Questões de Concurso Sobre português
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Considerando as regras gramaticais de concordância e regência, a alternativa em que as três orações do grupo estão corretas é
Leia o texto 1 para responder às questões 01 e 02.
Texto 1.
Viver mais para trabalhar mais?
Mudanças rápidas e constantes no mercado de trabalho nos levam a indagar como será o futuro profissional e quais são os desafios e benefícios desta nova era.
Carla Furtado
Viver para trabalhar ou trabalhar para viver? Eis a questão. Segundo dados do IBGE,
a expectativa de vida do brasileiro aumentou para 75,5 anos, enquanto o futuro nunca pareceu
tão incerto: novas profissões e formatos de carreira surgem a cada ano, obrigando os
trabalhadores a se adaptarem e se preparem para imprevistos. Pensar numa vida mais longa
05te traz insegurança ou felicidade?
"Neste momento de reformas e de crise econômica, eu percebo que as pessoas ainda
estão encarando as mudanças muito mais como ameaças do que como oportunidades",
acredita Denise Mazzaferro, mestre em Gerontologia Social. Para Denise, "Estudos mostram
que vamos trabalhar até os 70, 80 anos. Como pensar que viveremos todo esse tempo com a
10carreira que escolhemos aos 18? Nossas vidas terão mais estágios do que os hoje definidos
dentro das classificações etárias de infância, adulto e velhice." Este pode ser um desafio ainda
maior para quem deposita grandes fichas na carreira, afinal encontrar sua paixão e ganhar
dinheiro com isso é o novo objetivo dos trabalhadores que têm poder de escolha, seja quem
está ingressando no mercado de trabalho, ou quem está num momento de transição de
15carreira. Mas será possível ter diversas fortes paixões durante toda a vida profissional?
A jornada pode ser maior
A busca por propósito através do trabalho é um tanto cheia de armadilhas e frases de
efeito como "acredite em seu sonho que as coisas virão naturalmente", que enchem as
prateleiras de livros de autoajuda e nem sempre agregam muitas realidades. Alexandre
20Teixeira, jornalista que tem se dedicado à pesquisas sobre trabalho e escrito livros sobre o
tema diz:
"Na medida em que diminuiu relativamente o espaço das religiões e das ideologias
políticas na busca por significado existencial, muita gente está depositando um peso grande
disso no trabalho", explica Alexandre. "O trabalho sempre foi pensado sobretudo como uma
25forma de ter conforto material. Quando buscamos propósito para o trabalho, com frequência
acabamos descobrindo que o propósito que estamos buscando é mais amplo que o da esfera
profissional. Quem leva essa busca mais a sério, acaba acessando outras questões
existenciais." Além da busca por si só, outro lado positivo é que o autoquestionamento pode
levar a uma capacidade maior de flexibilidade a adaptação, que serão cada vez mais
30necessárias.
Enquanto na Grécia Antiga quem trabalhava eram os escravos, e atividades como
filosofia, arte, política e estudos em geral eram vistas como ociosas e dignas somente dos
cidadãos de primeira classe (o que ficou como uma espécie de herança para empresários
antiquados), gestões atuais buscam uma realidade mais equilibrada.
35"Não é todo mundo que nasce com um grande sonho ou descobre isso facilmente.
Muitas vezes a gente vai fazendo as coisas que surgem no nosso caminho, e talvez o melhor
que a gente consiga seja fazer escolhas mais conscientes e que nos deixem mais perto dos
nossos valores. Eu não acho que todo mundo vai ter esse sonho grande que virou moda dizer
que é necessário perseguir. Mas se conseguirmos olhar para nossa vida profissional com mais
40consciência, isso já será positivo e, no mínimo, renderá uma jornada de descoberta e
autoconhecimento", aposta Alexandre.
Disponível em: <http://vidasimples.uol.com.br/noticias/compartilhe/viver-mais-para-trabalhar-mais.phtml#.WOpHyYjyvIV>. Acesso em: 05 abr. 2017. (Adaptado).
Sobre os elementos linguísticos que compõem o texto e seus efeitos de sentido, analise as assertivas e identifique com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) A oração: “que tem se dedicado à pesquisas sobre trabalho” (linha 20) tem valor explicativo. Nela ocorre incoerência gramatical quanto ao uso da crase.
( ) O segundo questionamento do articulista do discurso, “Viver para trabalhar ou trabalhar para viver?” (linha 1), pressupõe, semanticamente, finalidades antagônicas, ratificadas nas argumentações ao longo do texto.
( ) No período: “que enchem as prateleiras de livros de autoajuda e nem sempre agregam muitas realidades” (linhas 18-19), o conectivo em destaque tem valor adversativo. A grafia da palavra autoajuda é justificada pela mesma regra ortográfica da palavra cooperação.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é
Texto para as questões de 1 a 6.
A imagem abaixo foi extraída de um celular smartphone aberto em um grupo fictício de uma rede social que utiliza mensagens para dar as boas‐vindas aos novos funcionários admitidos em um processo seletivo do Sesc
Edital n.º 4/2018 – Seleção de Pessoal – Sesc‐DF.
No que se refere à compreensão e à interpretação do texto, assinale a alternativa correta.
A partir de então, nas sociedades que foram se tornando mais complexas, os membros não tinham igual acesso a certas vantagens como, por exemplo, o poder de decisão e a liberdade. Terá havido no mundo alguma sociedade realmente igualitária na qual os homens desfrutassem de maneira semelhante os bens e as oportunidades da vida social? Parece que não. As evidências históricas mostram que a cultura humana esteve sempre intimamente ligada, desde os seus primórdios, à ideia da distinção e da discriminação entre grupos sociais. Mesmo nas sociedades mais homogêneas e simples existiam diferenças de sexo e idade atribuindo aos grupos assim discriminados funções diferentes, certa parcela de poder, determinados direitos e deveres. O patriarcado existente nas mais remotas civilizações, garantindo aos homens o poder sobre a família e seus bens, demonstra que a igualdade é, antes de mais nada, uma utopia, um ideal ainda não vivido pela humanidade.
“A questão da pobreza”. In: COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2ªed. São Paulo: Moderna, 1997. p. 254.
Uma das alternativas contém pensamento destoante do texto “A questão da pobreza”, organizado na questão anterior.
Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 7.
O eterno impulso de criar
O que inspira os seres humanos a deixarem sua marca no mundo? A busca por imortalidade? O temor de ser esquecido?
Seja qual for a resposta, esse impulso já existia há dezenas de milhares de anos, conforme atestam pinturas rupestres na ilha Sulawesi, na Indonésia. Uma nova pesquisa, cujos detalhes foram publicados na "Nature", sugere que essas pinturas têm pelo menos 39.900 anos.
Anteriormente, pensava-se que a arte rupestre surgira há no máximo 10 mil anos, porém os pesquisadores usaram uma técnica de datação com urânio para analisar as pinturas de 12 mãos humanas e duas representações figurativas de animais. Conforme explicou o Times, as novas datas "desafiam a antiga opinião" de que a Europa Ocidental era o centro de criatividade naquela época.
Independentemente da origem, a expressão criativa é um elemento central na experiência humana, e três designers de joias recentemente entrevistados pelo Times encamparam a missão de atualizar uma antiga tradição artística.
Amedeo Scognamiglio e Wilfredo Rosado estão transformando uma forma de arte que existe há séculos: esculpir imagens para camafeus em conchas, corais e pedras vulcânicas do Mediterrâneo.
Essa forma de arte antigamente era usada "para representar deuses romanos, animais exóticos, buquês florais ou a aristocracia nobre europeia", observou o Times. Hoje em dia, Scognamiglio vende suas criações, como anéis, colares e fivelas de cintos, em suas lojas em Nova York e Tóquio.
[...]
Para muitos artistas e escritores, a arte de criar não só envolve alma, como também aspectos práticos como prazos a cumprir e perseverança. Conforme escreveu recentemente o colunista David Brooks, do Times, o pensamento imaginativo frequentemente é resultado de rotina e disciplina.
Maya Angelou, por exemplo, que sempre acorda às 6h, fica escrevendo em seu escritório doméstico das 7h até pelo menos a hora do almoço. John Cheever e Anthony Trollope também seguiam rotinas para escrever, citou Brooks. Esses criadores "pensam como artistas, porém trabalham como contadores", comparou ele.
"As pessoas que levam uma vida minuciosa e rotineira são mal consideradas em nossa cultura", comentou Brooks. "No entanto, a vida é paradoxal."
Sem dúvida. A poesia pode vir à mente em instantes fugazes. Mas às vezes a inspiração precisa ter um prazo.
Tess Felder
The New York Times/Folha de S.Paulo, 28/10/2014
Neste artigo de Tess Felder, a autora trata de um tema que passa ao largo de muitas discussões contemporâneas sobre o ato criativo, que é
Considere os três enunciados abaixo e as respectivas propostas de reescrita.
1 - Quando tivermos recebido a ordem de serviço, executaremos logo a tarefa. → Tendo recebido a ordem de serviço, executaremos logo a tarefa.
2 - Revelou aos colegas que se havia casado. → Revelou aos colegas haver-se casado.
3 - Quando terminou a audiência, fomos para casa. → Terminada a audiência, fomos para casa.
Quais propostas são gramaticalmente corretas e semanticamente equivalentes?
Considere as seguintes afirmações sobre a palavra descentralizada (l. 38).
I. Seu prefixo tem o mesmo sentido que o prefixo da palavra desrespeitado (l. 20).
II. Seu sufixo forma adjetivos a partir de verbos.
III. Ela significa o mesmo que descentrada.
Quais estão corretas?
Considere as seguintes afirmações sobre substituição de formas verbais do texto.
I. A substituição de queira (l. 5) por goste exigiria a inserção da preposição de antes de que (l. 5).
II. A substituição de autoriza (l. 21) por permite implicaria duas alterações adicionais na estrutura da frase.
III. A substituição da forma verbal se traduz (l. 37) por acarreta exigiria a supressão da preposição em (l. 37).
Quais estão corretas?
Na coluna da esquerda, abaixo, estão listados quatro verbos do texto; na coluna da direita, sinônimos de três daqueles quatro verbos.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Considere as seguintes propostas de alterações no emprego de sinais de pontuação no texto.
1 - supressão da segunda vírgula da linha 4
2 - inserção de vírgula depois de informação (linha 11)
3 - substituição do ponto final depois de coisa (linha. 16) por vírgula, iniciando com letra minúscula a conjunção Mas (linha 16)
4 - supressão dos travessões da linha 18
A correção gramatical das respectivas frases seria mantida apenas com as alterações das propostas
Leia o texto 1 para responder às questões 01 e 02.
Texto 1.
Viver mais para trabalhar mais?
Mudanças rápidas e constantes no mercado de trabalho nos levam a indagar como será o futuro profissional e quais são os desafios e benefícios desta nova era.
Carla Furtado
Viver para trabalhar ou trabalhar para viver? Eis a questão. Segundo dados do IBGE,
a expectativa de vida do brasileiro aumentou para 75,5 anos, enquanto o futuro nunca pareceu
tão incerto: novas profissões e formatos de carreira surgem a cada ano, obrigando os
trabalhadores a se adaptarem e se preparem para imprevistos. Pensar numa vida mais longa
05te traz insegurança ou felicidade?
"Neste momento de reformas e de crise econômica, eu percebo que as pessoas ainda
estão encarando as mudanças muito mais como ameaças do que como oportunidades",
acredita Denise Mazzaferro, mestre em Gerontologia Social. Para Denise, "Estudos mostram
que vamos trabalhar até os 70, 80 anos. Como pensar que viveremos todo esse tempo com a
10carreira que escolhemos aos 18? Nossas vidas terão mais estágios do que os hoje definidos
dentro das classificações etárias de infância, adulto e velhice." Este pode ser um desafio ainda
maior para quem deposita grandes fichas na carreira, afinal encontrar sua paixão e ganhar
dinheiro com isso é o novo objetivo dos trabalhadores que têm poder de escolha, seja quem
está ingressando no mercado de trabalho, ou quem está num momento de transição de
15carreira. Mas será possível ter diversas fortes paixões durante toda a vida profissional?
A jornada pode ser maior
A busca por propósito através do trabalho é um tanto cheia de armadilhas e frases de
efeito como "acredite em seu sonho que as coisas virão naturalmente", que enchem as
prateleiras de livros de autoajuda e nem sempre agregam muitas realidades. Alexandre
20Teixeira, jornalista que tem se dedicado à pesquisas sobre trabalho e escrito livros sobre o
tema diz:
"Na medida em que diminuiu relativamente o espaço das religiões e das ideologias
políticas na busca por significado existencial, muita gente está depositando um peso grande
disso no trabalho", explica Alexandre. "O trabalho sempre foi pensado sobretudo como uma
25forma de ter conforto material. Quando buscamos propósito para o trabalho, com frequência
acabamos descobrindo que o propósito que estamos buscando é mais amplo que o da esfera
profissional. Quem leva essa busca mais a sério, acaba acessando outras questões
existenciais." Além da busca por si só, outro lado positivo é que o autoquestionamento pode
levar a uma capacidade maior de flexibilidade a adaptação, que serão cada vez mais
30necessárias.
Enquanto na Grécia Antiga quem trabalhava eram os escravos, e atividades como
filosofia, arte, política e estudos em geral eram vistas como ociosas e dignas somente dos
cidadãos de primeira classe (o que ficou como uma espécie de herança para empresários
antiquados), gestões atuais buscam uma realidade mais equilibrada.
35"Não é todo mundo que nasce com um grande sonho ou descobre isso facilmente.
Muitas vezes a gente vai fazendo as coisas que surgem no nosso caminho, e talvez o melhor
que a gente consiga seja fazer escolhas mais conscientes e que nos deixem mais perto dos
nossos valores. Eu não acho que todo mundo vai ter esse sonho grande que virou moda dizer
que é necessário perseguir. Mas se conseguirmos olhar para nossa vida profissional com mais
40consciência, isso já será positivo e, no mínimo, renderá uma jornada de descoberta e
autoconhecimento", aposta Alexandre.
Disponível em: <http://vidasimples.uol.com.br/noticias/compartilhe/viver-mais-para-trabalhar-mais.phtml#.WOpHyYjyvIV>. Acesso em: 05 abr. 2017. (Adaptado).
De acordo com o texto 1, analise as assertivas e identifique com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) Realização profissional e mercado de trabalho, na contemporaneidade, não dialogam, visto que as oportunidades são circunstanciais e independem, definitivamente, dos valores agregados ao longo da vida.
( ) Vivenciamos constantes mutações no trabalhador e no mercado de trabalho, já que a profissionalização foi radicalmente desprezada e a crise econômica do país nega o poder de escolha do cidadão trabalhador.
( ) Os nossos objetivos, quanto à profissão, nem sempre são alcançados, tendo em vista as circunstâncias atuais da economia e do mercado de trabalho que remetem o trabalhador a adaptações e possibilidades diversas.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é
Atenção: Para responder às questões de números 11 a 15, considere o texto abaixo.
[Um leopardo no Kilimanjaro]
O Kilimanjaro é aquela montanha na África onde, segundo Hemingway disse num conto*, um dia encontraram a carcaça congelada de um leopardo perto do cume, e nunca ficaram sabendo o que o leopardo fazia por lá. O leopardo de Hemingway já foi considerado símbolo de muitas coisas: espírito de aventura, a busca solitária do inalcançável, a imprevisibilidade do comportamento humano, a pretensão ou a simples inquietação que move bichos e artistas.
Num mundo ameaçado de afogamento pelo degelo causado pelo aquecimento global, o leopardo de Hemingway também pode simbolizar o instinto suicida que nos trouxe a este ponto. O próprio Kilimanjaro é um termômetro assustador do efeito estufa cujas consequências e combate se discutiram na Conferência de Bali. O pico do monte já perdeu mais de 80 por cento de sua cobertura de neve nos últimos noventa anos e o cálculo é que a neve desaparecerá por completo nos próximos vinte.
* “As neves do Kilimanjaro”, conto do escritor norte-americano Ernest Hemingway (1899-1961)
(Verissimo, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 121)
Há num conto de Hemingway a personagem de um leopardo, a carcaça congelada desse leopardo parece revestir o leopardo da aura de um símbolo.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por: