Questões de Português - Redação - Reescritura de texto para Concurso
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(Alexandre Beck. Armandinho. https://tirasarmandinho.tumblr.com)
Nobel de Economia vai para trio que
pesquisa formas de reduzir a pobreza
Neste ano, o comitê do Prêmio Nobel de Economia concedeu a honraria a três pesquisadores da área: Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer.
Segundo os organizadores, os especialistas têm como mérito terem encontrado maneiras eficazes de combater a pobreza no mundo. Eles fizeram isso, cada um à sua maneira, dividindo um problema global em questões menores, o que facilita o gerenciamento.
Em meados dos anos 1990, o norte-americano Michael Kremer foi a campo testar intervenções que poderiam melhorar o desempenho escolar de crianças no oeste do Quênia. A francesa Esther Duflo e o indiano Abhijit Banerjee (que são casados) realizaram estudos semelhantes em outros países. Na Índia, por exemplo, mais de 5 milhões de crianças se beneficiaram de programas de reforço em salas de aula. A saúde também está no trabalho dos laureados. Seus estudos mostraram como populações mais pobres são sensíveis a elevações de preços nos gastos com saúde preventiva.
Dentre o trio de laureados, vale destacar Esther Duflo: ela é a segunda mulher e a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel de Economia.
(https://revistagalileu.globo.com, 14.10.2019. Adaptado)
Lá vem a “profeitura”
Por alguma razão, quando meninos falávamos (os da minha rua e cercanias) “profeitura”, em vez de prefeitura. Talvez o equívoco tenha sido motivado pelo medo: temíamos a passagem por nossa pracinha de uma caminhonete oficial do município que volta e meia levava nossa bola embora: era proibido jogar futebol ali. Era quando a gente gritava − “olha a profeitura!” − pra ver se ainda dava tempo de sair correndo e salvar nossa bola.
Logo aprendemos a palavra certa, mas daí não jogávamos mais bola na pracinha, nem tínhamos mais medo da chegada da “profeitura” − esta certamente ficara escondida no porão de algum castelo de monstros, pronta para fazer cumprir a lei, sair rápido da caminhonete e confiscar a bola de moleques teimosos.
As palavras não valem sempre pelo que são ou dizem, em seu real significado; valem também pela impressão que causam, e muitas só ganham intensidade na boca dos meninos que não conhecem bem todas elas e por isso inventam as que mais os impressionam.
(Dionísio Alvarenga, inédito)
Considere as seguintes orações:
I. Os meninos jogavam bola na pracinha.
II. Jogar bola na pracinha era proibido.
III. Os meninos temiam que a bola fosse confiscada.
Numa nova redação, essas orações integram-se com coerência e correção neste período único:
[Os padrinhos da ciência]
Estamos vivendo em uma era técnica. Muitas pessoas estão convencidas de que a ciência e a tecnologia encerram as respostas para todas as nossas perguntas. Nós apenas deveríamos deixar os cientistas e os técnicos prosseguirem com seu trabalho, e eles criarão o céu aqui na terra.
Mas a ciência não é algo que acontece em algum plano moral ou espiritual superior, acima do restante das atividades humanas. Como todas as outras partes da nossa cultura, é definida por interesses econômicos, políticos e religiosos.
A ciência é uma atividade muito cara. Um biólogo que procura entender o sistema imunológico humano necessita de laboratórios, substâncias químicas e microscópios eletrônicos, sem falar de assistentes de laboratórios. Tudo isso custa dinheiro. Ao longo dos últimos 500 anos, a ciência moderna alcançou maravilhas graças, em grande parte, à disposição de governos, negócios, fundações e doadores privados para destinar bilhões de dólares à pesquisa científica.
(Adaptado de: HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio. Porto Alegre, LP&M, 2016, p. 281)
Nós apenas deveríamos deixar os cientistas e os técnicos prosseguirem com seu trabalho, e eles criarão o céu aqui na terra.
Uma nova, correta e coerente redação da frase acima, que se inicie pelo segmento Os cientistas e os técnicos criarão o céu aqui na terra, deverá ter como complementação
O mercado de trabalho mudou
No Brasil, o ambiente de negócios é desafiador. Há burocracia, impostos elevados e alto custo de financiamento. Apesar disso, em função da mais profunda crise econômica da história e de uma transformação tecnológica e comportamental significativa, o mercado de trabalho se reconfigurou. Cada vez mais gente empreende e trabalha por conta própria. Atualmente, do total de trabalhadores na força de trabalho, apenas um em cada três possui carteira de trabalho. Se somarmos também os 65 milhões de pessoas sem trabalho, apenas um em cada cinco brasileiros é empregado formal. Os demais empreendem, trabalham por conta própria ou trabalham sem carteira.
Cada vez mais, o Brasil se assemelha a países desenvolvidos. Lá, há algum tempo, aumenta o trabalho por conta própria e o empreendedorismo, em função de novas tecnologias e mudanças na sociedade. No entanto, ao contrário de lá, aqui sobra empreendedorismo, mas falta uma legislação trabalhista que ajude a inovação a ocorrer. Mesmo com a recente Reforma Trabalhista, nossa legislação ainda precisa de muita modernização.
O mercado de trabalho se transformou completamente desde que a atual legislação foi criada, há quase um século. Na época, empregados eram a maioria absoluta dos trabalhadores. Hoje, são minoria. Na prática, nossa legislação trabalhista anacrônica e as interpretações ainda mais anacrônicas feitas pela Justiça do Trabalho deixam a grande maioria sem emprego ou desamparada. Com transformações tecnológicas aceleradas, o problema vai se agravar se não adaptarmos nossas leis. Para um mundo de inteligência artificial, robôs, transformação digital, indústria 4.0, economia compartilhada e tantas outras tecnologias revolucionárias, precisamos de uma Reforma Trabalhista 4.0.
Se o Brasil não se adaptar aos novos tempos, com uma legislação coerente, alijaremos os brasileiros do desenvolvimento das próximas décadas. Precisamos reduzir burocracias, aperfeiçoar a segurança jurídica, diminuir a complexidade tributária e facilitar o acesso aos novos mercados, abrindo a economia brasileira. Quem poderia parar um Brasil assim?
(Ricardo Amorim. Disponível em: istoe.com.br. 19.09.2019. Adaptado)
Texto para o item.
Internet: <portaleducacao.com.br>
“A aquisição e o desenvolvimento da linguagem são determinados tanto neurobiologicamente quanto socialmente e estão estreitamente relacionados ao desenvolvimento da aprendizagem” (linhas de 1 a 4): A aquisição e o desenvolvimento da linguagem, determinados tanto neurobiologicamente quanto socialmente, estão estreitamente relacionados ao desenvolvimento da aprendizagem
Na linha 22, manteria a correção gramatical a substituição de “estão incluídas” por inserem‐se.
Texto para o item.
C. F. V. Ramos et al. Práticas educativas: pesquisa‐ação com
enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família. In: Revista
Brasileira de Enfermagem [on‐line], v. 71, n.º 3, 2018,
p. 1.212. Internet: <www.scielo.br>
Em “para que as pessoas saudáveis possam cuidar melhor de sua saúde” (linhas 19 e 20), o segmento “para que” introduz oração indicativa de finalidade e pode ser substituído por com o intuito de.
Texto para o item.
C. F. V. Ramos et al. Práticas educativas: pesquisa‐ação com
enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família. In: Revista
Brasileira de Enfermagem [on‐line], v. 71, n.º 3, 2018,
p. 1.212. Internet: <www.scielo.br>
Na linha 15, ainda que houvesse alteração dos sentidos originais do texto, a supressão dos vocábulos “na” e “no” manteria a correção gramatical.
Texto para o item.
C. F. V. Ramos et al. Práticas educativas: pesquisa‐ação com
enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família. In: Revista
Brasileira de Enfermagem [on‐line], v. 71, n.º 3, 2018,
p. 1.212. Internet: <www.scielo.br>
Suprimida a vírgula anterior, a forma verbal “oferecendo” (linha 14) pode ser substituída por e oferece, sem prejuízo para a correção gramatical e os sentidos originais do texto.
Texto para o item.
C. F. V. Ramos et al. Práticas educativas: pesquisa‐ação com
enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família. In: Revista
Brasileira de Enfermagem [on‐line], v. 71, n.º 3, 2018,
p. 1.212. Internet: <www.scielo.br>
Mantém a correção gramatical e os sentidos originais do texto a seguinte reescrita do primeiro período do texto: A educação em saúde, campo de conhecimento e de prática na área da atenção básica à saúde, busca a promoção da saúde e a prevenção de doenças, nos variados níveis de complexidade do processo de saúde‐doença.
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.
(Adaptado de: ALVES, Rubem. “Escritores e cozinheiros”. O retorno e terno. Campinas: Papirus, 1995, p. 155-158)
A frase acima fica reescrita com correção e sem prejuízo de sentido em:
Preservando-se o modo verbal e a pessoa do discurso, a expressão sublinhada pode ser substituída com correção por: