Questões de Concurso
Comentadas sobre regência em português
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Uma nova rodada de programas federais de incentivo __1__ setores ainda afetados pela crise está na praça. Entre medidas lançadas e prometidas para logo, o objetivo é amparar as empresas menores, a agropecuária e o segmento que produz máquinas e equipamentos, os chamados bens de capital. Como a capacidade do governo federal de abrir mão de receita tributária - a fim de dar incentivos econômicos pontuais - chegou __2__ limite da responsabilidade fiscal, o recomendável __3__, a partir de agora, deixe de recorrer __4__ mecanismo. Os minipacotes em tela, __5__ ainda falte informação sobre alguns deles, parecem respeitar essas limitações. Optam pelo incentivo ao crédito bancário. Apesar da volta paulatina dos empréstimos __6__pessoas físicas, depois do tombo de setembro do ano passado, as operações com micro e pequenas empresas continuam restritas e caras.
(Folha de S. Paulo, Editorial, 23/06/2009)
Assinale a opção em que o trecho está gramaticalmente correto.
Uma nova forma de gerenciamento chega ao mercado: a quarteirização. Ela pode ser entendida como a contratação de um executivo que administra os contratos e atividades de terceiros. Para as organizações que são abertas __1__ realidade e __2__ mudanças, que __3__ muito __4__ delegando para terceiros aquelas atividades intermediárias de sua empresa, a quarteirização é uma ótima opção. (Adaptado de http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp...)
Confesso que continuo achando a frase algo perturbadora, provavelmente pelo pressuposto que ela encerra: o de que os espaços da liberdade individual estejam distribuídos e demarcados de forma inteiramente justa. Para dizer sem meias palavras: desconfio do postulado de que todos sejamos igualmente livres, ou de que todos dispomos dos mesmos meios para defender nossa liberdade. Ele parece traduzir muito mais a aspiração de um ideal do que as efetivas práticas sociais. O egoísmo do adolescente é um mal dessa idade ou, no fundo, subsiste como um atributo de todas?
Acredito que uma das lutas mais ingentes da civilização humana é a que se desenvolve, permanentemente, contra os impulsos do egoísmo humano. A lei da sobrevivência na selva - lei do instinto mais primitivo - tem voz forte e procura resistir aos dispositivos sociais que buscam controlá-la. Naquelas aulas de História, nossa professora, para controlar a energia desbordante dos jovens alunos, demarcava seu espaço de educadora e combatia a expansão do nosso território anárquico. Estava ministrando-nos na prática, ao lembrar os limites da liberdade, uma aula sobre o mais crucial desafio da civilização.
(Valdeci Aguirra, inédito)
Confesso que continuo achando a frase algo perturbadora, provavelmente pelo pressuposto que ela encerra: o de que os espaços da liberdade individual estejam distribuídos e demarcados de forma inteiramente justa. Para dizer sem meias palavras: desconfio do postulado de que todos sejamos igualmente livres, ou de que todos dispomos dos mesmos meios para defender nossa liberdade. Ele parece traduzir muito mais a aspiração de um ideal do que as efetivas práticas sociais. O egoísmo do adolescente é um mal dessa idade ou, no fundo, subsiste como um atributo de todas?
Acredito que uma das lutas mais ingentes da civilização humana é a que se desenvolve, permanentemente, contra os impulsos do egoísmo humano. A lei da sobrevivência na selva - lei do instinto mais primitivo - tem voz forte e procura resistir aos dispositivos sociais que buscam controlá-la. Naquelas aulas de História, nossa professora, para controlar a energia desbordante dos jovens alunos, demarcava seu espaço de educadora e combatia a expansão do nosso território anárquico. Estava ministrando-nos na prática, ao lembrar os limites da liberdade, uma aula sobre o mais crucial desafio da civilização.
(Valdeci Aguirra, inédito)
No texto, a opção que apresenta erro do ponto de vista gramatical é
Em relação ao texto acima, assinale a opção incorreta.
Em relação ao texto acima, assinale a opção correta.
Acabo de perder a crônica que havia escrito.
Sequer tenho onde reescrevê-la, além desse caderninho
onde inclino com mãos trêmulas uma esferográfica preta,
desenhando garranchos que não vou entender daqui a meia
5 hora. Explico: tenho, para uso próprio, dois computadores.
E hoje os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo
pino, encarando o vazio de suas telas obscuras. A carroça
de mesa pifou depois de um pico de energia. O portátil,
que muitas vezes levo para passear como um cachorrinho
10 cheio de idéias, entrou em conflito com a atualização do
antivírus e não quer "iniciar". O temperamental está fazendo
beicinho, e não estou a fim de discutir a relação homemmáquina
com ele.
Farei isso, pois, com os leitores. Tenho consciência
15 de que a crônica sobre as agruras do escritor com computadores
indolentes virou um clichê, um subgênero batido
como são as crônicas sobre falta de idéia. Mas não tenho
opção que não seja registrar meu desalento com as
máquinas nos poucos minutos que me restam até que a
20 redação do jornal me telefone cobrando peremptoriamente
esse texto.
E registrar a decepção comigo mesmo - com a
minha dependência estúpida do computador. Não somente
deste escriba, aliás: somos todos cada vez mais
25 subordinados ao senhor computador. Vemos televisão no
computador, vamos ao cinema no computador, fazemos
compras no computador, amigos no computador. Música
no computador. Trabalho no computador.
Escritores mais graduados me confessam escrever
30 somente a lápis. Depois de vários tratamentos, passam o
texto para o computador, "quando já está pronto". Faço
parte de uma geração que não apenas cria direto no
computador, mas pensa na frente do computador. Teclamos
com olhos dilatados e dedos frementes sobre a cortina
35 branca do processador de texto, encarando uma tela que
esconde, por trás de si, um trilhão de outras janelas,
"o mundo ao toque de um clique".
Nada mais ilusório.
O que assustou por aqui foi minha sincera reação
40 de pânico à possibilidade de perder tudo - como se a
casa e a biblioteca pegassem fogo. Tenho pelo menos
seis anos de textos, três mil fotos e umas sete mil
músicas em cada um dos computadores - a cópia de
segurança dos arquivos de um estava no outro. Claro, seria
45 impossível que os dois quebrassem - "ainda mais no
mesmo dia!" Os técnicos e entendidos em informática
dirão que sou um idiota descuidado. Eles têm razão.
Há outro lado. Se nada recuperar, vou me sentir
infinitamente livre para começar tudo de novo. Longe do
50 computador, espero.
CUENCA, João Paulo. Megazine. Jornal O Globo. 20 mar. 2007.
(com adaptações)
texto apresentado abaixo.
O debate sobre a preservação do planeta e sua exploração
tem se tornado cada vez mais acirrado e confuso. Cientistas
que pregam a seriedade do aquecimento global são acusados
de alarmismo. Por outro lado, os que afirmam que não há
provas conclusivas para de fato defender a tese de que a Terra
está aquecendo devido à emissão de gases poluentes são
acusados de serem vendidos às indústrias ou ao menos
tendenciosos em suas conclusões.
Manchetes dizem que a década de 1990 foi a mais quente
do século (foi), que o ciclo do El Niño, que marca o aquecimento
das águas do Pacífico perto do Peru, está desregulado
(está), que as calotas polares estão descongelando a taxas
muito altas (estão), que os níveis de poluição em países de rápida
industrialização, como a China e a Índia, estão se tornando
intoleráveis (estão), que o desmatamento acelerado das grandes
florestas, incluindo as nossas, provocará instabilidades climáticas
por todo o planeta (provocará), enfim, notícias que causam
medo, talvez até pânico. Fica difícil saber em que acreditar,
especialmente porque construir uma nova conscientização global
de preservação do planeta pode exigir mudanças custosas
em informar e educar a população, em monitorar indústrias e
plantações, em controlar os esgotos, o lixo, as emissões dos
carros, caminhões, navios, aviões.
O que fazer? Existem três possibilidades. Uma é deixar
para lá essa história de tomar conta do planeta e nos
preocuparmos só quando o problema for realmente óbvio e
irremediável. Péssima escolha. Outra é tentar filtrar do mundo
de informações que recebemos as que de fato são confiáveis e
não tendenciosas. Essa possibilidade é meio difícil pois, a
menos que sejamos especialistas no assunto, não saberemos,
de início, em quem acreditar. A terceira, que me parece a mais
sábia, é usar o bom senso.
Talvez uma analogia entre a Terra e a nossa casa seja
útil. Começamos com a casa limpa, abastecida, e com o
número ideal de pessoas para que todos possam viver com
conforto. O número de pessoas cresce, o espaço aperta, a
demanda por água e alimentos aumenta. Um número maior de
pessoas implica aumento de consumo de energia e maior
produção de lixo. A solução é impor algumas regras, reduzir o
lixo e o consumo de energia. Caso contrário, a casa original
rapidamente não daria conta da demanda crescente dos seus
habitantes.
A Terra é bem maior do que uma casa, mas também é
finita. A atmosfera, os oceanos e o solo reciclam eficientemente
a poluição e o lixo que criamos. Mas todo sistema finito tem um
limite. Não há dúvida de que, se não mudarmos o modo como
usamos e abusamos do planeta, chegaremos a esse limite.
Infelizmente, a ciência ainda não pode prever exatamente
quando isso vai ocorrer. Mas ela, juntamente com o bom senso,
afirma que é mera questão de tempo.
(Adaptado de Marcelo Gleiser. Folha de S. Paulo, Mais!, 30 de
abril de 2006, p. 9)
A frase cuja lacuna está corretamente preenchida pela mesma expressão grifada acima é:
apresentadas, são partes sucessivas de textos.
1 O ano de 2001 caracterizou-se por grandes desafios
para a economia brasileira, que levaram a mudanças
substanciais na formação de expectativas quanto ao
4 desempenho das principais variáveis econômicas. No início,
configurou-se um cenário promissor, com perspectivas de
crescimento real da economia brasileira oscilando entre
7 4% e 5%. A deterioração desse cenário ocorreu pela
combinação de fatores internos e externos, que desviaram
consideravelmente o crescimento real do produto interno
10 bruto (PIB) para 2,25%, até setembro de 2001, comparado
com igual período do ano anterior. No cenário interno, o
aumento da taxa SELIC no final de 2001 e o racionamento
13 energético contribuíram para a desaceleração da economia.
No cenário internacional, o agravamento da crise argentina
e o desaquecimento econômico dos Estados Unidos da
16 América (EUA), principalmente após os atentados
terroristas de 11 de setembro, aumentaram as preocupações
quanto ao contágio das tensões externas sobre a economia
19 nacional. Apesar dessas adversidades, o ano de 2001
terminou com reversão parcial do pessimismo instaurado
na economia brasileira. As políticas fiscal e monetária
22 contribuíram para fortalecer os fundamentos econômicos,
limitando os impactos inflacionários da depreciação
cambial.
Relatório do Banco do Brasil S.A. In: Correio Braziliense (com adaptações).
Com base no texto I, julgue os itens que se seguem.
Texto II – questões 3 e 4
1 A sociedade brasileira clama por transformações
e a esperança tornou-se palavra-chave desses novos tempos.
A superação dos graves problemas que afligem o povo
4 brasileiro, como a fome e a miséria, é o principal desafio do
novo governo.
Vencer as desigualdades faz parte de uma
7 estratégia e de um novo modelo de desenvolvimento para o
país, que pode dispor, para tanto, da imensa riqueza natural de
nossa Nação.
10 A construção de um novo momento histórico é um
compromisso que deve estar pautado em todas as ações de
governo. Nesse contexto é que afirmamos o direito da
13 sociedade brasileira à informação e à educação. O caminho,
portanto, é o da inclusão social, momento em que deve ser
construída uma nova cultura embasada nos direitos
16 fundamentais da vida humana, fortalecidos na concepção e na
prática de uma nova política social e econômica para o país.
Acerca do texto II e do tema nele abordado, julgue os itens subseqüentes.