Questões de Português para Concurso
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Praga é uma cidade belíssima. Não só a velha arquitetura boêmia e os surpreendentes acréscimos em art nouveau que foram poupados da guerra como tudo foi restaurado e é conservado com cuidado exemplar.
VERÍSSIMO, Luís Fernando.
O texto acima deve ser classificado como
Nossa juventude está mal preparada para a sociedade civilizada se insistirmos em uma educação que produz uma competência linguística pouco expressiva.
Assinale a opção que apresenta a tese do autor desse texto.
Fonte: Fernando Gonsales, Níquel Náusea: Cadê o ratinho do titito? São Paulo: Devir, 2011.
Sobre essa tira em quadrinhos, assinale a afirmativa inadequada.
Vejam bem os séculos de conhecimento que vos contemplam.
Nesse caso, a linguagem é vista com a função de
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 03 e, a seguir, responda à questão que a ele se refere.
Texto 03
Disponível em: https://www.facebook.com/fernandopessoasocitacoes/. Acesso em: 22 maio 2024.
I - A citação permite inferir que, na vida, a felicidade está ligada à capacidade de resiliência.
II - O termo “espontaneamente”, funciona, no texto, como um operador argumentativo e expressa uma circunstância de modo.
III - O termo “que”, na oração “que buscam o Sol” apresenta-se como um elemento de coesão, pois retoma o termo “gato”, referido anteriormente.
IV - O pronome “se” usado em “guiando-se” acrescenta ideia de reflexividade à ação expressa pelo verbo o qual acompanha.
V - O fenômeno linguístico elipse se faz presente no trecho “e quando não há Sol, o calor onde quer que esteja”.
Estão CORRETAS as afirmativas
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 02 e, a seguir, responda à questão que a ele se refere.
Texto 02
Disponível em: https://cartunistasolda.com.br/esse-viking-e-uma-figura/. Acesso em: 22 maio 2024.
I - Nas falas do primeiro e segundo quadros, predomina o emprego de verbos no imperativo afirmativo.
II - Na fala do terceiro quadro, verifica-se a presença de um único período, que é composto por três orações.
III - Na fala do segundo quadro, observa-se o emprego de uma conjunção coordenativa aditiva e uma conjunção coordenativa alternativa.
IV - Na primeira fala, constata-se que o verbo “sou” tem a função de ligar o sujeito ao seu predicativo.
V - Na fala do terceiro quadro, nota-se que a vírgula foi usada de acordo com a norma para separar o termo “rapazes”, que está exercendo a função de vocativo.
Estão CORRETAS as afirmativas
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 02 e, a seguir, responda à questão que a ele se refere.
Texto 02
Disponível em: https://cartunistasolda.com.br/esse-viking-e-uma-figura/. Acesso em: 22 maio 2024.
I - temeroso.
II - narcisista.
III - misógino.
IV - machista.
V - prudente.
Estão CORRETOS os itens
Texto 01
O mundo precisa da sua originalidade – e você também
Patrícia Cotton
A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo
em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O
tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso
tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo
que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam
cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a
capacidade de ser originais?
Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos
com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até
mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A
espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe,
olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas,
enfim, vão bem.
Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais.
Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este
prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso
ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós
mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.
[...]
Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que
sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos
cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas
garantias.
Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.
O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser
comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza
viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e
produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem
me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem
celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora
da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons
frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam
de loucura, aprendi a chamar de originalidade.
Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de
clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o
que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na
existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E
pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.
Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado.
I - uso reiterado de estrangeirismos.
II - diferentes usos das aspas.
III - uso de citação direta.
IV - frequente uso de arcaísmos.
V - uso de neologismos.
Estão CORRETOS os itens
Texto 01
O mundo precisa da sua originalidade – e você também
Patrícia Cotton
A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo
em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O
tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso
tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo
que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam
cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a
capacidade de ser originais?
Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos
com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até
mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A
espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe,
olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas,
enfim, vão bem.
Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais.
Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este
prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso
ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós
mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.
[...]
Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que
sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos
cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas
garantias.
Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.
O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser
comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza
viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e
produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem
me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem
celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora
da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons
frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam
de loucura, aprendi a chamar de originalidade.
Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de
clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o
que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na
existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E
pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.
Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado.
Texto 01
O mundo precisa da sua originalidade – e você também
Patrícia Cotton
A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo
em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O
tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso
tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo
que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam
cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a
capacidade de ser originais?
Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos
com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até
mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A
espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe,
olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas,
enfim, vão bem.
Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais.
Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este
prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso
ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós
mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.
[...]
Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que
sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos
cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas
garantias.
Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.
O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser
comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza
viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e
produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem
me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem
celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora
da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons
frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam
de loucura, aprendi a chamar de originalidade.
Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de
clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o
que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na
existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E
pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.
Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado.
I - os clichês.
II - a artificialidade.
III - os moldes.
IV - a autorrealização.
V - a individualidade.
Estão CORRETOS os itens
Texto 01
O mundo precisa da sua originalidade – e você também
Patrícia Cotton
A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo
em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O
tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso
tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo
que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam
cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a
capacidade de ser originais?
Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos
com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até
mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A
espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe,
olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas,
enfim, vão bem.
Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais.
Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este
prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso
ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós
mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.
[...]
Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que
sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos
cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas
garantias.
Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.
O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser
comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza
viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e
produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem
me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem
celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora
da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons
frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam
de loucura, aprendi a chamar de originalidade.
Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de
clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o
que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na
existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E
pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.
Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado.
I - Os problemas complexos necessitam de fórmulas e padrões para serem resolvidos.
II - A resolução dos problemas difíceis de forma original leva à autorrealização individual.
III - O uso constante das ferramentas digitais para resolver problemas pode se tornar vício.
IV - As soluções originais não são fáceis de serem encontradas, mas evitam a manipulação.
V - A escolha pela autenticidade exige coragem e consciência das consequências advindas.
Estão CORRETAS as afirmativas
Texto 01
O mundo precisa da sua originalidade – e você também
Patrícia Cotton
A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo
em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O
tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso
tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo
que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam
cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a
capacidade de ser originais?
Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos
com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até
mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A
espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe,
olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas,
enfim, vão bem.
Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais.
Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este
prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso
ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós
mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.
[...]
Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que
sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos
cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas
garantias.
Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.
O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser
comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza
viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e
produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem
me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem
celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora
da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons
frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam
de loucura, aprendi a chamar de originalidade.
Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de
clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o
que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na
existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E
pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.
Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado.
I - O contexto atual interfere nas escolhas das pessoas impedindo que elas ajam, de fato, com originalidade.
II - A adoção de padrões e hábitos sem a devida reflexão impedem que cada pessoa seja o sujeito das próprias ações.
III - A sociedade contemporânea propõe receitas prontas que conduzem as pessoas a acreditarem que o sucesso está naquilo que é visível, recorrente e seguro.
IV - Os fatos corriqueiros da vida cotidiana têm sido mostrados, nas redes sociais, como eventos importantes que, certamente, merecem ser publicados.
V - A pessoa, ao se esquecer da sua singularidade, afasta-se dela mesma e impede a composição de uma sociedade diversificada.
Estão CORRETAS as afirmativas
Leia, com atenção, o texto 03 e, a seguir, responda à questão que a ele se refere.
Texto 03
Disponível em: https://www.facebook.com/fernandopessoasocitacoes/. Acesso em: 22 maio 2024.
I - A citação permite inferir que, na vida, a felicidade está ligada à capacidade de resiliência.
II - O termo “espontaneamente”, funciona, no texto, como um operador argumentativo e expressa uma circunstância de modo.
III - O termo “que”, na oração “que buscam o Sol” apresenta-se como um elemento de coesão, pois retoma o termo “gato”, referido anteriormente.
IV - O pronome “se” usado em “guiando-se” acrescenta ideia de reflexividade à ação expressa pelo verbo o qual acompanha.
V - O fenômeno linguístico elipse se faz presente no trecho “e quando não há Sol, o calor onde quer que esteja”.
Estão CORRETAS as afirmativas
- O contexto atual interfere nas escolhas das pessoas impedindo que elas ajam, de fato, com originalidade.
II - A adoção de padrões e hábitos sem a devida reflexão impedem que cada pessoa seja o sujeito das próprias ações.
III - A sociedade contemporânea propõe receitas prontas que conduzem as pessoas a acreditarem que o sucesso está naquilo que é visível, recorrente e seguro.
IV - Os fatos corriqueiros da vida cotidiana têm sido mostrados, nas redes sociais, como eventos importantes que, certamente, merecem ser publicados.
V - A pessoa, ao se esquecer da sua singularidade, afasta-se dela mesma e impede a composição de uma sociedade diversificada.
Estão CORRETAS as afirmativas