Questões de Concurso Sobre português

Foram encontradas 196.486 questões

Q2781150 Português

Leia o Texto 5, a seguir, e responda o que se pede.


TEXTO 5


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Diga como andas que te direi quem és

Saia, calça, maiô, bermuda, salto, sapato, homem, cintura, silhueta, cabelo, eu, tu, eles, elas, elxs. Se a moda é moda, ela vai abarcar

todos os substantivos e pronomes acima e mais um pouco. Óbvio? Nem para todo mundo. [...]

Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, moda é: “O uso passageiro que rege, de acordo com o gosto do momento, a

maneira de viver, de vestir, etc; o modo de vestir; modo, costume, vontade.” Se seguirmos essa definição, provavelmente

conseguiríamos apontar algumas tendências do universo fashion que nos regem por agora. Uns diriam algumas cores da estação, outros

citariam os cortes e costuras do momento, e nós, com certeza, comentaríamos sobre gênero. Sim, para quem ainda não entendeu,

estamos falando sobre a moda agender, genderless ou gender-bender.

Apesar de um grande panorama histórico que levou a moda agender a existir, seu auge aconteceu em 2015, quando Alessandro Michele

assumiu a linha criativa da Gucci e apresentou na temporada de inverno da Europa uma coleção misturando modelagens e silhuetas até o

público não conseguir identificar o gênero de cada um dos modelos que entrasse na passarela. A partir daí, o universo da moda abriu

espaço total para que essa desconstrução de padrão tomasse os holofotes das passarelas e da mídia. [...]

A partir do fim do século 19, tornou-se quase impossível dissociar a revolução de costumes da moda. Hoje, quando os questionamentos

acerca dos padrões da sociedade patriarcal estão cada vez mais pungentes, a moda agender é um dos maiores gritos que a sociedade

produz em relação à liberdade de ser o que se é. “Vivemos em uma época em que aceitar as diferenças – ou lutar pela igualdade – é

impositivo. A moda reflete isso. [...] São convenções da cultura ocidental que estão sendo questionadas”, comenta Lilian Pacce.

Por ser algo que podemos considerar recente, tanto a luta pela liberdade de gênero como a moda agender ainda têm um longo caminho a

ser trilhado até de que, de fato, alguns padrões sejam quebrados. No entanto, já se questiona qual é o papel dessa moda em nossa

sociedade atual. “A moda agender, por ser muito recente, ainda não respondeu 'de qual lado está'. [...] trata-se de perguntar: quais

gêneros, eles também construídos cultural e socialmente, estão sendo revisitados na composição de determinado vestuário?”, questiona

Brunno Almeida.

Sendo ainda uma ponta do iceberg a respeito da liberdade, a moda vem ganhando força como uma das principais armas contra o

preconceito e a intolerância.

(Renata Vomero, In: Revista da Cultura, abril/2017, p. 37-41. Grifos da autora)


A respeito do percurso argumentativo do Texto 5, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Q2781145 Português

A linguagem utilizada na construção de textos é um dos aspectos a ser observado para que um texto esteja adequado às suas condições de produção (que envolvem, entre outros aspectos, o objetivo do texto, o público a que ele se destina, o suporte no qual circulará, o assunto a ser abordado e o grau de conhecimento compartilhado entre os interactantes). Considerando essas informações, avalie os trechos a seguir, extraídos de uma bula de medicamento, marcando a segunda coluna de acordo com a primeira:


1. Informações ao paciente 2. Informações técnicas

( ) “[...] é indicado no clareamento gradual de melasmas ou cloasmas (manchas acastanhadas provocadas pelo sol ou por fontes artificiais de irradiação) [...] e em condições nas quais ocorrem hiperpigmentação cutânea por produção excessiva de melanina” ( ) “Aplicar uma fina camada do produto na área a ser tratada, duas vezes ao dia [...]”

( ) “Aplicar uma fina camada do produto na área a ser tratada, duas vezes ao dia [...]”

( ) “[...] é um produto na forma de gel aquoso que auxilia na prevenção da repigmentação da pele tratada, que pode ser causada pela exposição da pele clareada à radiação solar ultravioleta.”

( ) “Assim, uma vez que a melanogênese é afetada pela ação da hidroquinona quando aplicada topicamente, ocorre a interrupção da formação de melanina e subsequente clareamento reversível da pele.”

( ) “[...] o efeito inibitório da hidroquinona na melanogênese seria o resultado de uma competição eficaz da mesma com a tirosina pela enzima tirosinase.”


A sequência CORRETA, resultante da correlação entre as colunas, é

Alternativas
Q2781143 Português

O Texto 4, exposto abaixo, corresponde ao trecho de um diálogo oral, numa interação espontânea entre crianças.


TEXTO 4


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Criança 1 – como consertaram?

Criança 2 – consertando

Criança 1 – muito fácil é só tirar a tampa e depois botar de novo

Criança 2 – é só tirar isso aqui:

Criança 1 – quedê... com que chave?

Criança 2 – com a: que tinha lá... num foi não Ana?

Criança 1 – foi aí: tirar os parafusos aqui sabe? depois abrir tira as pilhas bota de novo pronto


A função exercida pela palavra “aí”, nas ocorrências em destaque, é, respectivamente de

Alternativas
Q2781140 Português

No enunciado “Nós vamos encontrá-lo, para que ele responda pelos crimes que ele está sendo acusado” (policial, em entrevista ao JPB 1 . Edição – 05/07/2015), registra-se um desvio da norma gramatical em relação:

Alternativas
Q2781138 Português

Respostas evasivas podem ser utilizadas pelo falante para omitir informações ao seu interlocutor ou para disfarçar sua ausência de conhecimento a respeito do assunto. Considere o Texto 3, a seguir:


TEXTO 3

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“Niceia Pitta, ex-mulher do prefeito de São Paulo, Celso Pitta, acusou ontem, em entrevista ao Jornal Nacional da Rede

Globo, o ex-marido de envolvimento com corrupção. Segundo ela, todos os vereadores que votaram contra o processo de

impeachment de Pitta, em maio do ano passado, receberam dinheiro, intermediado pelo Secretário de Governo, Carlos

Augusto Meimberg. A ex-mulher de Pitta também acusou o presidente do senado, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), de

pressionar o prefeito para liberar pagamentos para empreiteira OAS. [...] (Jornal do Commércio, 11/03/2000).


As expressões que contribuem para deixar o TEXTO 3 vago e, por isso, impreciso são

Alternativas
Q2781135 Português

TEXTO 1


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“E se, ao invés de Pedro Álvares Cabral, desembarcasse

no Brasil a navegadora e capitã-mor da Armada Geral,

Isália I, que ao ouvir o primeiro grito de terra à vista, dado

em uníssono por suas 1.500 marinheiras, se jogasse ao

mar e, nadando em direção à praia, lá tirasse seu vestido

pesado, com o qual quase se afogou, e experimentasse

diante das índias, em troca dos espelhos, penas de

pássaros sobre seu corpo nu – os índios de tocaia só

observando o bafafá – e, apesar de ninguém falar a língua

de ninguém, nascesse a amizade entre os povos, o

juramento pela manutenção do paraíso e a felicidade das

portuguesas, que finalmente teriam encontrado o

Caminho das Índias, o caminho da riqueza material e

espiritual, espécie de caminho de Santiago de

Compostela, só que diferente, onde a infinita diversidade

cultural fosse o prêmio máximo da existência e o poema

de Oswaldo de Andrade achasse outro final, mesmo que

estivesse chovendo? Quando o português chegou/

Debaixo duma bruta chuva/ Vestiu o índio/ Que pena” /

Fosse uma manhã de sol/ O índio tinha despido/ O

português(Erro de Português, Oswald de Andrade) [...]”

(Trecho de “A Rainha Louca”, Clarice Niskier. In:

Revista da Cultura, Abril de 2017, p. 42, grifos da

autora).


O uso excessivo de orações intercaladas e/ou subordinadas num período composto pode dificultar a leitura do texto. Uma solução possível é a subdivisão de um período composto longo, em períodos simples ou mais curtos. Assinale a alternativa que apresenta a proposta de reescrita que melhor adapta o início do TEXTO 1, a fim de diminuir a quantidade de orações intercaladas e subordinadas presentes num mesmo período, mas mantendo o cumprimento às normas gramaticais e o sentido global do texto

Alternativas
Q2781132 Português

No TEXTO 2, abaixo, o autor problematiza a definição tradicional de sinonímia como “igualdade de significados”, através das correlações entre as palavras velho e idoso.


TEXTO 2


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IDOSOS

No dia do meu aniversário de 69 anos, escrevi uma crônica

com o título “Fiquei velho” ... Eu estava feliz quando escrevi.

Mas minha crônica provocou protestos. Muitos velhos não

gostam de ser chamados de “velhos”. Querem ser chamados

de “idosos”. [...] “Idoso” é a palavra que a gente encontra em

guichês de supermercado e banco: fila dos idosos,

atendimento preferencial. Recuso-me a ser definido por

supermercados e bancos. “Velho”, ao contrário, é palavra

poética, literária.

(Alves, Rubem. In: Quarto de Badulaques. São Paulo:

Parábola, 2003, p. 74)


Identifique o trecho no qual a substituição da palavra destacada, pela palavra “idoso(a)”, seria possível e NÃO provocaria alteração no sentido do texto:

Alternativas
Q2781092 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.


Largar as redes sociais?


  1. Apesar das críticas ___ redes sociais e inclusive das campanhas midiáticas para abrir mão
  2. delas, poucos usuários tomam a decisão de apagar suas contas. O Twitter continua com seus
  3. 300 milhões de perfis, o Facebook tem mais de dois bilhões, e o Instagram segue crescendo e
  4. já passa dos 500 milhões. Jaron Lanier, pioneiro da internet e da realidade virtual, considera
  5. que os benefícios dessas redes não compensam os inconvenientes. Em seu último livro,
  6. motivos para largar o Twitter, o Facebook e inclusive o WhatsApp e os serviços do Google. Se
  7. pudermos. E mesmo que seja só por uma temporada. Estes são alguns dos motivos que ele
  8. propõe nesse texto escrito a modo de manifesto:
  9. 1. Você está perdendo sua liberdade. As redes sociais, em especial o Facebook,
  10. pretendem guardar registro de todas as nossas ações: o que compartilhamos, o que
  11. comentamos, o que curtimos, aonde vamos. “Agora todos somos animais de laboratório”,
  12. escreve Lanier, e participamos de uma experiência constante para que os anunciantes nos
  13. enviem suas mensagens quando estivermos mais ..................... a elas.
  14. Isso também teve consequências políticas: os grupos que distribuem notícias falsas
  15. encontraram uma “.............. desenhada para ajudar os anunciantes ___ alcançarem seu público
  16. objetivo com mensagens testadas para conseguir sua atenção”. Para o Facebook tanto faz se
  17. estes “anunciantes” são empresas que querem vender produtos, partidos políticos ou difusores
  18. de notícias falsas. O sistema é o mesmo para todos e melhora “quando as pessoas estão
  19. irritadas, obcecadas e divididas”.
  20. 2. Estão lhe deixando infeliz. Lanier cita estudos que mostram que, apesar das
  21. possibilidades de conexão que as redes sociais oferecem, na verdade sofremos “uma sensação
  22. cada vez maior de isolamento” por motivos tão díspares como “os padrões irracionais de beleza
  23. e status, por exemplo”. Os algoritmos, escreve ele, nos colocam em categorias e nos ordenam
  24. segundo nossos amigos, seguidores, o número de curtidas ou retuítes, o muito ou pouco que
  25. publicamos… São critérios que nos parecem pouco significativos, mas que acabam tendo efeitos
  26. na vida real: “Nas notícias que vemos, em quem nos aparece como possível relacionamento
  27. amoroso, em que produtos nos oferecem”. Também podem acabar influenciando em futuros
  28. trabalhos: muitos dos responsáveis por recursos humanos procuram seus candidatos no
  29. Facebook e no Google.
  30. 3. Estão enfraquecendo a verdade. Lanier lembra que as teorias da conspiração mais
  31. loucas (ele dá o exemplo dos antivacinas) frequentemente começam nas redes sociais, onde seu
  32. eco se amplifica, “antes de aparecerem em veículos de comunicação extremamente partidários”.
  33. 4. Estão destruindo sua capacidade de empatia. Com esse argumento, Lanier se refere
  34. principalmente ___ bolha, termo criado por Eli Pariser. No Facebook, por exemplo, as notícias
  35. aparecem na tela de acordo com as pessoas e os veículos de comunicação que seguimos e,
  36. também, dependendo dos conteúdos de que gostamos. A consequência é que nas redes
  37. frequentemente acessamos somente nossa própria bolha, ou seja, tudo aquilo que conhecemos,
  38. com o que estamos de acordo e que nos faz sentir confortáveis. Ou seja, não vemos outras
  39. ideias, recebemos somente suas caricaturas. E, consequentemente, em vez de tentar entender
  40. as razões por ....... de outros pontos de vista, nossas ideias se reforçam e o diálogo é cada vez
  41. mais difícil.
  42. 5. Não querem que você tenha dignidade econômica. Lanier explica que o modelo de
  43. negócio que predomina na Internet é consequência do “dogma” de acreditar que “se o software
  44. não era grátis, não podia ser aberto”. A publicidade foi vista como uma forma de solucionar esse
  45. problema.
  46. Essas são somente algumas das razões expostas por Lanier em um livro que, como o próprio
  47. autor admite, nem mesmo chega a tocar alguns temas que não o afetam tão diretamente, como
  48. “as pressões insustentáveis em pessoas jovens, especialmente mulheres” e como “os algoritmos
  49. podem discriminá-lo por racismo e outras razões horríveis”. Lanier não quer acabar com a
  50. Internet. Pelo contrário: deixar as redes, ainda que somente por um tempo, pode ser uma forma
  51. de saber como estão nos prejudicando e, principalmente, percebermos o que poderiam nos
  52. oferecer.


Adaptado de: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/28/tecnologia/1535463505_331615.html

A respeito da grafia de palavras do texto, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 13, 15 e 40.

Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2016 - IFB - Auditor |
Q2780990 Português

Leia a crônica “A perigosa aventura de escrever” para responder às questões 5, 6, 7 e 8:


A PERIGOSA AVENTURA DE ESCREVER


“Minhas intuições se tornam mais claras ao esforço de transpô-las em palavras”. Isso eu escrevi uma vez. Mas está errado, pois que, ao escrever, grudada e colada, está a intuição. É perigoso porque nunca se sabe o que virá — se se for sincero. Pode vir o aviso de uma destruição, de uma autodestruição por meio de palavras. Podem vir lembranças que jamais se queria vê-las à tona. O clima pode se tornar apocalíptico. O coração tem que estar puro para que a intuição venha. E quando, meu Deus, pode-se dizer que o coração está puro? Porque é difícil apurar a pureza: às vezes no amor ilícito está toda a pureza do corpo e alma, não abençoado por um padre, mas abençoado pelo próprio amor. E tudo isso pode-se chegar a ver — e ter visto é irrevogável. Não se brinca com a intuição, não se brinca com o escrever: a caça pode ferir mortalmente o caçador.


(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)

O assunto “Regência” representa a relação, principalmente, de dois termos. Um é regente, e o outro, regido, numa frase. Um conectivo entra na história para unir as duas ideias. Esse conectivo é específico, e ele imprime um sentido espacial à palavra regente. De uma forma geral, três noções se misturam nesse momento. Qual opção seguinte mostra que o conectivo destacado não compõe um caso de regência?

Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2016 - IFB - Auditor |
Q2780986 Português

Leia a crônica “A perigosa aventura de escrever” para responder às questões 5, 6, 7 e 8:


A PERIGOSA AVENTURA DE ESCREVER


“Minhas intuições se tornam mais claras ao esforço de transpô-las em palavras”. Isso eu escrevi uma vez. Mas está errado, pois que, ao escrever, grudada e colada, está a intuição. É perigoso porque nunca se sabe o que virá — se se for sincero. Pode vir o aviso de uma destruição, de uma autodestruição por meio de palavras. Podem vir lembranças que jamais se queria vê-las à tona. O clima pode se tornar apocalíptico. O coração tem que estar puro para que a intuição venha. E quando, meu Deus, pode-se dizer que o coração está puro? Porque é difícil apurar a pureza: às vezes no amor ilícito está toda a pureza do corpo e alma, não abençoado por um padre, mas abençoado pelo próprio amor. E tudo isso pode-se chegar a ver — e ter visto é irrevogável. Não se brinca com a intuição, não se brinca com o escrever: a caça pode ferir mortalmente o caçador.


(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)

Um texto literário pode exercer várias funções linguísticas para o leitor. Escolha a opção que explica e comprova melhor o que é possível perceber da leitura desse texto de Clarice Lispector:

Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2016 - IFB - Auditor |
Q2780985 Português

Leia a crônica “A perigosa aventura de escrever” para responder às questões 5, 6, 7 e 8:


A PERIGOSA AVENTURA DE ESCREVER


“Minhas intuições se tornam mais claras ao esforço de transpô-las em palavras”. Isso eu escrevi uma vez. Mas está errado, pois que, ao escrever, grudada e colada, está a intuição. É perigoso porque nunca se sabe o que virá — se se for sincero. Pode vir o aviso de uma destruição, de uma autodestruição por meio de palavras. Podem vir lembranças que jamais se queria vê-las à tona. O clima pode se tornar apocalíptico. O coração tem que estar puro para que a intuição venha. E quando, meu Deus, pode-se dizer que o coração está puro? Porque é difícil apurar a pureza: às vezes no amor ilícito está toda a pureza do corpo e alma, não abençoado por um padre, mas abençoado pelo próprio amor. E tudo isso pode-se chegar a ver — e ter visto é irrevogável. Não se brinca com a intuição, não se brinca com o escrever: a caça pode ferir mortalmente o caçador.


(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)

Apenas uma opção abaixo apresenta uma interpretação coerente desse texto:

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Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2016 - IFB - Auditor |
Q2780984 Português

Analise as próximas referências (poema e pintura) para responder às questões 3 e 4:


Texto 1:

O BICHO

Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma comida,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de

Janeiro: José Olympio, 1990.)


Texto 2:

(“Isso não é um cachimbo”- René Magritte) (Disponível em: http://www.theartstory.org/artist-magritterene-artworks.htm#pnt_3)

04 Analisando, sintaticamente, as estrofes do poema “O bicho”, temos a seguinte explicação CORRETA.

Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2016 - IFB - Auditor |
Q2780983 Português

Analise as próximas referências (poema e pintura) para responder às questões 3 e 4:


Texto 1:

O BICHO

Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma comida,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de

Janeiro: José Olympio, 1990.)


Texto 2:

(“Isso não é um cachimbo”- René Magritte) (Disponível em: http://www.theartstory.org/artist-magritterene-artworks.htm#pnt_3)

Em que sentido, de acordo com as funções da Literatura e da Pintura, o texto 1 e o texto 2 dialogam coerentemente?

Alternativas
Q2780854 Português

Leia o texto e responda o que se pede no comando das questões:


A Trump o que é de César.


Há algumas semanas, um sujeito muito parecido com Donald Trump levou 33 punhaladas no meio do Central Park, em Nova York. O sangue era cênico e os punhais eram falsos, mas o furor causado pela encenação nada teve de figurativo. Entre 23 de maio e 18 de junho, milhares de pessoas enfrentaram filas para assistir ao assassinato, enquanto outras tantas campeavam a internet denunciando a peça como apologia do terror político. Nada mau, repare-se, para um texto que anda entre nós há mais de 400 anos: o espetáculo em questão é uma . montagem de Júlio César, peça escrita por William Shakespeare em 1599. Nessa adaptação, dirigida por Oskar Eustin, o personagem-título tinha uma cabeleireira desbotada e usava terno azul, com gravata vermelha mais comprida que o aconselhável; sua esposa, Calpúrnia, falava com reconhecível sotaque eslavo. Um sósia presidencial encharcado de sangue é visão que não poderia passar incólume em um pais que já teve quatro presidentes assassinados: após as primeiras sessões, patrocinadores cancelaram seu apoio, fás do presidente interromperam a peça aos gritos, e e-mails de ódio choveram sobre companhias teatrais que nada tinham a ver com o assunto - exceto pelo fato de carregarem a palavra "Shakespeare” no nome.

Trocar togas por ternos não é ideia nova. Orson Welles fez isso em 1973, no Mercury Theater de Nova York; nessa célebre montagem, o ditador romano ganhou ares de Mussolini e foi esfaqueado pelo próprio Welles, que interpretava Brutus. Nas décadas seguintes, outras figuras modernas emprestaram trajes e trejeitos ao personagem: entre elas, Charles de Gaulle, Fidel Castro e Nicolae Ceausescu. Atualizações como essas expandem, mas não esgotam, o texto de Shakespeare - é muito difícil determinar, pela leitura da peça, se a intenção do bardo era louvar, condenar ou apenas retratar, com imparcialidade, os feitos sanguinolentos dos Idos de Março. Por conta dessa neutralidade filosófica, a tarefa de identificar o protagonista da peça é famosamente complicada: há quem prefira Brutus; há que escolha Marco Antônio ou até o velho Júlio.

O texto, como bom texto, não corrobora nem refuta: ele nos observa. Tragédias não são panfletos, e obras que se exaurem em mensagens inequívocas dificilmente continuarão a causar deleite e fúria quatro séculos após terem sido escritas. Em certo sentido, a boa literatura é uma combinação bem-sucedida de exatidão e ambiguidade: se os versos de Shakespeare ainda causam tamanho alvoroço, é porque desencadeiam interpretações inesgotáveis e, às vezes, contraditórias, compelindo o sucessivo universo humano a se espelhar em suas linhas. Ao adaptar a grande literatura do passado ao nosso tempo, também nós nos adaptamos a ela: procuramos formas de comunicar o misterioso entusiasmo que essas obras nos causam e projetamos o mundo, como o vemos em suas páginas.

Não, Shakespeare não precisa ter terno e gravata para ser atual-masse o figurino cai bem, porque não vesti-lo?

(Fonte: BOTELHO, José Francisco. Revista VEJA. Data: 18 de julho de 2017)

“A Trump o que é de César”, com esse texto, o autor:

Alternativas
Q2780690 Português

Confiança e medo na cidade


As cidades contemporâneas são os campos de batalha nos quais os poderes globais e os sentidos e identidades tenazmente locais se encontram, se confrontam e lutam, tentando chegar a uma solução satisfatória ou pelo menos aceitável para esse conflito: um modo de convivência que – espera-se – possa equivaler a uma paz duradoura, mas que em geral se revela antes um armistício, uma trégua útil para reparar as defesas abatidas e reorganizar as unidades de combate.

Michael Peter Smith, durante uma viagem recente a Copenhague, em uma única hora de estrada, encontrou pequenos grupos de imigrantes turcos, africanos e vindos do Oriente Médio, viu inúmeras mulheres árabes, algumas veladas, outras não, notou letreiros escritos em várias línguas não europeias e, num pub inglês que ficava diante do Tivoli, teve uma interessante conversa com o garçom irlandês. Essas experiências de campo mostram-se muito úteis – disse Smith – quando um interlocutor insiste em dizer que o supranacionalismo é um fenômeno que diz respeito apenas às ‘cidades globais’, como Londres ou Nova York, e tem pouco a ver com lugares mais isolados, como Copenhague.

Aconteça o que acontecer a uma cidade no curso de sua história, há um traço que permanece constante: a cidade é um espaço em que os estrangeiros existem e se movem em estreito contato.

Componente fixo da vida urbana, a onipresença de estrangeiros acrescenta uma notável dose de inquietação às aspirações e ocupações dos habitantes da cidade. Essa presença, que só se consegue evitar por um período bastante curto de tempo, é uma fonte inexaurível de ansiedade e agressividade latente – e muitas vezes manifesta.

O medo do desconhecido – no qual, mesmo subliminarmente, estamos envolvidos busca desesperadamente algum tipo de alívio. As ânsias acumuladas tendem a se descarregar sobre aquela categoria de forasteiros escolhida para encarnar a estrangeiridade, a não familiaridade, a opacidade do ambiente em que se vive e a indeterminação dos perigos e das ameaças. Ao expulsar de suas casas e de seus negócios uma categoria particular de forasteiros, exorciza-se por algum tempo o espectro apavorante da incerteza, queima-se em efígie o monstro horrendo do perigo. Ao erguer escrupulosamente cuidadosos obstáculos de fronteira contra os falsos pedidos de asilo e contra os imigrantes por motivos puramente econômicos, espera-se consolidar nossa vida incerta, trôpega e imprevisível. Mas a vida na modernidade líquida está fadada a permanecer estranha e caprichosa, por mais numerosas que sejam as situações críticas pelas quais os indesejáveis estranhos são responsabilizados. Assim, o alívio tem breve duração, e as esperanças depositadas em medidas drásticas e decisivas desaparecem praticamente no nascedouro.

Como as pessoas esqueceram ou negligenciaram o aprendizado das capacidades necessárias para conviver com a diferença, não é surpreendente que elas experimentem uma crescente sensação de horror diante da ideia de se encontrar frente a frente com estrangeiros. Estes tendem a parecer cada vez mais assustadores, porque cada vez mais alheios, estranhos, incompreensíveis. E também há uma tendência para que desapareçam – se é que já existiram – o diálogo e a interação que poderiam assimilar a alteridade deles em nossa vida. É possível que o impulso para um ambiente homogêneo, territorialmente isolado, tenha origem na mixofobia (medo de misturar-se): no entanto, colocar em prática a separação territorial só fará alimentar e proteger a mixofobia.

Todos sabem que viver numa cidade é uma experiência ambivalente. Ela atrai e afasta. A desorientadora variedade do ambiente urbano é fonte de medo, em especial entre aqueles de nós que perderam seus modos de vidas habituais e foram jogados num estado de grave incerteza pelos processos desestabilizadores da globalização. Mas esse mesmo brilho caleidoscópico da cena urbana, nunca desprovido de novidade e surpresas, torna difícil resistir a seu poder de sedução.

A arte de viver pacífica e alegremente com as diferenças e de extrair benefícios dessa variedade de estímulos e oportunidades está se transformando na mais importante das aptidões que um citadino precisa aprender a exercitar.


BAUMAN, Zygmunt. Confiança e medo na cidade. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 2009. (Adaptação)

Como recurso para tornar o texto mais expressivo, o autor Zygmunt Bauman recorre, no primeiro parágrafo, à linguagem conotativa, manifesta principalmente no uso da metáfora.


Pode-se afirmar que os campos de sentido metafóricos, nesse caso, se concentram em motivos

Alternativas
Q2780683 Português

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 08.


asdDas musas, entidades mitológicas da Grécia Antiga, dizia-se que eram capazes de inspirar criações artísticas e científicas. Mulheres belas, talentosas e descendentes diretas de Zeus já foram homenageadas por Shakespeare, Dante e Rafael.

asdPois a musa inspiradora de Felipe Alves Elias tinha 15 m de comprimento e 6 m de altura, pesava até sete toneladas e estaria, hoje, com idade bem avançada: 145 milhões de anos. Funcionário do Museu de Zoologia da USP, Felipe leva tatuado no braço um crânio de espinossauro e é um paleoartista. Ele diz: “Faço a representação visual de uma hipótese paleontológica sobre a anatomia, a aparência ou a ecologia das espécies fósseis.” Apesar da explicação complicada, todos já devem ter visto obras de paleoartistas em livros didáticos, exposições ou filmes. O trabalho deles, contudo, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic WorldO Mundo dos Dinossauros.

asd“A paleoarte tem como função a divulgação científíca”, diz Ariel Milani, um dos grandes estudiosos da área no Brasil. “No cinema, é entretenimento. Visualmente é lindo, mas tudo ali é uma grande liberdade artística”. Ao dizer isso, ele jura que não é dor de cotovelo. Pioneiro da paleoarte no Brasil, Ariel desenha dinossauros há quase 20 anos e atualmente faz doutorado na Unicamp. Ele afirma: “Meu trabalho tenta formalizar a paleoarte dentro das ciências biológicas. O problema é que as pessoas não entendem o limite entre arte e ciência. Para os cientistas, somos artistas; para os artistas, somos cientistas.”

asdPara estimular o crescimento da área no país, anualmente a Paleo SP – reunião anual da Sociedade Brasileira de Paleontologia – organiza um concurso de paleoarte. O próximo evento está marcado para dezembro e Ariel será o juiz técnico, por isso sugere alguns macetes que podem levar os aspirantes à vitória. “O dinossauro não pode ser magnífico, se estiver andando em cima da grama, está errado. A grama só surgiu depois dos dinossauros. Também não pode colocar um T-Rex ao lado de um dinossauro do período Triássico.”


(Revista da Folha, junho de 2015. Adaptado)

Assinale a alternativa que substitui, corretamente, quanto ao sentido, as expressões destacadas em – Das musas, entidades mitológicas da Grécia Antiga, dizia-se que eram capazes de inspirar criações artísticas e científicas. – e – Ao dizer isso, ele jura que não é dor de cotovelo.

Alternativas
Q2780681 Português

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 08.


asdDas musas, entidades mitológicas da Grécia Antiga, dizia-se que eram capazes de inspirar criações artísticas e científicas. Mulheres belas, talentosas e descendentes diretas de Zeus já foram homenageadas por Shakespeare, Dante e Rafael.

asdPois a musa inspiradora de Felipe Alves Elias tinha 15 m de comprimento e 6 m de altura, pesava até sete toneladas e estaria, hoje, com idade bem avançada: 145 milhões de anos. Funcionário do Museu de Zoologia da USP, Felipe leva tatuado no braço um crânio de espinossauro e é um paleoartista. Ele diz: “Faço a representação visual de uma hipótese paleontológica sobre a anatomia, a aparência ou a ecologia das espécies fósseis.” Apesar da explicação complicada, todos já devem ter visto obras de paleoartistas em livros didáticos, exposições ou filmes. O trabalho deles, contudo, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic WorldO Mundo dos Dinossauros.

asd“A paleoarte tem como função a divulgação científíca”, diz Ariel Milani, um dos grandes estudiosos da área no Brasil. “No cinema, é entretenimento. Visualmente é lindo, mas tudo ali é uma grande liberdade artística”. Ao dizer isso, ele jura que não é dor de cotovelo. Pioneiro da paleoarte no Brasil, Ariel desenha dinossauros há quase 20 anos e atualmente faz doutorado na Unicamp. Ele afirma: “Meu trabalho tenta formalizar a paleoarte dentro das ciências biológicas. O problema é que as pessoas não entendem o limite entre arte e ciência. Para os cientistas, somos artistas; para os artistas, somos cientistas.”

asdPara estimular o crescimento da área no país, anualmente a Paleo SP – reunião anual da Sociedade Brasileira de Paleontologia – organiza um concurso de paleoarte. O próximo evento está marcado para dezembro e Ariel será o juiz técnico, por isso sugere alguns macetes que podem levar os aspirantes à vitória. “O dinossauro não pode ser magnífico, se estiver andando em cima da grama, está errado. A grama só surgiu depois dos dinossauros. Também não pode colocar um T-Rex ao lado de um dinossauro do período Triássico.”


(Revista da Folha, junho de 2015. Adaptado)

Substituindo-se a conjunção contudo em – O trabalho deles, contudo, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros. – a frase permanece com o mesmo sentido em:

Alternativas
Q2780680 Português

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 08.


asdDas musas, entidades mitológicas da Grécia Antiga, dizia-se que eram capazes de inspirar criações artísticas e científicas. Mulheres belas, talentosas e descendentes diretas de Zeus já foram homenageadas por Shakespeare, Dante e Rafael.

asdPois a musa inspiradora de Felipe Alves Elias tinha 15 m de comprimento e 6 m de altura, pesava até sete toneladas e estaria, hoje, com idade bem avançada: 145 milhões de anos. Funcionário do Museu de Zoologia da USP, Felipe leva tatuado no braço um crânio de espinossauro e é um paleoartista. Ele diz: “Faço a representação visual de uma hipótese paleontológica sobre a anatomia, a aparência ou a ecologia das espécies fósseis.” Apesar da explicação complicada, todos já devem ter visto obras de paleoartistas em livros didáticos, exposições ou filmes. O trabalho deles, contudo, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic WorldO Mundo dos Dinossauros.

asd“A paleoarte tem como função a divulgação científíca”, diz Ariel Milani, um dos grandes estudiosos da área no Brasil. “No cinema, é entretenimento. Visualmente é lindo, mas tudo ali é uma grande liberdade artística”. Ao dizer isso, ele jura que não é dor de cotovelo. Pioneiro da paleoarte no Brasil, Ariel desenha dinossauros há quase 20 anos e atualmente faz doutorado na Unicamp. Ele afirma: “Meu trabalho tenta formalizar a paleoarte dentro das ciências biológicas. O problema é que as pessoas não entendem o limite entre arte e ciência. Para os cientistas, somos artistas; para os artistas, somos cientistas.”

asdPara estimular o crescimento da área no país, anualmente a Paleo SP – reunião anual da Sociedade Brasileira de Paleontologia – organiza um concurso de paleoarte. O próximo evento está marcado para dezembro e Ariel será o juiz técnico, por isso sugere alguns macetes que podem levar os aspirantes à vitória. “O dinossauro não pode ser magnífico, se estiver andando em cima da grama, está errado. A grama só surgiu depois dos dinossauros. Também não pode colocar um T-Rex ao lado de um dinossauro do período Triássico.”


(Revista da Folha, junho de 2015. Adaptado)

Nas frases – Dante, Rafael e Shakespeare homenagearam as mulheres talentosas – e – Ariel sugere aos aspirantes alguns macetes que podem levá-los à vitória. – a substituição dos termos em destaque por um pronome pessoal está respectivamente correta, de acordo com a modalidade-padrão, em:

Alternativas
Q2780679 Português

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 08.


asdDas musas, entidades mitológicas da Grécia Antiga, dizia-se que eram capazes de inspirar criações artísticas e científicas. Mulheres belas, talentosas e descendentes diretas de Zeus já foram homenageadas por Shakespeare, Dante e Rafael.

asdPois a musa inspiradora de Felipe Alves Elias tinha 15 m de comprimento e 6 m de altura, pesava até sete toneladas e estaria, hoje, com idade bem avançada: 145 milhões de anos. Funcionário do Museu de Zoologia da USP, Felipe leva tatuado no braço um crânio de espinossauro e é um paleoartista. Ele diz: “Faço a representação visual de uma hipótese paleontológica sobre a anatomia, a aparência ou a ecologia das espécies fósseis.” Apesar da explicação complicada, todos já devem ter visto obras de paleoartistas em livros didáticos, exposições ou filmes. O trabalho deles, contudo, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic WorldO Mundo dos Dinossauros.

asd“A paleoarte tem como função a divulgação científíca”, diz Ariel Milani, um dos grandes estudiosos da área no Brasil. “No cinema, é entretenimento. Visualmente é lindo, mas tudo ali é uma grande liberdade artística”. Ao dizer isso, ele jura que não é dor de cotovelo. Pioneiro da paleoarte no Brasil, Ariel desenha dinossauros há quase 20 anos e atualmente faz doutorado na Unicamp. Ele afirma: “Meu trabalho tenta formalizar a paleoarte dentro das ciências biológicas. O problema é que as pessoas não entendem o limite entre arte e ciência. Para os cientistas, somos artistas; para os artistas, somos cientistas.”

asdPara estimular o crescimento da área no país, anualmente a Paleo SP – reunião anual da Sociedade Brasileira de Paleontologia – organiza um concurso de paleoarte. O próximo evento está marcado para dezembro e Ariel será o juiz técnico, por isso sugere alguns macetes que podem levar os aspirantes à vitória. “O dinossauro não pode ser magnífico, se estiver andando em cima da grama, está errado. A grama só surgiu depois dos dinossauros. Também não pode colocar um T-Rex ao lado de um dinossauro do período Triássico.”


(Revista da Folha, junho de 2015. Adaptado)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, quanto ao uso ou não do acento indicativo da crase, as lacunas dos enunciados a seguir.


Os artistas dedicam-se _____ musas para se inspirarem.

Não se pode colocar um T- Rex junto _____ um tiranossauro do Triássico.

Tudo ali se assemelha  ____ uma grande liberdade artística.

Alternativas
Q2780678 Português

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 08.


asdDas musas, entidades mitológicas da Grécia Antiga, dizia-se que eram capazes de inspirar criações artísticas e científicas. Mulheres belas, talentosas e descendentes diretas de Zeus já foram homenageadas por Shakespeare, Dante e Rafael.

asdPois a musa inspiradora de Felipe Alves Elias tinha 15 m de comprimento e 6 m de altura, pesava até sete toneladas e estaria, hoje, com idade bem avançada: 145 milhões de anos. Funcionário do Museu de Zoologia da USP, Felipe leva tatuado no braço um crânio de espinossauro e é um paleoartista. Ele diz: “Faço a representação visual de uma hipótese paleontológica sobre a anatomia, a aparência ou a ecologia das espécies fósseis.” Apesar da explicação complicada, todos já devem ter visto obras de paleoartistas em livros didáticos, exposições ou filmes. O trabalho deles, contudo, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic WorldO Mundo dos Dinossauros.

asd“A paleoarte tem como função a divulgação científíca”, diz Ariel Milani, um dos grandes estudiosos da área no Brasil. “No cinema, é entretenimento. Visualmente é lindo, mas tudo ali é uma grande liberdade artística”. Ao dizer isso, ele jura que não é dor de cotovelo. Pioneiro da paleoarte no Brasil, Ariel desenha dinossauros há quase 20 anos e atualmente faz doutorado na Unicamp. Ele afirma: “Meu trabalho tenta formalizar a paleoarte dentro das ciências biológicas. O problema é que as pessoas não entendem o limite entre arte e ciência. Para os cientistas, somos artistas; para os artistas, somos cientistas.”

asdPara estimular o crescimento da área no país, anualmente a Paleo SP – reunião anual da Sociedade Brasileira de Paleontologia – organiza um concurso de paleoarte. O próximo evento está marcado para dezembro e Ariel será o juiz técnico, por isso sugere alguns macetes que podem levar os aspirantes à vitória. “O dinossauro não pode ser magnífico, se estiver andando em cima da grama, está errado. A grama só surgiu depois dos dinossauros. Também não pode colocar um T-Rex ao lado de um dinossauro do período Triássico.”


(Revista da Folha, junho de 2015. Adaptado)

No enunciado – Com a paleoarte, os estudiosos [predispor-se] à divulgação científica; já com o cinema, todos [entreter-se]. Visualmente é lindo, mas ali, desenhos, efeitos especiais, tudo [decorrer] de uma grande liberdade artística”. – os verbos destacados, respectivamente, quanto à conjugação e à concordância, assumem emprego correto em:

Alternativas
Respostas
14101: B
14102: E
14103: E
14104: B
14105: E
14106: A
14107: C
14108: C
14109: B
14110: A
14111: D
14112: E
14113: B
14114: D
14115: D
14116: D
14117: E
14118: B
14119: A
14120: C