Questões de Português para Concurso

Foram encontradas 190.547 questões

Q3050819 Português
Entre os pares de palavras abaixo, assinale o que mostra uma pronúncia equivocada.
Alternativas
Q3050818 Português
Assinale a frase que, em função da forma de particípio empregada, mostra problema de correção. 
Alternativas
Q3050817 Português
Leia o fragmento textual a seguir.

Praga é uma cidade belíssima. Não só a velha arquitetura boêmia e os surpreendentes acréscimos em art nouveau que foram poupados da guerra como tudo foi restaurado e é conservado com cuidado exemplar.

VERÍSSIMO, Luís Fernando.

O texto acima deve ser classificado como
Alternativas
Q3050814 Português
Um jornalista moderno escreveu:
Nossa juventude está mal preparada para a sociedade civilizada se insistirmos em uma educação que produz uma competência linguística pouco expressiva.
Assinale a opção que apresenta a tese do autor desse texto. 
Alternativas
Q3050812 Português
Na tira em quadrinhos abaixo há a presença de duas traças e de um rato, com o seguinte diálogo:

Imagem associada para resolução da questão

Fonte: Fernando Gonsales, Níquel Náusea: Cadê o ratinho do titito? São Paulo: Devir, 2011.

Sobre essa tira em quadrinhos, assinale a afirmativa inadequada.
Alternativas
Q3050809 Português
Um professor da Universidade de Coimbra, em Portugal, olhando para as estantes da biblioteca da universidade, disse aos alunos:

Vejam bem os séculos de conhecimento que vos contemplam.

Nesse caso, a linguagem é vista com a função de
Alternativas
Q3050801 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 03 e, a seguir, responda à questão que a ele se refere.


Texto 03



Disponível em: https://www.facebook.com/fernandopessoasocitacoes/. Acesso em: 22 maio 2024.

Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista o texto 03.

I - A citação permite inferir que, na vida, a felicidade está ligada à capacidade de resiliência.
II - O termo “espontaneamente”, funciona, no texto, como um operador argumentativo e expressa uma circunstância de modo.
III - O termo “que”, na oração “que buscam o Sol” apresenta-se como um elemento de coesão, pois retoma o termo “gato”, referido anteriormente.
IV - O pronome “se” usado em “guiando-se” acrescenta ideia de reflexividade à ação expressa pelo verbo o qual acompanha.
V - O fenômeno linguístico elipse se faz presente no trecho “e quando não há Sol, o calor onde quer que esteja”.

Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q3050800 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 02 e, a seguir, responda à questão que a ele se refere.


Texto 02



Disponível em: https://cartunistasolda.com.br/esse-viking-e-uma-figura/. Acesso em: 22 maio 2024.

Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura de composição das falas presentes no texto.

I - Nas falas do primeiro e segundo quadros, predomina o emprego de verbos no imperativo afirmativo.
II - Na fala do terceiro quadro, verifica-se a presença de um único período, que é composto por três orações.
III - Na fala do segundo quadro, observa-se o emprego de uma conjunção coordenativa aditiva e uma conjunção coordenativa alternativa.
IV - Na primeira fala, constata-se que o verbo “sou” tem a função de ligar o sujeito ao seu predicativo.
V - Na fala do terceiro quadro, nota-se que a vírgula foi usada de acordo com a norma para separar o termo “rapazes”, que está exercendo a função de vocativo.

Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q3050699 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 02 e, a seguir, responda à questão que a ele se refere.


Texto 02



Disponível em: https://cartunistasolda.com.br/esse-viking-e-uma-figura/. Acesso em: 22 maio 2024.

A fala de Hagar, no último quadro, mostra o seu comportamento

I - temeroso.
II - narcisista.
III - misógino.
IV - machista.
V - prudente.

Estão CORRETOS os itens
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Q3050697 Português
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 e, a seguir, responda à questão que a ele se refere.

Texto 01

O mundo precisa da sua originalidade – e você também

Patrícia Cotton
      A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a capacidade de ser originais?
     Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe, olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas, enfim, vão bem.
     Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais. Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.
[...]
       Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas garantias.
    Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.
     O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam de loucura, aprendi a chamar de originalidade.
       Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.

Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado.
Sobre o processo de formação das palavras “autoprodutização”, “autoexperimento” e “autorrealização” usadas no texto, é CORRETO afirmar que foram formadas pelo processo de
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Q3050517 Português
Sobre o processo de formação das palavras “autoprodutização”, “autoexperimento” e “autorrealização” usadas no texto, é CORRETO afirmar que foram formadas pelo processo de
Alternativas
Q3050516 Português

Texto 01

O mundo precisa da sua originalidade – e você também


Patrícia Cotton

A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a capacidade de ser originais? 

Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe, olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas, enfim, vão bem.

Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais. Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.

[...]

Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas garantias.

Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.


O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam de loucura, aprendi a chamar de originalidade.

Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.


Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado. 

Tendo em vista a construção do texto, verifica-se

I - uso reiterado de estrangeirismos.
II - diferentes usos das aspas.
III - uso de citação direta.
IV - frequente uso de arcaísmos.
V - uso de neologismos.

Estão CORRETOS os itens
Alternativas
Q3050515 Português

Texto 01

O mundo precisa da sua originalidade – e você também


Patrícia Cotton

A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a capacidade de ser originais? 

Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe, olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas, enfim, vão bem.

Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais. Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.

[...]

Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas garantias.

Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.


O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam de loucura, aprendi a chamar de originalidade.

Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.


Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado. 

Considere a afirmativa: “Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando.” Tendo em vista o contexto em que foi utilizado, o termo voyer foi usado com sentido de
Alternativas
Q3050514 Português

Texto 01

O mundo precisa da sua originalidade – e você também


Patrícia Cotton

A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a capacidade de ser originais? 

Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe, olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas, enfim, vão bem.

Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais. Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.

[...]

Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas garantias.

Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.


O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam de loucura, aprendi a chamar de originalidade.

Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.


Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado. 

De acordo com o texto, paradoxalmente à originalidade estão

I - os clichês.
II - a artificialidade.
III - os moldes.
IV - a autorrealização.
V - a individualidade.

Estão CORRETOS os itens
Alternativas
Q3050513 Português

Texto 01

O mundo precisa da sua originalidade – e você também


Patrícia Cotton

A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a capacidade de ser originais? 

Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe, olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas, enfim, vão bem.

Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais. Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.

[...]

Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas garantias.

Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.


O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam de loucura, aprendi a chamar de originalidade.

Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.


Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado. 

Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista as ideias que podem ser inferidas do texto.

I - Os problemas complexos necessitam de fórmulas e padrões para serem resolvidos.
II - A resolução dos problemas difíceis de forma original leva à autorrealização individual.
III - O uso constante das ferramentas digitais para resolver problemas pode se tornar vício.
IV - As soluções originais não são fáceis de serem encontradas, mas evitam a manipulação.
V - A escolha pela autenticidade exige coragem e consciência das consequências advindas.

Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q3050512 Português

Texto 01

O mundo precisa da sua originalidade – e você também


Patrícia Cotton

A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a capacidade de ser originais? 

Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe, olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas, enfim, vão bem.

Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais. Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.

[...]

Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas garantias.

Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.


O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam de loucura, aprendi a chamar de originalidade.

Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.


Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado. 

Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista as ideias que se podem inferir do texto.

I - O contexto atual interfere nas escolhas das pessoas impedindo que elas ajam, de fato, com originalidade.
II - A adoção de padrões e hábitos sem a devida reflexão impedem que cada pessoa seja o sujeito das próprias ações.
III - A sociedade contemporânea propõe receitas prontas que conduzem as pessoas a acreditarem que o sucesso está naquilo que é visível, recorrente e seguro.
IV - Os fatos corriqueiros da vida cotidiana têm sido mostrados, nas redes sociais, como eventos importantes que, certamente, merecem ser publicados.
V - A pessoa, ao se esquecer da sua singularidade, afasta-se dela mesma e impede a composição de uma sociedade diversificada.

Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q3050135 Português
Leia, com atenção, o texto 01 e, a seguir, responda a questão que a ele se refere.

Texto 01

O mundo precisa da sua originalidade – e você também
Patrícia Cotton

        A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a capacidade de ser originais?
        Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe, olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas, enfim, vão bem.
        Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais. Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.
        [...]
        Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas garantias.
        Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.
        O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam de loucura, aprendi a chamar de originalidade.
        Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.

Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado.
Considere a afirmativa: “Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando.” Tendo em vista o contexto em que foi utilizado, o termo voyer foi usado com sentido de
Alternativas
Q3050031 Português

Leia, com atenção, o texto 03 e, a seguir, responda à questão que a ele se refere.


Texto 03


Disponível em: https://www.facebook.com/fernandopessoasocitacoes/. Acesso em: 22 maio 2024.

Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista o texto 03.
I - A citação permite inferir que, na vida, a felicidade está ligada à capacidade de resiliência.
II - O termo “espontaneamente”, funciona, no texto, como um operador argumentativo e expressa uma circunstância de modo.
III - O termo “que”, na oração “que buscam o Sol” apresenta-se como um elemento de coesão, pois retoma o termo “gato”, referido anteriormente.
IV - O pronome “se” usado em “guiando-se” acrescenta ideia de reflexividade à ação expressa pelo verbo o qual acompanha.
V - O fenômeno linguístico elipse se faz presente no trecho “e quando não há Sol, o calor onde quer que esteja”.

Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q3049768 Português
Leia, com atenção, o texto 01 e, a seguir, responda a questão que a ele se refere.

Texto 01

O mundo precisa da sua originalidade – e você também
Patrícia Cotton

        A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a capacidade de ser originais?
        Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe, olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas, enfim, vão bem.
        Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais. Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.
        [...]
        Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas garantias.
        Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.
        O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam de loucura, aprendi a chamar de originalidade.
        Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.         

Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado.
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista as ideias que se podem inferir do texto. I
- O contexto atual interfere nas escolhas das pessoas impedindo que elas ajam, de fato, com originalidade.
II - A adoção de padrões e hábitos sem a devida reflexão impedem que cada pessoa seja o sujeito das próprias ações.
III - A sociedade contemporânea propõe receitas prontas que conduzem as pessoas a acreditarem que o sucesso está naquilo que é visível, recorrente e seguro.
IV - Os fatos corriqueiros da vida cotidiana têm sido mostrados, nas redes sociais, como eventos importantes que, certamente, merecem ser publicados.
V - A pessoa, ao se esquecer da sua singularidade, afasta-se dela mesma e impede a composição de uma sociedade diversificada.

Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q3049677 Português
Texto II


Assunto: Apresentação de novas funcionalidades do Sidof – Módulo I. _____________________,


1 A chefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República aprimorou o Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais – Sidof, com a inserção de novas funcionalidades. Os novos recursos do sistema serão apresentados aos servidores em módulos organizados por esta chefia.

2 Convido os servidores do [nome do Ministério] para assistir à apresentação do primeiro módulo, a ser realizada em 10 de setembro de 2018, às 9h30, no Auditório desta chefia.

3 Para assegurar o credenciamento, solicito a esse órgão a indicação dos servidores que trabalham com o Sidof, até 28 de agosto de 2018, por meio do endereço eletrônico [endereço eletrônico]: [...]

(Disponível em: https://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/man ual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-deredacao.pdf. Adaptado. Acesso em 10/08/20240)
O último parágrafo do texto é introduzido por uma preposição que confere à oração em que se encontra o valor semântico de:
Alternativas
Respostas
1381: B
1382: C
1383: D
1384: C
1385: E
1386: B
1387: E
1388: B
1389: C
1390: D
1391: D
1392: E
1393: D
1394: A
1395: B
1396: E
1397: D
1398: E
1399: E
1400: A