que os alunos abandonam as bibliotecas conforme crescem?
BIA REIS
Levantamento do Todos pela Educação mostra que porcentual de alunos que nunca ou quase nunca utiliza a biblioteca escolar salta de 18,5% para 35,1% do 5º para o 9º ano do ensino fundamental
O hábito da leitura é um prazer a ser descoberto e conquistado – e não há melhor fase para adquiri-lo do que a infância e a adolescência. Parte das crianças tem o privilégio de ter pais leitores, livros em casa e muito estímulo. Mas, infelizmente, essa não é a realidade de todas. Por isso as bibliotecas escolares e comunitárias são tão importantes.
Apesar da importância, nem todas as escolas conseguem fazer um bom uso desse equipamento – que não é apenas uma sala com livros e deve dialogar com o projeto pedagógico da instituição. Levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação para o Observatório do Plano Nacional de Educação (PNE), com dados da Prova Brasil 2011, mostram que o porcentual de alunos da rede pública que nunca ou quase nunca utilizam a biblioteca de sua escola salta de 18,5% para 35,1% do 5o para o 9o ano do ensino fundamental no País. Em contrapartida, o número de estudantes que sempre ou quase sempre usa a biblioteca despenca de 57,4% para 29,9%, entre as mesmas séries.
Outro dado também chama a atenção: o porcentual de professores que leva seus alunos para a biblioteca para “momentos de leitura literária e estudos em geral”. A taxa cai de 40,1% entre professores do 5o ano para 23% entre os do 9o.
Alejandra Meraz Velasco, gerente técnica do Todos pela Educação e responsável pela coordenação do Observatório do PNE, afirma que a biblioteca costuma ser mais utilizada como recurso pedagógico no fundamental 1 e, nesse período, as escolas não estão conseguindo desenvolver a capacidade de pesquisa e de leitura autônoma dos alunos.
Para Alejandra, a estrutura das duas etapas de ensino é diferente e também pode explicar, em parte, a questão. “No fundamental 1 há um professor regente (ou polivalente), que utiliza recursos mais lúdicos para ensinar. No fundamental 2, a estrutura já é mais parecida com o ensino médio, e o professor fica mais limitado à sua disciplina”, afirma.
Integrante do Movimento Brasil Literário (MBL), a coordenadora da rede de bibliotecas públicas da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, Fabíola Farias, também chama a atenção para o papel do professor. “Na educação infantil e no ensino fundamental, o aluno é levado pelo professor à biblioteca para desenvolver uma série de projetos. Mas, quando não há uma ação propositiva em torno do livro e da leitura literária, o estudante não assimila e depois abandona a biblioteca.”
O desafio tanto das bibliotecas escolares como das comunitárias, afirma Fabíola, é mostrar às crianças e aos adolescentes que nesses espaços estão parte da produção escrita da humanidade.
Castigo. O levantamento do Todos pela Educação retrata ainda que 3% dos professores do 9o ano do fundamental costumam mandar para a biblioteca os alunos que atrapalham as aulas, contra 1% do 5o ano. O porcentual não é alto, mas deveria ser menor ainda. Para Alejandra, a mensagem é contraditória. “Faz o aluno associar a biblioteca à uma experiência desagradável”. “O próprio professor muitas vezes não compreende o espaço da biblioteca, não tem o valor da leitura constituído”, diz Fabíola.
(Disponível em estadao.com.br)
Observe as quatro ocorrências do sinal indicativo de crase listadas abaixo, todas retiradas do texto.
I. o professor fica mais limitado à sua disciplina
II. o aluno é levado pelo professor à biblioteca
III. mostrar às crianças e aos adolescentes que nesses espaços estão parte da produção escrita da humanidade
IV. Faz o aluno associar a biblioteca à uma experiência desagradável
Assinale a alternativa correta.
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.
Por que os alunos abandonam as bibliotecas conforme crescem?
BIA REIS
Levantamento do Todos pela Educação mostra que porcentual de alunos que nunca ou quase nunca utiliza a biblioteca escolar salta de 18,5% para 35,1% do 5º para o 9º ano do ensino fundamental
O hábito da leitura é um prazer a ser descoberto e conquistado – e não há melhor fase para adquiri-lo do que a infância e a adolescência. Parte das crianças tem o privilégio de ter pais leitores, livros em casa e muito estímulo. Mas, infelizmente, essa não é a realidade de todas. Por isso as bibliotecas escolares e comunitárias são tão importantes.
Apesar da importância, nem todas as escolas conseguem fazer um bom uso desse equipamento – que não é apenas uma sala com livros e deve dialogar com o projeto pedagógico da instituição. Levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação para o Observatório do Plano Nacional de Educação (PNE), com dados da Prova Brasil 2011, mostram que o porcentual de alunos da rede pública que nunca ou quase nunca utilizam a biblioteca de sua escola salta de 18,5% para 35,1% do 5o para o 9o ano do ensino fundamental no País. Em contrapartida, o número de estudantes que sempre ou quase sempre usa a biblioteca despenca de 57,4% para 29,9%, entre as mesmas séries.
Outro dado também chama a atenção: o porcentual de professores que leva seus alunos para a biblioteca para “momentos de leitura literária e estudos em geral”. A taxa cai de 40,1% entre professores do 5o ano para 23% entre os do 9o.
Alejandra Meraz Velasco, gerente técnica do Todos pela Educação e responsável pela coordenação do Observatório do PNE, afirma que a biblioteca costuma ser mais utilizada como recurso pedagógico no fundamental 1 e, nesse período, as escolas não estão conseguindo desenvolver a capacidade de pesquisa e de leitura autônoma dos alunos.
Para Alejandra, a estrutura das duas etapas de ensino é diferente e também pode explicar, em parte, a questão. “No fundamental 1 há um professor regente (ou polivalente), que utiliza recursos mais lúdicos para ensinar. No fundamental 2, a estrutura já é mais parecida com o ensino médio, e o professor fica mais limitado à sua disciplina”, afirma.
Integrante do Movimento Brasil Literário (MBL), a coordenadora da rede de bibliotecas públicas da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, Fabíola Farias, também chama a atenção para o papel do professor. “Na educação infantil e no ensino fundamental, o aluno é levado pelo professor à biblioteca para desenvolver uma série de projetos. Mas, quando não há uma ação propositiva em torno do livro e da leitura literária, o estudante não assimila e depois abandona a biblioteca.”
O desafio tanto das bibliotecas escolares como das comunitárias, afirma Fabíola, é mostrar às crianças e aos adolescentes que nesses espaços estão parte da produção escrita da humanidade.
Castigo. O levantamento do Todos pela Educação retrata ainda que 3% dos professores do 9o ano do fundamental costumam mandar para a biblioteca os alunos que atrapalham as aulas, contra 1% do 5o ano. O porcentual não é alto, mas deveria ser menor ainda. Para Alejandra, a mensagem é contraditória. “Faz o aluno associar a biblioteca à uma experiência desagradável”. “O próprio professor muitas vezes não compreende o espaço da biblioteca, não tem o valor da leitura constituído”, diz Fabíola.
(Disponível em estadao.com.br)
Releia esta passagem do texto:
“Levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação para o Observatório do Plano Nacional de Educação (PNE), com dados da Prova Brasil 2011, mostram que o porcentual de alunos da rede pública que nunca ou quase nunca utilizam a biblioteca de sua escola salta de 18,5% para 35,1% do 5o para o 9o ano do ensino fundamental no País.”
Agora, assinale a alternativa que contenha análises corretas.
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.
Por que os alunos abandonam as bibliotecas conforme crescem?
BIA REIS
Levantamento do Todos pela Educação mostra que porcentual de alunos que nunca ou quase nunca utiliza a biblioteca escolar salta de 18,5% para 35,1% do 5º para o 9º ano do ensino fundamental
O hábito da leitura é um prazer a ser descoberto e conquistado – e não há melhor fase para adquiri-lo do que a infância e a adolescência. Parte das crianças tem o privilégio de ter pais leitores, livros em casa e muito estímulo. Mas, infelizmente, essa não é a realidade de todas. Por isso as bibliotecas escolares e comunitárias são tão importantes.
Apesar da importância, nem todas as escolas conseguem fazer um bom uso desse equipamento – que não é apenas uma sala com livros e deve dialogar com o projeto pedagógico da instituição. Levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação para o Observatório do Plano Nacional de Educação (PNE), com dados da Prova Brasil 2011, mostram que o porcentual de alunos da rede pública que nunca ou quase nunca utilizam a biblioteca de sua escola salta de 18,5% para 35,1% do 5o para o 9o ano do ensino fundamental no País. Em contrapartida, o número de estudantes que sempre ou quase sempre usa a biblioteca despenca de 57,4% para 29,9%, entre as mesmas séries.
Outro dado também chama a atenção: o porcentual de professores que leva seus alunos para a biblioteca para “momentos de leitura literária e estudos em geral”. A taxa cai de 40,1% entre professores do 5o ano para 23% entre os do 9o.
Alejandra Meraz Velasco, gerente técnica do Todos pela Educação e responsável pela coordenação do Observatório do PNE, afirma que a biblioteca costuma ser mais utilizada como recurso pedagógico no fundamental 1 e, nesse período, as escolas não estão conseguindo desenvolver a capacidade de pesquisa e de leitura autônoma dos alunos.
Para Alejandra, a estrutura das duas etapas de ensino é diferente e também pode explicar, em parte, a questão. “No fundamental 1 há um professor regente (ou polivalente), que utiliza recursos mais lúdicos para ensinar. No fundamental 2, a estrutura já é mais parecida com o ensino médio, e o professor fica mais limitado à sua disciplina”, afirma.
Integrante do Movimento Brasil Literário (MBL), a coordenadora da rede de bibliotecas públicas da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, Fabíola Farias, também chama a atenção para o papel do professor. “Na educação infantil e no ensino fundamental, o aluno é levado pelo professor à biblioteca para desenvolver uma série de projetos. Mas, quando não há uma ação propositiva em torno do livro e da leitura literária, o estudante não assimila e depois abandona a biblioteca.”
O desafio tanto das bibliotecas escolares como das comunitárias, afirma Fabíola, é mostrar às crianças e aos adolescentes que nesses espaços estão parte da produção escrita da humanidade.
Castigo. O levantamento do Todos pela Educação retrata ainda que 3% dos professores do 9o ano do fundamental costumam mandar para a biblioteca os alunos que atrapalham as aulas, contra 1% do 5o ano. O porcentual não é alto, mas deveria ser menor ainda. Para Alejandra, a mensagem é contraditória. “Faz o aluno associar a biblioteca à uma experiência desagradável”. “O próprio professor muitas vezes não compreende o espaço da biblioteca, não tem o valor da leitura constituído”, diz Fabíola.
(Disponível em estadao.com.br)
A respeito do trecho "Parte das crianças tem o privilégio de ter pais leitores, livros em casa e muito estímulo.", analise as afirmações.
I. Seria obrigatório que se usasse o acento circunflexo sobre o "e" da forma "tem".
II. A forma verbal "tem" apresenta-se no singular, mas a concordância verbal também seria mantida com o uso da forma plural "têm".
III. A expressão "parte das crianças" justifica a possibilidade de se usar, corretamente, "tem" ou "têm".
IV. Há problema na grafia da palavra "privilégio".
V. O uso do acento em "estímulo" justifica-se pela mesma razão de "edícula".
Está correto o que se afirma em:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando. Pede um filet recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1964, p. 262.)
“Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca..." (§ 2)
No fragmento acima, o acento indicativo da crase é de emprego obrigatório, pelas normas da língua culta. Das alterações feitas na redação do fragmento, é facultativo empregar o acento indicativo da crase em:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando. Pede um filet recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1964, p. 262.)
"...faz com os ombros um protesto de RESIGNAÇÃO.” (§ 3)
Considere o valor semântico do sufixo formador do vocábulo acima em maiúsculas. Pode-se afirmar que, das opções abaixo, aquela em que os três vocábulos são formados por sufixos de idêntico valor semântico ao do vocábulo em destaque acima é:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando. Pede um filet recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1964, p. 262.)
“... traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata.” (§ 4)
Caso a oração expressa na voz passiva do fragmento acima seja redigida na forma composta da voz ativa, uma forma de redação possível será:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando. Pede um filet recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1964, p. 262.)
“Enquanto asseia as 'armas' com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa.” (§2)
Em relação à estrutura do período composto acima, são feitas as seguintes afirmativas:
l. Trata-se de período composto por coordenação e subordinação, constituído de cinco orações.
Il. A 1ª oração “Enquanto asseia as “armas” classifica-se como subordinada adverbial temporal.
III. A 2ª oração “com que vai comer” classifica-se como subordinada substantiva objetiva indireta.
IV. A 3ª oração “chama o garçom” classifica-se como principal à 1ª oração e coordenada à 4ª oração.
V. A 4ª oração “e manda” classifica-se como principal à 5ª oração e coordenada à 3ª oração.
VI. A 5ª oração “que leve os talheres e a louça da casa” classifica-se como subordinada substantiva objetiva direta.
Das afirmativas acima, estão corretas:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando. Pede um filet recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1964, p. 262.)
“... em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata..." (§2)
Das alterações feitas na redação da oração adijetiva do fragmento acima, constitui um desvio de regência em relação à norma culta da língua a seguinte:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando. Pede um filet recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1964, p. 262.)
“Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência LIMPÍSSIMA.” (§ 4)
O nome adjetivo em letras maiúsculas no período acima está expresso no grau superlativo absoluto sintético. Dos pares abaixo, aquele em que há superlativo com erro de grafia, segundo as normas da modalidade escrita culta da língua, é:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando. Pede um filet recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1964, p. 262.)
“Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede 'isso' de sua magnífica solidão.” (§ 4)
Sobre o emprego do pronome demonstrativo “isso” no período acima, pode-se afirmar que:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando. Pede um filet recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1964, p. 262.)
Considere o emprego das aspas nos fragmentos transcritos a seguir.
I. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”. (§ 1)
II. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer... ( § 2)
Explicam-se as aspas empregadas nos dois fragmentos, respectivamente, por:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando. Pede um filet recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1964, p. 262.)
“Pede um filet e recomenda que seja mais bem do que malpassado.” (§ 3)
A construção comparativa acima permite o entendimento de que a recomendação da velhinha foi feita no sentido de que o filet fosse servido:
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando. Pede um filet recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1964, p. 262.)
O texto permite o entendimento de que poesia e simplicidade são necessárias para a descrição da velhinha em decorrência, principalmente:
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.
Por que os alunos abandonam as bibliotecas conforme crescem?
BIA REIS
Levantamento do Todos pela Educação mostra que porcentual de alunos que nunca ou quase nunca utiliza a biblioteca escolar salta de 18,5% para 35,1% do 5º para o 9º ano do ensino fundamental
O hábito da leitura é um prazer a ser descoberto e conquistado – e não há melhor fase para adquiri-lo do que a infância e a adolescência. Parte das crianças tem o privilégio de ter pais leitores, livros em casa e muito estímulo. Mas, infelizmente, essa não é a realidade de todas. Por isso as bibliotecas escolares e comunitárias são tão importantes.
Apesar da importância, nem todas as escolas conseguem fazer um bom uso desse equipamento – que não é apenas uma sala com livros e deve dialogar com o projeto pedagógico da instituição. Levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação para o Observatório do Plano Nacional de Educação (PNE), com dados da Prova Brasil 2011, mostram que o porcentual de alunos da rede pública que nunca ou quase nunca utilizam a biblioteca de sua escola salta de 18,5% para 35,1% do 5o para o 9o ano do ensino fundamental no País. Em contrapartida, o número de estudantes que sempre ou quase sempre usa a biblioteca despenca de 57,4% para 29,9%, entre as mesmas séries.
Outro dado também chama a atenção: o porcentual de professores que leva seus alunos para a biblioteca para “momentos de leitura literária e estudos em geral”. A taxa cai de 40,1% entre professores do 5o ano para 23% entre os do 9o.
Alejandra Meraz Velasco, gerente técnica do Todos pela Educação e responsável pela coordenação do Observatório do PNE, afirma que a biblioteca costuma ser mais utilizada como recurso pedagógico no fundamental 1 e, nesse período, as escolas não estão conseguindo desenvolver a capacidade de pesquisa e de leitura autônoma dos alunos.
Para Alejandra, a estrutura das duas etapas de ensino é diferente e também pode explicar, em parte, a questão. “No fundamental 1 há um professor regente (ou polivalente), que utiliza recursos mais lúdicos para ensinar. No fundamental 2, a estrutura já é mais parecida com o ensino médio, e o professor fica mais limitado à sua disciplina”, afirma.
Integrante do Movimento Brasil Literário (MBL), a coordenadora da rede de bibliotecas públicas da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, Fabíola Farias, também chama a atenção para o papel do professor. “Na educação infantil e no ensino fundamental, o aluno é levado pelo professor à biblioteca para desenvolver uma série de projetos. Mas, quando não há uma ação propositiva em torno do livro e da leitura literária, o estudante não assimila e depois abandona a biblioteca.”
O desafio tanto das bibliotecas escolares como das comunitárias, afirma Fabíola, é mostrar às crianças e aos adolescentes que nesses espaços estão parte da produção escrita da humanidade.
Castigo. O levantamento do Todos pela Educação retrata ainda que 3% dos professores do 9o ano do fundamental costumam mandar para a biblioteca os alunos que atrapalham as aulas, contra 1% do 5o ano. O porcentual não é alto, mas deveria ser menor ainda. Para Alejandra, a mensagem é contraditória. “Faz o aluno associar a biblioteca à uma experiência desagradável”. “O próprio professor muitas vezes não compreende o espaço da biblioteca, não tem o valor da leitura constituído”, diz Fabíola.
(Disponível em estadao.com.br)
Observe a forma verbal "há" e a forma pronominal "lo", destacadas nas primeiras linhas do texto. Sobre elas, assinale a afirmação correta.
Texto para responder às questões de 01 a 14.
Uma velhinha
___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.
___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando. Pede um filet recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1964, p. 262.)
A respeito do texto são feitas as seguintes afirmações.
I. A partir do momento em que, toda manhã, a velhinha, de cerca de setenta anos, chega ao restaurante Westfália, tudo começa a girar em torno dela.
II. A resposta do garçom a quem não conhece a velhinha e quer saber a respeito dela é que se trata de uma pessoa consentânea, pois, não obstante sua qualificação como professora de línguas estrangeiras, é dada a hábitos incomuns.
III. Ao abrir sua mala, estilo James Bond, e dela retirar copo e talheres de prata e começar a limpá-los cuidadosamente com um guardanapo, a velhinha demonstra aos presentes no restaurante em que consistem os casos que cria.
IV. O gesto de solicitar ao garçom que recolha os talheres e louça do restaurante, enquanto limpa as peças com que vai comer, vai de encontro à sua arrogante aversão aos talheres e pratos do restaurante.
V. Depois de impedir que o garçom tente dizer-lhe um agrado, humilhando-o por causa da pronúncia, pelo olhar e sorriso mostra-se consciente de que suas atitudes são de agrado geral.
VI. Em vista do que foi descrito, a despeito da suposição de ser uma criatura abominável, a velhinha é uma graça, haja vista ser uma mulher que preza seus gostos e que não negocia seu bem-estar.
Das afirmações acima, estão de acordo com o texto apenas: